O Planeta TV

É fim de semana. E daí? Na TV não vai passar nada mesmo!

Programação repetitiva cansa o telespectador.

Por: Emerson Ghaspar - Contato: [email protected]

Está no sangue, brasileiro adora um feriado prolongado. E também é justo, depois de se lascar durante dias seguidos e não ver o resultado almejado. Mas enfim, vamos falar de TV e de sua programação aos fins de semana. Vocês estão plenamente felizes com o que é exibido aos sábados e domingo? Desculpem-me, mas eu não.

Os dois dias que a maioria da população tem para ficar em casa e nada de interessante é exibido. Pense, reflita e repense até me dizer o que há de interessante na programação aos fins de semana, quando uma infinidade de programas populares, que apelam para o sensacionalismo barato, tristezas, sensualidade e humor fraco irrisório entram em nossos lares. Claro que há raras exceções, mas fica nisso.

Silvio Santos, Faustão, Fantástico e outros medalhões de nossa TV se renovam a cada ano (dizem isso), reformulam-se, mas nada de novo acontece. Nem cenários, quadros e artistas salvam esses programas do que já conhecemos, da trivial diversão barata. Quem já pensou em desistir de sair para assistir a um desses programas? Estou aqui, contando nos dedos.

Volta e meia somos surpreendidos por alguma nova atração, mas nada que fuja da linha novo, mas não tão novo assim. Recentemente a Record lançou o Domingo Show, uma nova vertente do já velhinho Domingo Legal. E daí? Cadê as novidades? Cadê aquela vontade de assistir? Que nada, como um meme assisto as copias descaradas um dos outros. Volta e meia um quer processar o outro por plágio, mas se Silvio Santos, que adentra aos lares a uma dezenas de anos e realmente é o grande comunicador, quisesse processá-los já o teria feito. Nada funciona melhor aos domingos do que a reciclagem.

Esquenta!, Eliana, Hora do Faro, Domingo Legal, Domingo Show, Caldeirão do Huck, Raul Gil... Nada mais são do que apresentadores com ideias e variáveis de quadros e programas já experimentados por Silvio Santos, o real rei dos domingos: simples, cativante e minimalista. Já Fantástico e Domingo Espetacular são cópias um do outro: quem copiou o original, ou quem tenta copiar o outro nunca se sabe. A questão é que já não gostamos disso que se apresenta.

A TV ao redor do mundo percebeu que o final de semana deve ser uma de suas grande fontes de retorno, seja financeiro ou em publicidade. Nesses dias as emissoras exibem suas séries com tramas cada vez mais distintas. Sim, histórias aos fins de semana também. Games of Thrones (a queridinha de Barack Obama), True Blood, Breaking Bad (que a Record rebatizou de A Química do Mal, rsrsrs, desculpas não consegui me controlar) e Dexter são alguns dos sucessos recentes  que conquistaram sucesso na TV americana ao se apresentarem aos fins de semana.

Não, não estou dizendo que essa seja a solução para a TV brasileira, afinal nossas novelas estão capengando até em dias normais de semana, imagine nos sábados, mas sim que a TV deve buscar algo novo para nos surpreender. Pesquisa, pesquisa e cada vez mais pesquisas para saber o que o público deseja ver, até mesmo no fim de semana devem ser feitas, afinal são os dias que tem mais chance de ter audiência, afinal o telespectador está querendo novidade, está propenso a assistir. Quando isso não acontece simplesmente baixamos uma temporada de série completa e fazemos uma maratona. Fazer o que?

Agora é a hora em que você me questiona: E o SuperStar? E os programas do João Kleber? E eu te pergunto: O que o programa apresentado por Fernanda Lima tem de super além de um aplicativo que trava e deixa um monte de gente com raiva? Creio que se pensarmos bem já vimos um pouco de Superstar há algum tempo atrás, na época era um pouco diferente e se chamava Ídolos. Só que Dinho Ouro Preto, Ivete Sangalo e Fábio Jr eram outros, mas a ideia é a mesma. Uma sugestão à Rede Globo: coloque o programa sábado a tarde, talvez decole, afinal perder para Silvio Santos está virando e rotina.

Sem comentários para os testes apresentado pelo João Kleber. Fantasia por fantasia é melhor assistir Once Upon a Time (na Record se chama Era Uma Vez), é mais coerente.

A  TV brasileira precisa encontrar novas formas de nos agradar e nos prender em casa aos fins de semana. Ideias, formatos e maneiras de se fazer existem aos montes, basta descobrir a ideal. Enquanto isso não acontece voltamos a assistir séries, filmes, a sair, ficar na internet e  não sentiremos falta de sua programação. Enquanto tiver rotina na telinha, há vida mais interessante fora dela.

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