De nada adiantou a emissora tirar eventos da Globo, se não tem estrutura e capacidade para administrar o sucesso.
Por: Jeferson Cardoso
Ainda vice-líder de audiência, a Rede Record vive um momento bastante complicado. A emissora, que gastou fortunas com Olimpíadas e Pan-americano - pagando mais do que valiam, se vê obrigada a fazer uma série de demissões para não "falir".
Os gastos não foram compensados à altura. Tanto com o Pan quanto com a Olimpíada, a emissora não atingiu a tão sonhada meta: ultrapassar a audiência da Globo. Pelo contrário, viu o SBT ressurgir das tumbas e ameaçar a sua suada segunda colocação.
Hoje, a emissora enfrenta problema de caixa; demite; renegocia salários; diminui investimentos no setor de teledramaturgia, e terceiriza a produção de programas.
Resultado de uma ganância, e da ausência de profissionais que entendam de televisão. De nada adiantou tirar os eventos da Globo, se não tem estrutura e capacidade para administrar o sucesso.
Mais um mico da Record
Está fraca a divulgação da novela Dona Xepa. Nas chamadas, o tema parece batido. Acho ridícula a inserção dentro dos programas, que na maioria encobre o rosto de convidados. Enfim, é aguardar para conferir a estreia da primeira novela de Gustavo Reiz. Boa sorte!
Troféu Imprensa
No último dia 28/04 o SBT exibiu mais uma edição do Troféu Imprensa. Com um certo atraso, faço meus comentários da premiação.
Quem acompanha esse espaço, há algum tempo, sabe que não dou muitos créditos a essa premiação. As escolhas dos finalistas, em alguns casos, não condizem com a realidade. Arthur Aguiar (melhor ator); Lua Blanco (melhor atriz); Ana Hickmann (Melhor apresentadora); e Me Beija Agora – Banda Calypso (Melhor música) foram indicações que surpreenderam.
Luan Santana apareceu como "Melhor Cantor", mas não concorreu à categoria "Melhor música". Como assim?
"O Melhor do Brasil", em seu pior ano, foi indicado como "Melhor Programa de Auditório". O melhor deles, "Programa Silvio Santos", não foi citado. Como melhor apresentador, Silvio Santos ficou de fora; preferiram Celso Portiolli, que comanda um dos piores programas da TV Brasileira.
Os jurados escolheram Jean Paulo Campos como o melhor ator revelação. Esnobou o excelente trabalho de Mel Maia (Avenida Brasil) e até mesmo a interpretação de Larissa Manoela, a verdadeira atriz de "Carrossel". Nada contra Jean, que é carismático, mas, como ator, tem um fraco desempenho.
Óbvio, essa não é uma crítica jornalística. É uma opinião pessoal. Não sou o dono da verdade, longe de mim, mas as indicações citadas acima foram motivos de deboche por muitos.
Seria ótimo se o Troféu Imprensa passasse mais credibilidade ao público, como o Prêmio Extra de Televisão.
Sangue Bom
A segunda semana da novela manteve o ritmo da primeira. Irrita-me a forma como os autores vêm desenvolvendo a história, dando destaque a todos os núcleos ao mesmo tempo. Isso prejudica o ritmo e faz com que o público demore a se acostumar com os personagens.
Estou me acostumando, e começo a me divertir com o núcleo cômico. Damaris (Marisa Orth) e Bárbara (Giulia Gam), pra mim, são as personagens mais divertidas. Fabinho (Humberto Carrão) é, até o momento, o destaque da trama.
Sinto falta de um romance mais forte entre os protagonistas Amora (Sophie Charlotte) e Bento (Marco Pigossi). Até o momento, o casal sequer trocou um beijo. Isso faz com que a gente torça contra, e a favor da aproximação do mocinho com Malu (Fernanda Vasconcellos).
Por fim, Malu Mader e Isabelle Drummond ainda não encontraram o tom certo para suas personagens. Estão chatas, e sem graça.
Assim como Tititi, "Sangue Bom" tem núcleos paralelos interessantes. Se os autores souberem dosar os destaques, daqui a pouco essa novela estará entre as melhores do horário.
As duas primeiras semanas não foram fracas, foram lentas. É diferente. Foi o suficiente para desenvolver todos os núcleos. Como a novela não tem uma quantidade de capítulos definidos, provavelmente, poderemos ter mais uma leva de capítulos mornos. Ou não.
A penúltima semana de Salve Jorge
Para alguns, graças a Deus, para outros, nada. "Salve Jorge" chega ao fim na próxima sexta, 17/05, sem muita empolgação. A simples e imprevisível novela de Gloria Perez não pegou. Nanda Costa, grande aposta, também não agradou a maioria e a autora se viu obrigada a transformar Giovanna Antonelli na protagonista. Nanda, apesar das críticas, não decepcionou. Apenas não teve fôlego para segurar uma novela das 21h.
Acompanhei "Salve Jorge" quase que na íntegra. Apesar de fraca, e muitas vezes irritante, gostei da novela. Claro, não sentirei falta. Acho certo exagero o comportamento por parte dos especialistas, e dos fãs saudosistas de "Avenida Brasil". Gloria Perez, coitada, penou com esta novela. Deu trela, e foi vítima de perseguidores nas redes sociais.
A penúltima semana de "Salve Jorge" focou no triângulo amoroso Morena, Théo e Lívia. A vilã acredita que a mocinha esteja se prostituindo, mesmo tendo o apoio de seu amado. Numa cena muito bem dirigida e bem interpretada por Claudia Raia, Lívia levou uma surra de Morena. Gloria Perez, certamente, acredita que sua mocinha é uma lutadora de primeira. Como uma franzina consegue dar uma surra num mulherão, que não consegue se defender? Nada convincente. É novela, compreendo.
Outro destaque da semana foi o reencontro de Aisha e Delsuite. Tinha tudo para ser o grande momento da novela. Não foi. Faltou emoção. Não curto a interpretação de Solange Badim. Ela estragou a cena; não conseguiu sequer uma lágrima.
Dramaturgicamente, a autora vacilou. Sabia da responsabilidade de substituir uma trama ágil, e apresentou uma história de narrativa aquém da normalidade. Os primeiros meses de "Salve Jorge" foram ruins, dignos da péssima audiência conquistada. O tema principal, o de tráfico de mulheres, na minha humilde opinião, não foi bem desenvolvido. Aliás, nada parece ter sido bem planejado nesta novela. Um terço dos personagens, sem funcionalidade, desapareceu. Outros seguiram figurantes.
"Amor à Vida" é a esperança. Torcer para que não seja mais uma decepção.
Autor x Diretor
Quem manda numa novela é o autor ou o diretor? Faço esta pergunta por que surgiram rumores de que Walcyr Carrasco estaria se desentendendo com Wolf Maya por conta do personagem Félix, o vilão de "Amor à Vida". O personagem - defendido por Mateus Solano - tem esposa e filho, mas se envolve em aventuras homossexuais.
O autor quer que o antagonista seja ousado e entregue ao público a sua natureza sexual logo de cara; o diretor (segundo boatos) discorda.
Acho que tem um pouco exagero nessas informações. Quem dita às regras numa novela é o autor. No dia que um diretor tentar mudar os rumos de uma novela, certamente, será afastado.
A emissora (TV Globo) é a única capaz de interferir nos planos do autor.
Falando em "Amor à Vida", li o resumo dos primeiros capítulos. Adorei. Essa novela tem tudo para ser um dos melhores trabalhos de Walcyr. Só espero que ele evite seus vícios, poupando o telespectador de situações repetitivas de suas obras anteriores.
Nova parceria
Algumas pessoas, com deboches, questionaram a divulgação da nova parceria do Portal OPTV, que aconteceria no dia 1º de maio. É uma coisa que, no momento, não estou preocupado. Depende da aprovação do departamento jurídico deles. Isso não acontece de um dia para o outro. É tudo questão de tempo. É um assunto que está sendo tratando pela gestão. Eu, como, diretor geral, tenho apenas que aguardar. Havendo a liberação, aparecerá no topo do site, no espaço destinado ao antigo portal.
Amadinhos (saudade da Chay, rsrsrs), estou melhor. Tantos exames para descobrir que estou com pressão alta, devido a estresse. Estou medicado; e, segundo o médico, tratável e nada grave. Daqui a dez dias retorno ao consultório médico, a espera de boas notícias. Amém.
Obrigado a todos pelo carinho e compreensão.