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Encantadora, novela das sete da Globo é Totalmente Demais

O folhetim é sucesso de crítica e audiência.

Por: Jeferson Cardoso

Falar da novela das sete é totalmente demais. Trocadilho à parte, meus queridos, que folhetim é esse? Há três meses no ar, TD+ é tudo de bom. Chama a minha atenção a maneira como os autores (Rosane Svartman e Paulo Halm) conduzem a história, de ritmo eletrizante. Ainda, com mais três meses pela frente, é cedo para dizer que TD+ é perfeita, mas, hoje, beira a isso. Talvez seja um exagero, no entanto, o universo e os personagens desta novela me encantam.

O pano de fundo da novela é o concurso homônimo ao título, que não cansa o público, mas que irrita alguns jornalistas cri-cri-críticos. O concurso, no entanto, não é o alicerce de Totalmente Demais. A história não se move apenas nisso. Há diversos conflitos, principalmente paralelos à trama central. É um novelo, novelaço.

Quando os autores mudaram a personalidade de Fabinho (Daniel Blanco), pensei: surtaram. O comportamento dele, no contexto da novela, é compreensível. É um menino rebelde, mimado que tenta conquistar a confiança do pai. 

TD+ vive o momento de troca de casais, o que é necessário em qualquer folhetim. Para aproximar Arthur (Fabio Assunção) de Eliza (Marina Ruy Barbosa), os autores uniram Leila (Carla Salle) e Jonatas (Felipe Simas). Criou-se também um romance entre Rafael (Daniel Rocha) e Lili (Vivianne Pasmanter), para haver um triângulo com Germano (Humberto Martins). Nesse momento da história, Carolina (Juliana Paes) perde espaço, ficando sem função. Daqui a pouco, seguindo a lógica, os autores reaproximarão a personagem de Arthur. É importante ressaltar que Carolina mudou de personalidade para atender a um grupo de discussão. E entramos na parte final: com quem Eliza deve terminar? Com o seu sapo, é claro.

Foto: Divulgação/Globo

Outra coisa que me encanta em Totalmente Demais é a trilha sonora, inclusive a internacional. A trilha instrumental utilizada em quase todas as cenas é outra marca da novela.

Rosane Svartman e Paulo Halm capricham no texto; adoro quando eles fazem trocadilhos e referências aos filósofos e escritores. Os autores também estão de parabéns pelas abordagens atuais e importantes para a sociedade, como a homofobia.

Taí uma novela que merece todo o sucesso que tem.

Tá acabando!

Prometi não falar sobre A Regra do Jogo, mas preciso fazer uma observação. É verdade que não assisto a esta novela (não gosto, não faz meu tipo), no entanto, preciso fazer um elogio. No feriadão de Carnaval, deparei-me com uma cena estupenda. Uma em que Vanessa Giácomo e Cauã Reymond se entregam ao ponto de transbordar emoção na telinha. Na cena, Tóia revela a Juliano está grávida de Romero. Valeu a pena, e só. 

Na reta final, como era de se esperar, a audiência reagiu. Só que um pouco tarde. A quatro semanas do último capítulo, a média é de 27,4 pontos. Termina com 28. Merecido. #ProntoFalei

A nova das nove

O teaser de Velho Chico decepcionou muita gente. A Globo então antecipou as chamadas. É impossível não fazer comparações com Meu Pedacinho de Chão e até mesmo com Hoje é Dia de Maria.  

Quem está acostumado com uma trama ágil, certamente, não gostará de Velho Chico. Acredito que os primeiros capítulos, principalmente a primeira fase, irão agradar. A minha preocupação é com o ritmo da terceira fase. Benedito Ruy Barbosa tem uma narrativa lenta (isso não quer dizer que seja ruim). É um profissional de primeira. Eu, particularmente, sou fã. Vocês sabem que eu gostei de Meu Pedacinho de Chão, que não agradou muita gente e não foi um sucesso.

Tá nítido nas chamadas que Velho Chico será um folhetim clássico, óbvio, tradicional. Tem tudo para começar razoavelmente bem e não sofrer uma rejeição como A Regra do Jogo e Babilônia. Claro, depende da forma como será apresentada e conduzida.

A direção, sob a responsabilidade de Luiz Fernando Carvalho, deve sim usar os efeitos e aquele universo mágico – algo parecido com aquilo que foi apresentado em Meu Pedacinho -, mas com cautela para que as cenas não fiquem tão teatrais. No mais, é torcer para que Edmara e Bruno Barbosa – os autores – consigam apresentar uma história encantadora. Do início ao fim, e não só no fim. Se vacilar, o público não perdoa.

Por ora, recuso-me acreditar que Velho Chico será tão ruim quanto A Regra do Jogo. Porém, não coloco minha mão no fogo.

Tchau!

Finalmente acabou o circo plantado por Monica Iozzi na bancada do Vídeo Show. É vida que segue. A audiência do programa, sem a atriz, digo, apresentadora, segue na mesma, oscilando entre 8 e 10 pontos. Vice-líder atrás do Balanço Geral SP (Record).

O que dá audiência ao Vídeo Show é o casting de estrelas da Globo. #Fato

Repete mais que tá pouco!

Continuo gostando de Eta Mundo Bom! Algumas coisas incomodam, como os diálogos repetitivos e cenas bobas. A história, muito simples, não deslancha. Essa novela é um remix de todas as outras de Walcyr Carrasco.

Demorei a entende o núcleo do humor, mas não gosto dos personagens. Tenho uma certa implicância com as mesmices de Elizabeth Savalla em cena. Por outro lado me surpreendo com o esforço de Camila Queiroz. Ela está muito bem com aquele sotaque carregado.

No meu ponto de vista, há um erro grave com a protagonista de Eta Mundo Bom!. Filomena, defendida por Débora Nascimento, é uma personagem torta. Não tem como torcer para ela. Entendo que a intérprete não está no tom ideal, mas vejo que se o autor realizar uns ajustes no perfil da personagem favorecerá a atuação da atriz e também irá melhorar a aceitação da mocinha, que até agora parece uma figurante.

Credo!

Tem gente assustada com o título da novela de Walther Negrão, que foi batizada de Arigatô Amore Mio. É ridículo, concordo. Não tem como defender um título desse. A história de imigrantes japoneses parece que será um negócio da china.  #Deboche Hahahahahahahahaha!

Quando?

Duvido que a segunda temporada de Os Dez Mandamentos seja levada ao ar antes de abril. Também acredito que a continuidade da história será produzida em 100 capítulos.  A Terra Prometida deve ficar para o final de agosto ou início de setembro, após as Olimpíadas.

A Record continua despreparada e, nos bastidores, trabalha de forma amadora. É impossível compreender a dificuldade que a emissora tem para dar início às gravações de Os Dez Mandamentos. De certa forma, o atraso deve favorece-la. É bom esperar o lançamento de Velho Chico para conseguir chamar a atenção da imprensa e também daqueles que não se apegaram à novela da Globo. Vai ser interessante o confronto entre Os Dez Mandamentos e Velho Chico. A disputa de ser acirrada, principalmente às quartas.

É isso. Totalmente Demais é tudo isso mesmo? Quais as impressões das chamadas de Velho Chico? Por que A Regra do Jogo demorou tanto a decolar? E o que dizer sobre o título da próxima das seis da Globo?

Obrigado pela a atenção, e até o nosso próximo encontro.


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