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Novelas e programas: as expectativas para 2015!

Se contratada, Xuxa fará sucesso na Record?

Por: Jeferson Cardoso

Passado as festas de fim de ano, e uma pausa para descanso, retomo as atividades do Blog Curtas & Quentes. E o primeiro tópico de 2015 não poderia ser diferente. Uma pincelada sobre as estreias do ano e, claro, um breve comentário sobre as novelas que estão em exibição.

Malhação: gosto muito da novelinha. Não é perfeita, mas é bem feita. A história é simples, e tem bons atores. Como não acompanhei os últimos anos, não sei se é melhor ou pior que as temporadas passadas, mas essa atual despertou o meu interesse. Sempre que posso, assisto.

O Rei do Gado: Uma reprise que não boto muita fé. Não condeno a reapresentação, mas é um tipo de novela que, hoje em dia, não faço questão de acompanhar. Ainda aposto no fracasso, mesmo que segurando a audiência dos momentos decisivos de Cobras & Lagartos. Sem intervalos e abertura comercial é fácil. Quero ver depois do dia 26.

Cobras & Lagartos: Lembrava muito pouco desta novela, mas sabia que não era um novelão. Na época de sua exibição até ficava me perguntando como dava tanta audiência. É um bom folhetim, só na comédia que João Emanuel Carneiro escorregou.  Uma pena a reprise não ter despertado tanto o interesse do telespectador.

Boogie Oogie: Confesso que desisti desta novela. Cansei. Infelizmente, uma trama tão ágil, tão bem estruturada, se perdeu. Desanimado, voltarei a acompanhar apenas nas últimas semanas.

Alto Astral: Uma novela injustiçada. É muito boa, e não merece a baixa audiência que vem alcançando. É preocupante. O grupo de discussão detectou uma boa aceitação; os índices de audiência estavam acima do esperado; e do nada tudo vai por água abaixo. A culpa não é das festas de fim de ano. A queda aconteceu umas duas semanas antes. É uma situação complicada, principalmente para o autor. Fico preocupado porque também não vejo erro na narrativa da novela. Qualquer mudança, por um  melhor resultado de Ibope, pode comprometê-la. Apenas duas coisas me incomodam: o visual de Nathalia Dill, que parece estar abatida em cena; e a anjinha cupido, interpretada por Nathalia Costa. A garota não conversa, o que deixa a personagem chata e boba.

Império: continuo gostando, e muito. A maioria, acostumada com narrativas bem próximas das mexicanas como Avenida Brasil e Amor à Vida, esperava por uma novela mais agitada, com reviravoltas, gritarias... Enfim, essa novela de Aguinaldo Silva é bem tradicional, até demais. É um estilo de novela que gosto, mas compreendo que ela, de fato, não é uma perfeição. Há capítulos excelentes, outros nem tanto. No geral, é uma boa novela. Estou muito satisfeito. A simplicidade e o sarcasmo dos personagens, pra mim, são os pontos fortes. Restam dois meses para o seu fim. Uma pena, já sinto saudade.

Vitória: É impressionante o talento, o esforço e dedicação de Cristianne Fridman. Não canso de dizer isso, e cada dia mais tenho a certeza de que ela é uma das melhores autoras de sua geração. Vitória, no início, teve seus altos e baixos, mais baixos diga-se de passagem, mas, diferente de outras, ficou excelente. As sequências da morte de Bruno (Augusto Garcia), logo após o casamento, foram emocionantes.  O drama de Zuzu (Lucinha Lins), que descobriu o Alzheimer, é tocante; e os vilões, bem definidos, são os destaques. Iago (Gabriel Gracindo) e Priscila (Juliana Silveira) são personagens incríveis. Uma pena esse novelaço ser exibido num horário tão ingrato. Como diz o Jorge (André di Mauro): Aiaiaiaiai!

As expectativas para 2015

Não estou muito animado, e espero ser surpreendido. É um ano de produções que não fazem muito o meu estilo. Pode ser que no ar não seja aquilo que imagino, como Sete Vidas, que torço para que não seja tão depressiva como foi A Vida da Gente. Tenho que ser otimista, e apenas duas produções chamam a minha atenção: Babilônia e Favela Chique.

Felizes Para Sempre: As chamadas desta minissérie, de Euclydes Marinho e produzida em parceria da O2 Filmes, não despertam o meu interesse. Falta uma explicação melhor da trama, que abordará os mais diversos conflitos de casais. Tenho a impressão de não irei gostar (quase certeza). Será exibida na segunda faixa de linha de shows da Globo, por volta das 23h15, após o BBB15. Curuzes, diria o Téo Pereira. É um horário que deveria ser melhor valorizado, com histórias e não com cenas de apelo sexual. Nada contra, já que o horário permite. Mas a sensualidade e vulgaridade são coisas bem distintas. Li que a minissérie sofreu censura interna, e mesmo assim deve ficar bastante ousada no ar. Aposta para a audiência (média geral): entre 14 e 16 pontos.

Sete Vidas: Certamente será uma novela bem escrita. Lícia Manzo é uma excelente autora. O fato de eu não gostar do estilo das histórias dela não me impede de elogia-la. Espero que essa novela não seja tão depressiva. É complicado você chegar em casa depois de um dia corrido e sintonizar num programa de baixo astral. Acredito que ela manterá os índices de audiência de Boogie Oogie, na faixa entre 17 e 18 pontos. É o teto das 18h.

Babilônia: Estou animado com essa novela. Conheço muito bem o estilo de Ricardo Linhares e Gilberto Braga. Eles também apresentarão uma novela bem tradicional, longe de ser mexicana como muitos querem. As vilãs - interpretadas por Adriana Esteves e Gloria Pires - devem frustrar aqueles que esperam por maldades exageradas, como as de Carminha (Avenida Brasil). Estão previstos apenas 162 capítulos, e facilitará a vida dos autores - que ganham o reforço de João Ximenes Braga. Sou admirador do trabalho de Gilberto Braga, e acompanho com prazer - pela primeira vez - O Dono do Mundo, no Canal Viva. Ele consegue num só capítulo, apresentar, desenvolver e finalizar um determinado assunto. É incrível a estrutura dos capítulos desse dramaturgo. Independente de audiência, sei que vou gostar de Babilônia porque conheço o universo de seus autores. Ainda é cedo para apostar numa média de audiência. Antes, preciso ver como Império entregará o horário.

I Love Paraisópolis: Misericórdia, que título tenebroso. É cedo ainda para opinar sobre esta novela, já que o resumo da sinopse ainda não foi divulgado. A história precisa ser muito boa, porque o elenco é fraco. Bruna Marquezini, Caio Castro, Letícia Spiller, Tatá Werneck, Henri Castelli e Maurício Destri serão os protagonistas. Curuzes! Melhor manter-se em silêncio, à espera de maiores informações.

Favela Chique: Ninguém duvida do talento e criatividade de João Emanuel Carneiro. Do pouco que ele adiantou em entrevista ao jornal O Globo, certamente, será um novelão. É a minha aposta para 2015, talvez a salvação. Desta vez, o vilão será um homem, o personagem de Murilo Benício. Trata-se da história de um homem (Murilo Benício), um bandido, que a princípio é mau, mas se apaixona pela ideia de ser santo. A intenção do autor é mostrar a redenção desse cara. É por isso que digo, JEC é um Gênio!

Os Dez Mandamentos: A Record trocará o horário de suas novelas, a partir do lançamento desta novela bíblica. A emissora, tarde demais, apostará na faixa das 20h30.  Será a primeira novela de Vivian de Oliveira, que surpreendeu à frente de ótimas minisséries. Penso que essa temática esteja cansando o telespectador, mas é o que ainda se sobressai na Record.  Em termos de audiência, é óbvio que será terceira colocada atrás do SBT, que hoje é consolidado no horário. Números de Ibope à parte, torço por uma ótima história.

Verdades Secretas: Algumas pessoas acham que tenho implicância com Walcyr Carrasco. Já expliquei isso, mas preciso reforçar. É um bom autor, só é muito repetitivo e tem um texto de qualidade questionável, muito caricato e infantil. Tirando esse defeitinho, que é grave, é um bom autor. Ele foi muito bem com o remake de Gabriela, e pode surpreender - principalmente com o texto - neste novo trabalho. Pode se revelar uma grata surpresa.

Encontro Marcado: Com direção de Rogério Gomes, a novela de Elizabeth Jhin, e estreia prevista para julho, terá como pano de fundo uma temática espiritual,  com enfoque maior na Cabala. Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, servirá de cenário. Letícia Persiles, Rafael Cardoso e Irene Ravachi estão cotados para o elenco. A sinopse ainda é mantida em sigilo, mas, há um tempo, Jhin revelou o desejo de fazer uma trilogia sobre o tema espiritualidade e reencarnação. Só para constar, em Eterna Magia, a autora falou sobre bruxas; e em Escritos nas Estrelas, sobre anjos. É um tema que ainda rende e cai muito bem para a faixa das 18h.

Cúmplices de Um Resgate: Não sou telespectador das novelas do SBT porque não faz parte do meu perfil. Outro dia - acompanhando meu sobrinho - resolvi prestar atenção em Chiquititas. A produção e a qualidade são muito superiores a de Carrossel. O texto idem. Irís Abravanel evolui bastante. O SBT está consolidado com o público infantil, e dificilmente perderá a confiança dos pequeninos. Aposto no sucesso de Cúmplices, e acredito que deva manter os dois dígitos de audiência.

Quantos aos programas de auditórios...

Rodrigo Faro, aos domingos, evolui muito como apresentador, mas o seu programa - sem identidade - é muito ruim. O dominical precisa de investimentos, se não correrá o risco de uma crise interna.

Esquenta!, Programa da Sabrina, Programa Raul Gil, Domingo Show, Domingo Legal são produtos que deveriam ser extintos. As emissoras, entretanto, precisam ter "qualquer coisa" que preencha a programação. Se não tem tu, vai tu mesmo.

Altas Horas e Legendários, são bons programas, mas demonstram cansaço. Os convidados e os assuntos estão se repetindo. É preciso tomar cuidado para não chegar fragilizado em 2016.

O novo Zorra Total e o Programa do Gugu, acredito, serão um dos micos do ano. O humorístico da Globo não tem mais jeito. Quanto mais mexe, pior fica. Na Record, Gugu fará sua estreia no horário nobre, três vezes por semana. O formato deve ser o mais do mesmo, com assistencialismo e games com famosos. Deve ser vice-líder de audiência, com o SBT na cola.  

A Globo promete uma das melhores temporadas do Big Brother Brasil. Pode até ser, mas dificilmente recuperará a audiência perdida. Mesmo sem concorrência, acredito que a décima quinta temporada desse reality show não ultrapassará os 23 pontos de média geral. Lembrado que, no ano passado, alcançou apenas 22. O importante é estancar a queda, para ser considerada um sucesso. #Deboche

Discutindo a Relação, versão de Power Couple, apresentado por Cesar Filho, é mais um reality show de confinamento e deve estrear em meados de maio na Record. Trata-se de uma competição de casais em que pelo menos um dos parceiros é famoso. O cantor Belo será convidado, sim ou certeza? Sem comentários! Misericórdia!

O Vídeo Show terá os retornos de Miguel Falabella, Vinícius Valverde e Cissa Guimarães, com participações de Marcelo Serrado. O formato mudará bastante ao longo do ano. Começará de um jeito e terminará de outro. É sempre assim. Infelizmente, é um programa que perdeu a identidade, e que os malditos números de audiência interferem na sua qualidade.

Curti o novo trio de apresentadores do Hoje em Dia. A estranheza no início é normal. Cesar Filho foi uma boa aquisição da Record. Só achei equivocada a saída de Edu Guedes e o retorno de Ana Hickmann. Entendo que programa está desgastado, e precisava de mudanças, mas Hickmann...

E a Xuxa? Vai ou não vai para a Record? Infelizmente, tudo encaminha para um desfecho a favor da emissora de Bispo Edir Macedo. Como a esperança é a última que morre, torcerei para que isso não se concretize até o último segundo. Segundo consta, a Record tem dois projetos para a "Rainha dos Baixinhos": um para as tardes de sábado; e uma atração diária, bem parecida com um talk-show, que reúne pessoas famosas e anônimas, além de quadros humorísticos. Ainda que não esteja nada confirmado, a Record já teria até reservado um de seus estúdios no RecNov, para facilitar a vida da apresentadora que mora no Rio de Janeiro. Gugu seria o primeiro a recebê-la, na estreia de seu programa. O que acho de tudo isso? Um pesadelo, com grande chance de insucesso.

A Globo não quer Xuxa, se quisesse já tinha renovado o contrato. É fato. Se porventura vier a renovar, as relações ficarão estremecidas. Se assinar com a Record, não me faça a bobagem de assumir um programa diário. Um talk-show, de temporada, no horário nobre, ou  um semanal - aos sábados - com musicais e entrevistas - seria mais prudente.

É isso, 2015 promete! Sei que deixei de falar sobre muitas coisas, mas vou comentando aos poucos, a medida que vão surgindo novas informações. Quais as expectativas de vocês para o ano? Se contratada, Xuxa fará sucesso na Record? Babilônia surpreenderá? Estou enganando - e morderei a língua - com Sete Vidas e I Love Paraisópolis?

Obrigado, e até a próxima! =D


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