Silvio de Abreu critica remakes de novelas e celebra sucesso de “Beleza Fatal” no streaming

“Sou contra remake. Fiz um de Guerra dos Sexos e foi muito mal", avalia Silvio de Abreu.

Publicidade
Silvio de Abreu. Foto: Reprodução/Band
Silvio de Abreu. Foto: Reprodução/Band

Com uma carreira marcada por grandes sucessos da dramaturgia, como Rainha da Sucata e A Próxima Vítima, o autor Silvio de Abreu revelou ser contra remakes de novelas. Em entrevista ao programa Melhor da Tarde, da Band, ele compartilhou sua opinião com base em uma experiência pessoal: o remake de Guerra dos Sexos, novela que ele mesmo escreveu originalmente em 1983.

“Sou contra remake. Fiz um de Guerra dos Sexos e foi muito mal. Sou contra. O texto você pode até repetir, mas não dá para reproduzir o envolvimento, o elenco e a aura que uma novela tem”, afirmou o veterano, ressaltando que a essência de uma obra vai além do roteiro e está profundamente ligada ao contexto em que foi criada.

Silvio deixou a Globo em 2020, após mais de quatro décadas na emissora. Em 2021, assumiu a supervisão do núcleo de novelas da plataforma Max, onde ficou até 2023. Durante esse período, colaborou no desenvolvimento de Beleza Fatal, escrita por Raphael Montes, com quem dividiu a supervisão de texto.

O autor não esconde o entusiasmo com o resultado da trama. “Beleza Fatal tem uma linguagem muito mais moderna e despojada. Acho que é uma novela que muda as novelas”, declarou. Ele elogiou o trabalho de Montes e celebrou a repercussão positiva que a produção tem alcançado.

Originalmente planejada para o streaming, a novela estreou posteriormente na TV aberta pela Band, onde é exibida de segunda a sexta-feira, às 20h30. Para Silvio, essa mudança de formato traz vantagens criativas: “O streaming possibilita novelas mais curtas. Você pode fazer obras fechadas, o que deixa a novela mais bem elaborada. Beleza Fatal estava pronta há mais de um ano quando entrou no streaming. É um produto que fica mais perto de um grande filme.”

A boa recepção de Beleza Fatal reforça, segundo o autor, a importância de se apostar em propostas narrativas contemporâneas, fugindo da simples repetição de fórmulas que já fizeram sucesso no passado.

Comentários (0) Postar Comentário

Nenhum comentário encontrado. Seja o primeiro!