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The Farm, o Retorno

Por: Nelson Gonçalves Junior E-mail para contato: [email protected]

Após o inicio de “A Fazenda 2” já é possível tirar algumas conclusões interessantes sobre o reality show e a consequente disputa pelos preciosos pontos no Ibope.

Logo de cara fica a constatação de que a Record soube aprender com os erros da primeira temporada, uma atitude inteligente entre tantas desastradas que a emissora da Barra Funda vem tomando nos últimos tempos.

Sem falhas técnicas, dinâmico, com uma edição enxuta e bem dosada, que não se arrasta por horas em situações pouco interessantes. É assim que resumiria o programa. Destaque para o apresentador Britto Junior, que parece ter diminuído a intenção de arrumar briga entre os participantes a cada quatro segundos e está mais seguro no comando da atração, fugindo cada vez mais da sombra de Pedro Bial.

Em relação aos “famosos” desta edição, é notável que a boa repercussão da primeira temporada acabou por atrair nomes de maior destaque no cenário nacional. Ainda longe de serem realmente celebridades, mas pelo menos boa parte deles você saberia identificar na rua.

Agora quando falamos sobre os números da audiência é preciso ter calma. A primeira semana de exibição já demonstra que temos duas situações totalmente diferentes: uma aos domingos e outra de segunda a sábado.

Digo isto porque, se na estreia dominical, o programa arrasou os adversários e foi líder de audiência de forma absoluta e incontestável; o mesmo está distante de ocorrer com as edições exibidas ao longo da semana, que ainda sofrem para vencer o SBT e se estabilizar no segundo lugar.

A explicação disto está diretamente relacionada à concorrência. Enquanto aos domingos vemos a programação da Globo cada vez mais decadente, o que abre espaço para novas atrações como o Pânico e a própria Fazenda; durante a semana este mesmo processo não ocorre, pois temos uma grade global estável, com audiência fiel e um SBT apostando em projetos que já caíram no gosto do telespectador, e que acabam por garantir índices suficientes para brigar de igual para igual com “A Fazenda”.

Resumo da obra: o reality show da Record tem tudo para arrebentar aos domingos, que é um dia em que a concorrência anda fragilizada; entretanto vai sofrer para ser vice-líder nos demais dias.

Incoerente do ponto de vista teórico, mas totalmente fiel à realidade da televisão brasileira atual. E isso deve durar até janeiro, quando estreia o “Big Brother Brasil 10”.

Impossível fazer previsões, apenas dizer que ai sim o bicho vai realmente pegar...

O que foi aquilo?

Simplesmente bizarro o tal “Zero Bala” da Band. Um game totalmente sem graça, só não mais sem graça que a apresentação de Daniela Cicarelli. Deu 1 ponto no Ibope e já acho que foi muito.

Coitado do competente Otávio Mesquita, único que (quase) se salvou deste desastre. Mas o programa é tão ruim que nem ele conseguiu.


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