Vale a Pena Ver de Novo é o responsável por alavancar o horário nobre da emissora.
Por: Jeferson Cardoso
Poucas pessoas acreditavam no sucesso de O Rei do Gado. Os que acreditavam, apostavam em 15, 16 pontos de média. A reprise surpreendeu e só porque faz um enorme sucesso, uma parte do grupo de noveleiros acredita que apenas novelas antigas são capazes de manter os altos índices. Discordo. Não são todas as produções do passado que possuem qualidade e que agradam aos saudosistas e, principalmente, as donas de casa. Há aquelas que “explodiram” na audiência, mas....
Por Amor é uma opção, mas não seria legal colocá-la no ar junto com A Regra do Jogo. Pois, acredito, que poderia atrapalhar os trabalhos de Susana Vieira e Cassia Kis Magro. Não sei até que ponto isso poderia influenciar, mas é bom evitar.
Não sou telespectador do Vale a Pena Ver de Novo (porque trabalho no horário), mas entendo a complexidade na escolha da substituta de O Rei do Gado. Não é fácil identificar uma novela que agrade a maioria (principalmente daqueles telespectadores que assistem pela TV). Hoje, muitos veem na Internet. Enfim, a Globo sabe que, se errar com a reprise, prejudicará os desempenhos de Malhação e da novela das seis. O que importa para a emissora é a audiência, então é preciso saber a quem dar ouvidos.
Anjo Mau, A Indomada, Ti Ti Ti, Paraíso e Cordel Encantado são as minhas apostas, e acredito que, qualquer uma, seguraria – pelos menos uns 15 pontos. Ou não. Por ora, achismo.
O melhor reality show
Menos humilhante e mais teatro. Resumo assim os dois episódios iniciais do MasterChef, o meu reality show favorito. Mais comedidos, os jurados pegaram “leve” na fase de seleção. As broncas e críticas foram ponderadas, se comparadas com as do ano passado. As caras e bocas do júri, no entanto, continuam. Carismáticos, o trio de jurados vem protagonizando momentos hilários, mesmo (às vezes) sem espontaneidade e exagerando nos trejeitos. MasterChef não pode perder a naturalidade. Os jurados devem ser rígidos, mas sendo eles mesmos.
Na intenção de tornar o reality show popular e, principalmente, de conquistar uns pontinhos de audiência, os chefs classificaram os participantes sem grande potencial culinário, mas que podem despertar o(a) interesse (torcida) do público.
MasterChef é muito bom. Um dos grandes acertos da Band na temporada passada. Só não pode abusar se não perde o encanto. O programa começa pra valer com a fase de eliminação, quando testa os nervos dos candidatos e deixa o telespectador aflito. É angustiante, mas também é divertido.
Novelaço
Pra mim, Sete Vidas é a melhor novelas seis desde Cordel Encantado. Não tinha expectativa nenhuma por essa novela, que me pegou de jeito. Sou viciado e, se dependesse de mim, seria esticada até... Brincadeira: a trama é ótima por ser curta; ter poucos personagens; e, principalmente, por apresentar uma boa história.
A praticamente um mês do fim (sim, infelizmente está acabando), Sete Vidas impressiona a cada capítulo. E o que mais chama a minha atenção é o fato de os conflitos acontecerem naturalmente, sem ser mexicana – com revelações, gritaria, tapas na cara e personagens cheios de caras e bocas. Resumindo: Sete Vidas me seduz pelo clichê e me impressiona pelo naturalismo.
Quem acompanha aleatoriamente considera uma novela fraca, chata e arrastada. Coisa que ela não é. Na semana retrasada, foi ao ar uma das cenas mais lindas e emocionantes: o encontro dos irmãos em um parque, reaproximando-os. Foi lindo, tocante.
Novelaço II
Misturas de raças, somos a cor do Brasil. Brasil, Brasil, Brasillll... A felicidade mora aqui.... Lá lá lá lá.
Adoro a música tema de abertura de I Love Paraisópolis. Outro novelaço. Essa novela só melhora a cada capítulo. Caio Castro e Bruna Marquezine estão ótimos. Mas, para mim, Maria Casadevall ainda é a maior surpresa. Como nem tudo são flores, estou detestando a atual de Tatá Werneck. Não entendo nada das falas da personagem dessa atriz. Paciência.
Após sucessivas decepções, não esperava por tantas novelas boas. A atual safra, com a exceção de Babilônia, é ótima. Incluem-se na lista os folhetins da Record e SBT. Da Globo, salva-se até mesmo Malhação, que há muito tempo não acompanhava.
Novela “sensual”? (ilusão)
Muitos não acreditam no sucesso desta novela de Walcyr Carrasco. Talvez o resultado não seja surpreendente, mas não apostaria no fracasso. Arrisco em dizer que dará 16 pontos de média geral. Para a estreia, aposto em 21 ou 23 pontos. Para a realidade de hoje, esses índices, para mim, são “ótimos” para a faixa das 23h.
Inocente, espero que Walcyr Carrasco não apele para vulgaridade. Pelas chamadas de divulgação, percebe-se que será uma novela com apelo – extremamente – sexual. O horário permite, mas... Não é fácil. Vamos ver se existe uma história (mensagem) por trás de todo o espetáculo.
Detesto novelas que são vendidas como “sensuais”. Quem sabe não dou o braço a torcer para Verdades Secretas.
É para rir?
Gosto, e muito, do formato atual do Vídeo Show. É a melhor dos últimos anos, mas três coisas me incomodam:
1 – A falta de abertura
2 – A falta de seriedade dos apresentadores. As brincadeiras de Otaviano Costa e Monica Iozzi passam dos limites e transformam o programa numa zorra.
3 – Apresentadores comentando as matérias e repetindo as mesmas falas, testando a paciência do telespectador.
Sou defensor do Vídeo Show, que, mesmo sem identidade e desfigurado, ainda vale a pena pelas reportagens de bastidores do fabuloso Projac. Mas paciência tem limites. Ao vivo, é preciso saber improvisar e deixar as coisas fluírem naturalmente. Às vezes, tenho a sensação do “combinado”. Na verdade, falta espontaneidade dos apresentadores (ou seriam animadores de programa de TV?). Tudo com excesso perde a graça.
A próxima das seis
A sinopse de Além do Tempo é interessantíssima. O elenco também é excelente. A direção, sob a responsabilidade de Rogério Gomes, dispensa comentários. Tem tudo para dar certo. Espero que Elizabeth Jhin saiba enganar o telespectador na fase chamada de "barriga", que é impossível não ter com 197 capítulos.
A ideia central: Felipe (Rafael Cardoso) é noivo de Melissa (Paolla Oliveira) e um membro de uma nobre família italiana. Ele virá ao sul do Brasil a negócios e por aqui vai conhecer e se encantar por Lívia (Alinne Moraes). Isso tudo acontecerá no século 19 e eles terão que lidar com as diferenças entre as classes sociais para viver o amor. Nos dias atuais, eles irão se reencontrar de alguma maneira. Alguns personagens terão a chance de reparar os erros cometidos em outras vidas.
A novela estreia no dia 13 de julho.
Curiosidade
Babilônia ficou melhor após os ajustes? Tem fôlego para até o fim de agosto? #Deboche
Chatices e ironias à parte, paro por aqui. Para vocês, qual a novela ideal para substituir O Rei do Gado? Acreditam no sucesso de Verdades Secretas? Obrigado pela atenção e até o nosso próximo encontro. ;)