Por: Thelma Guedes e Duca Rachid iniciaram sua parceria em 2006, quando adaptaram a novela \"O Profeta\", um texto original de Ivani Ribeiro. Depois desse trabalho, as duas escreveram \"Cama de Gato\", a primeira sinopse inédita da dupla. A assessoria da Re
Novela de: Thelma Guedes e Duca Rachid
Escrita por: Thelma Guedes, Duca Rachid e Thereza Falcão
Direção de: Gustavo Fernandez, Natália Grimberg e Thiago Teitelroit
Direção de núcleo: Ricardo Waddington
Direção geral: Amora Mautner
Thelma Guedes e Duca Rachid iniciaram sua parceria em 2006, quando adaptaram a novela "O Profeta", um texto original de Ivani Ribeiro. Depois desse trabalho, as duas escreveram "Cama de Gato", a primeira sinopse inédita da dupla.
A assessoria da Rede Globo divulga uma entrevista onde elas contam que "Cordel Encantado" é um projeto antigo, que nasceu quando elas terminaram de escrever o remake.
Abaixo, uma entrevista muito especial em que as autoras e amigas fazem perguntas uma à outra.
Thelma entrevista Duca
Thelma Guedes: A sua filha Marina é uma pré-adolescente super antenada, que adora moda, internet, cinema, seriados de TV... além de ser uma noveleira de carteirinha (aliás, como a mãe dela). Você costuma ouvir a opinião da Marina sobre a novela que está escrevendo, ou mesmo sobre alguma ideia que tem para uma sinopse? Por quê?
Duca Rachid: Ah, mas claro! Eu sempre ouço a opinião da Marina, sobre tudo! Ela tem muito bom gosto pra roupa, música, programas de TV, filmes, seriados e... novelas, é claro! É fã de ‘Ti-Ti-Ti’, por exemplo. E, de tanto acompanhar as novelas (as nossas e as outras) e as minhas conversas aqui em casa, principalmente com você, que é madrinha dela, já está entendendo um bocado de dramaturgia. Ela faz críticas e dá opiniões muito pertinentes. Como não ouvir? Também já deu ideias para sinopses sim. Meu Deus, será que um dia ela vai escrever novelas também?! Tenho medo, porque embora muito gratificante, é um trabalho muito puxado!
Thelma Guedes: Você acha que a geração dela continua a curtir novela como a nossa curtia? Por quê?
Duca Rachid:Eu observo que a geração da minha filha, que tem 11 anos, vê bastante novela ainda. As minhas sobrinhas, Daniela e Lívia, de 25 e 20 anos, também. Basta a história interessar que elas estão lá, acompanhando.
Thelma Guedes: Como você descreveria esse elenco que conseguimos reunir?
Duca Rachid: É um elenco de sonho, não é? Acho que conseguimos um elenco assim tão estelar porque a gente sempre quer o melhor. E, desta vez, com ajuda do Ricardo Waddington e da Amora Mautner, que também não deixam por menos, acho que conseguimos chegar lá. Temos feras que já se dedicam há muito tempo à televisão, como Berta Loran, Débora Bloch, Luiz Fernando Guimarães, Felipe Camargo, Heloísa Perissé, Zezé Polessa, Osmar Prado, Marcos Caruso, Tuca Andrada... Além do Cauã Raymond, o Carmo Dalla Vechia, o Bruno Gagliasso, a Natália Dill, a Lucy Ramos; atores que, embora jovens, já têm uma extensa folha corrida. E outros do cinema e do teatro, que a gente admira muito e que conseguimos trazer para a TV, como o João Miguel, a Mariana Lima, o Matheus Nachtergaele e o Domingos Montagner, que tem um trabalho lindo no circo Zanni e na Cia. La Mínima. Além disso, estamos apostando na Bianca Bin como protagonista, atriz na qual botamos a maior fé. Sem falar nas participações especialíssimas da Alinne Moraes, do Thiago Lacerda, do Reginaldo Faria e até do grande diretor de teatro, José Celso Martinez Correa. É luxo só!
Thelma Guedes: Por qual personagem nutre um carinho especial?
Duca Rachid: Ai, não sei dizer! Essa pergunta é quase como querer saber de uma mãe de que filho ela gosta mais. Gosto de todos eles: do Rei Augusto, que sofre e mantém sua humanidade, apesar de estar restrito por todo aquele cerimonial típico da corte; gosto de Herculano, cangaceiro, homem rude; adoro o prefeito Patácio e sua mulher Ternurinha, o casal que representa aquela política que ainda persiste no Brasil; o delegado Batoré, homem da lei, que deveria ser duro e rígido, mas é, no fundo, um fraco, patético e apaixonado; Timóteo, que tem aquele falso verniz do dândi, mas, no fundo, é um coronel como o pai; de Dora, uma moça culta, inteligente, independente, à frente de sua época, e, ao mesmo tempo, apaixonada; de Jesuíno, nosso herói, nosso Robin Hood, que não consegue fugir de sua sina. De Açucena, que vai ter que escolher entre o amor e as suas verdadeiras origens; do Miguézim, que representa o lado místico do sertão. Dos personagens Úrsula e Nicolau, dois escroques, vaidosos, que não medem esforços para ter poder e dinheiro. Sem falar do nosso "Homem da Máscara de Ferro", o Duque Petrus. Enfim... gosto de todos eles.
Thelma Guedes: Me conta, qual a sua expectativa em relação à novela?
Duca Rachid: A melhor possível! Acho que essa novela tem todos os elementos para agradar o público: é um convite ao sonho, uma história de amor impossível, tratada com emoção, humor e aventura.
Duca entrevista Thelma
Duca Rachid: Seus pais e seu marido têm origens nordestinas. Como isso te influenciou e ajudou na pesquisa desse tema?
Thelma Guedes: Como você sabe, meus pais são nordestinos, mas, como eles foram pro Rio de Janeiro há mais de cinquenta anos, de certa forma, o Nordeste pra mim era uma referência ao mesmo tempo próxima e distante. Meu marido influenciou bastante na retomada do nordeste na minha vida, já que ele tem um apego muito grande às suas raízes nordestinas. Por causa dele, viajamos constantemente pra lá e até construímos uma casinha no interior da Bahia, na cidade em que ele nasceu, Formosa do Rio Preto. Na verdade, o contato recente, já há alguns anos, com o universo nordestino atual e, em particular, o sertanejo, mostrou para mim como esse nordeste “mítico”, com o qual eu tive contato na minha infância e por meio da literatura, continua a existir, mesmo nos dias de hoje. Lá é um lugar praticamente atemporal no aspecto cultural, apesar dos avanços tecnológicos...
Duca Rachid: Você também tem duas enteadas jovens, Helena e Mariana, além de um marido escritor, Eromar Bomfim (um ótimo escritor, por sinal). Eles costumam dar pitacos nas suas novelas?
Thelma Guedes: Quando eu conheci o meu marido, ele quase não assistia à televisão. Tinha um aparelho de TV bem pequeno, encostado num canto, só usado para ver noticiários. Quando eu entrei na oficina de teledramaturgia da Globo, ele ficou meio surpreso. E mais surpreso ainda quando viu que era isso que eu ia fazer na vida, dali por diante. E aí foi muito bacana, porque ele passou a assistir tudo, ler tudo que eu escrevia, me dando um apoio total.
Helena e Mariana foram criadas sem assistir muito à televisão. Mas logo fiquei sabendo que elas adoravam novela. Elas tinham visto muitas. Quando pequenas, iam para a casa da avó pra assistir. As meninas então se tornaram fãs incondicionais. Helena, por exemplo, foi quem leu o primeiro roteiro que escrevi na vida, o que mandei para me inscrever na oficina. Eu estava insegura, achando que não devia mandar. Ela leu e disse que a história a tinha emocionado muito e que eu tinha que mandar sim. Disse que não tinha a menor dúvida de que eu ia conseguir entrar na oficina com aquele roteiro. Sempre penso que talvez, sem o estímulo dela, eu poderia ter desistido de me inscrever. E tudo teria sido diferente na minha vida.
Então, claro que com essa verdadeira torcida organizada, nem que eu não queira, eles dão palpites em tudo, até na escalação. Eu adoro, porque isso só demonstra o interesse que eles têm pelo meu trabalho. Eu me sinto abençoada por ter uma família que me apóia tanto. Sem falar na minha mãe, minha irmã, sobrinhas, tios, amigos... Tenho um fã-clube familiar enoooorme!
Duca Rachid: Outra pergunta que não quer calar: Como é pra você, que é uma escritora, uma pessoa bastante "autoral", dividir a autoria de uma novela comigo? Vai, me conta: quantas vezes por dia você pensa; "Ai, meu Deus! Não aguento mais a chata da Duca! Preferia fazer isso sozinha!" (risos)?
Thelma Guedes: É, amiga, sou autoral mesmo. Eu é que devo ser bem chata, né? Mas só dá tão certo trabalharmos juntas, porque você tem muita paciência comigo. E, ao contrário do que você está dizendo, eu penso muito em como o resultado do nosso trabalho em dupla é maravilhoso! Você é uma grande companheira de escrita. Nunca pensei que conseguiria dividir o ato de criação com ninguém. Quando eu era colaboradora, eu tentava ao máximo dar voz ao autor. Mas agora eu divido com você uma voz única, que é minha mas também é sua. E essa verdadeira aventura só é possível porque temos de fato visões de mundo muito próximas. E as nossas diferenças (acho que até os defeitos) são complementares. Acho que em algum momento pode ser bacana pras duas escreverem sozinhas. Mas o trabalho que fazemos juntas é especial. Você é uma autora incrível, ágil, esperta, incansável, antenada, lê e assiste a tudo. É um luxo ser sua parceira!
Duca Rachid: Se pudesse escolher moraria no fictício reino de Seráfia ou na fictícia cidade de Brogodó?
Thelma Guedes: Ah, com certeza eu moraria em Brogodó e nas férias visitaria Seráfia. Brogodó é bem mais “caliente” e animada, mas Seráfia é chique demais...
Duca Rachid: Conta o que o público pode esperar de ‘Cordel Encantado’.
Thelma Guedes: Você sabe o quanto sou otimista o tempo todo. É até irritante, né? (risos). No caso dessa novela, estou ainda mais animada. Porque, sem falsa modéstia, eu gosto muito da história. Estou apaixonada pelos personagens e suas tramas. Torço por todos. Até os nossos vilões são divertidos! Acho que o público pode esperar o melhor sim. Pelo menos, é o que nos esforçaremos para dar a ele!
A famosa literatura popular de cordel é a grande fonte de inspiração da próxima novela das seis que se chamará "Cordel Encantado". Esses folhetos rústicos de rimas melodiosas e xilogravuras graciosas são recheados de histórias de amor e aventura e já fizeram muita gente se emocionar, se apaixonar, sonhar. É nesse mesmo clima, na cadência da viola e no recitar de belos versos, que a novela estreia no dia 11 de abril.
A trama tem como ponto de partida dois imaginários: as lendas heróicas do sertão nordestino e o encantamento da realeza europeia, ambos temas presentes nos poemas populares de cordel que tiveram origem na Europa da Idade Média. A união desses dois universos se traduz no romance do casal central formado por Açucena (Bianca Bin), uma cabocla brejeira criada por lavradores no nordeste do Brasil, sem saber que é a princesa de um reino europeu; e Jesuíno (Cauã Reymond), um jovem sertanejo que desconhece ser filho legítimo do cangaceiro mais famoso da região.
BIANCA BIN - Açucena / Princesa Aurora
CAUÃ REYMOND - Jesuíno
CARMO DALLA VECCHIA - Rei Augusto
DÉBORA BLOCH - Úrsula de Bragança
NATHÁLIA DILL - Dora (Doralice Peixoto) / Fubá
BRUNO GAGLIASSO - Timóteo Cabral
LUIZ FERNANDO GUIMARÃES - Nicolau
ZEZÉ POLESSA - Ternurinha Peixoto
MARCOS CARUSO - Patácio Peixoto
CLÁUDIA OHANA - Benvinda
OSMAR PRADO - Delegado Batoré
FELIPE CAMARGO - Duque Petrus
MARCELLO NOVAES - Quiquiqui
GUILHERME FONTES - Marquês Zenóbio Alfredo
HELOÍSA PERISSÉ - Neusa
PAULA BURLAMAQUI - Penélope
MATHEUS NACHTERGAELE - Miguezim
TUCA ANDRADA - Zóio Furado
JAYME MATARAZZO - Príncipe Felipe
ISABELLE DRUMMOND - Rosa
MIGUEL RÔMULO - Cícero
EMANUELLE ARAÚJO - Florinda
ANDRÉIA HORTA - Bartira
NANDA COSTA - Lilica
MOHAMED HARFOUCH - Farid
EMÍLIO DE MELLO - General Baldini
GENÉZIO DE BARROS - Padre Joaquim
PATRÍCIA WERNECK - Teinha
LUIZA VALDETARO - Antônia
DOMINGOS MONTAGNER - Herculano
LUANA MARTAU - Carlota
GLISÉRIO ROSÁRIO - Setembrinov
RENATO GÓES - Fausto
RENAN RIBEIRO - Galego
JOÃO MIGUEL - Belarmino
MAURICIO DESTRI - Príncipe Inácio
FLÁVIA RUBIM - Filó
LUCY RAMOS - Maria Cesária
ANA CECÍLIA COSTA - Virtuosa Bezerra
ENRIQUE DIAZ - Euzébio Bezerra
DÉBORA DUARTE - Amália
TONY TORNADO - Damião
BERTA LORAN - Rainha-Mãe Efigênia
ILVA NIÑO - Cândida Araújo
MAX LIMA - Juca
LAND VIEIRA - Tibungo
ISABEL MELLO - Cordata
CRISTIANE AMORIM - Janaína
NAUANA COSTA - Sofia
ALESSANDRO TCCHE - Soldado Rufino
WAGNER MOLINA - Genaro
as crianças
MATHEUS COSTA - Salim
JOÃO FERNANDES - Nidinho (Eronildes)
SOFIA TERRA - Lady Cecília
CAIO MANHETE - Zig
BÁRBARA MAIA - Dulcina
e
ALINNE MORAES - Rainha Cristina
THIAGO LACERDA - Rei Teobaldo
REGINALDO FARIA - Januário
ZÉ CELSO MARTINEZ - Amadeus
MARIANA LIMA - Rainha Helena
EVA TODOR
MARCELLA VALENTE
No sertão do nordeste, o pregador Miguézim (Matheus Nachtergaele), santo para uns, mendigo e louco para outros, tem um sonho. Nele, uma bola de fogo aparece no céu em uma noite escura e cai na mata do sertão. O fogo se espalha e a devasta. De manhã, no meio das cinzas, a chuva faz brotar uma pequena e delicada flor vermelha: a açucena.
Miguézim acredita ser o sonho é uma profecia que aponta para um rei que surgirá no sertão, transformando tristeza em alegria e fome em fartura.
O mesmo sonho tem o monarca Augusto (Carmo Dalla Vecchia), do outro lado do Atlântico, na velha Europa, mais precisamente no reino de Seráfia do Norte. Ao acordar, angustiado, ele procura o conselheiro Amadeus (Zé Celso Martinez) para ajudá-lo a decifrar seu significado. O velho sábio lhe diz que o sonho representa uma longa viagem que Augusto fará ao hemisfério sul. Ele conta que nessa viagem haverá um conflito que o fará deixar por lá um bem preciosíssimo, mas que, graças a isso, esse lugar tão longínquo finalmente poderá conhecer a felicidade e a justiça.
Em nome da paz
Seráfia do Norte e Seráfia do Sul vivem em guerra há centenas de anos. A cisão entre os reinos ocorreu após uma revolução popular e, desde então, as duas nações vivem em um conflito que parece não ter fim.
Depois de mais uma terrível batalha, o rei de Seráfia do Sul, Teobaldo (Thiago Lacerda), é levado, entre a vida e a morte, para seu palácio, enquanto o rei Augusto (Carmo Dalla Vecchia), de Seráfia do Norte, volta correndo para conhecer sua primeira filha que acaba de vir à luz: a princesa Aurora Catarina Ávila de Seráfia (Bianca Bin).
Os sinos dobram em Seráfia do Norte comemorando o nascimento, e Helena (Mariana Lima), a rainha de Seráfia do Sul, chega ao castelo de Seráfia do Norte. Ela está grávida e vem trazendo pela mão um filho de pouco mais de dois anos, o príncipe Felipe (Jayme Matarazzo). Revoltada com o estado de seu marido Teobaldo (Thiago Lacerda), gravemente ferido em combate, Helena maldiz a disputa pelo poder que há tantos séculos impede a paz dos povos de Seráfia. Em prantos, implora que Augusto dê um fim no tormento. Ele se comove diante da dor de Helena e propõe a Teobaldo (Thiago Lacerda), no leito de morte, que, após completarem a maioridade, seus primogênitos Aurora (Bianca Bin) e Felipe (Jayme Matarazzo) se casem, unificando e trazendo paz aos dois reinos. Teobaldo aceita o acordo e morre logo depois. As duas crianças são apresentadas publicamente como os futuros reis de Seráfia.
E o destino começa a se cumprir...
E eis que Zenóbio Alfredo (Guilherme Fontes), botânico de Seráfia do Norte, que estava no Brasil envolvido com pesquisas científicas, chega trazendo notícias do tesouro escondido em terras tropicais pelo fundador do reino, Dom Serafim.
O botânico sugere ao rei Augusto (Carmo Dalla Vecchia) que financie uma expedição para encontrar o tesouro. Augusto, amante das ciências e das aventuras, não só concorda como faz questão de liderar a empreitada. O rei não contava, porém, que sua esposa, Cristina (Alinne Moraes), resolvesse acompanhá-lo, levando a pequena Aurora (Bianca Bin).
Só quem realmente conhece Úrsula (Debora Bloch), cunhada do rei Augusto (Carmo Dalla Vecchia), é Nicolau (Luiz Fernando Guimarães), o mordomo da corte de Seráfia. Ninguém além dele sabe que a bela, elegante e sofisticada duquesa é a pessoa mais perigosa e falsa de todo o reino. E o principal: só ele sabe do maior desejo da vilã. Os dois são amantes, adoram o poder e, juntos, vão fazer de tudo para que Úrsula (Debora Bloch) se torne rainha. E a viagem a Brogodó é a chance que a duquesa sempre quis para se livrar da rainha Cristina (Alinne Moraes) e da princesinha.
Úrsula sempre foi desejada por todos os homens de Seráfia e chegou a ter um breve romance com Augusto, mas, trocada pela plebéia Cristina (Alinne Moraes), acabou casando-se com Petrus (Felipe Camargo), irmão do rei, com quem teve Lady Carlota (Luana Martau). Inconformada, nunca desistiu de conquistar o trono de rainha e sempre pensou em uma maneira de se livrar do marido. A oportunidade chega com uma batalha entre os reinos de Seráfia do Sul e Seráfia do Norte, quando Úrsula prende Petrus em uma torre e coloca nele uma máscara de ferro para que, caso seja descoberto, ninguém o reconheça. Seu plano é executado com sucesso e ela mente a todos, anunciando a morte do marido na guerra.
Agora "viúva", Úrsula só precisa dar fim na rainha Cristina e na princesa Aurora (Bianca Bin). Seus planos poderiam dar certo não fossem as confusões de Nicolau. Apesar delas, a sede de poder e riqueza da dupla de vilões não se abala: no Brasil, para onde se muda com a corte européia, o casal vai enfrentar as grandes figuras de Brogodó, sem medir esforços para conseguir o que quer.
Com o tempo, Açucena (Bianca Bin) se transforma em uma linda moça e Jesuíno (Cauã Reymond), por sua vez, num rapaz bonito, forte, generoso e brincalhão – o braço direito do coronel Januário (Reginaldo Faria), seu padrinho.
Mas as coisas se complicam para o casal, quando o coronel Januário morre e Timóteo (Bruno Gagliasso), seu filho, recém-chegado do Rio de Janeiro, assume o lugar do pai na fazenda. Herdeiro do prestígio do pai, o “playboyzinho” se embriaga com o poder e começa a maltratar os pobres sertanejos de Brogodó. Jesuíno, que administra a fazenda, tenta ajudar como pode os empregados, diante da piora das condições de trabalho impostas por Timóteo.
Mesmo com todos os problemas, Jesuíno está muito feliz por ter conseguido juntar dinheiro para realizar seu maior sonho: se casar com a amada Açucena (Bianca Bin). O que ele mal sabe é que seu casamento corre perigo. O malvado Timóteo (Bruno Gagliasso), que sempre cobiçou Açucena, não se conforma em perdê-la para Jesuíno e fará de tudo para que esse enlace não aconteça.
Capturamos algumas imagens da chamada da novela. Confira:
Assim como os personagens da trama, a equipe de "Cordel Encantado" cruzou o oceano para retratar as cenas da família real em Seráfia e foi ao nordeste brasileiro registrar as imagens do sertão que abriga Brogodó. "A novela reúne três universos: realeza, Brogodó e cangaço. Tivemos que viajar para lugares que representassem esses mundos", explica a diretora-geral Amora Mautner.
No dia 29 de janeiro, o elenco e as equipes de produção e direção embarcaram rumo à França para iniciar as gravações de "Cordel Encantado". O destino final foi o Castelo de Chambord, no Vale do Loire, que serviu de locação para as primeiras cenas da novela.
Durante uma semana, Thiago Lacerda, Alinne Moraes, Zé Celso Martinez - em participações especiais -, Luiz Fernando Guimarães, Débora Bloch, Jayme Matarazzo, Carmo Dalla Vecchia, Maurício Destri, Luana Martau, Felipe Camargo, Mariana Lima, Emilio de Melo e Guilherme Fontes gravaram no fictício reino de Seráfia. Ricardo Waddington e Amora Mautner dirigiram cenas extensas, com mais de 200 figurantes e numa temperatura de zero grau, só amenizada pelo clima divertido e leve das gravações.
O castelo de Chambord já foi cenário de diversas produções cinematográficas. Sua fachada pomposa e de proporções grandiosas imprimiu perfeitamente o tom lúdico e encantado da corte de Seráfia. Uma de suas pérgulas foi utilizada na cena em que o rei Augusto (Carmo Dalla Vecchia) discursa para o povo de seu reino. Os jardins do castelo foram palco de um piquenique da família real, com cestas, toalhas e prataria alugados em um antiquário local. E o interior do castelo abrigou camarins e salas de caracterização.
No dia 15 de março, a equipe embarcou para Canindé de São Francisco, em Sergipe. Os atores, Alinne Moraes, Carmo Dalla Vecchia, Debora Bloch, Luiz Fernando Guimarães, Guilherme Fontes, Emílio de Mello, Domingos Montagner e Claudia Ohana gravaram por quatro dias nas paisagens áridas do nordeste brasileiro.