Por: Jeferson Cardoso
Confesso: estou decepcionado com Ribeirão do Tempo, mas ainda não desisti totalmente. Sim, é verdade que não tenho acompanhando diariamente a trama e, por acreditar na competência de Marcílio Moraes, vejo sempre que possível.
"Passione" e "Ribeirão" eram as minhas apostas para 2010. A trama de Silvio de Abreu, como já comentei, é ótima e sua segunda fase deve surpreender ainda mais. Já Marcílio Moraes, infelizmente, desencantou com uma história morna e com personagens confusos.
É verdade que, nas últimas três semanas, a trama evoluiu em comparação ao seu primeiro mês, que foi decepcionante. A decepção foi tão grande que acabei me afastando e espiando as opções de outros canais, como os programas da Band. No entanto, decidi dar uma segunda chance quando li uma entrevista do autor, onde afirmava que a trama só começaria a partir do capítulo 30. Deveria ter desistido, pois já havia entendido que os primeiros capítulos foram um blá blá blá, ou seja, frustrantes! Porém... Meus quereedos, milagrosamente, reaproximei-me dessa história interiorana, que não tem nada haver com as obras de Aguinaldo Silva, na expectativa de ser surpreendido.
Já se passaram 80 capítulos, e continuo sem gostar da novela. Vejam bem: não é implicância, só que "Ribeirão" é uma novela estranha. Penso que o autor não teve sorte na escalação, que a direção, às vezes, é ínfima e que os personagens ainda são bastante confusos.
O elenco é o mais fraco de interpretação entre todas as novelas da Record. Posso estar exagerando, mas alguns nomes estão decepcionando. Vou citá-los sem medo de errar: Victor Fasano, Mônica Torres, Rodrigo Phavanello, Rafael Calomeni e Aline Borges. Outros ainda não tiveram a oportunidade de mostrar seu potencial porque são meros figurantes, como por exemplo Patrycia Travassos, Solange Couto e Giuseppe Oristânio.
Bianca Rinaldi, que parecia um robô, já encontrou o tom certo para sua personagem, a qual está mais dócil com a aproximação de Diana, interpretada por Letícia Medina.
Do elenco, destaco apenas Caio Junqueira, Letícia Medina, André di Biase, Caio Vydal, Heitor Martinez, Juliana Baroni e Antônio Grassi.
Taumaturgo Ferreira e Liliana Castro? Meu Deus! Que personagens chatos! São os protagonistas, ninguém merece!
Quanto à sinopse de "Ribeirão do Tempo" tenho dúvida: não sei se é fraca ou mal elaborada. Falta centralizar histórias, falta romance; falta humor... Falta aquele gás para decolar de vez.
Dr. Flores, o vilão, interpretado por Antônio Grassi, é o personagem mais confuso da história. Não consigo entender o porquê daqueles crimes. Isto deveria está mais claro para o espectador, principalmente para aqueles que pegam o bonde andando.
Quanto à direção, Edgar Miranda é bom, mas não para o cargo de direção geral, comete os mesmos erros de Chamas da Vida. A edição peca bastante no sentido de dar intervalos comerciais sem deixar gancho, bem como o encerramento dos capítulos. É um tiro no pé!
A audiência, de 10 pontos, é pífia, mas equivalente ao que vem apresentando. Ainda falta muito para o último capítulo (março ou abril), e espero que "Ribeirão" ganhe maturidade e popularidade.
PS: Se nos próximos 30 capítulos o ritmo – cansativo – for mantido, abro mão e desligo a televisão. Minha paciência, neste caso, é curta!
Peço para que os fãs da novela não fiquem irritados, uma vez que, o texto acima é apenas uma opinião pessoal. Não sou o dono da verdade, digo apenas o que penso como telespectador. E, Ribeirão do Tempo, por enquanto, não está fazendo o meu tipo.
Abraços!