Por: Jeferson Cardoso
Meus queridos, infelizmente, tive que me ausentar esses dias, mas vamos ao que interessa.
Muitas pessoas devem discordar de minhas opiniões em relação a Tempos Modernos, no entanto, a trama de Bosco Brasil é boa, só que com alguns excessos. As situações de humor, na maioria das vezes pecam no exagero. Posso citar, por exemplo, várias cenas de pessoas caindo de escadas.
As cenas são exageradas e muitas vezes acontecem com a intenção de causar risadas, só que o problema maior são as atuações dos atores. A direção pecou na seleção. Esta novela não tem atores de comédia, e este é seu maior erro.
Alguns personagens, ainda, não funcionaram. Vou citar alguns: Portinho (Felipe Camargo), Dr. Bodanski (Otávio Muller), Gaulês (Jairo Matos), Regeane (Viviane Pasmanter) e todas aquelas crianças filhas da personagem de Regiane Alves. Nada contra a galerinha, mas são insuportáveis! A sensação de dejá vu toma conta deste núcleo.
Esses personagens citados são confusos e não fazem sentido diante da história. Sim, por mais que eu seja fã de Vivianne Pasmanter, a verdade tem que ser dita: que personagem mais sem graça! É tão sem graça que a atriz passa a impressão de que está perdida em sua da interpretação. Quanto aos personagens de Felipe Camargo e Otávio Muller, desculpem, mas não merecem comentários. Para completar percebe-se que alguns personagens têm os nomes complexos. Aí fica difícil de cair na boca do povo! E aquele núcleo da galeria? Só se salva os novatos Guilherme Leicam (Led Piñon), Aline Peixoto (Jannis Piñon) e Alessandra Maestrini (Ditta). O resto, meus queridos, deveriam ser eliminados com um incêndio.
Como telespectador assíduo de novelas a minha maior decepção, até o momento, fica por conta da falta de respeito que estão tendo com Vivianne Pasmanter. Como pode uma atriz desta categoria ficar tanto tempo fora do ar e quando aceita voltar recebe de presente um personagem que está mais para figurante do que para personagem secundário. Sei que ainda é cedo para reclamar sobre isto, mas é justamente por ser cedo que como fã, devo reclamar. É um absurdo!
Não concordo quando falam que Fernanda Vasconcellos e Thiago Rodrigues não se esforçam. Pelo contrário, os dois têm defendido muito bem seus personagens. Nelinha e Zeca, por mais que sejam clichês, são as melhores coisas desta novela. A química entre os dois é ótima, mas cá entre nós, precisaria repetir o casal pela terceira vez em uma novela? Foi um erro de escalação, mas apesar disso, eles funcionam.
Sobre Antônio Fagundes não preciso falar muita coisa: Juvenal Antena voltou e não se espante se aparecer uma Alzira em sua vida! A direção peca em aceitar a interpretação do ator, que por sua vez não teve criatividade, ou pelo menos, não se esforçou para estudar o personagem.
Em relação aos vilões, valha-me Deus, o que é aquilo? Sei que muitos vão discordar, mas preciso dizer: está mais para historinhas em quadrinhos. Fico me perguntando se é difícil para um autor de novelas entender que, hoje em dia, o público quer ver maldade. Pra mim, os personagens de Grazi Massafera e Guilherme Webber são patéticos! Quanta ingenuidade!
Mas e as coisas boas? Bom, são poucas, mas tem. Destaco alguns nomes: Eliane Giardini, Marcos Caruso, Otávio Augusto, Priscila Fantin, e pasmem, o FRANK!
O grande achado desta novela é o computador, que é mais engraçado que... bom deixa pra lá!
E aquela música de abertura? Me dá nos nervos! Será que não tinha uma música mais empolgante, mais popular? Quanto à abertura não esperava grandes coisas, já que Hans Donner continua ocupando o cargo principal. Ele é um ótimo profissional, mas há algum tempo está precisando de uma forcinha, ou será, criatividade?
Quanto à audiência, sim, os 24 pontos apresentados até o momento são preocupantes e autor deve promover mudanças para reverter a situação e deixar a novela mais popular. Mas como resolvê-los? Não faço ideia, uma vez que, minha visão é de telespectador. Cabe aos profissionais tomarem providências.
Até a próxima!