Por: Bosco Brasil é um roteirista e autor de telenovelas brasileiras e de peças de teatro. Ele trabalhou como colaborador de algumas novelas, tais como: \"O Amor está no Ar\", \"Anjo Mau\", \"Torre de Babel\" e \"As Filhas da Mãe\". Trabalhou também no SBT
Autor: Bosco Brasil
Supervisão geral: Aguinaldo Silva
Colaboradores: Maria Elisa Berredo, Mário Teixeira, Izabel de Oliveira e Patrícia Moretzsohn
Direção: Paulo Silvestrini, Carlo Milani e Luciana Oliveira
Direção geral: José Luíz Villamarin
Bosco Brasil é um roteirista e autor de telenovelas brasileiras e de peças de teatro. Ele trabalhou como colaborador de algumas novelas, tais como: "O Amor está no Ar", "Anjo Mau", "Torre de Babel" e "As Filhas da Mãe".
Trabalhou também no SBT e Record. No SBT colaborou em "As Pupulas do Senhor Reitor", já na Record foi co-autor de "Bicho do Mato", junto com Cristianne Fridman.
A seguir uma entrevista que o autor concedeu ao portal G1:
Explique sobre o tema da novela e o que exatamente você quer mostrar com “Tempos modernos”
Bosco Brasil – O que me moveu mais foi uma percepção antiga do aumento da segurança privada. Não sei os números exatamente, mas sei que os valores gastos em segurança privada ou se equipararam ou já ultrapassaram os valores investidos em segurança pública. Então, vou falar desse aspecto de abrirmos mão de nossa liberdade por conta da segurança. As pessoas se preocupam de tal maneira que vivem quase em presídios. E isso é problemático, é quase um desafio à democracia. Mas minha ideia sempre foi contar essa história de forma engraçada, porque acredito que o riso seja mais eficiente do que as lágrimas, nesses casos.
Como vai mostrar essa parte da tecnologia?
Brasil – O mais importante é saber que nessa novela vamos trabalhar sempre em contraste. Na verdade, eu não vou falar da tecnologia, vou falar do ser humano. Do aspecto desumanizador dessa tecnologia, que é o que me preocupa. Eu não acho que a tecnologia ou os aparelhos tenham culpa nisso, seria uma imbecilidade. Mas os seres humanos abrem mão de sua humanidade. O que me interessa mais são as histórias de cada personagem dentro de seus problemas diários, os problemas mais humanos possíveis: o amor não-correspondido, o desejo de poder, a relação difícil entre pai e filha. A tecnologia vai funcionar para deixar bem claro esse contraste. Quem vai usar isso pelo mal é o Albano e a Deodora, que são os vilões. Eles usam sistemas de vigilância, microcâmeras colocadas em robozinhos...
Como tudo isso é mostrado na novela? Você tem a ideia e a equipe faz? É fácil?
Brasil – Até agora não ouvi nenhum não. O diretor José Luiz Villamarim é um parceirão, está a fim de fazer o melhor. E nessa parte de computação gráfica, a Globo é muito boa. As animações que eu estou pedindo, essas “baratinhas-robôs”, eles fazem por animação, e é perfeito. O trabalho está ficando ótimo. Não tive problema nenhum. Toda bobagem que eu imaginei, eles toparam e me sugeriram outras (risos).
A novela terá muitos efeitos especiais?
Brasil – A gente vai brincar com várias linguagens, tipo história em quadrinhos, sonhos... E esse pessoal da computação gráfica vem ajudando bastante nisso.
Você entende de tecnologia?
Brasil – (Risos) Eu acho que estou escrevendo isso porque sou um atrapalhado. Estou colocando lá as minhas angústias, para ver se exorcizo um pouco meus problemas. As pessoas riem de mim, porque o computador para mim não é mais do que uma máquina de escrever rápida. Eu trabalho o dia todo, desligo e não faço mais nada. Pego emails, porque tem assunto de trabalho. Mas essas coisas de navegar, Twitter, Orkut, não tenho nada. É meu perfil, não é bronca da tecnologia, não. Tenho uma TV e um aparelho de som ótimos. Mas não tenho muita curiosidade quanto a isso.
Como foi a escolha de São Paulo como cenário e especialmente da região central?
Brasil – Só poderia ser em São Paulo. Embora eu tenha nascido em Sorocaba, fui para São Paulo com 4 anos de idade, cresci, estudei, me apaixonei, briguei, casei, descasei, fiquei pobre, fiquei rico, tudo em São Paulo. Só nos últimos anos me mudei para o Rio. O centro de São Paulo é uma grande paixão minha. Estudei no colégio São Bento, adorava matar aula e sair andando pelo centro. Depois fui trabalhar como office boy e continuei vivendo ali. Até hoje, é um passeio que faço. O centro para mim é uma paixão, porque vi ele ser “destruído”, na década de 70, com a construção do metrô, de prédios modernos. Então, aquele centro suntuoso que eu conheci na minha adolescência foi caindo. Minha geração passou por isso e sonhou em recuperar e revitalizar o centro, o que vem acontecendo um pouco nos últimos anos. Vou mostrar na novela o centro como eu acho que deveria ser e como pode ser daqui a um tempo. Quero fazer as pessoas se interessarem por aquela região. Não só sonho com isso, como acredito.
Essa é sua primeira novela como autor principal. Como tem sido o trabalho e a supervisão do Aguinaldo Silva?
Brasil – A gente corre tanto que nem sente as dores do parto, mas num balanço geral eu diria que entre as dores e os prazeres, os prazeres estão ganhando de longe. É muito legal porque posso ficar mais perto da ponta final da produção. É algo que eu gosto, e no teatro fazia muito. Estar lá, poder conversar o diretor de fotografia, com os atores, com o editor, ir na ilha de edição, tudo isso é um grande prazer. Compensa qualquer dificuldade. Quanto ao Aguinaldo, eu não me arriscaria a fazer a novela se não tivesse supervisão. Eu sei das minhas dificuldades, e a emissora merece esse cuidado, já que está investindo tanto. O Aguinaldo gosta muito do projeto e tem sido um companheiro imenso, tem me dado grande força.
Como foi a escolha do Antonio Fagundes para o papel principal?
Brasil – O Fagundes encaixou como uma luva no personagem. A gente ficou pensando na necessidade de um grande ator nessa faixa de idade. Que seja um galã, mas que seja também um cara em que as pessoas acreditam. Nos conhecemos do teatro há muito tempo e, quando surgiu essa possibilidade, ele foi super receptivo. É a segunda vez na carreira dele que faz uma novela das sete, ele só fez novelas das oito. Então, foi um encontro muito bom. Tudo o que eu vejo dele está ótimo, ele está dando uma grande alavancada na novela.
A Grazi fará uma vilã. Já estão passando na TV algumas cenas dela lutando... Acho que é algo que poucas pessoas esperavam.
Brasil – (Risos) Como a novela tem esses pontos de contraste, chamar para fazer a vilã uma atriz que é reconhecidamente vilã, não seria tão forte. Ou seja, colocar um ator de comédia numa tragédia é surpreendente, e quando estávamos pensando no elenco me deu esse estalo, de escolher uma pessoa que fosse reconhecida como uma pessoa doce. E a Grazi entrou de cabeça no projeto, gostou da ideia, embarcou, foi treinar no Bope... Ela está ótima, está de rolar de rir. Os vilões de “Tempos modernos” são aqueles que realmente fazem grandes maldades, mas podemos dar risada deles, estão sempre se dando mal.
Como é substituir “Caras e bocas”, que foi um fenômeno para o horário das sete?
Brasil – Eu estreio muito aliviado, porque pegar um horário em cima para mim não é um problema. De uma coisa eu tenho certeza: todos nós da novela estamos dando o melhor. Sucesso é uma incógnita, mas estamos fazendo nosso melhor. Se o Walcyr [Carrasco, autor de ‘Caras e bocas’] fez esse trabalho excepcional de recuperar o horário, só tenho a agradecê-lo. Não vejo isso como problema. Não me sinto pressionado, fico totalmente à vontade.
Tempos Modernos tem direção-geral de José Luiz Villamarim e direção de Paulo Silvestrini, Carlo Milani e Luciana Oliveira. A história é escrita por Bosco Brasil, com colaboração de Maria Elisa Berredo, Mário Teixeira, Izabel de Oliviera e Patrícia Moretzsohn, e supervisão de texto de Aguinaldo Silva.
Sai de cena Caras & bocas e entra Tempos modernos, que estreia amanhã, às 19h55, na Globo/TV Bahia. Escrita por Bosco Brasil, a trama tem como desafio superar - ou pelo menos se igualar a - o sucesso que foi a novela de Walcyr Carrasco e que chegou a bater 39 pontos no Ibope, registrando um recorde de audiência - a média geral era de 30 pontos.
E se Caras & bocas tinha entre os personagens Xico, um macaco pintor, Tempos modernos vai contar com um super computador que fala e tem sentimentos, chamado Frank. Ele vai funcionar como uma espécie de narrador e comentarista das cenas.
Entre os elementos do folhetim estarão, ainda, ex-casais que ainda sofrem por paixão, guerra familiar por amor e por dinheiro), a dor de ter que guardar o passado, disputas amorosas vividas por personagens de todas as idades e trapaças para assumir o poder de um gigantesco prédio inteligente. Além de muita ação com lutas marciais.
A novela promete discutir como a tecnologia vem influenciando e transformando a vida das pessoas – apesar de o autor dizer que não se liga muito no assunto. “Estou escrevendo isso porque sou um atrapalhado. Estou colocando lá as minhas angústias, para ver se exorcizo um pouco meus problemas. As pessoas riem de mim, porque o computador para mim não é mais do que uma máquina de escrever rápida.”
“Tempos modernos” contará a história de Leal (Fagundes), um homem que começou a trabalhar muito cedo e, agora, com um império construído, sente que não viveu direito. Pensa, então, em dividir tudo o que tem entre as filhas, interpretadas por Fernanda Vasconcellos, Viviane Pasmanter e Regiane Alves – sucessão que se tornará um grande problema em sua vida. De olho na fortuna do empresário estão os vilões Albano (Guilherme Weber) e Deodora (Grazi). “Os vilões são aqueles que realmente fazem grandes maldades, mas podemos dar risada deles. Eles também se dão mal”, adianta o autor.
Antônio Fagundes: Leal Cordeiro
Fernanda Vasconcellos: Nelinha (Cornélia Cordeiro)
Priscila Fantin: Nara Nolasco
Thiago Rodrigues: Zeca (José Carlos Pimenta)
Grazi Massafera: Deodora Madureira
Guilherme Weber: Albano
Vivianne Pasmanter: Regeane Cordeiro
Regiane Alves: Goretti Cordeiro
Danton Mello: Renato Vieira de Mattos
Malu Galli: Yolanda Paranhos
Leonardo Medeiros: Ramon Piñon
Genésio de Barros: Pasquale
Janaína Ávila: Milena Morgado
Edmilson Barros: Lindomar
Cris Vianna: Tita Bicalho
Alexandra Martins: Duba Lumbriga
Caroline Abras: Catarina
Alessandra Maestrini: Rita Dittakusnezov (Ditta)
Débora Duarte: Tertuliana
Otávio Muller: Dr. Bodansky
João Baldasserini: Túlio Osório
Otávio Augusto: Faustaço Lumbriga
Eliane Giardini: Hélia Pimenta
Felipe Camargo: Vinícius Porto (Portinho)
Cláudia Missura: Lavínnia
Jairo Mattos: Gaulês
Marcos Caruso: Otto Niemann
Ricardo Blat: Fidélio
Fabrício Boliveira: Nabugo Mota
Tuna Dwek: Justine
Antônio Fragoso: Zapata
Darlan Cunha: João Paranhos
Pascoal da Conceição: Zuppo
Victor Pecoraro: Maurição (Ricardo Maurício)
Anderson Lau: Okuda
Eliana Pittman: Miranda Paranhos
Aline Peixoto: Jannis Piñon
Alexandre Cioletti: Valvênio
Guilherme Leicam: Led Piñon
Ellen Rocche: Cibele Porto
Cássio Inácio: Tartana
Narunha Costa: Dolores Damasceno
Paulo Leal de Melo: Raulzão (Ducha Fria)
Joana Lerner: Heloísa
Luciana Borgui: Bárbara
Sofia Portto: Malu Leitão
Paula Possani: Maureen Lobianco
Márcia del Anillo: Filomena Ayres Penna
Prazeres Alves: Rondônia Alves
Isabel Lobo: Thais Trancoso
Georgia Golfarb: Val Lopes
Xandy Britto: Nelsinho Pallotti
Luciana Barbosa: Izadora Mellão
Zé Luis Perez: Tito Maranhão
Sandro Ximenes: Divino
Márcio Seixas: Frankestein (Frank)
Poliana Aleixo: Maria Eunice
Rebeca Orestein: Maria Helena
Jenifer de Oliveira Andrade: Maria Clara
Ana Karolina Lanes: Maria Eugênia
Leal tem três filhas: Goretti, Regeane e Nelinha. Apesar de o grande empresário ser muito dedicado às três, ele não consegue esconder a predileção em relação a Nelinha, pois eles têm princípios éticos muito próximos.
Da mesma forma, Nelinha é louca pelo pai. O maior sonho da astrônoma é descobrir um planeta para batizá-lo de Leal. Esse sonho diz muito sobre a relação dos dois, que tem na emoção o fator determinante para momentos de muita felicidade e outros de intensas discussões. O amor entre Leal e Nelinha é diretamente proporcional à semelhança dos gênios: ambos são excelentes representantes da tribo dos cabeças-duras.
Além da paixão pela astronomia, Nelinha é fã de esportes, principalmente daquelas modalidades que liberam muita adrenalina. Viver às alturas é uma de suas preferências, a exemplo das descidas de rapel. E a moça é firme na queda, mais uma característica parecida com Leal. E quando está na direção de seu jipe, emoção é o que não falta, principalmente para quem pega uma carona, como no caso de Portinho, seu ex-cunhado e amigo inseparável. Nelinha não pode, nem de longe, ser considerada uma motorista cautelosa ou prudente. E esse é um dos motivos que levará Leal a aproximar Zeca de Nelinha, com a intenção de proteger a filha das enrascadas em que se envolve. Mas o que a filha preferida de Leal não espera é ser pega pelas vontades do coração e vai acabar se apaixonando por Zeca.
É no terraço do Titã, onde algumas histórias amorosas mal-resolvidas são colocadas à prova. Nelinha (Fernanda Vasconcellos) e Zeca (Thiago Rodrigues) são um bom exemplo disso. A jovem astrônoma não vive seus melhores dias. Preocupada com o estado de saúde do pai, que acaba de anunciar que está muito doente, Nelinha se desespera com a possibilidade de perder uma das pessoas mais importantes de sua vida. Ela decide pensar um pouco na vida e recorre ao terraço do edifício de seu pai. É neste momento que a jovem deixa de lado todas as suas defesas e se entrega aos braços de Zeca que, até então, não passava de um guarda-costas contratado por seu pai.
O centro de São Paulo é cenário do amor entre Nelinha e Zeca (Thiago Rodrigues). O amor entre os dois não segue os moldes de um relacionamento tranquilo ou romântico. Eles se descobrem apaixonados de uma hora para outra, depois de viverem aos trancos e barrancos. E as dificuldades que enfrentam não são apenas as incompatibilidades de gênios e personalidades. No meio do caminho de Nelinha tem Nara (Priscila Fantin), uma namorada de Zeca dos tempos de infância.
Estreia é sempre aquela expectativa, frio na barriga, ansiedade para saber a opinião do público... E com o elenco de “Tempos Modernos” não está sendo diferente. É hoje a estreia da nova novela das sete. Conversamos com Fernanda Vasconcellos, Vivianne Pasmanter e Regiane Alves, que faz o trio de irmãs Nelinha, Rejeane e Goretti. Veja como está a expectativa das três para logo mais!
Fernanda Vasconcellos
“Estou muito ansiosa para a estreia, mas tenho a certeza de que vai ser muito feliz e a gente vai se dar muito bem nesses oito meses que temos pela frente. Está sendo uma delícia fazer a novela!”
Vivianne Pasmanter
“Eu estou muito confiante! Acho que está todo mundo confiante, até dá um pouco de medo quando está todo mundo confiando tanto numa coisa assim, mas está mais do que na hora de estrear. Está na hora de nascer logo, pra começar a deslanchar, porque quando vai ao ar a gente começa a gravar um capítulo atrás do outro. Então estou com vontade que o negócio venha logo, que nasça hoje. Estou contente”.
Regiane Alves
“Minhas expectativas são as melhores. Estou com um pouco de ansiedade, quero saber muito o que as pessoas estão achando da novela. A gente está há muito tempo lendo, se preparando, fazendo o personagem, então eu estou querendo essa troca com o público. Acho que assim que acabar o capítulo eu vou ligar para um monte de gente pra saber o que todo mundo achou da novela. Espero que vocês curtam muito!”
Durante a cerimônia de lançamento do Titã II, Regeane, a filha mais velha de Leal, irá revelar ao pai que está noiva de Albano, o todo poderoso chefe da segurança do Titã. O que a perua nem imagina é que seu noivo tem uma amante com quem, aliás, forma uma dupla bastante perigosa. Deodora comanda o “exército” de seguranças do Titã. Má por natureza, a perigosa parceira e amante do vilão da história, Albano, é uma exímia lutadora e treina com pulso firme os seus subordinados que trabalham no Titã.
A vilã não mede esforços para agradar o todo poderoso Albano. Se ele mandar, ela obedece sem pestanejar. O ingrediente que une esse estranho casal ainda é um mistério, pois não há espaço para o amor no coração de nenhum dos dois. Albano sabe que pode contar com Deodora sempre que for preciso e que sua sede por maldade faz com que ela não abandone suas missões sem concluí-las.
Mas uma coisa tira Deodora do sério: ter que dividir Albano com Regeane. Ela não gosta de ser deixada de lado. E isso acontece sempre que Albano reconhece que precisa dar mais atenção à Regeane, pois ele não pode, de jeito nenhum, desperdiçar a chance de colocar as mãos no patrimônio do pai de sua noiva.
Não perca o desenrolar desse triângulo amoroso a partir do primeiro capítulo de “Tempos Modernos”.
O site O Planeta TV! capturou algumas imagens da chamada de elenco:
Grazi Massafera (acompanhada de Cauã Reymond) foi a primeira a chegar à festa de lançamento de “Tempos Modernos” na noite de sábado (9) no Cine Marrocos, em São Paulo. A loira viverá sua primeira vilã na telinha ao interpretar Deodora – uma personagem que parece ter saído dos quadrinhos. “Ela é pura ficção, não tem nada de naturalidade. Ela é chique e luta de salto alto e botas de couro até o joelho”, conta a ex-BBB, explicando que sua antagonista de “Tempos Modernos” não faz nada pesado. “É uma maldade infantil!”. Para viver Deodora, Grazi se preparou durante dois meses com aulas de Kung Fu. “Mas a gente sempre acha que podia ter feito melhor, né?”, se explica.
O núcleo de Grazi é o contrário da boazinha Nelinha, vivida por Fernanda Vasconcellos. “Ela é uma mocinha urbana, contemporânea, alto astral. Ela tem essa coisa marrenta com o pai, Leal, mas é a filha preferida descaradamente”, revelou a atriz que faz par romântico com Thiago Rodrigues pela terceira vez – a primeira em “Malhação” e a segunda em “Páginas da Vida”. Para a namorada de Henri Castelli, contracenar com seu constante par é prazeroso. “Ele é uma pessoa maravilhosa. É bom trabalharmos juntos pois sempre temos de nos reinventar”. Thiago compartilha da mesma opinião. “Poderia trabalhar com a Fernanda em mais dez novelas. Ela é muito divertida”, confessou.
O grande trunfo da substituta de “Caras e Bocas” é ter Antonio Fagundes no papel de protagonista. Para o ator, o que lhe fez aceitar a volta para o horário das sete foi o texto de Bosco Brasil. “Ele veio do teatro, assim como boa parte do elenco, o que deixa tudo muito interessante. Além disso, tem uma turma jovem muito agradável. Com certeza vai ser muito gratificante.”
Bosco Brasil, autor da trama, era só sorrisos pela festa. A ideia de falar sobre tecnologia veio de uma necessidade pessoal. “Talvez tenha surgido da minha inadequação. Não sei nem ligar o aparelho de DVD. Quando a gente não sabe usar a tecnologia, nos tornamos escravos”, contou ele, que já foi colaborador de outros autores, mas que agora estreia sua própria novela. “É fascinante, é duro, é sofrido, a gente fica até mesmo anestesiado. Nem sei se estou ansioso, estou meio chapado com tudo isso”. Segundo Brasil, foi um sonho realizado ver teatro e televisão interligados. “Na verdade, a TV ajuda muito o teatro na divulgação”, revelou, salientando que passa, em média, 12 horas escrevendo o folhetim. “O problema é que trabalho em casa e canso de acordar na madrugada com ideias. Às vezes, elas nem são tão boas…”
”Caras e Bocas” registrou média de 41 pontos em seu último capítulo, mas isso não aumenta a responsabilidade do autor. “Fiquei muito feliz por ter herdado os 41 pontos do Walcyr Carrasco. Ninguém prefere ganhar um real a um milhão de reais de herança, não é?”