De comida a novas funkeiras, teve de tudo no ano que se passou.
Por: Emerson Ghaspar - Contato: [email protected]
Realmente o ano que se passou apresentou muitas novidades, muita gente falando mal da Globo, bem da Record, blá blá blá, essa eterna briga de fãs que não sabemos onde vai dar. Independente disso, o que deu audiência e o que falar mesmo foi os realities shows, que apresentaram de tudo.
Tivemos mais uma edição dos realities musicais: SuperStar e The Voice, mas não com o mesmo gás e não venha me dizer que você torceu mesmo por aqueles que ganharam. Se minto, me diga quem ganhou o SuperStar? Não vale Sílvio Santos (tá bom, o trocadilho foi infame). Se no ano passado, a Banda Malta ainda fez um relativo sucesso emplacando uma música em Alto Astral, nesse ano nem isso ocorreu com Lucas e Orelha. Sim foram eles, apesar da torcida pelo Scalene (que tem música em A Regra do Jogo).
Já o The Voice estreou em outubro com um show, por parte dos jurados, que tentavam brilhar mais que os participantes. Entre cantores fracos, o destaque foram as rusgas entre os técnicos e os decotes e mancadas da Cláudia Leitte, que faz de tudo para aparecer. No final realmente ganhou um candidato que poderia merecer. Mas uma pergunta que não quer calar: Por onde andam os ganhadores das edições passadas? Os realities de música parece que estão entrando em extinção, já que não levanta muito interesse. Pelo menos entre os adultos, enquanto as crianças mostraram serem mais maduras nos programas da vida real.
Paralelo a isso, tivemos Lucky Ladies Brasil, que reunia funkeiras disposta a falar besteiras sobre trabalho, homens e futilidades. Apesar de não ser exibido na TV aberta o programa cativou o telespectador que aguarda uma nova temporada. De início lembra um Mulheres Ricas, só que não tem charme pra isso.
Agora quem mandou e desmandou no ramo dos realities foram os culinários: Hell's Kitchen, Bake Off Brasil, Batalha dos Confeiteiros e MasterChef Brasil tomaram conta, engordando só de olhar, mas nem todos com o tom ideal. Hell's Kitchen teve uma segunda e finaliza uma terceira temporada com menos broncas que a primeira, onde palavras grosseiras não tem o mesmo sentido, deve ser porque já estamos cansados de ouvir.
No lugar de Hell's Kitchen entrou Bake Off Brasil, reality de confeitaria sem graça que se passava em uma grande tenda num lugar muito bonito, mas faltava o principal ao programa: carisma, seja da apresentadora, dos jurados, ou dos participantes. No ramo da confeitaria tivemos o Batalha de Coinfeiteiros na Record com apresentação de Buddy Valastro e sua dublagem de Bob Esponja. Diferente de Bake Off que priorizava o sabor, a Batalha se apoiava no esquisito beirando ao patético.
Mas quem chamou a atenção do público por definitivo foi o MasterChef e seus participantes incomuns. O programa fez a audiência da Band subir e se tornou o produto mais popular do canal. O sucesso comprovou que a culinária está em alta e que programas que o público não escolhe o vencedor tem mais chance de cativar o telespectador.
O crescimento de realities comprova que o telespectador procura realismo, mas sem os sangues dos telejornais do fim de tarde, um realismo que anda por uma linha tênue entre realidade e ficção. Os personagens da última edição do MasterChef comprovam isso. Há todo tipo de pessoa ou personagem: a boazinha bonachona (Izabel), o bem-humorado (Raul), a carisma (Jiang Pu), o ambicioso (Fernando) que por vezes fez o papel do vilão, a simplória (Iranete), entre outros, que nos fazem torcem como novela, mesmo sendo real. Não foi a toa que novelas bem realistas deram errado, é necessário fantasia e o realities tiveram de sobra. Que venham novos.
Feliz Ano Novo a todos os leitores de O Planeta TV.
E vocês, o que acham?
@EmersonGhaspar