O Planeta TV

O que de novo o GfK apresentará aos seus clientes?

E mais... A melhor novela do ano: uma difícil escolha!

Por: Jeferson Cardoso

Há muita expectativa em torno do instituto alemão GFK, que mediará a audiência da TV a partir do próximo ano. Não espero por resultados tão diferentes do Ibope. Em algumas ocasiões haverá divergências, e cada emissora fará seu marketing com o resultado que lhe for favorável.

Em sua implantação, em Portugal, o GFK desagradou, apresentando um sistema falho. Algumas emissoras questionaram e ignoraram as suas aferições. No Brasil, para conseguir conquistar o mercado publicitário, o GFK não pode vacilar.

A credibilidade é essencial, mas o grande desafio do GFK será provar para seus clientes (as emissoras de TV) de que elas têm um público maior. É um desafio em tanto. Será xeque-mate  para o SBT e Record, que disputam a vice-liderança, até mesmo para a Globo que vê o declínio de suas novelas.

Se num instituto, um programa registrar 10 pontos e no outro 4, o bicho vai pegar. A emissora, que se sentir prejudicada, certamente, questionará. Esses benditos números de audiência ainda vão dar o que falar. Vai virar uma bagunça.

Realista, e fanático por estes, há um bom tempo já aceitei o novo padrão. Hoje em dia, novela das nove acima dos 30 pontos é um sucesso.  Aceite você também, dói menos.

Ibope à parte

Estamos com ótimas novelas no ar, a exemplo de Império, Boogie Oogie, Vitória e Malhação. Nessa lista poderia acrescentar Chiquititas, que não assisto, mas ouço falar muito bem. Que venha Alto Astral.

A audiência de Império

Para comentar sobre a audiência de Império, preciso falar de Em Família. A antecessora fez estrago e deixou uma cicatriz enorme na faixa das 21h. Todo o esforço que Walcyr Carrasco fez, com Amor à Vida, para reerguer o horário foi por água abaixo.

Império, em uma semana, conseguiu mais repercussão do que todo o período de exibição de sua antecessora. No ar há três meses, mesmo com horário político, a trama tem 30,3 pontos de média. É um índice a ser comemorado. Não é um fenômeno, mas conseguiu estancar a queda de audiência das 21h e impulsiona a média-dia da emissora.

Obviamente, a audiência de Império não oscilou apenas por causa do horário político. Esperto, Aguinaldo Silva segurou a história. E, na última semana, com boas situações, e sem os políticos, Império bateu recordes no Painel Nacional de Televisão (PNT).

Confesso, estou satisfeito com Império. Demorei a aceitar o perfil de alguns personagens, como o de Cora. É gananciosa, manipuladora. Para ser vilã, não precisa matar, não precisa ser mexicana. A Dona Cora é o que Império tem de melhor.

Império é um tipo de novela que estava faltando às 21h e cumpre perfeitamente o papel de entreter. É um novelaço!

Para alguns, obviamente por ser fã do autor, estarei puxando o saco. Não me preocupo com isso. Esperava menos de Império, só que a cada capítulo fica melhor. Exagero? Talvez, pode ser. Gosto cada um tem o seu. Adoro o estilo sarcástico do autor, e estou muito apegado à Maria Marta (Lília Cabral), Cora (Drica Moraes), Téo Pereira (Paulo Betti), Magnólia (Zezé Polessa) e Severo (Tato Gabus Mendes).

Bobeou, dançou!

Globo tem apostado em novelões clássicos. Império e Boogie Oogie são exemplos. Na faixa das sete, com Alto Astral, a emissora resgatará a tradicional comédia romântica. 

Não adianta tentar ousar, novela é novela; seriado é seriado. Foi brincando que a emissora desanimou os telespectadores.  A grande maioria não tem mais aquela paixão por novelas. Uma pena, já que no meio de frustrações boas novelas estão sendo produzidas.

A novela do ano

Outro dia fui questionado sobre a novela do ano. Respondi: não sei, o ano não acabou. Querem que eu escolha (se é que escolherei) Império antes do tempo. Pode isso? #Deboche

Boogie Oogie e Vitória são ótimas, o que me impede de cravar Império como a melhor. Temos ainda dois meses, tempo suficiente para Alto Astral entrar na disputa. Muita calma nessa hora!!!

Chato!

No passado, em algumas ocasiões, sai em defesa de Britto Jr., mas ele está insuportável nesta temporada de A Fazenda. Aparentemente perdido e sem controle dos ataques das sub-celebridades, ele tem se irritado no ar até com a direção. Discutir com Rodrigo Carelli, diretor-geral da atração, é um problema. A troca de apresentador seria um acerto.

A Record, assim como a Globo, deveria mesmo abrir mão desse tipo de programa. Já deu o que tinha que dar. Há outros melhores, como o Master Chef e Nada Além de 1 minuto (no Programa Silvio Santos).

Troca-Troca

Cesar Filho na Record, e Fábio Porchat no SBT. Britto Jr. em crise na Record; Patrícia Poeta, por tempo indeterminado, na geladeira. Zeca Camargo com viagens milionárias para programa que deveria cobrir os bastidores da TV Globo; Ana Hickmann de volta ao Hoje em Dia, e o destino de Chris Flores qual seria? As duas não se bicam, é verdade.

A Record retomando o horário da teledramaturgia para as 20h30...

É a rádio peão. Sintonize-se.

Primeiro capítulo

Mais tradicional, impossível. Adorei a estreia de Alto Astral. Um novelão clássico. Fiquei surpreso com a interpretação de Thiago Lacerda. Pensei que seria um erro de escalação.

Daniel Ortiz parece ser mais uma revelação, abençoado por Santa Clara e guiado pelo mestre Silvio de Abreu.  

A abertura dispensa comentários, um show, muito bem feita. E a química entre Sérgio Guizé e Nathália Dill? Que casal! Que capítulo! Que estreia! Espero que seja A NOVELA!

O que de novo o GfK apresentará aos seus clientes? Como vêem os números de Império? Gostaram do primeiro capítulo de Alto Astral? Opinem! Obrigado, e até a próxima.


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