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"TEMPOS MODERNOS": MAIS UMA QUE NÃO DEU CERTO!

Por: Jeferson Cardoso

Ufa! Finalmente "Tempos Modernos" chega ao fim. Depois de 161 capítulos, a trama de Bosco Brasil sai de cena com sensação de que nada deu certo. Que coisa!

Como já disse, acredito no talento de Bosco Brasil (torço para que tenha mais uma chance), mas a sinopse de Tempos Modernos jamais deveria ter sido aprovada. Ele tentou inovar e esqueceu de criar núcleos interessantes e deixou de lado o ingrediente principal, a comédia.

Outros fatores favoreceram o fracasso, tais como, escalar Grazzi Massafera e Marcos Caruso para encabeçar a dupla de vilões. Não tenho nada contra a Grazzi, mas não consigo entender porque a direção da Globo e até mesmo os autores, insistem que ela já tem a capacidade para encabeçar grandes personagens. Muita calma nesta hora! Ela é esforçada, mas para ser protagonista ou vilã, precisa melhorar e muito. Um personagem coadjuvante é o ideal para a atriz, diga-se de passagem. Quanto a Caruso, meus quereedos, preciso escrever alguma coisa? Não convenceu!

Não houve química entre os protagonistas, meu Deus!!! O que um autor faz quando não funciona o casal principal? Tenta explorar os antagonistas, que neste caso foram interpretados por Priscila Fantin e Danton Mello. Fantin, diferente de outros trabalhos, não entrou no universo da personagem e sua interpretação ficou aquém do esperado. Já Danton foi bem, mas seu personagem entrou em um momento turbulento, quando o autor realizava ajustes, e ficou desapontado, com um enredo confuso.

E Antonio Fagundes, Jesus!!! O ator parece não ter conseguido se livrar dos trejeitos e do modo de falar de Pedro, seu caminhoneiro de Carga Pesada, ou até mesmo de Juvenal Antena. Será que Fagundes vai levar esse sotaque para Insensato Coração? Oremos.

O único núcleo cômico, se é que pode ser chamado assim, foi representado por Goretti e Bodanski, o casal interpretado por Regiane Alves e Otávio Muller. Se inutilizou em cenas de comédia quase pastelão. Parecia o Zorra Total!

No mais, a direção geral de José Luiz Villamarin deixou a trama ainda mais arrastada e chata. A promessa de ação e aventura dos primeiros capítulos se perdeu e alguns personagens, principalmente da galeria, apresentavam tons teatrais. Quem sabe, talvez, o diretor não se perdeu com a narrativa pra lá de confusa.

Detalhe: A direção geral de "Três Irmãs" foi de José Luiz Villamarin. Aí tem!

Infelizmente, "Tempos Modernos" não tinha uma história atraente para contar, o que resultou em um dos maiores fracassos do horário das 19h. Termina com uma média de 24 pontos, o mesmo que Três Irmãs, de Antonio Calmon.

O que eu espero, meus quereedos, é que todo esse fracasso de Tempos Modernos não prejudique sua substituta. Sou contra remakes, mas não posso perder a adaptação de Maria Adelaide Amaral em homenagem a Cassiano Gabus Mendes. A verdade é que, uma semana antes de sua estreia, a nova novela das sete já causa um Ti-Ti-Ti daqueles. Óh céus!


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