The Voice Brasil 3x13 – Semifinais (TOP 8)

Assistindo ao programa, na semana passada, eu tive uma epifania. E isso aconteceu devido a algo que eu disse no último tópico: “Foi uma boa semana”. Qual a minha surpresa ao chegar na noite de quinta-feira e constatar que não me lembrava de absolutamente nada da semana anterior? Eis como me senti: enganado, iludido, e o pior de tudo, traído por mim mesmo. No restante da quinta-feira a noite, ao invés de ir assistir “Amor e Sexo” (#xatiado), fui fazer uma retrospectiva da temporada. E qual a minha (novamente) decepção ao perceber que tirando Carla Casarim cantando “Atrás da Porta”, Lui Medeiros cantando “Oceano”, três batalhas e duas audições, digo desde já que a temporada não valeu a pena. Claro, ainda é um relativamente cedo para afirmar categoricamente que a temporada foi sem brilho do começo ao fim, mas é o que provavelmente acontecerá aqui nesse espaço na semana que vem.

Bem, tudo começou quando eu assisti a final do The Voice US. Para mim, a sétima temporada da versão americana foi a mais fraca de todas até então, mas ainda assim, ao entregar um show de performances da final acima da média das demais noites da temporada, fiquei muitíssimo empolgado, a ponto de blasfemar dizendo que tinha sido uma das melhores finais do programa. Passado o momento de excitação, percebi que nada do que eu havia falado era verdade, e foi aí que percebi que foi dessa exata maneira que eu assisti a 3ª temporada do The Voice Brasil, sempre exaltando o programa exageradamente, quando alguma coisa dava certo ou tínhamos uma performance muito boa.

Apesar de imperfeita, a primeira temporada, em 2012, foi irretocável a respeito do talento dos candidatos, o que colocou em cima da segunda, em 2013, uma pressão que esta não foi capaz de aguentar, tendo sucumbido especialmente nos shows ao vivo a um marasmo que era de dar pena. Com isso, todas as minhas esperanças se concentraram esse ano. E eu queria que essa temporada funcionasse. Afirmo aqui sem dúvida alguma que esse terceiro ano foi infinitamente melhor que a segunda temporada (no balanço geral da temporada) e infinitamente inferior a primeira (em qualquer aspecto, exceto organização do programa). E lendo alguns comentários por aqui, consegui chegar a uma conclusão (eu acho!): A Globo não investe no seu programa. E nós, que estamos acostumados com as versões estrangeiras de realities (BBB a parte), ficamos com esse alto parâmetro de qualidade (especialmente quem assistiu a 11ª temporada do American Idol, em 2012 e a 5ª temporada do The Voice US). E então, quando as versões estrangeiras deixam de nos entregar um programa com o nível lá em cima, por tabela, o nosso nível de exigência também diminui aqui. Foi o que eu fiz com as duas versões do The Voice esse ano.

Técnicos que não são técnicos, candidatos jogados ao relento, uma janela de votação com o tempo ridiculamente pequeno e uma produção (aqui me refiro aos dançarinos e banda e outros recursos de palco muitas vezes desnecessários) no mínimo porca, como muitíssimo bem pontuado pelo Jeferson na Coluna Curtas e Quentes. Claro, o The X Factor é um programa que preza mais o fator performance do que capacidade vocal, mas a comparação é muito válida. Como desgraça pouca é bobagem, ainda tivemos esse ano candidatos que não possuem personalidade o suficiente para tomar as suas decisões do que querem ou não no palco. Já que pude ver, no último programa, que pouca coisa se altera durante uma performance. Cadê um trabalho maior com a iluminação? Acreditem, um jogo de luzes faz toda a diferença numa performance! Qual a necessidade de ter 10 dançarinos em cada performance? E essa é diretamente para Lui Medeiros: O QUE AQUELES DOIS PROJETOS DE BACKING-VOCALS (sim, projetos, porque nem isso eles souberam fazer direito) estavam fazendo no mesmo plano do palco que o cantor?

Sejamos honestos, foi uma semifinal vergonhosa. E juro que temo imensamente pelo que pode vir acontecer na semana que vem. Cansei de ser otimista e sempre esperar o melhor do programa, especialmente porque nessa relação, apenas eu estou realizando algum investimento e ainda não recebi nada em troca. Muitas pessoas têm me mandado e-mails (desde os Tira-Teimas, na verdade) dizendo que eu estava sendo muito bonzinho com as críticas no programa e eu respondia que eu estava dando tempo para o programa se adaptar. E foi nessas semifinais que eu finalmente percebi que o programa teve 2 anos para corrigir os erros da primeira temporada e ainda está muito longe de o fazer. Agora, só nos resta torcer E VOTAR para que Lui Medeiros ganhe essa temporada e faça alguma coisa dar certo esse ano.

Bem, as performances dessa semifinal foram sofríveis (exceto talvez as três primeiras colocações). E antes que falem, não estou com o modo BMV ligado não! Tanto que dois candidatos que eu venho insistindo em torcer contra estão no Top 4 da semana, enfatizando o quão fraco o programa esteve nessa noite de quinta. Mas deixa de conversa e vamos a eles:

8) Leandro Buenno – Animals (Maroon 5)

Adivinha quem ficou em último? De Novo! Pela 3ª semana consecutiva! Pois é, chega a ser ridículo ver Cláudia Leitte igualando o cantor ridículo que Leandro se tornou depois de sua audição ao colega de time. E ainda mais depois de um completo desastre vocal como foi essa performance. Para quem não acompanha, fique sabendo que o vocalista do Maroon 5 é Adam Levine, é um coach na versão americana do programa. Levine, assim como Leandro faz um uso de falsetes frequentemente, mas se formos fazer uma comparação aqui, Leandro vai passar vergonha. Ao tornar os falsetes, a única coisa de grande importância na sua apresentação, o cantor estava assumindo a responsabilidade de deixá-los absolutamente a prova de erros, o que definitivamente não aconteceu. Além de estarem fora do lugar, a exagerada quantidade de falsetes fez com que o cantor perdesse o controle de sua respiração e mandasse mal também na sua voz natural, como de costume, mas aqui potencializado. A coreografia, que foi ridícula, acabou sendo o ponto alto dessa performance que merece muito ser apagada de nossas mentes o mais cedo possível. Ao pessoal do Twitter, aqui vai uma: #RYANSILL&LEANDROBUENNODUET!. Porque a trolagem nunca acaba!!! Essa é bônus: ‘Nem se Leandro Buenno passasse um ano trancado com Christina Aguilera tendo aulas de canto, o cantor conseguiria melhorar a ponto de merecer ir para a final de um programa chamado “The Voice”’.

7) Nonô Lellis – The Climb (Miley Cyrus)

Tudo bem que a escolha musical foi perfeitamente cabível, até porque a própria Miley Cyrus tinha 16 anos quando lançou essa música. Mas Nonô mostrou mais uma vez que ela apenas tem potencial. O seu grave foi defeituoso no começo, quase inaudível e ela não deu conta de atingir algumas notas básicas, que com todo o respeito, eu já vi gente que nunca cantou na vida atingir no karaokê. Aliás, eu até queria suavizar pro lado da cantora e dizer que foi apenas um karaokê de luxo, mas ela ainda não chegou nem nesse nível. Vou dar RT nos meus comentários sobre a cantora nas semanas passadas: Tem futuro, mas ainda tem muito que amadurecer. Não me surpreenderia se essa menininha verdinha se transformasse na nova rainha do pop brasileiro, que pasmem, eu descobri ser o título da queridíssima (#sqn) Jullie!

6) Danilo Reis e Rafael – Pra Dizer Adeus (Titãs)

A maior descoberta da semana foi saber que é o backing-vocal que tem o sobrenome no nome da dupla e Rafael é o cara do grave. #fiqueirosachiclete (sdds, Cássio!). Bem, adorei a ideia de escolher cantar uma música dos Titãs. Mas foi só eu que achei que a ideia funcionou muito melhor na teoria do que na prática? A dupla não foi genérica, mas parecia genérica. Percebi que Rafael até tentou sair da mesmice do seu grave e dar mais espaço para Danilo, mas como um todo, não deu certo. Nada tira da minha cabeça que se Rafael estivesse como um cantor solo, ele seria mais interessante, mas aí, nos cansaríamos de suas performances mais facilmente, dada a falta de versatilidade vocal do cantor. No mais, só digo isso: sdds Vitor e Vanutti e sdds Sinônimos também!

Obs: Acho que se a dupla quiser fazer menos feio na final, deveria cantar essa música de novo. Foi realmente o melhor momento deles na competição e também, foi feita uma escolha de repertório perfeita. Não vou me importar se repetirem a canção, mas só peço que eles não façam um bis exatamente igual à audição. Quero que Danilo tenha mais espaço para cantar, seria uma excelente maneira de mostrar a evolução da dupla no programa.

5) Kim Lírio – How You Remind Me (Nickelback)

Kim já tinha dado uma bola foram em “Dream On”, mas na última apresentação ele conseguiu cair no meu conceito de novo. Não foi do nível de Dream On, mas chegou perto. Muitos dos aspectos vocais e trajetos pelo palco desempenhados pelo cantor me lembraram a sua horrível performance no Tira-Teima. Primeiramente, não consegui entender muito do que o ele cantava até chegar ao refrão, o que é muito estranho, porque dicção nunca foi um problema tão aparente assim nas apresentações dele. Depois, ainda teve aquele cenário piegas que não acrescentou em absolutamente nada na performance. E aqui, vou dar uma dica para Kim e para quem quer que esteja lendo: PRESENÇA DE PALCO É MUITO MAIS DO QUE FICAR CORRENDO DE UM LADO PARA OUTRO DO PALCO FEITO UMA BARATA TONTA! Sim, porque foi essa a impressão que tive, que o cantor estava perdido em relação ao que fazer com o público. No mais, só decepção com essa performance. Não gostei nem da escolha musical para a voz de Kim, porque a música sempre fica um tom abaixo dos limites da voz do cantor e muitos momentos soaram desconfortáveis. Porém, afirmo com 100% de certeza que Kim avança para a final, a não ser talvez se Daniel der os 30 pontos para Jésus.

4) Jésus Henrique – Final Feliz (Jorge Vercilo)

Também cheguei a conclusão que muito do que já disse sobre Romero, pode ser aplicado a Jésus. Ambos são competentes naquilo que fazem, mas não conseguem nos empolgar por inteiro durante suas performances por nos passarem aquela sensação de deja vu (sei nem se isso se escreve assim haha). Nenhum dos dois traz nada de novo para o mundo da música que nós, o público já conhecemos. Sem falar que Jésus ainda tem pesando contra a sua completa ausência de carisma. Um excelente cantor, sem dúvidas. Mas ainda assim, incapaz de atingir o público seja com emoção ou simplesmente um fator surpresa. O fato de o cantor ter escolhido uma das minhas músicas favoritas do Jorge Vercilo e ainda assim não ter me agradado nem um pouco é a prova que sustenta tudo o que venho falando desde pelo menos o Tira-Teima.

3) Romero Ribeiro – Assim Você Mata o Papai (Sorriso Maroto)

Sim, vocês não estão alucinando. Romero chegou no Top 3 da semana de uma maneira justa. Sejamos honestos, é impossível você assistir a uma performance do cantor e dizer que foi ruim, mas ao mesmo tempo você também nunca vai dizer que foi surpreendente (Depois do Prazer a parte e muito superficialmente). Faça assim: Nomeie de cabeça o nome das músicas cantadas por Romero no programa desde a sua audição. São 6 ao todo contando com a de hoje. Se você conseguiu mais de 3, parabéns. O trabalho do cantor conseguiu lhe atingir. Eu só lembrei de duas: Depois do Prazer e Assim Você Mata o Papai. A primeira por ter sido eternizada na voz da Alcione e por se restringir a um ritmo mais lento, se diferenciando das demais. A segunda, por ser a de hoje. Romero ainda não conseguiu sair da caixa da qual ele mesmo e Brown o colocaram. E duvido muito que ele o vá fazer na semana que vem. Ainda assim, eu vou estar aguardando.

2) Lui Medeiros – Love Never Felt So Good (Michael Jackson & Justin Timberlake)

Comercialmente e estilisticamente, Lui Medeiros vem conseguindo obter êxito em suas performances nas últimas 3 semanas. Nada me tira da cabeça que essa era a escolha musical perfeita para Leandro Buenno, mas tenho certeza também que Lui cantou essa canção infinitamente melhor do que o colega time jamais faria. A escolha de Lui de não realizar os falsetes da versão original foi ao mesmo tempo acertada e equivocada. Acertada porque arrancou da sua versão a impressão de clone da versão original; e equivocada, pelo menos para mim, porque a versão original está tão impregnada na minha mente, que os falsetes me fizeram muita falta. Não que tenha ficado ruim, mas apenas acredito que poderia ter ficado melhor. Gostaria de demonstrar que Lui, mesmo ficando parada durante toda a performance ainda teve uma presença de palco infinitamente maior que Kim, Jésus e Leandro, por exemplo. E sim, vocalmente a música foi muito bem executada, mas Lui anda pecando nas últimas semanas em nos arrebatar, como quase fez comigo em “Oceano” (#cantaemportuguesLui) e como Carla Casarim fez em “Atrás da Porta”. O cantor continua excelente, mas ainda temo muito por existir a possibilidade de ele não representar o #Team Milk na final. Lui pode tão mais do que fez nessa performance que chega a ser brochante ver que quando eu acreditava que a performance ia de fato começar, ela terminou.

1) Rose Oliver – Lanterna dos Afogados (Paralamas do Sucesso)

Rose fez no último programa o que eu não vejo acontecer no desde Liah Soares e Ju Moraes: Pegar uma música que a primeira vista não tem nada a ver com o seu gênero musical e dobrá-la completamente ao seu favor, introduzindo inflexões próprias e novas, mostrando ao mesmo tempo versatilidade e criatividade. Mostrar o seu lado gospel cantando uma música do Paralamas do Sucesso foi uma jogada inteligentíssima por parte da cantora e fiquei muito desapontado por ela não ter feito isso semanas antes.  Digo isso porque fiquei querendo ouvir muito mais da cantora e não tinha a certeza se o público votante do programa me permitiria. Vocalmente, a performance teve o nível Rose Oliver de qualidade (o que não é pouco) e digo até que se mais candidatos tivessem esse raciocínio, essa temporada teria sido muito melhor do que foi. A performance não foi 100% perfeita, mas em uma noite tão fraca de apresentações, consegue facilmente dominar o topo do ranking. Quando disse que o meu Top 4 da temporada era composto de Lui, Rose, Carla e Kim, eu tinha certeza do que afirmava. Hoje, às vésperas da grande final, percebo que nem a eliminação de Carla e nem a provável eliminação de Rose mudou esse quadro. #TEAMROSEOLIVERATÉOFIM

Ahhh, “Matimba” foi dispensável e apesar de “Meu Mundo e Nada Mais” ser linda, Daniel ficou com o microfone muito longe da boca, o que muitas vezes afetou a sua projeção. Mas ele cantou lindamente assim mesmo e foi o único dos 4 técnicos a entregar uma performance decente.

- RESULTADOS: Simplesmente surpreendentes. No Team Lulu, depois de dominar as votações disparadamente durante 3 fases seguidas, Nonô Lellis foi eliminada da competição(AMÉM!). No Team Milk, Lui Medeiros, inexplicavelmente (e falo isso pelas votações anteriores e não pela qualidade artística dele) conseguiu garantir a sua vaga na final. No Team Daniel e no Team Brown, não houve surpresas. Romero e Kim foram escolhidos pelo público para avançar para a final, culminando assim na justíssima eliminação de Jésus e na deprimente eliminação de Rose Oliver, uma das minhas favoritas desde as audições, e que nunca entregou uma performance que pudesse ser classificada como menos que “muito boa”. Pô Brown, tu bem que podia ter dado uns 25 pontos para ela e os outros 5 pro Romero, hein! Justiça pra quê, né Brasil?

Falando nisso, alguém pode me justificar a inutilidade de absolutamente todos os técnicos ao deixarem a decisão inteiramente nas mãos do público? E outra, alguém pode me justificar o porque que essa sistema de votação ainda ocorre no programa? Pra quem não conhece, nas duas primeiras temporadas do The Voice US, as semifinais ocorriam da mesma maneira, só que ao invés de o técnico ter que distribuir 30 pontos entre os dois candidatos, lá eles dividiam 100 pontos entre os dois candidatos, ou seja, ficavam em pé de igualdade com o público. Que esse sistema de votação seja abolido para muito longe no ano que vem.

Bem, diante desse Top 4, percebemos o quanto a qualidade do programa veio caindo desde 2012. Na 1ª temporada, nossas finalistas foram Ellen Oléria, Ju Moraes, Maria Christina e Liah Soares. Todas as 4 já tinham nos conquistado havia semanas antes da final e apenas nos encantavam a cada semana que passava. O resultado foi uma decisão justa por parte dos técnicos e uma final absolutamente espetacular. Na 2ª temporada, a final contava com Sam Alves, Pedro Lima, Rubens Daniel e Lucy Alves. Em qualidade, esse segundo quarteto fica bem atrás do primeiro, mas foi fruto de uma votação tão justa quanto. Absolutamente TODOS desses 8 cantores mereceram chegar a final de suas respectivas temporadas, e não havia nenhum elo fraco. Esse ano a coisa já é diferente. Lui e Kim podem até liderar o meu ranking, mas ainda assim, acredito que dentre os dois apenas Lui possua cacife para uma final. Kim é inconstante e isso me incomoda muito. Já Romero é bem constante, mas não consegue me empolgar metade do quanto o roqueiro do Team Daniel consegue. E no canto da sala, de castigo, temos Danilo Reis e Rafael. A dupla já passou por gente muito melhor para chegar onde chegou, e dentre os 4 finalistas, foi a que eu mais torci contra. Então, me respondam: O que esperar de uma final onde 3 dos 4 finalistas não mereciam estar ali?

Bem, fiz um levantamento das melhores e piores características dos nossos finalistas! E eles já estão listados de acordo com o meu ranking de preferência:

4 - Danilo Reis e Rafael:

#porque sim: Se é que alguém acredite que eles mereçam ganhar, atribuo essa torcida ao fato de serem, entre os 4, os com mais chances de fazer sucesso aqui fora (só porque cantam sertanejo). Sinônimos foi linda e Romaria fez sucesso entre muitos e se os dois conseguirem trazer para a final momentos como esses, não vou me opor a vitória deles. 

#porque não: Uma audição belíssima, uma batalha boa, um Tira-teima meio qualquer coisa e duas performances oscilando entre o aceitável e o ridículo. Inconstância nunca foi uma característica dos dois cantores e por isso, fica difícil prever o desempenho deles na semana que vem. Mas deixando essa característica um pouco de lado, vemos que o grande diferencial da dupla, o grave de Rafael, acaba sendo o calcanhar de Aquiles deles também. O timbre do cantor acaba restringindo os dois a cantarem músicas lentas e mais emocionais. Uma alternativa para isso seria que Danilo assumisse a liderança em uma música mais agitadinha, o que eu duvido muito que aconteça.

3 - Romero Ribeiro:

#porque sim: Romero é disparado o candidato mais carismático e consistente dentre todos os finalistas. É praticamente impossível você não ter vontade de se levantar da cadeira e querer dançar quando ele está no palco. Além de ser vocalmente competentíssimo e nesse aspecto não ficar devendo nada aos demais cantores do gênero

#porque não: Ao mesmo tempo em que é competente, Romero é genérico. Nada que ele tenha feito no palco é algo muito diferente do que já vimos diversos cantores Brasil afora fazerem (carisma a parte). Essa limitação até mesmo de estilos dentro do pagode deixa Romero bem na desvantagem, uma vez que o cantor não se mostra capaz de oferecer nada de diferente para o mercado.

2 - Kim Lírio

#porque sim: Kim é um excelente cantor, e teve excelentes momentos aqui na competição. “Sem Radar”, “With or Without You”, “À Sua Maneira” são as maiores provas disso. Kim se conhece como artista perfeitamente, e eu juro que o vejo como o vocalista de uma nova “Capital Inicial” da vida, só que um som mais característico do cantor. Vocalmente, Kim se mostra preparado para encarar o mercado comercial.

#porque não: Apesar de se conhecer artisticamente, Kim não tem noção de suas limitações e sua presença de palco ainda precisa evoluir muito. Justamente pela combinação desses dois aspectos, o cantor não conseguiu criar um momento grandioso para ele. Eis a sua última chance, Kim.

1 - Lui Medeiros

#porque sim: “Drão”, “Lately/Nada Mais” (que mesmo com as minhas ressalvas, o cantor conseguiu me emocionar), “Oceano”, “Bad Girls/Wonderful”, “The Long  and Winding Road” e “Love Never Felt So Good”. Todas essas escolhas musicais e performances mostram as diferentes camadas do cantor. Seja ela mais MPB, mais R&B, ou mesmo pop/soul. Sem falar que Lui é o melhor cantor do quarteto. Nas últimas semanas, Lui não apenas tem se mostrado competentíssimo com também vendável nos dias de hoje. E, apesar de eu não andar acompanhando os rankings do iTunes Brasil, dada a trajetória do cantor, eu tendo a ser otimista.

#porque não: Sinceramente, o único motivo que me vem a cabeça para Lui não vencer é preconceito com o cantor devido ao fato de ele ser gordinho, porque definitivamente, Lui é a voz da temporada (se Carla Casarim e Rose Oliver ainda estivessem por aqui, isso seria um assunto a discutir, mas não é o caso)e qualquer resultado diferente da vitória do cantor resultará numa zebra muito grande e fechará essa temporada com chave de taquara.

OBS: Imaginem uma final entre Lui Medeiros, Deena Love, Carla Casarim e Rose Oliver? Pois é bebê! Graças ao público votante do programa, isso não será possível!

Para quem não acompanhou o programa, fique sabendo que a votação para a final do BBB, DIGO para a final do The Voice Brasil já está aberta. Pessoalmente, prefiro que a janela de votação fique aberta por uma semana do que por 5 minutos, mas convenhamos que é ridículo ter que escolher entre esses dois tipos de votação absolutamente ruins.

Bem, meu desabafo foi feito e com isso, nos preparemos para a final. Até semana que vem! Abraços e até lá, se vocês conseguirem sobreviver a potencialmente vergonhosa final do programa. Tchau!