Por: Nelson Gonçalves Junior E-mail para contato: [email protected]
Quem não renova e inova no seu trabalho está fadado a mesmice, e consequentemente ao fracasso. E em televisão, isto não é perdoado pelo telespectador, sempre impiedoso na hora do “click” do controle remoto.
Nos últimos anos, a sensação de “já vi isso antes” na teledramaturgia brasileira é algo constante. Nas histórias falta ousadia, mas aquela que acrescenta, que é reconhecida por sua qualidade e não por sua apelação.
“Cama de Gato”, a nova novela das seis na TV Globo, segue esta ousadia boa, apresentando uma trama diferente, com um roteiro interessante, elenco afinado e talentoso somado a uma direção segura. Enfim...todos os elementos necessários para um folhetim de sucesso.
Destaque para o sempre impecável Marcos Palmeira no papel de um rico e arrogante empresário; e especialmente para Camila Pitanga, que está perfeita como mãe humilde e chefe de família. Com certeza uma situação que reflete a vida de muitas brasileiras, o que aproxima a personagem da realidade, criando uma empatia interessante de se acompanhar.
A verdade é que após o término de “Paraíso”, a Globo já esperava dificuldades em relação à audiência, afinal é comum que depois de uma novela que agradou ao público, tenhamos um período de “ressaca”, e a trama que vem a seguir patine no seu início. Entretanto, “Cama de Gato” não seguiu este padrão, já trazendo índices superiores a de sua antecessora logo na primeira semana de exibição.
Fica também o registro de que o folhetim é escrito por Thelma Guedes e Duca Rachid, duas autoras menos badaladas e que pouco tiveram espaço para mostrarem seu talento. Talvez este sangue novo seja um dos principais responsáveis pelo sucesso eminente.
Sempre é bom apostar em gente nova, faz bem para o mercado, para o telespectador e para a televisão como um todo.
Museu
Finalmente o Museu da Televisão brasileira parece que vai sair do papel. A RedeTV! já cedeu o espaço e deve inaugurá-lo em Novembro, junto com sua nova sede. Já estava mais do que na hora.