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Babilônia, o novo conflito das nove, apostará no embate entre duas vilãs

E mais: As expectativas para a estreia de Sete Vidas!

Por: Jeferson Cardoso

Se eu disser que não gostei do clipe de Babilônia, dirão que é inveja porque a trama sucederá Império, de Aguinaldo Silva. Doce ilusão. Opinião é opinião. Não curti mesmo! As chamadas estão boas, mas o clipe, misericórdia, foi uma decepção.

As gravações da novela começaram em novembro, mas tenho a impressão de que estão atrasadas. O clipe, de apenas 12 minutos, deu destaque a meia dúzia do elenco e não conseguiu apresentar bem os personagens. Gloria Pires e Adriana Esteves são os destaques. Despontaram tanto que deu a sensação de que as tramas paralelas serão fracas, e que a mocinha [Camila Pitanga] será chata.

As chamadas estão interessantes, no mesmo estilo de Império, apostando no suspense e dando destaque aos vilões. A trama atual, no entanto, vendeu uma vilã que nunca existiu. Neste quesito, Babilônia, acredito, será diferente. Gilberto Braga sabe escrever vilões. Só não esperem por uma Carminha [Avenida Brasil]. No clipe, não fiquei convencido da rivalidade entre Inês e Beatriz. Ficou surreal, dramalhão demais. Fiquei com essa sensação porque achei péssima a edição do clipe. Deve ser uma má impressão. Devo mudar de opinião com os capítulos no ar.

Gosto das novelas de Gilberto Braga, principalmente das narrativas. Esse dramaturgo, em um só capítulo, consegue apresentar, desenvolver e solucionar uma situação. E faz isso muito bem.

Aprendi a não julgar uma novela apenas por chamadas. Acredito que Gilberto, em parceria com Ricardo Linhares e João Ximenes Braga], apresentará um bom folhetim. Se bem desenvolvida, a trama pode superar até as expectativas.

Confira o clipe da novela:

Adeus!

Finalmente, chega ao fim uma das novelas mais barrigudas dos últimos tempos. Uma semana de enrolação, tudo bem, mas três meses é demais.

Boogie Oogie, como vocês sabem, não me agradou de imediato. Aprendi a gostar dela com o tempo. Quando tinha me apegado, veio a frustração.  Lembro de ter comentado que Rui Vilhena estava indo com muita sede ao pote. O tal segredo de Carlota também deveria ter sido encerrado por volta do centésimo capítulo.

Desvendado o mistério da vilã [prefiro fingir que não entendi nada], a novela entra na última semana capengando. Tamanha é a decepção, que não vejo a hora de acabar.

Apesar de tudo não considero Boogie Oogie uma novela ruim. Uma pena que o texto e a narrativa, às vezes, surreais prejudicaram sua qualidade. No contexto geral, destaco apenas as atuações do elenco mirim (excelente) e de Bianca Bin, que esteve ótima do início ao fim. Fui um dos primeiros a defender a atuação dela, mesmo quando muitos reclamavam do tom que ela deu a personagem.

Sete Vidas: expectativas para estreia!

Completamente desanimado com Boogie Oogie, estou até confiante em Sete Vidas. Sei que será uma novela lenta, bem cotidiana, e que, às vezes, julgarei como arrastada, mas preciso criar uma expectativa. 

Sabendo do estilo da autora, verei essa novela de Lícia Manzo com outros olhos. Não espero por agilidade, apenas uma por história bem contada, com romance e drama. O casal de protagonista [Isabelle Drummond e Jayme Matarazzo] me agrada bastante. Licia tem um texto espetacular, de prestar atenção em todas as palavras. A direção de Jayme Monjardim não me incomoda. É um ótimo profissional, arrasou em Flor do Caribe, e a parceria dele com Lícia funcionou em A Vida da Gente.

Em termos de audiência, o período de exibição [entre março e julho] favorece a Sete Vidas. Acredito que despertará a atenção das donas-de-casa e do público conservador – carente de novelas tradicionais, tipo aquelas com pés no chão, que valoriza a paisagem e enriquece o universo da trama. Sendo otimista, aposto em 19 a 20 pontos de média geral.

Xuxa na Record [curuzes]

E, finalmente, a novela acabou. Qual será a função de Xuxa na Record? Colocá-la no horário da tarde, disputando com novelas mexicanas do SBT, é uma loucura e, certamente, não terá o gostinho de liderança de audiência. Sem falar que, em poucos dias, estará amargando a terceira colocação no ranking da TV aberta.

Penso que, para o programa diário, Xuxa deveria assumir o horário do Hoje em Dia. Na faixa das 10h ao meio dia, a loira pode fazer bonito disputando público com Fátima Bernardes e com grande chance de estrear na liderança isolada.

Não foi a Xuxa quem quis sair da Globo. Foi a emissora que abriu mão de sua imagem, de seus serviços. Enfim, que ela esteja à frente de um bom programa, em um ótimo horário, e que faça sucesso. Essa é a minha torcida.

Se confirmarem o programa dela para o horário da tarde, só me resta torcer para não perder para Sônia Abrão. #Deboche

A mocinha de JEC (Favela Chique)

Quando a mídia anunciou Andreia Horta como a mocinha de JEC, levei um susto. Carolina Dieckman, segundo consta, já havia feito testes para dar vida a mocinha Toia. Com a confirmação de Alexandre Nero, Andreia precisou deixar o elenco de Favela Chique  porque eles interpretam pai e filha em Império. A direção entendeu que seria estranho, em pouco tempo, tê-los como par romântico.

A protagonista está definida, mas o seu nome ainda não foi divulgado. Carolina Dieckmann - uma das primeiras a fazer o teste - e Mariana Ximenes são os nomes mais prováveis. Torço por Dieckmann, sem desmerecer a Ximenes. 

Gugu: o mais do mesmo!

Com Gugu, Record voltou brigar pela liderança, pelo menos na faixa a partir das 23h. O programa, o mais do mesmo, é uma opção para quem não suporta o BBB ou aquelas mesmices que a Globo apresenta na segunda linha de shows. É uma opção, e o público agradece.

É bom para a Globo e o SBT saírem do comodismo. Quem sai ganhando com a concorrência é o telespectador. 

Gostei do programa do Gugu, exceto das reportagens com bandidos. É legal ver os remakes de quadros de sucesso, como o Táxi do Gugu. Gosto da sensação de nostalgia. Só não curti a parte dedicada à assassina, mesmo achando que o apresentador conduziu muitíssimo bem a entrevista, sem apelação.

Prefiro, no entanto, Gugu com assistencialismo [como o quadro de reencontros] e mais entretenimento [games e musicais].

A audiência de estreia, de 16,5 pontos, foi surpreende, mas não podemos nos empolgar com índices atípicos. O programa pode até liderar em alguns momentos, mas está mais para disputar a vice-liderança com o SBT.

Medo?

Para tentar ofuscar Gugu, Globo estendeu a exibição de Império até às 23h. Não vejo mudança na programação como atitude de desespero. Globo não precisa ter medo de emissora que lidera uma vez o outra no ano. Ajustes são estratégicos, e qualquer empresa faria o mesmo. A concorrência é importante, e cada um joga com o que tem.

Talentosa!

Isabella Santoni está arrasando em Malhação. É mais um talento revelado pela novela adolescente. Por falar nesta novela, sou fã da atual temporada, e a Globo fez bem em escalar os autores Rosane Svartman e Paulo Halm para escreverem a novela das sete, com estreia prevista para novembro.

Sem comentários!

Quem é Fabrício Melgaço? O site da novela já revelou que é José Pedro, então não vou perder meu tempo falando disso. Torço para que seja verdade, pelo menos tem coerência dentro da história.

É isso. Gostaram do clipe de Babilônia? Estão empolgados com os últimos capítulos de Boogie Oogie? E com a estreia de Sete Vidas? Obrigado pela atenção e até a próxima.


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