Reality show da Record TV é um jogo que se ganha pela internet.
Por: Daniel Sena - Contato: [email protected]
A nona edição de A Fazenda estreou com a missão de entreter o público ávido por reality shows do gênero e já entrou no ar causando barulho por ter seu elenco formado por participantes de outras edições. A lista divulgada dias antes foi confirmada no primeiro programa, incluindo a presença de competidores do “Big Brother Brasil” da TV Globo e do “Masterchef” da Band. O time poderia ser melhor, mas creio que a emissora fez o possível para trazer nomes relevantes a nova chance.
Diferente do BBB, que tem mais audiência e uma relevância maior diante do telespectador, “A Fazenda” é um jogo que se ganha pela internet. No programa da Globo, por mais que o jogador tenha uma grande torcida, o voto pelo telefone e das donas de casa ainda é um fiel da balança. Assim, a atração já começa com muitos favoritos, aqueles que já contam com uma legião de seguidores nas redes sociais.
Do time masculino, Marcos, que participou da última edição do BBB, e foi expulso por conta das agressões feitas Emilly, é quem mais mostra força diante do público virtual. Entre as mulheres, o páreo é mais complicado, com Nicole Balhs levando uma leve vantagem diante de suas adversárias. Se o público votante entender que o jogo vale a partir do momento que os participantes entram na casa e não do seu histórico, ai sim, a disputa ficaria mais justa.
Mas é justamente o histórico que pode atrapalhar muitas condutas. Marcos e Yuri, por exemplo, tem a mancha de terem sido notícia por agressões às mulheres e tentam usar o novo confinamento para limpar a imagem. Para o cirurgião, a missão tem sido complicada, uma vez que desde a estreia só falou de Emilly e pouco apareceu na edição. Aliás, acompanhar a edição da Record, que terceirizou a produção do programa, é triste. Os fatos não são apresentados de forma cronológica, as falhas de áudio estão terríveis e comprometem o resultado e o de sempre - o 24horas oferecido pela internet sofre cortes constantes. A audiência dobrou as médias do horário, mas estão longe da repercussão das primeiras edições.
Ainda é muito cedo para apontar um favorito, mas Ana Paula Minerato vem se destacando fazendo papel de vítima por conta de uma perseguição arquitetada pelo grupo formado por Dinei, Conrado, Fabio Arruda e Nahim. Outros jogadores também implicam com a moça e a edição faz questão de mostrar isso e bem sabemos como o telespectador adora proteger um excluído. O problema é que Ana Paula já deu sinais de que sua estratégia contém muitos pontos falhos ao dar vexame na última festa e exagerar no choro. Foi chata!
Por outro lado, a ex-BBB Flávia Viana demonstra potencial para vencer, é um nome a se apostar. Nicole, a suposta favorita, precisa se reinventar para manter a pose de seus seguidores e os demais achar um jeito de aparecerem mais e melhor diante do público. O desafio vai ser fazer as torcidas fiéis mudarem de lado e isso vai depender muito da postura diante do que vem por aí. Aguardemos!