Trama completa 10 anos desde exibição original.
Por: Emerson Ghaspar - Contato: [email protected]
No dia 12 de março de 2005 ia ao ar o último capítulo de Senhora do Destino, trama assinada por Aguinaldo Silva que parou o país. Dividida em duas fases, a trama narrava a saga de Maria do Carmo (Susana Vieira) e sua busca incessante para reaver a filha Lindalva (Carolina Dieckmann).
Tudo tem início em dezembro de 1968 quando a nordestina Maria do Carmo (Carolina Dieckmann) decide ir ao Rio de Janeiro com seus cinco filhos tentar a sorte depois que é abandonada por seu marido Josivaldo (Manoel Candeias). A heroína pede que seu irmão Sebastião (Luiz Carlos Vasconcelos) a receba. Ele é motorista de Josefa Magalhães Duarte Pinto (Marília Gabriela), por quem nutre uma paixão platônica. Já Josefa é dona do jornal carioca Diário de Notícias, onde trabalha o jornalista Dirceu de Castro (Gabriel Braga Nunes).
Depois de dias de viagem, Maria do Carmo chega ao Rio de Janeiro no dia 13 de dezembro, o dia que foi decretado o Ato Institucional nº 5 (AI-5). Devido a confusão, a polícia prende o jornal de Josefa e Sebastião não consegue ir ao encontro da irmã. Sem saber o endereço do irmão, a nordestina vaga pelas ruas em busca do local onde trabalha.
No meio da confusão entre estudantes e a polícia, Reginaldo (Miguel Rômulo), o primogênito da nordestina leva uma pedrada e para fugir da situação, Maria do Carmo se abrigam em uma casa abandonada. É nesse local, que a heroína conhece Nazaré (Adriana Esteves) que diz ser enfermeira e que se chama Lourdes. A falsa profissional da saúde que diz estar grávida e logo se encanta por Lindalva e aconselha a nordestina a levar Reginaldo ao hospital, prometendo ficar com os demais filhos.
Quando retorna, Maria do Carmo descobre que Nazaré fugiu com sua filha e se desespera. Paralelo a isso, Nazaré encontra em Lindalva a chance de largar de ser prostituta e revela que nunca esteve grávida. A megera obriga Madame Berthe (Tônia Carreiro) a forjar o parto da criança, o que faz com que o amante Luís Carlos (Tarcísio Filho) abandone a esposa e a filha legitima para ficar com ela. Nazaré, que na verdade é estéril, batiza Lindalva com o nome de Isabel, dando assim início a sua trajetória como mulher da sociedade.
Nervosa com o sumiço da filha, Maria do Carmo anda sem rumo pela cidade e acaba sendo confundida com manifestantes, indo parar na prisão Ilha das Flores, onde fica na cela ao lado de Dirceu de Castro. O jornalista toma conhecimento da história da nordestina e consegue convencer os oficiais que tudo não passa de um equívoco.
Solta, Maria do Carmo consegue encontrar com seu irmão e juntos tentam reaver seus filhos, que foram levados pelo juizado de menores. Disposta a reencontrar a filha, a nordestina se muda para a Vila de São Miguel, na Baixada Fluminense, e começa a se reerguer. A mãe de Reginaldo logo se torna uma empresária no ramo dos materiais de construção e vence na vida.
Anos depois, na segunda fase da trama, Maria do Carmo é uma mulher bem sucedida que criou sozinha os filhos: Reginaldo (Eduardo Moscóvis), Leandro (Leonardo Vieira), Viriato (Marcello Antony) e Plínio (Dado Dolabella). A nordestina também não se casou novamente e tem um relacionamento com Dirceu (José Mayer), que agora é editor e colunista de um grande jornal . Os dois tinham tudo para ser felizes, se não fosse um outro admirador da nordestina: o ex-bicheiro Giovanni Improtta (José Wilker).
Maria do Carmo é o alicerce de sua família, além de ser respeitada na comunidade. Ela tenta lidar com a falta de caráter do filho Reginaldo, que se tornou um político ambicioso que tenta tirar proveito da popularidade da mãe. O primogênito da nordestina quer emancipar o local e se tornar prefeito para conseguir desviar dinheiro.
Reginaldo é casado com Leila (Maria Luisa Mendonça), com quem tem dois filhos: Bruno (Thadeu Matos) e Bianca (Marcela Barrozo). Ambicioso, ele encontra em Viviane (Letícia Spiller), sua assessora parlamentar a cúmplice ideal. No início da trama, Leila descobre a infidelidade do marido e pede ajuda a Venâncio (André Gonçalves), primo de Reginaldo, para ajudá-la. Os dois seguem Reginaldo até um motel e Leila tenta pular a mureta do local, mas acaba caindo e morre.
Reginaldo convence Venâncio dizer que estava com Leila no motel, causando um mal estar na família. Viúvo, o corrupto se casa com Viviane e juntos armam vários golpes no decorrer da trama, entre eles: o falso sequestro do próprio filho, a prisão da mãe, a fuga de Nazaré da prisão e a morte de seus cúmplices. No final, é desmascarado e acaba apedrejado, morrendo em seguida. Viviane, por sua vez, se casa com um importante político.
Além das armações de Reginaldo, Maria do Carmo tem que lidar com os problemas de outros filhos: Leandro que é casado com Nalva (Tania Khalil), mas ela é apaixonada por Viriato, irmão do marido. Viriato por sua vez é maitre no restaurante de Edgar (Dan Stulbach), neto de Madame Berthe, e acaba se envolvendo com Maria Eduarda (Débora Falabella), filha de Leonardo (Wolf Maya) e Gisela (Angela Viera), que não aprovam a relação da filha com alguém que eles julgam ser inferior. Ele é filho de Pedro Correia de Andrade e Couto, o Barão de Bonsucesso (Raul Cortez), um homem que já foi rico e que agora tem que viver com a ascensão de uma nova classe. O Barão é casado com Laura (Glória Menezes), uma simpática senhora que desenvolve o mal de Alzheimer. Em uma belíssima retratação da doença, o tema foi tratado com sutileza e carinho. No decorrer da trama, o público ficou ansioso para saber onde Laura havia escondido um colar de esmeraldas, a única jóia de valor da família. O mordomo Alfred (Itálo Rossi) a encontrava no congelador.
Além de Alfred, o Barão de Bonsucesso tem Sebastião como motorista. O irmão de Maria do Carmo casou-se com Janice (Mara Manzan) e com ela teve três filhos: Venâncio, Regininha (Maria Maya) e Eleonora (Mylla Christie), sendo está última médica e que acaba se apaixonando por Jenifer (Barbara Borges), filha de Giovani Improtta. Além de lidar com a paixão por alguém do mesmo sexo, as duas lutaram para adotar uma criança no decorrer da trama. O caso entre as duas foi mostrado com sutileza.
Giovani ainda é pai de João Manoel (Heitor Martinez) e genro de Flaviana (Yoná Magalhães), que vive infernizando. Apesar de ter vivido na contravenção, o ex-bicheiro vive dizendo que nõ deve nada a ninguém, além de ser presidente da escola de samba Unidos de Vila São Miguel. Ele ainda tem um caso com Danielle (Ludmilla Dayer), a quem chama de Ninfa Bebê. As gravatas borboleta e a mania de falar errado, fizeram de Giovani um sucesso. Destaque para o seu bordão “felomenal”, quando na verdade queria dizer fenomenal.
Entre as tramas paralelas, estava a história de Plínio, o outro filho de Maria do Carmo, que também não escapou de problemas. Ele se envolve com Yara Stainer (Helena Ranaldi), uma mulher bem sucedida que busca um homem para uma produção independente. Depois que engravida, Yara viaja para outro pais, mas retorna quando é demitida e não tem condições de criar o filho.
Apesar de problemas com os filhos, Maria do Carmo nunca desistiu de encontrar a filha Lindalva e a chance exata acontece quando Rodolfo (Reinaldo Gonzaga), um amigo fotógrafo de Dirceu mostra uma foto de uma enfermeira grávida com um bebê no colo, tirada por ele em dezembro de 1968. Maria do Carmo reconhece a falsa Lourdes e o jornalista pede que o amigo utilize um software para tentar envelhecer o rosto da sequestradora.
Com a possível imagem envelhecida da sequestradora de Lindalva, Maria do Carmo vai a um programa de televisão contar seu drama. Luis Carlos (Tarcisio Meira) reconhece à falsa Lourdes e ameaça entregá-la a polícia. Ele acaba caindo da escada e começa a sentir um ataque fulminante, ele pede por seus remédios, Nazaré (Renata Sorrah) os joga na pia e o deixa morrer.
A morte de Luis Carlos é um baque para Isabel e Cláudia (Leandra Leal), filha do primeiro casamento que vai morar com ele e Nazaré após a morte da mãe. As duas tentam se reerguer, e Isabel vai trabalhar no restaurante de Edgar. O que não é bem visto pela vilã, que acredita que pode ser desmascarada.
Além de ser vítima de Nazaré, que faz de tudo para que Maria do Carmo não descubra que Isabel é sua filha, a protagonista tem que enfrentar Josivaldo (José de Abreu) seu marido que retorna ao ver sua vida exposta na TV e disposto a tirar uma grana. Ele se alia a Nazaré e juntos infernizam a vida da protagonista.
Nazaré mora no bairro Peixoto. É vizinha de Shirley (Malu Valle) amiga da família, e de seu Jacques (Flavio Migliaccio) que vive reclamando que sua revisão da aposentadoria nunca sai, mostrando assim os descasos com os aposentados. Jacques é pai de Alberto (Thiago Fragoso), que namora Isabel no início da trama e que desperta a paixão de Cláudia. No final, Alberto fica com Shirley apesar da diferença de idade. Quem ainda aparece no bairro é Djenane (Elizângela), antiga amiga de Nazaré que volta para chantageá-la. A vilã arma para cima da conhecida que morre ao cair da escada. Para escapar de ser presa, a megera inventa que a amiga estava lhe roubando quando caiu da escada e morreu.
Na disputa pelo paradeiro de Lindalva, Dirceu e Giovani tentam descobrir onde está a menina e com isso acabam encontrando Angélica (Carol Castro), mas logo se descobre que ela não é a criança desaparecida, pois tem uma marca de nascença na perna, o que a filha de Maria do Carmo não tinha. Mesmo assim, a protagonista a acolhe em sua coisa, com isso Angélica e Plínio começam a se envolver.
No decorrer da trama, Cláudia desconfia de que Nazaré não seja mãe de Isabel e se alia a Maria do Carmo para desmascará-la. Em uma cilada, a megera confessa tudo, mas e faz de vítima e diz que a sequestrou por desespero. Sensibilizada, Isabel se compadece da mãe de criação e fica ao seu lado até descobrir que ela é a vilã da trama. As duas chegam a ir para Porto Alegre, mas a filha perdida retorna e descobre o caráter da mãe. Se aproximando mais de sua mãe biológica.
Conquistando o amor da filha aos poucos, Maria do Carmo vê Dirceu se aproximar de Guilhermina (Marilia Gabriela), filha de Josefa, que volta disposta a impedir a concretização de um antigo sonho do jornalista: reabrir o Diário de Noticias. Para reabrir o jornal, Sebastião tenta vender um antigo Cezanne deixado por Josefa para ele dentro de um antigo carro. Apesar de todos os obstáculos, o jornal é reaberto.
Na reta final da trama, Isabel engravida e Nazaré planeja roubar a criança.. A oportunidade perfeita acontece quando Isabel parte com Maria do Carmo para conhecer sua cidade natal e a vilã acaba raptando a menina. No último capitulo, Nazaré se suicida após entregar a neta para a filha, se redimindo de seus pecados, se jogando de uma ponte.
Entre as tramas paralelas estavam as dos moradores da Comunidade da Pedra Lascada, comunidade na Vila de São Miguel. Lá morava Rita (Adriana Lessa), que lutava contra a dependência química e contra a violência sofrida nas mãos de seu marido Cigano (Ronnie Marruda), um bandido. Ela ainda é mãe de Lady Daiane (Jéssica Sodré) que se descobre grávida aos 15 anos de Shao Lin (Leonardo Miggiorin), um marginal que não quer assumir a paternidade da criança.
Aguinaldo Silva inspirou-se no caso do menino Pedrinho, bebê sequestrado em 1986 por Vilma Martins Costa. A história mexeu com a opinião pública quando Vilma foi desmascarada. Ela foi acusada de sequestrar o menino e uma outra criança. Como bom folhetim, Senhora do Destino apostou no drama para conquistar o telespectador.
A primeira fase foi exibida em quatro capítulos, marcada pela excelente e precisa reconstituição do ano de 1968. A equipe de cenografia recriou muito bem a atmosfera do centro do Rio, daquele 13 de dezembro. Foram necessárias as retiradas placas, utilizar tapadeiras e pintar paredes, tudo no intuito de esconder a arquitetura atual. Para as cenas de passeata, a equipe de produção confeccionou 500 faixas,além de adereços condizentes para a época. O Veículo Galaxie, que movimenta uma das tramas paralelas da novela, ganhou estofamento condizente para o ano, assim como as vestimentas dos personagens.
Para reproduzir o figurino da época, Beth Filipecki visitou residências de pessoas influentes dos anos de 1960. Para as cenas do baile oferecido a rainha Elizabeth II da Inglaterra, no primeiro capítulo da novela, a figurinista obteve um protocolo que explicava o que podia e o que não podia ser usado na presença da rainha. A cor roxa, por exemplo, era proibida, pois simbolizava o luto oficial na Inglaterra.
Para a segunda fase da trama o figurino que mais chamou atenção foi o de Maria Eduarda, com seus vestidos e suas saias no melhor estilo romântico. As diferenças entre a protagonista e vilão também era visível. Enquanto Maria do Carmo usava estampas, rendas e roupas de cores fortes, a vilã Nazaré abusava de vestidos colados, blusas transparentes, todas em tons de vermelho, roxo e dourado. As diferenças ressaltavam a fibra e a luta de uma, enquanto as peças da outra simbolizavam loucura e obsessão.
Para mostrar a transição das fases, a equipe de efeitos especiais utilizou o artifício morph (que em cima de colagens mostrava as mudanças físicas dos personagens). O efeito permitia a cada primeira aparição de um personagem, era feita uma projeção no tempo, mostrando sua evolução ao longo dos anos. Desconhecidos parecidos com os atores foram usados nesse processo. O efeito servia para mostrar a trajetória do personagem e o seu caráter. Imagens de personalidades reais como o político Vladimir Palmeira, o jornalista Paulo Francis e o presidente Arthur da Costa e Silva participaram desse efeito.
A equipe de cenografia construiu três cidades cenográficas. A primeira delas foi erguida em Belém de São Francisco, a 480 km de Recife (PE), Nesse local ficava a casa dos moradores e uma feira que contava com várias referencias a Caruaru. No Projac, onde costumam ser gravadas as tramas, foram erguidas duas cidades cenográficas. A primeira delas reproduzia a Vila de São Miguel, onde foram erguidas a loja e a casa da protagonista, um mini shopping com 12 lojas, 3 prédios, uma igreja, uma escola, uma vídeo locadora e um posto de gasolina com loja de conveniência, tudo em uma área de mais de dez mil².
A Comunidade da Pedra Lascada ganhou uma cidade cenográfica bem realista, similar as demais comunidades do Brasil. Foram erguidas inúmeras casas sem reboco, com tijolos a mostra, além de estabelecimentos e a academia de Shao Lin, em uma área de mais de três mil².
A personagem de Marília Gabriela, Josefa Magalhães Duarte Pinto, foi inspirada em três mulheres que foram donas de jornais durante a ditadura militar: Niomar Moniz Sodré, do Correio da Manhã; a Condessa Pereira Carneiro, do Jornal do Brasil; e Ondina Dantas, do Diário de Notícias. Ambas assumiram o negócio depois da morte de seus respectivos maridos,assim como na trama. Já o personagem Giovani Improtta foi retirado do livro O Homem que Comprou o Rio, escrito por Aguinaldo Silva e publicado em 1986.
Os atores Dan Stulbach e Marcello Antony fizeram aula especificas para compor seus personagens: um chef de cozinha e um maitre. Susana Vieira e Carolina Dieckmann fizeram aula de fonética para que a personagem Maria do Carmo tivesse o mesmo timbre de voz nas duas fases. A trama contou com diversas participações especiais: Roberto Bomtempo, Paulo José, Lima Duarte, Vera Fischer, Felipe Camargo, Flávio Galvão, Jayme Periard e o jogador Tande.
Os desfiles da escola de samba Unidos de Vila São Miguel foram gravadas durante o desfile oficial da escola de samba carioca Grande Rio, no Sambódromo. O samba enredo foi escolhidas por Wolf Maya, entre outras quatro sambas. Fora das telas, Susana Vieira desfilou e foi madrinha de bateria da agremiação.
Entre as cenas que ficaram marcadas na memória do telespectador está a de Maria do Carmo (Carolina Dieckmann) dando banho em sua filha nas margens do rio São Francisco. O autor ainda ressalta a cena em que Maria do Carmo descobre que Isabel é sua filha, mas não pode contar nada. A cena em que a protagonista dá uma surra em Nazaré foi o de maior audiência da novela. As sequências foram ao ar no dia 26 de outubro de 2004. Destaque para a cena onde Baleia, cachorra homônima ao personagem do livro Vidas Secas de Graciliano Ramos, morre atropelada.
Senhora do Destino é um enorme sucesso, líder de audiência, consolidando a média de 50 pontos de audiência. Não havia uma novela com tal repercussão desde O Rei do Gado, de Benedito Ruy Barbosa, exibida em 1996. A trama transformou Nazaré Tedesco em uma das piores vilãs de todos os tempos. A megera jogava suas vitimas da escada e usava uma tesoura como arma. A vilã chegou a jogar um ventilador na banheira do motel em que estava com seu amante. Na sequência, Gilmar (Roberto Bomtempo) morre eletrocutado.
A trama lançou dois álbuns, um com faixas nacionais e outras com temas internacionais. O álbum nacional era estampado por Maria do Carmo, vivida por Suzana Vieira, e o internacional por José Wilker, interprete de GiovanI Improtta.
O álbum nacional continha as seguintes musicas:Se acontecer/ Djavan, É festa/ Simone,Tudo vira bosta/ Rita Lee, Fantasias/ Leonardo, Dono dos teus olhos/ Gal Costa, Encontros e despedidas/ Maria Rita, Qual é?/ Marcelo D2, Uma louca tempestade/ Ana Carolina, Dream A Little Dream Of Me/ Zélia Duncan, Tudo que há de bom (Traveling Alone)/ Luiza Possi, Vem ni mim/ Dado Dolabella, Máscara/ Pitty, A medida da paixão/ Pedro Mariano, Corações psicodélicos/ Karla Sabah e Olhos tristes/Fabian.
A trilha internacional continha as seguintes faixas:I Guess I Loved You/ Lara Fabian, Sorry Seems To Be the Hardest Word/ Ray Charles Feat. Elton John, I Want to Know What Love Is - Wynonna, Como me acuerdo/ Robi Draco Rosa,Those Sweet Words/ Norah Jones, Calling All Angels/ Lenny Kravitz, The Closest Thing to Crazy/ Katie Melua, It's Over Now/ Natasha Thomas, This Love/ Maroon 5, Blond Thang!/ Babootz & Da Big Boy Daddy, Free/ Donavon Frankenreiter, Singin' in the Rain/ Jamie Cullum, Che sono innamorato (Estoy enamorado)/ Luciano Bruno, Long Night/ The Corrs, Daughters/ John Mayer e Ya my Queen/ Houston Aakon.
As músicas Sabiá/ MPB4, Gente perdida/ Mafalda Veiga e Cordeiro de Nanã/ Thalma de Freitas também eram executas na trama, mas não entraram em nenhuma trilha sonora. Em 2009, em virtude da reapresentação da trama no Vale a Pena Ver de Novo, a Som Livre lançou o álbum instrumental da novela, que era mesclado com temas da minissérie Hilda Furacão, ambas compostas por Edom Oliveira.
A abertura da trama contou com mais de 800 figurantes (todos em preto e branco), que se misturavam ao elenco. O autor Aguinaldo Silva era um deles.
Escrita por Aguinaldo Silva com colaboração de Filipe Miguez, Gloria Barreto, Maria Elisa Berredo e Nelson Nadotti; Senhora do Destino teve a direção de Cláudio Boeckel, Marco Rodrigo, Luciano Sabino, Ary Coslov e Wolf Maya, que fizeram da trama uma novela inesquecível durante o período em que esteve no ar, de 28/06/2004 a12/03/2005. A novela teve 220 capítulos. A trama foi vendida para mais de 20 países e foi exibida no Vale a Pena Ver de Novo, de 02/03 a 21/08/2009, em 123 capítulos. Por diversas vezes durante sua reexibição a trama ficou a frente das novelas Paraiso e Caras e Bocas, das 18h e 19h.
Tendo como base para esse grande sucesso o caso Pedrinho, Aguinaldo Silva utilizou de todos os recursos para conquistar os telespectadores, que se identificaram com os personagens, tão próximos da nossa realidade. Quem não conhece alguém que de algum modo viveu ou presenciou algo similar com a trama? E o que dizer de Vila de São Miguel e Pedra Lascada, um microcosmo de um Brasil tão evidente. Senhora do Destino é sim uma excelente trama e merece ser vista sempre que possível, o público fascinado por um bom folhetim prova isso.
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