O folhetim tem história simples, mas bem contada.
Por: Jeferson Cardoso
Não se assuste pessoa, se eu lhe dizer que estou amando Rock Story. Não dava nada por esta novela. Não criei expectativa, no entanto, estou amando, vivendo o universo proposto por Maria Helena Nascimento (autora).
Diferente de suas antecessoras, sem esculachos e com pés no chão, Rock Story encanta com uma história bem apresentada; bem conduzida, e com personagens bem escritos.
Até aqui, a trama apresenta um humor sútil, fugindo da lógica de que é preciso apelar para comédia do nível, tipo Zorra, para garantir precisos números de audiência. A narrativa do folhetim também é diferente. De muitos acontecimentos e sem apelo para trilhas instrumentais de suspense, aquelas que enganam e transformam uma cena boba numa maravilha. O texto, na minha humilde opinião, é o diferencial desta obra. Foge da mesmice da panelinha de autores do horário. O público, graças a Deus, respira novos ares.
Com formato de novela e personagens humanos, aqueles que você se identifica de imediato com a sensação de que os conhecem há muito tempo, Rock Story cativa várias faixas etárias de público. O universo musical, que poderia lembrar o de Rebelde, é um achado.
Até aqui, Rock Story não é uma novela forçada, pelo contrário. De história simples, mas muito bem contada, a novela agrada, emociona e, tranquilamente, garantirá o sucesso às 19h. Pode não alcançar os recordes de Totalmente Demais, mas, se mantiver o nível até então apresentado, sem dúvida será referência por muitos anos. Aliás, acredito que já está sendo. Não basta só dar audiência, é preciso também ter uma qualidade inquestionável.
Pra mim, Rock Story parece um sonho. O texto é tão bom que é nítida a entrega dos atores em cena. Na atuação, destaque absoluto para Vladimir Brichta. Alinne Moraes também merece elogios por não deixar a mocinha chata. A surpresa fica por conta de Rafael Vitti, que – se comparado com Malhação – evoluiu [muitooooo] como ator. No primeiro capítulo, quando Vitti ainda não tinha encontrado o tom certo do papel, pensei: lascou-se!. Nos capítulos seguintes, respirei-me aliviado. Chay Suede, que recusou fazer a novela, perdeu a oportunidade de sair da mesmice. Hoje, gostando do Léo Régis, de Rafael Vitti, não consigo enxergá-lo com outro intérprete. Nunca pensei! Gosto muito da relação/reaproximação entre pai - Gui (Vladimir Brichta) - e filho - Zac (Nicolas Prattes). Por ora, só não gostei da interpretação de Paulo Betti, que ainda parece não ter desencarnado o Téo Pereira, de Império.
Quando Babilônia fracassou muitos culparam à direção, sob a responsabilidade de Maria de Médicis e Dennis Carvalho. Hoje, a dupla é responsável por toda a qualidade de Rock Story, seja pela parte técnica ou artística. Por tudo.
Luxuosa, Rock Story parece novela produzida para a elite e que, sem querer querendo, conquista a classe média emergente. Que privilégio!
Era óbvio!
Acertei o desfecho de Tancinha (Mariana Ximenes) em Haja Coração. Cá entre nós, era óbvio. Daniel Ortiz, desde o primeiro capítulo, deixou claro com quem a mocinha terminaria. Assim como é óbvio como terminará o triângulo amoroso de Rock Story. Hahahahaha!
Quem não gosta de Rafael Vitti, cria antipatia com Léo Régis. Só que a Diana terminará com ele. Dúvida? Claro, a autora, em determinado momento da novela, vai fazer o público ficar dividido. Faz parte do folhetim.
Não convence!
Mantenho a minha opinião sobre A Lei do Amor. Parei por uns dias, mas voltei a acompanhar a alguns capítulos esta semana. Apesar dos ajustes, pra mim, continua sem foco e estranha. Infelizmente, não consigo gostar dos personagens desta novela. Reconheço que Grazi Massafera e José Mayer, na atuação, estão ótimos. E só.
Não consigo entender as ações dos vilões. Não convencem. Enfim, não consigo compreender é como Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari não souberam apresentar essa novela, que tinha tudo para ser um sucesso. Se tivessem assistido à Babilônia não passavam por isso. Eles não só repetiram os erros como fizeram pior. A Lei do Amor não daria certo nem na faixa das 23h.
Frustrado, pararei de assistir. E, em respeito aos profissionais envolvidos, pararei de criticar. Comentarei, a partir de agora, só sobre os baixos índices de audiência, que é uma enorme decepção, mas de merecimento.
Saudade de uma novela de verdade na faixa das 21h. Desde Império, estou órfão. Gloria Perez, por favor, surpreenda! Se vacilar, vai ter que reescrever alguns capítulos.
Songamonga!
Nazaré Tedesco está voltando. O maior sucesso dos últimos tempos, Senhora do Destino será reapresentada, mais uma vez, no Vale a Pena Ver de Novo. A estreia está prevista para fevereiro. Que fase! E se reclamar, em 2020 tem de novo!
Será que depois de Senhora do Destino vem Alma Gêmea ou Mulheres de Areia? É triste!
Falando nisso: algo me diz que o fãs de Aguinaldo Silva poderão acompanhar outra novela dele, só que na TV paga. A Indomada deve ser reapresentada pelo Canal VIVA. Será?
Por hoje é só. Estão curtindo Rock Story? A Lei do Amor é ruim mesmo ou eu que não tenho bom gosto? O que acharam da reprise de Senhora do Destino? Obrigado pela atenção e até o nosso próximo encontro.