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Talentosíssima, Marjorie Estiano consagra a vilã de Império

E mais: Império resgata a minha paixão pela dramaturgia.

Por: Jeferson Cardoso

Império está incrível. O capítulo desta segunda-feira, 22/12, o melhor da novela, foi quase que espetacular. Quase porque não curti a cena – desnecessária – com Téo Pereira lamentando a morte do Comendador. Estou criticando a uma cena isolada, já que considero o Téo Pereira um dos melhores personagens da novela.

Marjorie Estiano está arrebentando. A sua volta à novela foi um grande acerto. De talento inquestionável, a atriz enriquece a vilania da Dona Cora. Se fosse outra atriz, de atuação pelo menos razoável, estaríamos questionando até hoje a saída de Drica Moraes.

Sou fã de Aguinaldo Silva, nem por isso me sinto na obrigação de ficar só nos elogios. Já critiquei Império no momento em que ele segurou a história – no período eleitoral. Na época, até disse que a novela parecia ser escrita por outro. Hoje, absolutamente, encantado por esta novela, reafirmo: é, pra mim, UM NOVELAÇO!

Império resgata o estilo de novela que admiro, com humor, sarcasmo, emoção, adrenalina, e, óbvio, um pouco de realismo fantástico. Desde o primeiro capítulo, essa novela tem um pouco de realismo. Resumindo: é o tipo de novela – sem compromisso com a realidade – feita para o telespectador sonhar, divertir e se emocionar.  E é assim que me sinto desde o dia 21 de julho.

Ainda é cedo, pois ainda restam três meses de novela no ar, mas já considero Império uma das melhores novela de Aguinaldo Silva. Obviamente, minhas considerações não são unanimidade porque se trata de questão de gosto, de estilo pessoal. Há muitos que – por não gostarem do autor ou até mesmo por preferirem outros estilos - ignoram o folhetim. Não vejo problema nenhum com isso.

Como noveleiro, torço para que qualquer autor escreva, no mínimo, uma boa novela. Depois de Fina Estava fique com os pés atrás e não esperava muita coisa de Império. Por enquanto, estou surpreendido e agradecido.

Quanto aos números do Ibope. A minha aposta inicial – podem procurar no histórico – é de 33 pontos. E, se nenhuma bomba acontecer nos próximos meses, deve terminar com isso mesmo. Isso se não terminar com 32. Por enquanto, a média é de 31,5 pontos. É fracasso ou sucesso? Depende do que você pegar como parâmetro. Se você é daquele que pensa que é uma obrigação os 35 pontos, então certamente é um grande fracasso. Sou viciado nos números do Ibope, mas não os analiso como antigamente. Vocês que me acompanham sabem que demorei a aceitar a realidade. Fui injusto com algumas novelas, como, por exemplo, Sangue Bom, Flor do Caribe, Salve Jorge e Amor à Vida.  Cito apenas essas três porque foi mais ou menos nesse período – meados de 2012/2013 - que comecei a enxergar a audiência de outra forma. Só não incluo Em Família porque foi uma novela sem alma, sem espírito, ou seja, morta. Caso contrário, lamentaria o seu fracasso.

Veja a situação de Boogie Oogie. Um sucesso de crítica, ágil como poucas, e com a mesma audiência de suas antecessoras, que foram consideradas como um fracasso. Há mais de dois anos, a faixa das seis fixou nos 18 pontos. É essa a realidade. Mas voltando à Império... Se fechar com os 33 pontos, elevando três pontos a média do horário, considerarei um sucesso. E se Babilônia conseguir pelo menos 32 pontos, também direi o mesmo. Resumindo: continuo viciado em números, mas não faço mais parte do grupo que espera pelos 35 pontos e tão pouco daquele que vive fazendo comparativos de audiência.

Parece que – infelizmente – vai!

Por que será que custo acreditar na provável saída de Xuxa da Globo? Se ela não tem nada a oferecer e nem garante preciosos índices de audiência... Como fã, quero o bem dela. Não será feliz na Record. Espero que ela encontre a paz no SBT.

Vai ter um formato?

Falta conteúdo ao Vídeo Show. É inaceitável o que se vê atualmente, com metade do programa dedicado às reprises da Escolinha do Professor Raimundo. Não adianta reintegrar Miguel Falabella e Cissa Guimarães ao time, se não tem matérias relevantes. Esse programa oscila bastante e fico chateado porque sou defensor dele. No início do ano, o formato estava agradável, e do nada se perdeu. O primeiro passo, no meu entendimento, é a produção de reportagens e matérias inéditas. E priorizar os bastidores, e abrir mão do ego dos artistas.

O que aconteceu?

Alto Astral começou muito bem. Bem de audiência; bem de repercussão; aclamada pela crítica... Do nada, tudo isso desapareceu e a culpa não é do Natal, o declínio vem acontecendo há duas semanas. O que aconteceu? Como telespectador, não compreendo e fico preocupado, porque a audiência reflete na história. É um NOVELAÇO! Deixa-me confessar uma coisa a vocês: há poucos dias estava na dúvida entre Alto Astral e Império como a melhor novela do ano. Império escapou fedendo. Rsrsrsrs E detalhe: a novela das sete tem apenas dois meses no ar.

Engravidou

A novela das seis está barriguda demais. Uma enrolação sem fim. O autor está segurando a história para depois do Ano Novo. Para isso, ele tem desenvolvido situações bastante constrangedoras. A última é a aproximação entre Inês (Deborah Secco) e Tadeu (Fabrício Boliveira). Falta de história dá nisso!

No próximo tópico, divulgarei a minha lista com os melhores do ano. Preparem a de vocês, beleza? Tenho dúvida em apenas duas categorias: melhor ator principal e melhor ator coadjuvante. As demais não tem mistério, vocês já sabem.  

Um feliz Natal e muito obrigado pela atenção.

Abraços.


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