Superprodução estrelada por Isabelle Drummond Chay Suede é um dos destaques do ano.
Por: Jeferson Cardoso
Novo Mundo não tem a mesma repercussão (popularidade) de Eta Mundo Bom, mas a supera em tem todos os quesitos. É uma das melhores novelas das seis dos últimos tempos, e talvez da faixa.
Não dava nada por Novo Mundo, hoje digo: é melhor que Cordel Encantado. Algumas pessoas devem estar se perguntando: surtou! É uma questão de gosto, pelo conjunto da obra. A atual novela das seis é deslumbrante, e não é movida apenas pelo casal principal ou por um vilão(ã). O seu melhor está nos dramas secundários, nos personagens paralelos. O texto é muito bom, nada didático; e a narrativa é uma das melhores: frenética. E mais: os autores (Thereza Falcão e Alessandro Marson) não ficam andando em círculos.
Diferente de Os Dias Eram Assim, Novo Mundo não é rejeitada por ser uma trama de época. Pelo contrário, e pelo simples fato de ser um melodrama, um folhetim clássico, misturando ficção com realidade, sem exigir conhecimento de seu público, uma vez que a época [período pré-Independência do Brasil] é pano de fundo e serve apenas para contar uma história de amor (quase) impossível.
Um dos problemas de Novo Mundo, o de sotaque carregado, foi corrigido com a mudança de fase, poucos capítulos após a estreia. Uma pena que mantiveram o filtro de imagem, que prejudica a fotografia. As imagens são escuras, às vezes, embaçadas. Os tons excessivamente cinzas me incomodam.
O elenco, afiadíssimo e muito bem escalado, é um dos pontos positivos da novela. Com destaques para Caio Castro, Leticia Colin, Viviane Pasmanter, Ingrid Guimaraes, Guilherme Piva e Agatha Moreira.
Confesso a vocês que não sou muito fã dos protagonistas. Anna (Isabelle Drummond) e Joaquim (Chay Suede) são chatos. Sorte minha que a trama flui muito bem com núcleos que não dependem do romance deles. Os intérpretes estão bem [apenas bem] em cena, mas não consigo gostar dessas personagens. Talvez seja falta de ousadia dos atores ou culpa dos autores. Ou implicância minha.
A abertura é uma mininovela: linda e inteligente. Maravilhosa!. Amo e muito.
Com quatro meses pela frente, ainda é cedo pra cravar Novo Mundo como épica, mas está se encaminhando para isso. No mais, é merecedora de todo o sucesso de audiência [aceitação do público] e de crítica especializada.
Reconhecimento
Tenho que admitir que, após o capítulo de estreia, os novatos encontram o tom certo e estão bem em Malhação: Viva a Diferença.
A história idealizada pelo estreante Cao Hamburger é agradável; tem características de um folhetim clássico; e é apresentada ao público certo, com temas pontuais e relevantes.
A ótima audiência, de 20 pontos, provavelmente, se deve à proposta inicial: a diversidade, as diferenças raciais e culturais de personagens humanos. Assim como a ideia, os temas (o feminismo, machismo, alcoolismo, racismo, romance interracial, entre outros) levam o público à reflexão, sem moralismo. A letra da música Bate a Poeira, na voz de Karol Conka, usada na abertura foi um achado. Ouçam! Ela resume a novela em um minuto.
"Negro, branco, rico, pobre
O sangue é da mesma cor
Somos todos iguais
Sentimos calor, alegria e dor...
SEJA O QUE TIVER QUE SER, SEJA O QUE QUISER SER!”
Perdeu o fôlego
Adorava Rock Story. Pra falar a verdade, amava. Infelizmente, perdi o interesse na reta final. O último mês, pra mim, é descartável. A novela deveria ter sido encerrada no dia do casamento de Júlia (Nathalia Dill) e Gui (Vladimir Brichta). De lá prá cá, a trama continua ágil, mas de pouco interesse.
Os últimos capítulos não parecem ser de momentos decisivos de novela. É uma pena.
A novela perdeu ritmo, mas isso não tira o mérito da produção. Maria Helena Nascimento se revelou uma excelente autora. Dennis Carvalho e Maria de Médicis (o diretor artístico e a diretora geral) conseguiram entender a ideia da autora e surpreenderam ao apostarem em trilha sonora, fotografia e efeitos especiais (congelamento final de capitulo) excelentes.
Rock Story tem mais altos do que baixos. O único vacilo, na minha opinião, é ter deixado assuntos de pouco interesse para a reta final. No mais, considero-a superior à Haja Coração, mas inferior à Totalmente Demais.
Não empolga
As chamadas de Pega Pega são bem fraquinhas. A sorte é que isso não significa muita coisa. O que importa, de fato, são os capítulos no ar.
No clipe, de 8 minutos postados no Globo Play, não vi química entre Camila Queiroz e Mateus Solano. Thiago Martins parece fraco; e João Baldasserini surge com os mesmos trejeitos [e visual] de Haja Coração. Que horror!
A trilha sonora parece ser boa. Inclusive, é o que salva algumas cenas dos protagonistas, no vídeo de apresentação.
Novela excelente
É impressionante como A Força do Querer só melhorar. As atuações de Emílio Dantas e Débora Falabella impressionam. Que atores excepcionais. Cada vez mais estou convicto: essa novela não seria esse sucesso todo se não fosse a dedicação do elenco. Todo mundo se entrega em cena. Parabéns a todos os envolvidos. E pisa mais que está pouco, Gloria Perez! Rainha!
Infelizmente, acrescentaram filtro nas imagens de A Força do Querer. Às vezes, é de cor azul, verde, amarelo... Lamentável!. A direção, no entanto, melhorou a trilha incidental de suspense. Oba!
Fico impressionado com o trabalho de Pedro Vasconcellos, o diretor geral, que só evolui desde que assumiu o comando de Salve Jorge. É um profissional competentíssimo, e merece todos os créditos e elogios. Uma pena que muitos só enxergam a assinatura de Rogério Gomes.
Por fim, gostaria de lembrar a torcida Jeizeca que Zeca não ama Jeiza. No ar, é muito boa a química entre Marco Pigossi e Paolla Oliveira, mas os personagens não se amam. Por ora, o envolvimento entre eles serve apenas para dividir o público e entrelaçar os núcleos. Se o Zeca vai passar a amar a Jeiza, não sei. O que sei é que ela vai se apaixonar por Caio (Rodrigo Lombardi). Preciso dizer mais alguma coisa? #Deboche
Mudanças!
Após o fracasso de A Regra do Jogo, a Globo vetou a parceria entre Amora Mautner e João Emanuel Carneiro. É para glorificar de pé!. Para a próxima novela do autor, a emissora indicou Dennis Carvalho, que Graças à Santa Clara chamou Maria de Médicis para ser seu braço direito.
Por falar em JEC, os fãs já estão criando sinopses e elenco fakes. Até hoje espero a história de um naufrágio de transatlântico que tinha título de Rainha do Mar. Hahahahahahaha!
JEC pretende repetir parceria com Adriana Esteves, mas pode ficar sem ela. A atriz está sendo disputada por autores que tem prioridade. Como estou de saco cheio, bem cheio mesmo, de panelinhas, torço para que Adriana faça novelas de outros autores. De mesmas caras, já basta as que veremos em O Outro Lado do Paraíso e O Sétimo Guardião.
Não sabe lidar com opinião
Levei um susto com as declarações de Silvio de Abreu no Domingão do Faustão. Infelizmente, o profissional dar ouvidos a quem não deveria. E o pior: ele julga e condena os entrevistados que avaliam os produtos que não fazem sucesso. Segundo ele, Os Dias Eram Assim não foi compreendida porque a educação no Brasil é precária. Hahahahahahaha! Admitir que é ruim ou que foi mal apresentada/executada, jamais. Agora compreendo porque Silvio de Abreu tem dificuldade para virar o jogo de suas obras que começam tropeçando, como As Filhas da Mãe. Entendo também porque algumas novelas, como Torre de Babel e Guerra dos Sexo [remake], se desconfiguram e perderam o rumo...
É isso, gostam de Novo Mundo? Estão satisfeitos com os momentos decisivos de Rock Story? Estão animados com Pega-Pega? A Força do Querer é boa ou excelente? =D
Abraços e até o nosso próximo encontro! ;)