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Erro global

Por: Nelson Gonçalves Junior E-mail para contato: [email protected]

Os primeiros capítulos de “Tempos Modernos”, a nova novela das 7, foram simplesmente decepcionantes. Quem esperava uma trama inovadora, interessante e empolgante, se surpreendeu de forma negativa.

Para começar, substituir um sucesso popular como “Caras e Bocas”, que tinha um macaco como protagonista, por uma história atípica, toda cibernética e até com vilão lutando arte marcial foi um erro terrível da Plim Plim.

Por mais que seja louvável a intenção de se apostar em roteiros alternativos e novos autores como é o caso de Bosco Brasil, “Tempos Modernos” é péssima em todos os sentidos.

Começa com uma direção de elenco muito abaixo do esperado. Atores perdidos em cena e até exageros como o personagem de Leonardo Medeiros, um roqueiro de meia idade com um sotaque paulista que nem Fausto Silva, o Faustão, conseguiria suportar de tão forçado que é.

Até mesmo o gênio Antonio Fagundes soa falso como um rico empresário que passa o dia todo se preocupando em vigiar as filhas e a construir um prédio ultra hiper mega genial que ninguém entende ao certo do que se trata.

A novela flerta com o futuro, mas se esquece de elementos fundamentais históricos para um sucesso. Faltam boas tramas secundárias, falta se aproximar do telespectador para que ele se identifique com personagens e situações.

Fica o aviso: o novo e moderno também pode ser visto como algo extremamente ultrapassado e sem graça.

Cadê?

“A Fazenda” já vinha passando desapercebida desde o começo da segunda temporada, mas após o início do “Big Brother Brasil”, parece que o reality show rural deixou de existir de uma vez por todas. Tanto para o público como para a mídia.

E já é dada como certa uma terceira edição do programa em Maio. É aquela velha fórmula adotada pelos diretores da Record: canse o seu público até que o produto se esgote em todas as suas possibilidades.

Respeitar o telespectador é fundamental para qualquer emissora. O SBT de Silvio Santos aprendeu bem a lição, agora falta saber se os bispos da Barra Funda entenderão como as coisas funcionam antes que o prejuízo seja irreversível a curto prazo.


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