Novela das seis da Globo estreia nesta segunda (09/03).
Por: Com informações da assessoria de imprensa da Globo
A busca por isolamento. A necessidade de comunhão. Um desbravador que embarca numa arriscada expedição rumo à Antártica. Um grupo de jovens gerados via doação de sêmen que, através da web, sai em busca de meios-irmãos. A partir destes dois acontecimentos centrais está armada a trama de Sete Vidas.
Miguel (Domingos Montagner) é um homem marcado por uma tragédia, que guarda um segredo em seu passado. Solitário e esquivo, ele faz questão de manter-se livre de laços ou amarras até que conhece Lígia (Debora Bloch), por quem inesperadamente se apaixona. Incapaz de se entregar a este amor, Miguel planeja uma expedição arriscada e sem prazo de volta à Antártica, onde pretende refugiar-se da intensidade de seus sentimentos. Nos mares gelados, Miguel sofre um acidente e é dado como morto, enquanto Lígia – acreditando ter perdido para sempre o amor de sua vida – descobre que está grávida.
Ao mesmo tempo, Júlia (Isabelle Drummond), jovem gerada via inseminação artificial, de posse do número de registro de seu doador anônimo, descobre, através de um site especializado, que possui um meio-irmão, Pedro (Jayme Matarazzo). Os dois marcam um encontro que, por uma série de circunstâncias, acaba se frustrando. Na volta para casa, inadvertidamente, esbarram-se ao acaso, sem saber quem são. Da breve confusão, resulta uma atração recíproca, que fará com que iniciem então um convívio marcado pelo peso deste amor impossível.
Decididos a sublimar essa paixão, passam a conviver unidos pelo objetivo de romper o anonimato que envolve a origem de ambos. Para tanto, deixam uma carta na clínica onde foram concebidos. A carta é encaminhada para o doador de numero 251 – pai biológico de Pedro e Júlia – e aberta por sua mulher: Lígia, a esta altura supostamente viúva. Grávida de um meio-irmão dos dois, Lígia decide conhecer Pedro e Júlia pessoalmente.
Num jantar na casa de Pedro, Lígia fala sobre Miguel e seu trabalho. O rapaz logo aponta uma afinidade com o pai biológico: o interesse pela questão ambiental, especialmente biologia marinha, que cursa na faculdade. Na mesma noite, Lígia conhece Vicente (Angelo Antonio), pai de criação de Pedro, que se interessa por ela. Ao longo de meses de convívio, surge aos poucos um envolvimento. Certa de que perdeu o amor de sua vida, mas encontrou um companheiro e pai maravilhoso para seu filho, Lígia aceita se casar com Vicente.
No dia seguinte ao casamento, Lauro (Leonardo Medeiros) – antigo parceiro de trabalho de Miguel – depara-se, em choque, com a volta de seu velho amigo: Miguel está vivo – embora abatido e, em parte, desmemoriado. Resgatado quase sem vida por um pesqueiro clandestino, ainda na Antártica, Miguel foi abandonado em um pequeno vilarejo. Durante um ano, incapaz de lembrar-se do próprio nome ou origem, foi acolhido por uma colônia de pescadores. Aos poucos, foi desembaraçando fios e juntando peças que o trouxeram de volta até o momento presente.
Diante de Lauro, Miguel pede notícias de Lígia e ouve do amigo que ela está casada, e mais: seu marido é pai de criação de um dos dois filhos biológicos de Miguel, nascidos a partir de uma doação que ele fizera no passado. Angustiado por essa revelação e pela incômoda lacuna em seu passado remoto – que não consegue acessar – Miguel vai à casa de seu pai, Augusto, em busca de respostas. Lá, é assaltado pelo trauma que o perseguiu a vida toda: a culpa pela morte de sua mãe. Destruído, com amor próprio e confiança abalados, Miguel decide, mais uma vez, que ir embora é a única saída: ficar e revelar-se para Lígia só iria arruinar a estabilidade de sua família – como, no passado, ele acabou fazendo com a sua. Implorando a Lauro que guarde segredo, Miguel desaparece novamente, preferindo ser dado como morto.
Ao mesmo tempo, uma jornalista – colega de trabalho de Lígia – se interessa pela história dos meios-irmãos, filhos de um mesmo doador, e resolve entrevistar Pedro e Júlia. A matéria é publicada e um novo meio-irmão surge em cena: Bernardo (Ghilherme Lobo). Adolescente problemático, carente de um referencial masculino em sua vida, Bernardo recebe Pedro e Júlia com certa desconfiança. Morador de um bairro de periferia em Belo Horizonte, Bernardo vive metido com más companhias. A pedido de sua mãe, Marlene (Cyria Coentro), Bernardo acaba embarcando para o Rio de Janeiro com Pedro e Júlia para livrar-se de uma enrascada. Bem recebido na casa do meio-irmão, Bernardo, aos poucos, irá buscar em Pedro o referencial paterno que tanto lhe faltava.
Dias depois, a mesma matéria publicada fará com que a ‘nova família’ aumente ainda mais: Laila (Maria Eduarda Carvalho) e Luís (Thiago Rodrigues), gêmeos, filhos do casal formado por Esther (Regina Duarte) e Vivian, já falecida, contatam os irmãos na intenção de conhecê-los. Com personalidades diametralmente opostas, Laila e Luís vivem em um cabo de guerra: ela é irreverente, impulsiva, incapaz de permanecer em um mesmo relacionamento, cidade ou emprego; ele é um advogado de sucesso, que sustenta há anos um casamento desgastado.
O desejado convívio entre os seis novos meios-irmãos, entretanto, logo será abalado: incapazes de controlar os sentimentos que nutrem um pelo outro, Pedro e Júlia acabam cedendo a um beijo que irá apartá-los. Profundamente culpados, chegam à conclusão de que não devem mais conviver. Influenciado pelos escritos de seu pai biológico, Pedro parte para um doutorado num Instituto de Oceanografia em Fernando de Noronha. Lá, conhece um brilhante professor, que, por algum motivo, o trata com notável distanciamento. Este professor é Miguel – conhecido em Noronha por seu primeiro nome, João. Ao reconhecer Pedro – que chegou a ver brevemente em sua vinda ao Rio, incógnito – procura evitar o filho a todo custo, mas logo o convívio entre os dois se torna inevitável.
Certa noite, num ímpeto, Pedro lhe fala sobre seu amor impossível pela meia-irmã, Júlia. Para poupar o filho de tamanho sofrimento, João/Miguel dá um primeiro passo para fora de seu casulo e apresenta a ele uma bela mergulhadora e bióloga marinha – Taís (Maria Flor), com quem Pedro acaba se envolvendo. Com isso, sua relação com o filho – que sequer desconfia de sua identidade – evolui para uma amizade inesperada. Por meses a fio, Miguel se conforma em viver atormentado por esse segredo, e pela lembrança de tudo o que deixou para trás. Mas quando fica sabendo do surgimento de um seu sétimo filho, Miguel se verá num beco sem saída: Felipe (Michel Noher) sofre de uma doença autoimune e a sua única chance de sobrevivência é um transplante de fígado de um doador compatível.
Após uma bateria de testes, descobre-se então que nenhum dos irmãos se qualifica para a cirurgia. Uma alternativa poderia ser o pai biológico – o doador que todos imaginam estar morto. Sem alternativa que não seja a verdade, Miguel irá se revelar, provocando uma revolução na vida de todos.
Sete Vidas também tratará de outros temas polêmicos como homossexualidade - Esther, personagem de Regina Duarte, é homossexual e mãe dos gêmeos Laila (Maria Eduarda de Carvalho) e Luís (Thiago Rodrigues) - e distúrbios alimentares com a personagem de Letícia Colin, Elisa.
Na vida, há situações contra as quais não há como lutar. Uma delas é o amor entre duas pessoas. Mas nem sempre as histórias embaladas pelo coração são fáceis, possíveis. É o que acontece com Júlia (Isabelle Drummond) e Pedro (Jayme Matarazzo) em "Sete Vidas", próxima novela das seis da Globo.
Bonita e rica, Júlia está longe de ter uma vida de princesa. Ela enfrentou uma infância difícil após a morte precoce do pai e, filha única, passou a conviver apenas com a mãe arrogante e autoritária, Marta (Gisele Fróes).
Até que um dia percebe que sua vida é ainda mais complicada. Júlia descobre que foi gerada a partir de um doador anônimo, já que seu pai não podia gerar filhos. Através de um site, em que meio-irmãos podem localizar uns aos outros, tendo em mãos apenas o registro do doador, ela chega a Pedro (Jayme Matarazzo). Júlia marca um encontro com ele, entusiasmada com a ideia de que não está sozinha no mundo.
Pedro perdeu a mãe cedo e foi criado por Vicente (Angelo Antonio), um homem íntegro e de ótimo coração, a quem sempre foi muito ligado. Ao contrário de Júlia, Pedro nunca sentiu falta de atenção e afeto. Mas sua personalidade corajosa e idealista o deixa inquieto, e ele resolve sair em busca de suas origens.
No dia em que Júlia e Pedro marcam de se conhecer, com local definido e roupa combinada para se identificarem, o acaso se manifesta e eles acabam se encontrando sem saber que podem ser meio-irmãos. Um interesse surge de imediato entre eles. E quando se dão conta de quem é um e outro, decidem conviver como irmãos e juntos buscarem informações sobre o pai.
No dia a dia, Júlia e Pedro descobrem muitas afinidades e interesses em comum. Com isso, a convivência passa a se tornar estranha, sofrida, e eles decidem parar de se ver. Júlia volta para o ex-namorado, Edgard (Fernando Belo), por quem nunca foi apaixonada. Pedro resolve estudar bem longe de casa.
Advogado workaholic, sério, pai de dois filhos e fruto de uma relação homossexual. Esse é Luís, o gêmeo diametralmente oposto a Laila, papel de Maria Eduarda de Carvalho. Vivido por Thiago Rodrigues, o rapaz é filho da personagem de Regina Duarte, Esther, que no passado formou um casal gay e escolheu a inseminação artificial para aumentar a família. Com o eterno desejo de ter crescido em um ambiente tradicional, ele passa, segundo o próprio ator afirma, por um grande conflito pessoal. “Luís tenta abafar a verdade dele, de ser um cara muito mais ligado às artes e a um mundo de criatividade do que ao lado das exatas, do Direito e dessa vida séria, com uma família certinha. Acho que em algum momento ele tem uma virada, de realmente romper com todas essas mentiras”, opina.
Ainda tratado como um tabu pela sociedade, o assunto vai dar o que falar! Thiago, inclusive, já adianta que interpretar um personagem filho de homossexuais lhe deu a oportunidade de pensar melhor sobre a questão. “Ele foi criado com muito amor por duas mulheres incríveis, então para mim, que sou intérprete, acaba sendo uma aula, um testemunho de uma situação que realmente acontece”, comenta, sem deixar de elogiar sua parceira de elenco, Regina Duarte. “É uma honra, um orgulho e um prazer trabalhar com ela novamente. A Regina é uma colega espetacular, atenciosa, cuidadosa, e me sinto até mais seguro perto de uma atriz como ela. Estou realmente feliz e empolgado”, exalta.
Na trama, apesar de sempre buscar "fugir" do diferente e singular, o irmão gêmeo de Laila fará questão de contar abertamente para os filhos sobre a orientação sexual de sua mãe, indo contra a vontade de sua mulher Branca, vivida por Maria Manoella. Pai na vida real, Thiago confessa se identificar com a sinceridade do personagem e conta que sempre leva tudo às claras com o filho Gabriel. “Ele tem apenas 5 anos, então esse tipo de questionamento ainda não apareceu, mas outros aparecem, e eu tento abordar os assuntos com a maior verdade possível. Não gosto de segredos. Até para ele também ter confiança de dividir as coisas comigo”, explica o ator, que planeja ter mais filhos no futuro.
Donos de uma parceria de sucesso em A Vida da Gente (2011), Jayme Monjardim e Lícia Manzo voltam a trabalhar juntos. O desejo mútuo de reeditar essa dupla fez com que eles unissem o tema proposto pela autora com o clima da Antártica sugerido pelo diretor. Juntando esses dois elementos nasceu, segundo Jayme, o projeto de Sete Vidas.
“Nossa parceria deu muito certo. A Lícia é uma autora muito detalhista, elabora cada cena, e eu também gosto de trabalhar assim, sou muito meticuloso”, explica o diretor. Ele comemora, ainda, o fato de estar se aproximando cada vez mais da companheira de trabalho: “Chega um momento em que você tem o lado profissional, mas tem a amizade também”.
Pode até não existir uma fórmula perfeita para uma relação bem-sucedida como a deles, mas Lícia faz questão de exaltar o que é, para ela, a base dessa parceria verdadeira: “Temos intimidade e confiança suficiente para botar na mesa nossos pontos de vista e discordar quando necessário”.
A dupla fala, em vídeo, sobre o parceria:
Domingos Montagner - Miguel
Débora Bloch - Lígia
Jayme Matarazzo - Pedro
Isabelle Drummond - Júlia
Regina Duarte - Esther
Thiago Rodrigues - Luís
Maria Eduarda Carvalho - Laila
Ângelo Antônio - Vicente
Guilherme Lobo - Bernardo
Michel Noher - Felipe
Malu Galli - Irene
Leonardo Medeiros - Lauro
Mariana Lima - Isabel
Gisele Fróes - Marta
Fernando Alves Pinto - Caio
Emílio De Mello - Vinícius
Bianca Comparato - Diana
Selma Egrei - Dália
André Frateschi - Arthurzinho
Milena Mello - Sofia
Gabriel Palhares - Luca
Fernanda Rodrigues - Virgínia
Fernando Belo - Edgard
Fábio Herford - Eriberto
Letícia Colin - Elisa
Cláudia Mello - Guida
Luiz Serra - Aníbal
Walderez De Barros - Iara
Maria Flor - Taís
Vanessa Gerbelli - Marina
Fernando Eiras - Renan
Maria Manoella - Branca
Cyria Coentro - Marlene
Cláudio Jaborandy - Durval
Silvia Massari - Helô
Thaís Garayp - Rosa
Marcílio Nogueira - Augusto
Thierry Tremouroux - Carlos
Inicialmente a trama estava prevista para estrear em março de 2014 no horário das 23 horas em 57 capítulos, mas devido ao compromisso do diretor Jayme Monjardim com Em Família a trama foi adiada para 2015, e teve seu horário de exibição deslocado para às horário das 18 horas, sendo ampliada para 107 capítulos. A emissora pretendia gravar cenas na Antártida, mas a direção da TV Globo julgou o local como sendo perigoso, e fez com que as locações fossem transferidas para El Calafate, na Patagônia, simulando a Antártida. O diretor Jayme Monjardim opta pelo naturalismo na trama, usando móveis ecológicos num dos cenários; locações reais como a redação do jornal de Lígia e uso de pouca maquiagem nos atores.
Sete Vidas, sua jornada das seis, estreia nesta segunda, dia 9 de março. Na Globo!