Cada um tem o que merece!!!
Por: Daniel Melo - Contato: [email protected]
Danilo Reis e Rafael ganharam. Podem chorar, se jogar no chão, se acabar de xingar a Globo, jurar que não vão mais assistir o programa e morrer de mandar mensagens odiosas no Twitter. Se você não passou por nenhuma dessas fases de luto, saiba que eu passei. E também superei, porque eu me recuso a deixar essa dupla me deprimir. Mas sabe que no final a vitória deles até fez sentido? Simples. Com a vitória da dupla, a temporada acabou tendo um campeão que condizia com o seu nível de qualidade. Então queridos, sim, eu gostei da dupla ter ganhado. Foi justo? Nem um pouco, mas se eles não servem para cantar, que ganhem a temporada pra gente poder ficar fazendo piada da vitória deles, não é?
Devo dizer que assisti essa final com um olho na TV e outro no Twitter e por vezes, até os dois no Twitter, porque acabava sendo a melhor alternativa. Foi uma experiência esclarecedora que eu recomendo a todos que aqui estão lendo esse texto. Existe uma magia por trás do Twitter. Você descarrega suas mágoas na hora e depois volta a vida. Num estalar de dedos. Quem me acompanhou no Twitter ontem a noite sabe disso. Recomendo muitíssimo essa experiência a quem ainda não passou por ela. Foram tantas pérolas geniais que serão citadas aqui. Mas nos atenhamos ao bloco de apresentações da noite.
Sabia que eu até esperava que fosse pior? Não que tenha sido bom, passou muito longe disso. Mas acho que foi (por uma diferença muito pequena mesmo) melhor do que a final do ano passado. Isso porque tivemos apresentações boas até, entre um desastre e outro. Vamos com calma! Tô tão sereno aqui, que vou comentar as apresentações em ordem cronológica, exceto as apresentações individuais, que vão estar em um ranking a parte. Então, vamos lá?
Danilo Reis e Rafael, Kim Lírio, Lui Medeiros e Romero Ribeiro – Pro Dia Nascer Feliz (Cazuza)
Todo mundo sabe que as apresentações em grupo mundo a fora sempre são bagunçadas. Imagina então aqui no The Voice Brazuca? Bem, é claro, teve a bagunça, e pra variar, ninguém se salvou. Todos desafinaram ou perderam o ritmo! Kim e Lui, assim como tem sido durante toda a temporada, se mostraram mais preparados para estarem ali. E o que eram aqueles milhões de dançarinos naquele palco? Será que a Rede Globo tem alguma cota para dançarinos? Porque não é possível. Onde der, eles tão enfiando esse pessoal pra dançar. Apesar de tudo, até que foi bacaninha de assistir. Foi leve, despretensiosa e foi uma escolha musical muito acertada. Muito longe do que a gente espera de uma final de um programa chamado “The Voice Brasil”, mas legalzinha, o que é algo que não podemos falar da performance seguinte.
Lulu Santos – SDV (Segue de Volta)
E o prêmio vergonha alheia da noite, ou melhor da temporada vai para.... LULU SANTOS! (Carlinhos Brown fica com um respeitoso segundo lugar!). Gente, sério? Que música é essa Lulu? Tu já vinha perdendo meu respeito como pessoa, agora, como músico também! Para com isso! Acho até que eu perdi uns pontos de QI enquanto assistia essa performance do técnico. Uma apresentação dessa, é do tipo que a gente denuncia por abuso. @mordomoeugenio: “Desgraçômetro explodiu legal aqui” morri demais com essa! Tinha que colocar hahaha
Sam Alves – Troublemaker (Olly Murs)
Adoro essa música. Muito mesmo. Um dos meus hinos desses últimos anos, mas quanto à apresentação do Sam, só digo uma coisa: Sdds, When I Was Your Man, e sdds A Thousand Years! O que aconteceu com o cantor? Será que desaprendeu a cantar? Caramba! Pelo quão grotesco foi aquele erro que ele deu naquele falsete, eu tendo a acreditar que infelizmente sim! E outra, porque ele não veio cantando a música nova (velha!) dele. Porque assim, a pessoa lança um disco com 11 faixas, e dessas 10 são regravações. Aí, quando vem se apresentar no programa que lhe deu a fama aqui no Brasil, ele faz mais um cover! Santa paciência e Santa Ignorância! Sam é muito bom vocalmente. A temporada passada inteira (Mirrors a parte) são testemunha disso. Resta saber se o cantor vai se deixar cair no esquecimento.
Ellen Oléria – Zumbi (Jorge Ben Jor)
Qual a minha reação ao ver Ellen Oléria, um símbolo de prodígio vocal e um dos melhores nomes que o programa já encontrou, nos presentear com uma reprise do momento em que ela ganhou a temporada (sim, queridos, ela já ganhou nas audições)! E 25kg mais magra! Sim, e digo mais: Foi tão bom quanto da primeira vez. Ellen, um símbolo dos tempos áureos do The Voice Brasil, por mim, podia ter ganhado a terceira temporada ali mesmo, já que apenas 1 minuto e meio de cantoria dela já possuía mais qualidades que toda a temporada somada. Claro, queria muito ouvir a cantora trazer algo autoral para apresentar, talvez uma música para o novo CD, ou algo do tipo, mas gostei mesmo assim. É sempre um prazer ver Ellen Oléria cantar.
Luana Fernandes, Ellen Oléria & Sam Alves – Pais e Filhos (Legião Urbana)
Luana pode ter sido eliminada nas batalhas, mas fez a melhor apresentação em grupo. Também, né? Olha quem acompanhou a moça? Valeu até a pena ser eliminada pra ganhar um dueto com esses dois! HAHAHAHA.... De qualquer maneira, depois de uma eliminação injusta, foi muito bom poder ver Luana voltar aos palcos em grande estilo. Vou continuar de olho nela.
Cláudia Leitte – Signs
Sejamos honestos. A música é excelente, mas a Claudia desafinou horrores no começo. Mas no geral, a parte em português ficou bem decente. Agora, gente do céu, o que foi aquele inglês da cantora? Além de derrapar no inglês, a cantora voltou a desafinar no inglês, para a alegria dos haters. Se a cantora retornar no ano que vem, que ela sirva pelo menos para embelezar a tela, porque pra cantar... Acho que os dias dela de “It Hurt So Bad” ficaram para trás. Com isso, vou aqui retwittar @camiserelepe: “Ninguém virou a cadeira para a Cláudinha!” hahahahaha esse pessoal do Twitter é demais!! Também tem @almeida_hugo: “Toparia até um ‘Claudinha Bagunceira’ pra animar essa final do #TheVoiceBrasil, pq já que qualidade não tem nenhuma, que tenha pelo menos animação”... esse lacrou demais, hein! Haahahaha
Daniel – Disparada
Sem dúvida alguma, uma das poucas apresentações decentes dessa final! Daniel mostrou que pode não fazer ideia do que faz no programa, mas que o cara tem um vozeirão, é inegável! Repito aqui o que disse na terceira semana do programa: DANIEL É O MELHOR CANTOR SERTANEJO ATUALMENTE. E digo isso sem supervalorizar nem um pouco o desempenho dele. Querem alguma prova? Aqui vai: @ArthurSAA: “A Globo deve triplicar o cachê de Daniel dps dessa apresentação. Salvou o programa!!! #TheVoiceBrasil” OU @gislenetanaka: “não gosto de Daniel mas ele salvou essa final #TheVoiceBrasil” e ainda @decooy: “Daniel nesse momento: R.E.S.P.E.C.T #TheVoiceBrasil”
Carlinhos Brown e a filha dele que eu nem procurei saber o nome – Mary Cristo
Sobre a performance do Brown só digo isso:
Banda Malta – Diz Pra Mim
Momento Doce Ilusão: O Kim devia ter cantado essa música em algum momento da competição, hein! Mas voltando para a nossa triste realidade, vamos lá! É uma excelente música e vejo muito a Banda Malta como a nova LS Jack, que pra mim é uma das melhores bandas brasileiras de todos os tempos, mas que essa performance foi bastante over, ah isso foi sim! O que foi aqueles gritos exorcistas, minha gente? O que foram aquelas desafinadas bonitas? Não acompanhei o Superstar, mas eles desafinavam tanto assim? Pelo amor! No mais, serviu para divulgar a nova música deles, mas com todo respeito, eu fico com a versão de estúdio! Como uma imagem vale mais do que 1000 palavras, fiquem com essa aqui:
Bem, acabou as performances dos convidados. Agora vamos aos rankings que interessam de fato. Não pra gente, claro, mas para os candidatos!
Performances em grupo com os técnicos e auxiliares.
4) Romero Ribeiro, Dudu Nobre e Carlinhos Brown – Deixa a Vida Me Levar (Zeca Pagodinho)
Adoro essa música. Muito mesmo. Já cantei muitas vezes na minha vida. Por isso, não vou perdoar o Brown por assasiná-la assim. Sim, só o Brown, porque ficou claro que ele que foi o pior dali. Romero foi ok, como sempre e Dudu Nobre foi o que salvou essa performance do total marasmo. Dudu pode não ter feito nada durante as batalhas como mentor do Team Milk, mas ainda assim, continua como um cantor que eu respeito bastante. Ainda assim, eu tenho que falar: Harmonia pra quê nessa apresentação, hein? Ritmo pra quê, né?!... @NBCTeamBlakeBR: “Os três vestidos de branco. Já pode trazer a galinha preta. #TheVoiceBrasil” kkkkkkkkkk
3) Danilo Reis e Rafael, Di Ferreiro e Lulu Santos – Como Uma Onda (Lulu Santos)
Eu tenho um sonho: Ver Lulu escolhar cantar no programa uma música que não seja sua! Vou ser bem sincero: Essa performance, eu quis colocá-la em último lugar devido àquela vergonha alheia da coreografia e também pelas desafinadas do técnico. Pô, é muita cara de pau de um cantor escolher cantar a sua própria sua e ainda chegar no palco desafinando horrores. Se isso não foi motivo suficiente, garanto que a coreografia ridícula de ondas no final talvez seria mais do que motivo para fazer isso. Porém, o Team Brown conseguiu a proeza de estar pior do que isso nessa final e unicamente por isso, o Team Lulu fica em terceiro aqui.
2) Kim Lírio, Daniel, Luiza Possi e Rogério Flausino – Amor Para Recomeçar (Frejat)
O que esperar de um número musical com Daniel, Luiza Possi e Kim Lírio? Um show, né? Bem, não foi bem assim. Mas tá valendo!Eu mesmo twittei quando vi a quantidade de gente: “Caramba, porque tanta gente? Não vai ter holofote para todo mundo não, hein!”. Cenário piegas e sem função! E ainda tivemos um Rogério Flausino brutalmente excluído da performance de grupo do Team Brown e acolhido por pena pelo Team Daniel. Para a minha tristeza devo admitir que a parte de Luiza Possi foi a que mais soou estranha (Flausino a parte como sempre), mas é claro, quem tinha que brilhar, brilhou, ou quase isso! Kim foi o melhor do quarteto! Mas de qualquer maneira, eu esperava muito mais. É sempre bom ver Luiza Possi no programa e espero que ano que vem, possamos vê-la na sua própria cadeira vermelha todas as semanas! #teamluizapossi
1) Lui Medeiros & Cláudia Leitte – Smooth (Santana)
Se temos que dar algum crédito a Claudia Leitte, é o fato de ela ter feito o melhor dueto/apresentação em grupo com o seu finalista. Claro que Lui ficou bastante apagadinho no começo da performance, claro que Cláudia podia ter escolhido uma canção diferente onde os dois poderiam brilhar muito mais. E claro que faltou voz por parte dos dois nessa performance, mas em uma noite cheia de decepções, uma apresentação tão envolvente (sim, isso mesmo) e tão interessante e até certo ponto chamativa é muitíssimo bem vinda. Tendo em vista o dueto do ano passado da cantora com o seu finalista, Sam Alves, devemos dizer que a cantora foi muito mais generosa esse ano. Numa escala de 1 a 10, eu daria 6 para essa apresentação, mas foi mais do que suficiente para abocanhar o primeiro lugar aqui.
Performances Individuais dos Finalistas
4) Danilo Reis e Rafael – Dois Rios (Skank)
Chega a ser deprimente ver uma das minhas músicas favoritas do Skank serem vocalmente assassinadas pela dupla. Foi uma boa escolha musical? Definitivamente sim, mas no quesito competência, os dois só não perderam para Leandro Buenno! Sério gente, é uma música tão bonita, tão marcante na mente de tanta gente, que merecia um respeito maior. No Twitter, só ouvia comentários a respeito do quão bonitinhos os dois eram. Claro, porque se não cantam bem, que fiquem como enfeites de tela, não é?
3) Romero Ribeiro – Eu Sou o Cara Pra Você (Alexandre Pires)
Essa foi a validação de toda a unidimensionalidade de Romero ao longo da competição. Não sei ao certo, mas acho que essa é a 4ª vez que o cantor escolhe uma música do Alexandre Pires. Disso, a única coisa boa que podemos tirar é que Romero sabe exatamente quem é como artista e qual caminho seguir após o programa. Vocalmente correto, Romero sempre pecou em nos surpreender e nessa final não foi diferente. Eu até queria torcer pelo cantor, porque ele é carismático até dizer chega, mas cantando Alexandre Pires pela 26546768989764422567908754245678908 vez, ele não ajuda nem um pouco a causa. Agora fica definitivamente nas mão dos público. Sabendo quão volátil é o povo brasileiro, só o tempo nos dirá se Romero vai conseguir se integrar ao mercado musical
2) Lui Medeiros – Um Dia, Um Adeus (Guilherme Arantes)
Definitivamente é esse o estilo em que Lui mais consegue brilhar. Foi um deleite poder ouvi-lo cantando em português mais uma vez, mas devo dizer que não foi uma escolha musical das melhores. Claro que eu tendo a julgar Lui por um parâmetro acima dos demais, tendo em vista o seu histórico no programa, mas dessa vez realmente faltou voz. Sempre vi Lui como o finalista óbvio (com base no merecimento) do Team Milk desde “Oceano”, mas garanto que essa leve decepção não tirou nem um pouco a graça de torcer por ele. Apesar de abaixo do nível de algumas de suas performances, Lui ainda assim mostrou que é o cantor que melhor sabe se conectar com uma letra e transmitir essa emoção ao público. Vocalmente incoparável, Lui só está em segundo aqui devido ao fato de não ter surpreendido como o próximo cantor, mas aqui se consolidou como um dos grandes nomes dessa temporada.
1) Kim Lírio – Ideologia (Cazuza)
Eu juro que não esperava uma escolha musical dessas por parte de Kim! Logo na sua audição, cantor havia deixado uma vibe meio pop/rock devido a sua escolha de LS Jack. Vibe essa que o próprio fez questão de apagar nas semanas que se passaram. U2, Aerosmith, Capital Inicial, Goo Goo Dolls, Nickelback, e agora Cazuza. Comercialmente, seria muito mais fácil para o cantor seguir o estilo de sua audição, mas ainda assim, devo dizer que fiquei muito feliz com o final da trajetória do finalista do Team Daniel. Ideologia, em teoria, não se enquadra tanto assim na voz do cantor, mas surpreendentemente, funcionou muitíssimo bem. “Ideologia” permitiu Kim sair da sua zona de conforto sem deixá-la de fato e ainda trabalhar a sua presença de palco, que cresceu exponencialmente. Não só Kim fez a sua melhor performance em toda a temporada, como também foi o melhor nessa noite final, de maneira que eu não me oporia a uma vitória do roqueiro de maneira alguma. Não depois dessa apresentação. Se algum dia eu me lembrar dessa temporada com bons olhos, vai ser devido a performances como essa. Uma tremenda bola dentro, Kim!
Bem, dados os rankings acima, fica claro que por mim, Lui e Kim conseguiram empatar na minha preferência. Devido ao histórico no programa minha torcida declarada ainda é de Lui, mas Kim fez por merecer também. E por isso, qual a minha surpresa que com absurdos 43% dos votos, a nova voz do Brasil é: DANILO REIS E RAFAEL! Que é isso, Brasil? Pior do que não ser Lui ou o Kim, é a dupla? Até Romero seria um vencedor melhor. Isso não faz sentido nenhum, galera. Sem dúvida nenhuma, esse foi não apenas o pior resultado em um reality musical, foi a vitória menos merecida da história dos realities, e olha que eu estou incluindo o BBB aqui, hein! Agora não adianta chorar o leite derramado, porque foram vocês que ou votaram na dupla (shame on yu, guys!) ou não votaram o suficiente nos demais! Sim, vocês, porque eu não gastei nem um minuto do meu tempo votando depois da minha epifania na semana passada. Fiquem com a reação do Brasil, que chorou de ódio com essa vitória:
Pela primeira vez na história do The Voice, uma dupla ganhou uma temporada. E eu juro que, se ano que vem, choverem duplas sertanejas no TVB (ainda mais do que esse ano, vale lembrar), eu vou desistir de vez! Quanto ao fato de Thiago Leifert ter chorado, saibam que ele me emocionou mais do que toda a trajetória da dupla vencedora.
Bem, vamos agora a um balanço geral da temporada, pra reviver tudo o que passamos nesses 3 meses.
Sobe
- A promessa de uma nova bancada: Claramente tem alguma coisa errada com o programa. E se em 3 anos, ainda não conseguimos descobrir, sugiro urgentemente à Globo que me contrate como técnico para treinar os diretores em como se fazer The Voice. Obviamente, a mudança da bancada deve ajudar muito. Depois de umas pesquisas por aí, descobri que a empresa holandesa que detêm os direitos de produção da franquia The Voice, exige que no máximo após a terceira temporada, a bancada de jurados seja parcialmente ou totalmente alterada. Ou seja, SE o programa voltar no ano que vem (porque nenhuma renovação foi oficializada ainda), nem todos os nossos não queridos e não amados técnicos estarão de volta. Rita Lee e Thiaguinho tem pipocado internet afora como os mais cotados para se juntarem ao programa. Acredito na possibilidade de Thiaguinho se tornar um técnico, mas quanto a Rita Lee, já discordo um pouco. Se Rita entrar, Lulu e Cláudia sairão, porque muito dificilmente, ficarão na mesma bancada dois representantes do rock e duas mulheres. Pode ser que a Globo me surpreenda, mas ainda acho muito difícil. Além do que mantenho a minha bancada dos sonhos: Samuel Rosa, Saulo Fernandes, Luiza Possi e Vitor Chaves. Muito provavelmente, nunca serei atendido, mas qualquer um desses 4 que entrar, me satisfará! Luiza Possi já tem os dois pés dentro do programa e a sua bunda em uma cadeira vermelha. Só falta ela ser giratória.Veremos! Ainda temos 9 meses até a (provável?) nova temporada, tempo mais do que oportuno para a Rede Globo parir um novo The Voice Brasil.
- Melhora do talento em relação ao ano passado: Muito cuidado aqui. Mantenho o que venho dizendo nos últimos meses. Essa temporada acabou sendo levemente superior a 2ª , mas a anterior teve melhores cantores do que essa sem dúvida nenhuma. Como? Simples. Esse ano, não tivemos nenhum Sam Alves, nenhuma Krystal, nem Marcela Bueno, nem Gabby Moura, nem Luana Camarah (nas primeiras fases apenas), nem muitos outros excelentes cantores do ano passado, mas em contrapartida, toda semana, fomos presenteados com alguma performance que era no mínimo interessante. Se formos comparar o número de performances ruins do ano passado e desse ano, veremos que os números da 2ª temporada foram levemente maiores que os da 3ª. Vale lembrar que isso não nos privou de um imenso número de performances apenas medianas, e outras muitas vezes ruins.
- Audiência: A média de 22 pontos no Ibope pode não ter sido superior aos 26 do ano passado, mas são mais o que suficiente para garantir ao programa uma 4ª temporada. Sempre oscilando entre 21 e 23 pontos, a audiência do programa foi bastante constante esse ano e constância é um fator que sempre agrada aos diretores executivos e por isso digo que as chances de renovação do programa são bem grandes, ainda mais porque como alguns internautas muito inteligentemente apontaram, a queda de 4 pontos é a mesma diferença entre as médias de Amor à Vida (36 pontos) e Império (32 pontos).
DESCE (por onde começar...)
- Falta de feedbacks verdadeiros e construtivos: Se você é um cantor que foi fazer uma audição às Cegas e foi reprovado, você provavelmente ouviu: “Você é lindo e maravilhoso. Um excelente cantor, muito técnico e merece passar”. O mesmo se você é um cantor que participou das fases seguintes: “Achei uma apresentação muito boa, muito forte.” Ou algo do tipo. Calma, essa é a regra e há exceções. Mas a falta do fator técnica musical em quase 90% dos feedbacks dessa temporada anula grande parte do trabalho dos técnicos, que quer eles saibam ou não, também jurados. Com isso, muitos candidatos que podiam até render alguma coisa interessante, ficaram na margem da mediocridade musical.
-Falta de seriedade por parte da bancada: Como esquecer Daniel falando com o seu sapato? Ou Brown se levantando a cada 30 segundos? Ou Lulu e as suas danças ridículas? Ou Cláudia Leitte e as seus incontáveis King-Kongs espalhados por essas 3 temporadas? Momentos de descontração são necessários, claro, mas esses 4 já passaram da conta há muito tempo e é de dar raiva ver que nada é feito a respeito. Até mesmo quebrar as regras do programa eles já quebraram. Chega a ser compreensível que meio Brasil queira que os 4 saiam da bancada de uma vez e deem lugar a novos 4 técnicos. Mas também é papel da produção do programa deixar os técnicos cientes de toda a sua real responsabilidade para com o programa e os técnicos. Em nenhum momento esse ano, vimos nenhum dos 4 técnicos fazer comentários significativos nos ensaios com seus pupilos e isso depõe e muito contra o programa. Os ensaios, aliás, foram completamente excluídos da edição do programa. Muito provavelmente porque não são os técnicos que escolhem as músicas do candidatos e nem ensaiam com eles (beijo, Vinny!). Pô, The Voice Brasil, assim fica difícil te defender.
-Votação/Edição/Duas exibições Semanais: Que o Brasil não sabe votar nós já sabemos. Vide os últimos acontecimentos no mundo dos realities e no próprio Brasil. Mas esse ano e ano passado, a coisa foi elevada a níveis inimagináveis. Nonô Lellis, Danilo Reis e Rafael, Romero Ribeiro, Leandro Buenno cansaram de passar gente melhor que eles para trás, o que resultou na eliminação precoce de artistas como Carla Casarim, Joey Mattos, Rose Oliver, Deena Love, e outros muito mais capazes de nos surpreender no programa. Vale também lembrar da janela de tempo ridiculamente pequena que o programa nos dá para votar. Em minha opinião, durante os Tira-Teima, não deve haver a participação do público, apenas a dos técnicos e a partir dos shows ao vivo sim, o público pode votar. Isso garantiria um maior número de resultados justos, e que os melhores cantores de fato cheguem na final, vide 1ª temporada. Além disso, cada vez fica maior a necessidade que o programa tem de ser exibido em dois dias na semana. Não precisa ser tão cedo assim na competição, mas a partir dos Shows ao Vivo, sim. No primeiro dia, os participantes se apresentariam e no segundo dia, os resultados seriam anunciados e os artistas convidados se apresentariam! Ou até mesmo os candidatos se apresentariam em grupos, já que esse ano tivemos até campanhas para o dueto #leandroenonô (deus me livre!) Ficaria mais organizado e o programa teria mais tempo para explorar até mesmo os ensaios e a relação dos técnicos com os seus candidatos.
-Performances dos Candidatos: Um dos aspectos do programa que irritam não apenas a mim, mas também muitos outros telespectadores é a falta da grandiosidade das performances dos candidatos. Na 1ª temporada, chegamos muito perto de obter sucesso nesse aspecto, mas o cenário não deixava. Na 2ª temporada, o novo cenário ajudou bastante, mas a breguice predominou. Esse ano, a mesma coisa. Falta os técnicos, os candidatos e talvez até mesmo a própria Globo investir no programa para que tenhamos o grandioso show que a emissora tem plenas condições de nos entregar. Falta os técnicos a língua (ou seria bom-senso?) para falar quando algo está brega e falta aos candidatos a personalidade artística para definir o que quer enquanto ele estiver no palco, fazendo performances que são do seu agrado, sempre guiado pelo técnico.
Bem, acabou! Espero que tenham gostado do nosso trabalho aqui. Foi bom estar aqui toda semana? Até foi, mas o programa não ajudou esse ano!, mas tudo bem, porque o seu vencedor é um perfeito exemplo do seu nível de qualidade: LÁ EM BAIXO! Veremos o ano que vem! Não sabemos nem se eu estarei aqui ano que vem, mas o fato é: Eu estarei torcendo pelo programa. Então fiquem com Deus e talvez até ano que vem! Abraços. Podem me contatar pelas redes sociais a vontade, sempre irei dar uma atenção a vocês.
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Até mais!!
Obs: Ainda teremos o nosso último ranking da temporada, o TOP 10 performances da temporada. Seriam 20, mas por motivos de zzzzzz, ficou 10! Até mais!
E agora, últimos comentários sobre essa final:
Globo, o forninho caiu...