
Quando se anunciou a estreia de Deus Salve o Rei fiquei um pouco receoso, primeiro por ter um enredo similar em alguns aspectos com a trama Belaventura (a questão por disputas territoriais e o amor de um nobre por uma plebeia) da RecordTV, mas isso logo se desfez. Apesar das similaridades, as duas possuem estéticas e maneiras diferentes de serem contadas e em nada lembram Games of Thrones, a aclamada série da HBO. Ambas andam com as próprias pernas.
Deus Salve o Rei é visivelmente uma superprodução, mesmo que em Chroma Key e bebe visivelmente na fonte do folhetim tradicional, isso todo mundo sabe. O que a maioria não percebeu é que é uma forma de a Globo mostrar ao mundo que pode criar e produzir algo tão imenso e intenso quanto qualquer produção do mundo (mesmo telenovela sendo considerado algo menor, o que não é). A emissora não precisava provar nada a ninguém, mas apresenta algo digno de grandes produções de Hollywood, considerado os melhores do mundo.
A novela em si é um bom entretenimento: tem romance, intrigas e uma pequena dose de humor, que é um grande destaque na história. Há núcleos que apresentam histórias promissoras como a de Mandigueira (Rosa Marya Colin), Virgílio (Ricardo Pereira) e de Rodolfo (Johnny Massaro) que devem crescer mais durante a trama. Atores como Rosamaria Murtinho e Marco Nanini dão à obra a ideia de que não é só uma história voltada para o público jovem, mas para todos os públicos. Os dois emocionam com gestos, olhares e interpretação magistral. Afinal, os reis de cada reino não perdem a majestade diante de um elenco com inúmeros seguidores nas redes sociais.
Apesar de toda produção, texto, direção competente e elenco, o assunto que leva Deus Salve o Rei a boca do povo é a interpretação de Bruna Marquezine, que apesar de sempre repercutir na imprensa ganhou mais destaque após o retorno de seu relacionamento com o jogador de futebol Neymar no final do ano passado. Claro que foi um chamariz para a trama e consequentemente para a interpretação da atriz.
A imprensa caiu em cima das interpretações de Marina Ruy Barbosa e Bruna Marquezine, chamando a última de robótica, mas será que isso é verdade? A trama se passa entre dois reinos na idade média (aparentemente) e isso não deveria interferir também no texto? Tirando as gírias que não cabem mesmo a novela, Deus Salve Rei tem um texto contemporâneo. Será um risco ou deslize mesmo? Só o tempo dirá. Se a ideia era se passar na idade média, não seria bom banir os sotaques tão em evidência na trama também?
Outro fator que acho que prejudica a atenção do público em relação a Marquezine é perceber que ela faz um papel diferente do que já feito. É uma vilã que não dissimula, tem as mesmas feições para tudo, que não sente nada por ninguém. Se a história se passa na idade média, consequentemente na Europa e quem conhece os europeus sabe o que eles pensam de aparentar sentimentos, que é o mesmo que demonstrar fraqueza, percebe que Bruna Marquezine pode estar dando um ar diferente a personagem. Não estou defendendo a atriz, mas dizendo que pode ser uma nova visão de personagem e construir algo diferente.
Ainda em seu início, Deus Salve o Rei tem muito o que apresentar, antes de rotularmos a atuação de alguém, a novela em si e por isso demorei um pouco a contar minhas primeiras impressões. É um biscoito fino que pode nos surpreender se a crítica for além de Bruna Marquezine e notar realmente a obra.
Comentários (21) Postar Comentário
Matéria paga pelo Neymala.
Novela surpreendente. Texto maduro e que vai além da mera reprodução de uma época como a Idade Média. Há uma discussão de temas por trás da época, aproximando o telespectador daquele período e modernizando a trama. Como um texto faz diferença numa trama. A novela das nove é contemporânea e com um texto forçado, esculachado e nada sutil. Enquanto isso, a novela das sete que é de época, tem um texto moderno, que ultrapassa os limites da época da trama. Parabéns ao Daniel Adjafre, estreante na função e arrasando na estreia.
SÓ SABEM ELOGIAREM FUNK E MSc DE PORCARIAS. ESSA OBRA PRIMA É SIM,UMA LINDA NOVELA.
A atuação da bruna marquezine ta podreeee, horrível!!
Se a Natália do Valle estivesse no elenco, essa novela certamente seria um sucesso.
Bruna não sabe atuar
A novela é gostosinha de acompanhar, a produção é mega caprichada, os sotaques me incomodam muito, destoa do padrão de qualidade da trama e dá impressão que a Globo não teve cuidado com isso. Se até um ator Português, consegue falar o português do Brasil com tanta perfeição, quiçá os próprios atores que já são brasileiros. É possível corrigir!
A Bruna Marquezine definitivamente é pura mídia, nem parece aquela garotinha hiper talentosa que estreiou em "Mulheres Apaixonadas", está super canastrona, forçada, até entendo que a sua personagem tem um perfil gélido, mais contido, mas a entonação de voz, a postura, está tudo muito fake, ela chega em cena e só falta falar: "Pessoal eu sou a vilã da trama!" e a culpa nem é do texto, porque o mesmo tem qualidade.
Outras atrizes poderiam se dar muito melhor nesse papel, uma pena, pois uma boa vilã é a cereja do bolo de qualquer telenovela.
Marina Ruy Barbosa, dá conta e só, nada extraordinário. Acho que falta comprometimento, trabalho de composição mesmo.
Por isso me dá gosto ver Marjorie Estiano, Isis Valverde e outras atuando, são atrizes que procuram sempre diferenciar uma personagem da outra e sempre o fazem de maneira brilhante.
Ah! Rômulo Estrela está dando conta do recado, o rapaz é lindo, o verdadeiro galã e não é chato, já tinha dado um show em "Entre Irmãs", merece espaço. O Ricardo Pereira como vilão está bem também, no tom que a trama pede, algo meio sombrio, psicótico, aposto que vai render bons momentos.
Tem muita coisa ali na novela sendo mostrada que nos remete aos tempos de hoje, como a inversão de papéis da sociedade: a cozinheira do castelo que não se identifica com essa tarefa e quer ir pro exército, e o filho do capitão do exército que gosta de cozinhar. Além disso temos a questão da falta de água em Montemor, algo que vivemos hoje. E o conflito entre os dois reinos? Algo que existe hoje e vai continuar existindo, só olhar para as duas Coreias por exemplo.
Não concordo, a atuação de bruna e sua voz estão muito irregulares, não acredito que ela quis passar uma frieza como dito, e se for isso é só olhar a construção de Andrea horta como lucinda e ver que é possível ser uma vilã fria e sem caras e bocas e ser bem sucedida.
A produção sim esta sendo destaque os efeitos especiais parece real mesmo mas a novela parece serie sei la nao gostei do enredo parece que estou dentro do cinema e nao novela aquele elenco sem sal parecendo novela da record que venha a proxima tomara que passe rapidinho.