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Xuxa Meneghel: apresentadora domina o palco, mas não consegue entreter

O talento e carisma da eterna Rainha dos Baixinhos salvaram à noite de estreia.

Por: Jeferson Cardoso

Foto: Reprodução/Record

A Record prometeu uma Xuxa que ninguém conhecia, e cumpriu. Vi uma Xuxa muito feliz, mais autêntica e mais próxima de seus fãs. Na Globo, com programas gravados, a apresentadora não conseguia transmitir para o público a sua verdadeira emoção, já que as atrações pareciam mais engessadas e direção editava muitas partes de contato dela com a plateia.

Na Record, de imediato, Xuxa deixou claro ter uma total liberdade para falar de diversos assuntos, excetos os religiosos, e pediu para que seus fãs respeitassem a Globo; citou o SBT, que fazia uma homenagem à ela; confirmou presença no Teleton; interagiu com a plateia. Enfim, a Xuxa mostrou estar à vontade na nova casa.

Experiente com programas de auditório, Xuxa domina o palco. É uma ótima apresentadora. Foi o seu talento e carisma que salvaram à noite de estreia na Record. Sem novidades e conteúdo, Xuxa Meneguel errou nos convidados; e também apresentou problemas de áudio e cortes de câmeras. Nada que um ajuste/ensaio não resolva.

Tive a sensação de que a direção optou por uma estreia mais leve, descontraída, apostando mais na presença e espontaneidade de Xuxa, e decidiu apresentar os quadros na semana seguinte. Os fãs, claro, adoraram. No geral, o programa frustrou uma parte do público que esperava por “algo novo”. Eu, particularmente, achei uma estreia morna, sem ritmo, sem roteiro. A sensação de sono [e de decepção] refletiu na audiência: 10 pontos. É pouco para uma estreia. 

A entrevista com os atores de Os Dez Mandamentos foi péssima. Não havia nada de interessante a ser perguntado aos convidados. Percebendo a falta de interesse do público, a produção cancelou uma brincadeira com os mesmos. 

A Record acertou duas vezes: na contratação e dando liberdade à Xuxa. O programa pode ser uma boa alternativa para as noites de segundas-feiras, desde que consiga entreter. É preciso entender que o público da TV aberta está cada vez mais exigente.

Sabrina Sato, Zezé di Camargo e Luciano e uma reportagem com Neymar são algumas das atrações do Xuxa Meneghel da próxima segunda (24). Vamos ver se esses convidados deixam o programa mais interessante.

Novelão                                                        

É incrível como essa novela fica melhor a cada capítulo. Estou absurdamente surpreso com trabalho de Elizabeth Jhin. Claro, a boa direção – sob a responsabilidade de Rogério Gomes – e o excelente desempenho do elenco, influenciam na qualidade. Só que isso não tira o mérito da autora, que vem apresentando uma novela ágil, de bons personagens, agradável e envolvente.

Sete Vidas era boa, mas Além do Tempo é melhor. Não esperava dizer isso com tanta facilidade porque me apeguei muito à trama de Lícia Manzo. Só que a atual trama das seis me conquistou. É do tipo que me agrada mais.  

Do elenco, desta vez destacarei Paolla Oliveira. Inicialmente, questionei o desempenho da atriz, mas não sabia se a culpa era dela ou da personagem (chatinha, mimadinha). Passada as devidas apresentações, Melissa ganhou mais destaque na trama e Paolla, aparentemente, conseguiu encontrar o tom certo. Pelo menos, o perfil da personagem ficou mais agradável.

Irene Ravachi me surpreende como vilã. Não esperava tanto. A personagem só funciona graças à interpretação dela. Posso estar exagerando, mas acredito nisso. A surpresa maior, no entanto, pra mim, é Alinne Moraes. Já critiquei muito essa atriz, principalmente na época de Duas Caras, mas como mocinha ela dá show. A sua personagem, Lívia, é encantadora.

Não posso deixar de citar também o núcleo cômico: Massimo (Luís Melo), Salomé (Inês Peixoto) e Bianca (Flora Diegues). Divirto-me muito com as situações, às vezes bobas, da mãe atrapalhada com o objetivo de encontrar um marido rico para a primogênita. É um tipo de humor quase infantil, mas que funciona bem às 18h. Os intérpretes desse núcleo são ótimos.

Resumindo: Além do Tempo é folhetim clássico, repleto de clichês, com vilões bem definidos, com humor, e lindas histórias de amores proibidos. É por isso que está dando certo.

Sucesso merecido

Fico feliz em ver o sucesso de MasterChef Brasil, na Band. É, pra mim, o melhor reality já produzido nos últimos tempos. Audiência à parte, o programa é perfeito, que nem mesmo a sua longa duração [duas horas] prejudica sua qualidade. Pelo contrário, o tempo é necessário para que nós [telespectadores] possamos observar melhor os comportamentos e desenvolvimentos dos participantes. 

Nesta temporada não tenho um participante preferido. Até considero alguns como "fracos" para participarem desse tipo de programa. São amadores e estão lá para aprenderem, é verdade. Mas gostaria de ter um para torcer e dizer: esse realmente parece saber cozinhar e merece vencer.

No mais, MasterChef só beira a perfeição porque é produzido fora da Globo. Nada contra a Vênus Platinada, mas é que lá os programas são engessados, artificiais. Se você assistiu ao Criança Esperança entenderá o que estou dizendo.

Fracasso?

É complicado falar sobre a audiência de Caminhos das Índias. Não julgarei seus índices comparando-os com os de O Rei do Gado. Obviamente, que os 13 pontos de média registrados não são tão representativos, mas estão longe de ser uma tragédia para os dias de hoje. Quem garante que Por Amor, por exemplo, seguraria os 18 pontos da antecessora?

Prefiro pensar que O Rei do Gado é um fenômeno atípico e que, hoje em dia, nem todos os sucessos do passado despertam o interesse do telespectador, como aconteceu com Cobras & Lagartos.

Se não for prejudicada com o horário de verão, a partir de outubro, o resultado final da reprise de Caminho das Índias pode não ser tão ruim. Ainda é cedo para decretar como um fracasso.

Não curto

Odeio câmera nervosa que, pra mim, prejudica a qualidade de imagem e me deixa tonto, logo não estou curtindo a nova Malhação. Passo longe. 

O clipe

Qual o limite entre o certo e o errado? Gente, estou numa expectativa muito grande com A Regra do Jogo. Vou adorar essa novela. Gostei bastante do clipe de apresentação.  Confira:

Vanessa Giácomo tem uma química forte com Cauã Reymond e parece que vai funcionar muito bem com o Alexandre Nero. Tenho a impressão de que, na reta final da novela, a maioria da torcida pela personagem ficará dividida.

Giovanna Antonelly é ótima na comédia e arrasará, disso não tenho dúvida. A sua atuação, no entanto, lembra muito a delegada Helô, de Salve Jorge. A sensação é maior quando ela está em cena com Nero. Os trejeitos da atriz são parecidos em todas as novelas. As comparações serão inevitáveis, mas os perfis dos personagens são absolutamente diferentes. Alexandre Nero e Giovanna Antonelly vão dar o que falar.

O clipe reforça a minha opinião quanto à sinopse de A Regra do Jogo. Tem tudo para ser a melhor novela de João Emanuel Carneiro. Pra mim, essa novela será um sucesso de audiência, e de imediato. Claro, na casa dos 30/34 pontos. 

Gostaram da estreia de Xuxa? O que acharam do clipe de A Regra do Jogo? Obrigado pela atenção, e até o nosso próximo encontro.


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