Por: Jeferson Cardoso
Olá amadinhos, tudo bem? Pense numa pessoa que está com saudade de "Cheias de Charme", mas enfim temos que acolher "Guerra dos Sexos", afinal a trama de Silvio de Abreu precisa de um pouco mais de atenção.
Confesso que não curtir os três primeiros capítulos desse remake. Acho brega os efeitos nas passagens de cenas, com imagens de cabeça para baixo, bem como, recursos gráficos desnecessários nas lojas Charlo's.
O tema central é batido e, infelizmente, Silvio de Abreu vem apenas readaptando algumas cenas, mantendo as mesmas características do folhetim original exibido em 1983. Os diálogos, principalmente os que apresentam rivalidade entre os sexos, estão praticamente fora de moda. Resumindo, Tony Ramos e Irene Ravache estão protagonizando cenas dignas de "Zorra Total".
Reinaldo Gianecchini não convence fazendo humor. Em Belíssima, ele se saiu bem porque tinha o apoio de Claudia Raia, que brilhava. Drica Moraes, ótima atriz, acredito ter sido escalada para o papel errado. É a segunda vez que ela interpreta uma personagem com sotaque caipira. Sotaque este desnecessário na versão atual.
A comédia nesta novela ainda não convence, com a exceção das cenas de Edson Celulari, o grande destaque até então. Preciso citar também, a personagem boba e constrangedora de Hilda Rebello, mãe do diretor Jorge Fernando. Em pleno século XXI, uma senhora controlando o estacionando de uma conceituada loja? É para convencer quem?
Também não curtir a abertura. Bem caprichada, é verdade, mas não combina em nada com o ritmo da música. Mais feio mesmo é o tema instrumental usado na vinheta dos intervalos comerciais.
A primeira semana de "Guerra dos Sexos" não foi ruim, mas observa um tom superficial, principalmente na interpretação da maioria dos atores. Desses primeiros capítulos, destaco apenas as atuações de Edson Celulari e Bianca Bin. Glória Pires está bem, apenas bem.
Se Silvio de Abreu pensou que teria uma fácil apenas adaptando cenas, é melhor se mexer antes que o barco afunde. "Guerra dos Sexos" tem uma boa história, no entanto, precisa de melhores cuidados por parte da direção e, principalmente, do autor. Seria ótimo se evitassem o uso da comédia pastelão com situações "mofadas" e recursos gráficos não convincentes.
Máscaras/Balacobaco
Não entendi o objetivo do discurso de Paloma Duarte no último capítulo dessa novela de Lauro César Muniz. A ideia era justificar o fracasso? Não precisava, os números de audiência e a baixa repercussão falam mais alto. "Máscaras" foi um erro. Ponto e basta, como diria Totó de "Passione".
Falando em erro... A direção artística da Record, se é que ela tem esse cargo mesmo, está surtada! No momento em que mais precisa, a emissora não sabe conquistar a "migração" do público da novela das nove da Globo.
Pois bem, "Balacobaco" foi lançada numa quinta-feira (coitados!) quase dez minutos depois da Globo encerrar mais um capítulo maravilhoso de "Avenida Brasil". Resultado: perdeu um enorme público que está trocando de canal. Ao sintonizar a Record, o público se deparava com o filme "A Era do Gelo". Quem vai acompanhar os últimos minutos de um filme? Enfim, no quesito audiência, essa nova novela tem envergonhado por um erro de pessoas que não entendem nada de televisão. Vai ver quem não entende nada sou eu. Nem preciso, sou apenas um telespectador que contribui para a audiência. Não sou bobo, detesto amadorismo e sei usar o controle remoto. Paro por aqui, acredito que poucas palavras bastam.
Adorei o alto astral dos primeiros capítulos de "Balacobaco". Curti o tom da comédia e, de cara, me diverti bastante. Uma coisa, no entanto, me irritou: a edição! Em diversos momentos, os capítulos pareciam estar retalhados, dificultando o seu entendimento. A trilha sonora é ótima. O elenco idem, com ótimas atuações. Destaques para Bárbara Borges, Roberta Gualda, Bruno Ferrari, Juliana Silveira e Solange Couto. Confesso que fiquei surpreso com a abertura. Há muito tempo a Record não caprichava nesse quesito.
Quanto à história, é cedo para tirar conclusões. A autora ainda está apresentando os seus personagens... Estrear a novela numa quinta foi um erro brutal, estúpido! Os núcleos paralelos, infelizmente, foram apresentados na sexta, quando o número de televisores (share) é menor.
Resumindo, a Record não pode (mais vai!!!) se desesperar com o fracasso de "Balacobaco". A culpa é dela e somente dela. Aos fãs, só lamento. Daqui a pouco, o horário de exibição será alterado.
Lado a Lado
Confesso que a audiência desta novela me assusta. Mas tudo é fruto de merecimento. Não é porque gosto, que vou tapar o sol com a peneira. Pra noveleiro de verdade, como eu, qualquer coisa influencia. A sinopse pode ser ruim, mas se você tem admiração por um autor ou ator você tenta enxergá-la com outros olhos. No meu caso, acompanho "Lado a Lado" porque gosto de uma novela de época e também de seu romantismo. Mas a verdade tem que ser dita, a novela é fraca, fraquíssima.
Não tenho nada contra "Lado a Lado", pelo contrário. Por enquanto, gosto mais dela que "Guerra dos Sexos". Só que isto é uma opinião particular. A direção da Globo deve se preocupar com a maioria, não a minoria.
"Lado a Lado" é fraquinha, mas como noveleiro de verdade estou satisfeito. Sinto falta apenas de uma grande vilã. Por esse motivo, aguardo ansioso pela entrada da personagem de Alessandra Negrini.
Avenida Brasil
Bastou "Avenida Brasil" deixar a barriga de lado e entrar nos trilhos para audiência explodir. Graças à Santa Clara, padroeira da televisão, ainda a tempo para cravar os tão suados 39 pontos, empatando com a antecessora.
Os capítulos de sábado e de segunda dessa novela foram extraordinários, maravilhosos!!! Sendo sincero, só não curti o nível do texto da personagem Carminha. Fiquei envergonhado e jamais deixaria meu filho ouvir termos tão absurdos. Sinto muito, mas não aplaudo cenas assim. O que acompanhei foi baixaria bem ao estilo do antigo "Programa do Ratinho", na Record. Fora isto, os capítulos foram geniais, dignos de recordes de audiência. Que João Emanuel Carneiro continue surpreendendo e que os últimos capítulos sejam ainda mais eletrizantes. Mashallah (Benza Deus)!, bordão que será usado em "Salve Jorge".
Quereeedos, a partir de hoje teremos dois encontros por semana. Tentarei fixar as atualizações às terças e sextas. No próximo post, para que vocês conheçam melhor o meu perfil, responderei a algumas perguntas, bem como, divulgarei uma lista com as dez melhores novelas que tive o prazer em acompanhar.
Agradecimentos: Obrigado Daniel Sena, responsável pela coluna Planeta Reality, por me substituir nesse período de férias. Foi um prazer conhecê-lo em Salvador. Também conheci o leitor assíduo deste espaço, o futuro jornalista Igor Martim. Passamos uma tarde inteira comentando sobre o atual cenário das novelas. Adorei!
A TV Brasileira não será a mesma sem a sua Rainha, Hebe Camargo. Perdemos uma das pessoas mais generosa e humilde do meio artístico.... Ainda não consigo escrever sobre. Não sei lidar com essas coisas. Se pudesse, apagaria esse ano de minha memória. Descanse em paz DIVA!