De personagens encantadores, a trama é clássica e atemporal.
Por: Jeferson Cardoso
As primeiras impressões de A Força do Querer, pra mim, são ótimas. Em uma semana, Gloria Perez conseguiu o que as tramas antecessoras prometeram e não cumpriram em seis meses de exibição. De personagens encantadores, e bem escritos, o folhetim é (até aqui) um NOVELÃO clássico, atemporal, ágil e, no meu ponto de vista, perfeito para a faixa das 21h.
Há dois anos não acompanhava uma novela das nove. Para falar que não vi, assistir a alguns capítulos avulsos das tenebrosas obras apresentadas nos últimos dois anos. Não esperava ser fisgado tão rapidamente por A Força do Querer. Sabia que iria gostar, pois sou fã da autora e dos universos propostos por ela.
Nesta novela, Gloria mantém seus vícios, que o público adora, mas que os jornalistas detestam. Quais? Pois bem. Ela aposta em atores que alguns, por implicância, julgam como fracos; foge do óbvio na escalação do elenco principal; aposta fielmente no romance do casal principal (com idas e vindas) até o capítulo 40 ou 60, quando normalmente acontece uma reviravolta; apresenta as personagens aos poucos (passo a passo), as vilãs – inclusive -demoram a demostram que são monstras. Em A Força do Querer, Gloria é a mesma Gloria de Salve Jorge, Caminho das Índias, e etc. É a Gloria do povão. A diferença (no meu ponto de vista, é claro) está na direção artística, com a brilhante assinatura de Rogério Gomes.
De imediato, pode-se observar que o diretor artístico entendeu muito bem a mensagem que autora queria levar para o público. A parceria nasceu como um sucesso e, sem nenhuma zebra (fatores externos relacionados à ficção) acontecer, deve terminar como um fenômeno. Por ora, só tenho a agradecer pela a não utilização de filtro na fotografia. As imagens (limpas) é umas das mais bonitas desde... nem lembro!
Outro ponto positivo de A Força do Querer é o elenco, de bons a ótimos atores (e seguros). Veja bem, Lília Cabral, genial, se entregou à personagem – que tinha tudo para ser insuportável – e fez com que o público torcesse por Silvana de imediato. A “entrega em cena dos atores” é a palavra-chave. Ritinha (Isis Valverde), Bibi (Juliana Paes), Aurora (Elizangela), Ivana (Carol Duarte), Jeiza (Paolla Oliveira): que personagens! Do elenco, até o momento, a única frustração é o vacilo de Humberto Martins, que só não está desprezível graças a presença de Lília Cabral.
Na audiência, em sua primeira semana, A Força do Querer cumpriu o seu papel. De fazer uma boa estreia e manter-se estável, para não ser prejudicada em seu desempenho final. Por ora, de 32 pontos. Se vai subir, não sei. Torço para que – até o capítulo 40/60 quando de fato começa as novelas de Gloria Perez - se mantenha na casa dos 28 a 32 pontos.
A Força do Querer só acaba no dia 20 de outubro (serão 173 capítulos – confirmados pela autora), portanto ainda é cedo para dizer: obrigado Gloria. No entanto, agradeço-a por me fazer a assistir uma novela com jeito de novela, e num horário que já havia perdido o hábito. Ahhhhhh bruta flor do querer, ah bruta flor, bruta flor!
N-O-V-E-L-A-Ç-O
#NuncaPensei que fosse acompanhar três boas novelas, no ar, na Globo. E, principalmente, que assistiria à três ótimas novelas seguidas na faixa das 19h. Enquanto alguns ficam discutindo qual é a melhor (Rock Story, Totalmente D+ ou Haja Coração), eu vivo intensamente a atual. Que novela, meus amigos.
Eu fico impressionado, de boca aberta, com a narrativa de Rock Story; com a qualidade do texto; e com as características das personagens. É uma agilidade absurda, de cenas curtíssimas, intensas e prazerosas. Parece um sonho, até repito o que eu disse logo após a estreia, em novembro: “Luxuosa, Rock Story parece novela produzida para a elite e que, sem querer querendo, conquista a classe média emergente. Que privilégio!”.
Sem apelar para trilhas incidentais (aquela musiquinha de suspense exagerado) e humor esculachado, Rock Story marca época com história e personagens cativantes. Pode não ser recordista de audiência, mas tem uma qualidade inquestionável.
A melhor cena da novela, a meu ver, foi ao ar no sábado passado, quando (Danilo Mesquita) contou aos pais que está com câncer. Foi uma sequência espetacular, com um show à parte de Suzy Rêgo.
Só não digo que Rock Story é perfeita porque acho que Maria Helena Nascimento (autora) falhou na condução da Lorena (Nathalia Dill). Demorou (enrolou) muito para destacar a personagem, e no fim matá-la. Eu acreditei que ela seria uma grande vilã e uma aposta para a reta final. Talvez, criei uma expectativa que não exista. Bobagem, de vilões a novela está bem servida.
Por fim, que Diana, Júlia, que nada. A minha personagem favorita é Neia (Ana Beatriz Nogueira). Que papel incrível!!!. Tá aí uma referência deste novelão.
Bingo!
Não precisava de uma bola de cristal para cantar o fracasso do Dancing Brasil. A desculpa da baixa audiência, obviamente, é a ausência do sinal da Record TV na TV paga. Só que não. A emissora, que sonha a liderança, deveria ter esperado a Globo decretar o fim do pesadelo, ops, BBB17.
Para tentar emplacar o reality show, a emissora anuncia reprise nas noites de sábado. Tão de brincadeira! Tomara que dê mais audiência do que às segundas e transferem o dia de exibição.
Aos sábados, na faixa das 20h30, foi o horário que sempre “sonhei” para Xuxa na Record. Mas não para reprises. Faça-me um favor!
É isso, quais as opiniões de vocês sobre os primeiros capítulos A Força do Querer? Rock Story é tudo isso ou é exagero? Xuxa tem “salvação” nas noites de sábado da RecordTV?
Obrigado, abraço, e até o nosso próximo encontro.