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Silvio de Abreu colocará a dramaturgia da Globo nos trilhos?

E mais: Vitória, da Record, melhora e está entre as melhores do ano.

Por: Jeferson Cardoso

Com a saída de Manoel Martins, Silvio de Abreu deve ser confirmado como diretor de dramaturgia da Globo. Ele já está à frente do Fórum, que avalia as sinopses.

Silvio será o chefe, mas, em alguns casos, não tomará as decisões sozinho. Recentemente, ele se reuniu com outros autores, como Gloria Perez, João Emanuel Carneiro e Maria Adelaide Amaral. Na reunião ficou decidido que não haverá mais um número de capítulos definidos para as novelas, e que cada trama terá uma duração de acordo com a necessidade da sinopse ou adequação da grade da Globo. Alto Astral, do qual Silvio é supervisor de texto, tem uma previsão de 160 capítulos, mas pode se estender até a 180.  

O Fórum da Globo, em comum acordo, também chegou a conclusão de que a sinopse que Marcelo Saback desenvolveu para às 19h funciona melhor como seriado. Titulada de "8 ou 80", a trama substituiria Lady Marizete, de Mário Teixeira e Alcides Nogueira.

Maria Adelaide Amaral, que não tinha a menor intenção de fazer novelas das 21 horas, teria sido convencida do contrário. Ela, provavelmente, uma indicação de Silvio de Abreu, deve fazer sua estreia, substituindo a trama de João Emanuel Carneiro (JEC), no segundo semestre de 2016.

Se confirmada a entrada de Maria Adelaide às 21h (após JEC), fica uma dúvida: qual será o destino de Thelma Guedes e Duca Rachid? Continuarão às 18h ou seriam testadas às 19h, no lugar de Saback?

Certamente, dentro da Globo, a ordem dos autores já está definida. Porém, só será divulgada no tempo certo. Até lá, ficamos nas especulações.

A dramaturgia da Globo agora tem mãos, e de quem entende do assunto. Estou empolgadíssimo. Silvio de Abreu pode não solucionar todos os problemas, mas apontará os melhores caminhos.

Impressionante!                                           

Fico impressionado com esforço, competência e dedicação de Cristianne Fridman, que impõe uma característica marcante em todas as suas novelas. Vitória não é diferente.

Fazia tempo, para ser sincero, desde A Favorita, com a inesquecível Flora (Patrícia Pilar), não via uma vilã tão macabra. Priscila (Juliana Silveira) é incrível. No capítulo desta quarta (22/10), o centésimo, a neonazista matou a própria mãe envenenada. Antes, confessou, a sangue frio, todos os seus crimes. Uma cena incrível.

Há alguns meses, questionei que Vitória estava lenta e que não saía do lugar. Não está mais. Hoje, com quatro meses no ar e 100 capítulos exibidos, afirmo que o "novelão macabro" da Fridman, em termo de agilidade e vilania, é a melhor em exibição.

Como assim? Outro dia a novela era fraca, agora já é sensacional? Para evitar questionamentos, e sendo direto, repito: em termo de agilidade e vilania, sim!.

A cada novela admiro ainda mais Cristianne Fridman. É o João Emanuel Carneiro de saias.

Do elenco, além de Juliana Silveira, gostaria de saudar Gabriel Gracindo e Bruno Ferrari, que estão impecáveis. Destaco também o desempenho de André Di Mauro, que encontrou o tom certo para o seu personagem, o André. Adoro a risada de sínica dele, aiaiai!

Para alguns, será fácil escolher a melhor novela de 2014. Pra mim, uma tarefa difícil.

Melhorou!

Depois de umas duas semanas mornas, Império voltou a empolgar. Finalmente! Estranhei os últimos capítulos, não estava com as características marcantes do autor. Desde sexta passada, a novela deu uma guinada. Que continue assim.

Sabia que Joaquim Lopes defenderia muito bem um personagem homofóbico. Ótimo personagem; ótimo ator.

Não sou super fã da atuação de Alexandre Nero, mas preciso admitir. Fiquei impressionado com a sua dedicação numa cena do capítulo desta quarta (22), quando o Comendador contou à filha que ela foi abandonada no altar.

Segundo consta, haverá uma troca de casais em Império. Enrico (Joaquim Lopes) se envolverá com Cristina (Leandra Leal); e Maria Clara (Andrea Horta) com Vicente (Rafael Cardoso). Adorei, e aposto na química do primeiro casal.

Não gosto muito do romance entre Cristina e Vicente, por isso a minha torcida para com Enrico. Quem sabe a mocinha não de um rumo à vida do preconceituoso. Acredito que haverá química entre os atores e o público se renderá. Claro, dependerá da forma como o autor fará a aproximação dos personagens.

Cada dia melhor!

Pra mim, Master Chef é o melhor reality show do ano. É incrível! Não perco um episódio.

Se fosse produzido pela Globo, seria considerado (pela maioria) superior ao The Voice Brasil.

Os produtos da Globo tem visibilidade, mas nem sempre são os melhores.

Audiência e qualidade deveriam caminhar lado a lado. Pena que no Brasil – único país onde a emissora líder tem mais do que a soma de suas concorrentes - isso é ilusão. Os brasileiros, obviamente, não tem nada a ver com isso. Televisão é hábito. Por mérito, a Globo é a preferência nacional.

O que falta às "emissoras nanicas" são programas como o Master Chef.

Pra que isso?

As gêmeas do nado sincronizado, Bia e Branca Feres, estrearam no Vídeo Show. Não consigo entender o porquê de duas repórteres numa matéria. É impressionante como mudam para pior.

No mais, o Vídeo Show deveria ter o seu título trocado para Boogie Oogie Show.

Dramaturgia deveria ser prioridade

Priorizando A Fazenda, a Record joga no lixo a sua dramaturgia. Plano Alto, que não acompanhei, parecia ser interessante. Assisti a algumas cenas aleatórias, e gostei. Só não me interessei em ver na íntegra porque estou de saco cheio de política.

Após Os Dez Mandamentos, de Vivian de Oliveira, a Record produzirá Escrava Mãe, de Gustavo Reiz, e na sequência, provavelmente, Marcílio Moraes escreverá a sua quarta novela na emissora.

A Record está bem servida de ótimos autores. Só deveria pensar melhor quanto aos horários de suas novelas e séries.

Cansou!

Falando em A Fazenda... Esse tipo de reality show já deu o que tinha que dar. A Globo e Record deveriam apostar em novos formatos.

Dizem (boatos) que Boninho apostará em ex-participantes para tentar emplacar o BBB15. A última temporada do programa marcou apenas 23 pontos de audiência. A pior média da história.

Posso estar enganado, porém, acredito que o problema não esteja nos perfis dos participantes. A Fazenda, por exemplo, aposta em barraqueiros e vê sua audiência desandar.

O problema é o desgaste.

Acabou! Aleluia!

Finalmente, chega ao fim a reprise de Dancin’ Days no Canal Viva. Não gostei desta trama. Gilberto Braga tem razão quando diz que é a sua pior novela.

Óbvio, como noveleiro, sempre tive vontade de assisti-la. Tentei, fiz de tudo. Não consegui. Desisti antes do capítulo 30. É terrível. Não por ser da década de 70, mas por falta de história.

Queridinho do VIVA, Gilberto Braga entra em cena novamente. Agora com O Dono do Mundo. Foi um fracasso de audiência, mas não é ruim. Só não foi bem introduzida, e o público rejeitou as atitudes de alguns personagens. Lembro pouca coisa dela, e pretendo acompanhar a reprise.  Estreia segunda (27), às 0h. Tem que ser noveleiro mesmo para ficar acordado até essa hora.

O declínio

O fracasso de audiência da reprise de Cobras & Lagartos é compreensível. O Vale a Pena Ver de Novo é um produto apenas comercial, pois é recheado de intervalos comerciais. Há muito tempo não acompanho às reprises da Globo. A última que assisti foi Senhora do Destino, em 2009.

Não estou defendendo a trama de João Emanuel Carneiro, que, de fato, tem um início morno, mas depois o bicho pega. Melhor, pega na exibição original. Na reprise, com censura, já não sei.  

Fico pensando, tentando entender. A Globo quer vender, lucrar. Tudo bem, concordo, pois é uma emissora de TV. Só que é incompreensível a escolha de O Rei do Gado. Junta o excesso de intervalos e uma novela fraca (muito fraca), resultado: recordes negativos de audiência.

É isso. Obrigado pela atenção, e até a próxima.


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