Por: Jeferson Cardoso
Audiência: A que vale é a de São Paulo!
Fico impressionado como algumas pessoas, que não aceitam o fracasso de um determinado programa, tentam fugir da realidade. Vou citar como exemplo a reação de Roberto Justus, que não aceitou a derrota para Luciana Gimenez. Para defender seu péssimo programa, diga-se de passagem, o apresentador argumentou que seu programa dava o dobro do programa de Luciana Gimenez na audiência nacional. Quanta bobagem, minha gente. Como publicitário, Justus deveria saber que a audiência que vale é a de São Paulo. Para o mercado publicitário o restante do Brasil não tem peso algum. Vou repetir para que fique bem claro: PARA O MERCADO PUBLICITIÁRIO... Com isto, meus queridos, não adianta um programa marcar 70 pontos lá no Nordeste, que será considerado fracasso, uma vez que, marque apenas 10 na Grande São Paulo.
Faltam profissionais
No último mês, a Record fez um mega evento, com a presença do presidente Lula, para inaugurar seus novos estúdios no RecNov. Realmente o investimento é grande, os estúdios ficaram bonitos e até impressionaram os grandes profissionais da Globo, no entanto, a emissora carioca não tem o que se preocupar. Enquanto a Record viver na sombra da Globo ela não vai a lugar nenhum. A emissora do bispo Edir Macedo precisa esquecer a líder e se preocupar com a segunda colocação, que ainda é ameaçada pelo SBT. A Globo, nos últimos anos, vem apresentando queda brusca de audiência, mas ainda é muito superior à Record. A verdade é simples: a Globo, mesmo em queda, não está preocupada com a audiência, e sim, com a qualidade de seus produtos. Enquanto isto a concorrência segue sem pessoas competentes até para montar uma grade de programação. Vamos com calma, não vamos generalizar: pessoas competentes tem sim, mas em alguns departamentos faltam. Faltam, principalmente, diretores que entendam de TV.
Emissoras que vivem de merchans
Até entendo que sem publicidade um programa não consegue ir pra frente, mas a Band e Rede TV! exageram. Nos últimos dois anos, as duas emissoras tentam de todas as formas elevar a audiência matinal. Só que não vai adiantar nada enquanto os merchans forem responsáveis por 50% do tempo de exibições dos programas. No mês passado, a Band trocou Patrícia Maldonado e Lorena Calábria por Silvia Poppovic e os números continuam os mesmos, ou seja, pífios! Varia entre 0,4 e 0,8 de média, que para alguns é considerado traço. Essas pequenas emissoras precisam ter controle e respeitar o seu público. E mais, trocar Maldonado e Calábria por Poppovic, sem querer menosprezá-la, é o cúmulo da burrice, mas é o que podemos esperar de uma emissora que só visa 3% de audiência, pelo menos foi o que disse o vice-presidente Marcelo Meira, aquele que foi o responsável pela saída de Elisabetta Zenatti da direção artística.
Gugu, na Record, sai no lucro!
Quero aproveitar para responder algumas perguntas. Semana passada, fui questionado porque não explorei a queda de Gugu. Sim, podia ter criado uma nota com um título bem chamativo para bater recorde de visitas, só que o feriado impossibilitou. Não foi só o Domingo Legal da Record que caiu! O número de ligados (share) estava muito baixo. Acusaram-me de estar puxando saco. Como assim? Primeiro porque o Programa do Gugu está longe de ser um bom programa e segundo porque raramente assisto-o. E mais, 10 pontos para este programa já é muito, então os 12 ou 13 que vem marcando já é lucro. Agora se tem uma coisa que preocupa bastante é Silvio Santos. Como pode o melhor apresentador da TV Brasileira ocupar a quarta posição há mais de um mês?
Prévia após o acidente
De acordo com dados preliminares, nesta sexta (06/11), a novela Viver a Vida marcou uma média de 36 pontos e pico de 41. O acidente não alterou em nada a audiência da novela. Para subir os índices, Manoel Carlos precisa apenas de uma coisa: agilidade. Não vejo a novela, mas desejo boa sorte.