O último capítulo do folhetim será exibido no próximo dia 26.
Por: Por: Rodolfo Gregório - Contato: [email protected]
Produzir o remake de uma novela é um tiro no escuro, há a necessidade de um estudo aprofundado sobre os públicos de antes e o atual e, além disso, determinar se a história, mesmo com as adaptações, é ou não pertinente. Vários foram os sucessos de remakes. Anjo Mau, Pecado Capital, A Escrava Isaura, Tititi foram novelas que caíram no gosto popular e se firmaram como proezas de produção. Para este time de reestreias, foi criado até um novo horário de teledramaturgias – agora temos a “novela das onze”. Essa ação da Rede Globo possibilitou que grandes obras, como O Astro e Gabriela, fossem produzidas de uma maneira mais “aberta”, não se preocupando, por exemplo, em estender a história por longos oito/nove meses.
Pois bem, visto isso, temos uma obra que poderia, e muito, ser um sucesso. Guerra dos Sexos marcou época por apresentar tramas contemporâneas à década de oitenta, além de ter, pelo menos, dois personagens que entraram para o hall dos mais marcantes da televisão brasileira – Charlô e Otávio. Como esquecer a épica cena em que os dois firmam uma guerra de comida em pleno café da manhã? A reprodução do folhetim tinha tudo para repetir o sucesso e a repercussão de outrora, certo? Nem tanto...
Guerra veio suceder um grande sucesso de público, uma das novelas mais populares que tivemos nos últimos tempos: Cheias de Charme, que apresentou uma pegada mais coloquial e se projetou efetivamente para o “povão”. Talvez a trama mais densa e os diálogos mais rebuscados fizeram com que o remake de Guerra dos Sexos tenha de algum modo, assustado os telespectadores órfãos. Além disso, embora o tema principal (a briga entre homens e mulheres) ainda seja discutido atualmente, não há o mesmo gás para a abordagem, como tivemos na versão original.
Enfim, Guerra dos Sexos entra na sua reta final sem maiores alardes ou grande repercussão. Críticas a parte, não podemos excluir o fato de a novela ser uma obra bem feita. Ponto para todos os envolvidos.