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Com personagem antológico e alta audiência, Império termina vitoriosa

Autor apresentou uma novela popular e de ritmo alucinante.

Por: Jeferson Cardoso

Império pode não ter sido um fenômeno de audiência, mas, para mim, foi uma boa novela. Não digo excelente porque seria um exagero. No contexto geral, analisando desde a estreia, Aguinaldo Silva cumpriu o que prometeu: uma novela popular e de ritmo alucinante. Ele falhou na condução do embate entre Maria Marta (Lília Cabral) e Cora (Drica Moraes), mas soube conduzir a trama central de forma excepcional. 

José Alfredo, mais conhecido por Comendador, é um personagem antológico. Alexandre Nero, que, nos primeiros capítulos, tinha uma atuação questionável, virou o jogo, encontrando o tom certo e fez seu personagem ser um dos mais queridos dos últimos tempos.

Sou fã de Império e sentirei falta da saga do Comendador; dos sarcasmos da Dona Cora; das fofocas de Téo Pereira; da dupla impagável Magnólia e Severo, e claro de Maria Marta, que protagonizou cenas incríveis. Diverti-me horrores e vivi intensamente a novela; mergulhei no universo proposto pelo autor e sairei dele muito satisfeito.

Império, pra mim, é a melhor novela de Aguinaldo Silva desde Senhora do Destino. A única falha do autor, no meu posto de vista, foi não ter trabalhado melhor os núcleos paralelos. A questão não é o destaque, se fulano é figurante, e sim a relevância dos personagens coadjuvantes dentro da história. O dramaturgo, no entanto, acertou na condução da história central, a saga do Comendador.  Se levasse em consideração apenas a história central, diria que Império é um novelão.

Dois mistérios envolvem a última semana de Império. A identidade de Fabrício Melgaço e a possível morte do Comendador. O grande vilão, segundo consta, é José Pedro. Acredito que Silviano seja o mentor de todas as maldades, influenciando José Pedro, desde pequeno, contra "o pai". Tenho duas dúvidas: quem tentou matar José Pedro na sauna? José Pedro é realmente filho do Comendador ou forjou o exame de DNA? As respostas, acredito, devem vir nos próximos capítulos.

O último capítulo deve ser dramático. O sequestro de Cristina resultará na morte de Silviano e Maurílio. Não se sabe ainda, com certeza, o destino final do Comendador. Particularmente, até esperava pela morte dele, não de forma tão trágica. No roteiro – usurpado pela imprensa – consta que José Pedro acerta José Alfredo com um tiro nas costas. Que barbaridade! Se verdade, apesar da dramaticidade, não ficarei contrariado, já que desde que forjou a própria morte o Comendador mostrou ser uma pessoa ainda mais rancorosa. 

Se sobreviver, a minha torcida é para que José Alfredo termine com Maria Ísis. Entendo que Maria Marta, graças à interpretação maravilhosa de Lília Cabral, ganhou a torcida de muitos, mas o Comendador nunca a amou.

Império chega ao fim vitoriosa, com uma média geral de 33 pontos. É sucesso ou fracasso? Bom, cada um julga os números do ibope como quer. A julgar pelo período de exibição (horário político, Natal, Ano Novo, Carnaval) e também por ter substituído um folhetim de baixa repercussão (Em Família), considero como um sucesso.

É isso. Independente de ser fã de Aguinaldo Silva, acredito ter sido imparcial durante a exibição de Império. Tentei pontuar os altos e baixos da novela, sem puxar o saco. O que me interessa como telespectador [essa é a minha posição/visão aqui no Blog] é o produto apresentado e não quem é o responsável por ele.

Para encerrar, quero parabenizar os envolvidos pela brilhante cena em que o Comendador encontra fortuna enterrada e faz referência ao Tio Patinhas, ao som de Pedras que Cantam (música de abertura de Pedra Sobre Pedra). Felomenal, diria Giovanni Improtta.

Adeus Império, fica na saudade. Obrigado e até breve Aguinaldo Silva. Que venha Babilônia!!!

De contrato assinado!

A Record faz uma novela com a contratação de Xuxa. Convocou a imprensa para uma coletiva em São Paulo, e exibiu imagens, sem áudio, no Programa da Tarde.  Os fãs – que acompanhavam de casa – ficaram frustrados. Todos queriam ouvir a apresentadora, mas tiveram que engolir a seco as narrações de Britto Jr..

No domingo, a tão prometida entrevista com Xuxa ficou apenas em homenagens, com imagens antigas e famosos desejando boa sorte. A reportagem não apresentou nada de novo, e a visita a casa dela ficou para ser exibida no próximo fim de semana.

A Record fez "um auê" em torno da contratação. Concentrou uma centena de fãs nos estúdios e aos arredores da sede da emissora, mas fez uma má divulgação para a grande massa. No Domingo Espetacular exibiu alguns segundos da coletiva, destacando o momento da assinatura e a "expressão de alegria" da apresentadora.

Uma coletiva apenas para uma assinatura simbólica de contrato. Nem os diretores, tão pouco a apresentadora, sabiam falar sobre o formato do programa. O que importava, naquele momento, era o contrato. O que ela virá a fazer, só Santa Clara na causa.

Xuxa explicou que o programa não deve estrear em menos de dois meses. Ela também disse que um programa diário é quase inviável. Sabe-se que o departamento comercial pretende tê-la à frente de um talk show às quartas-feiras, como opção para o futebol da Globo. Se sair do papel, o projeto deve ser lançado no final de maio, substituindo Gugu.

O que o talk show de Xuxa terá de novo? Gugu ficou quase dois anos para voltar com o mais do mesmo. O público não tem paciência para programa de auditório. O que ainda salva esse formato é o assistencialismo.

Protagonistas definidos

Alexandre Nero, Vanessa Giácomo e Giovanna Antonelli serão os protagonistas de Favela Chique. Por enquanto, estou gostando do elenco desta novela. Antes, ficava incomodado com as repetições de atores, mas, hoje em dia, com a produção de vários seriados e minisséries é impossível disso não acontecer.

Curti a confirmação de Vanessa Giácomo para dar vida à mocinha Toia. É uma atriz de interpretação segura.

Capítulo de estreia

Pode até ser que a primeira impressão não seja a que fica, mas ela é importante. Gostei do primeiro capítulo de Sete Vidas, mas vou ser sincero: não pretendo acompanhá-la na íntegra. É um estilo de novela que não me agrada muito e, às vezes, me incomoda. O problema não é a novela, sou eu.  

Tiro o chapéu para o excelente texto de Licia Manzo, no entanto, fico com um pé atrás com a narrativa de suas obras. O primeiro bloco de Sete Vidas, de 40 minutos, teve alguns acontecimentos, mas inicialmente tive a impressão de que caminhará a passos lentos. Veja bem, isso não é uma crítica. É apenas uma visão que tenho do estilo da autora.

Um capítulo não representa muita coisa. Ainda é cedo para se chegar a qualquer conclusão. O importante neste momento é que o público admirador deste tipo de novela tenha ficado satisfeito.

Os Dez Mandamentos

Essa novela pode ser um sucesso, mas não acredito que será. O horário de exibição, as 20h30, é excelente, mas penso que o público não tenha tanto interesse numa história bíblica. Penso que uma novela tradicional daria um melhor resultado. Espero estar enganado.

BBB15

Ainda considero essa edição do BBB uma das mais fracas de todos os tempos. Não sei se é a pior temporada, mas é uma das. O elenco é fraco e não rendeu o esperado. É uma opinião pessoal e não devo reclamar muito, pois não sou telespectador assíduo. Por falta de interesse, assisto uma vez e outra. Gostaria de não ter que assistir, mas é um tipo de programa que - por pior que seja – você escolhe um para torcer e acompanha. Minha torcida é para Cézar, que a edição do programa e os demais participantes tratam como um caipira e certo desprezo. É o jeito dele viver isolado. Não é um bom jogador, mas tem uma boa visão do jogo. A minha torcida tem, não sei se vai ganhar.

Quais são as impressões finais de Império? Comendador deve morrer, terminar com Maria Ísis ou Maria Marta? Gostaram do primeiro capítulo de Sete Vidas? Acreditam no sucesso de Os Dez Mandamentos? Quem deve vencer o BBB15?

Obrigado pela atenção, e até nosso próximo encontro onde o assunto será Vitória (Record) e Babilônia (Globo). 


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