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SuperStar 2x08 – Superpasse, Parte 3 (Team Thiaguinho)

Público votante do SuperStar? É você mesmo?

Por: Daniel Melo - Contato: [email protected]

Foto: Isabella Pinheiro/GShow

Essa é a primeira semana desta temporada que eu acredito que possa ser chamada de inacreditável. E longe de ser por causa das apresentações, mas sim pelos resultados. Depois de todo o meu chilique aqui nesse espaço na semana passada, quero que vocês esqueçam por um momento e procurem me entender: Depois de duas temporadas do The Voice Brasil e uma do Superstar (e especialmente a semana passada em que Kita acabou entre os 3 menos votados, só pra lembrar) em que os votos do público certamente ceifaram a qualidade da temporada como um todo, eu não tinha esperanças nenhuma de que o Brasil fosse capaz de votar baseado em uma meritocracia, mas essa semana veio pra me mostrar errado.

Cheguei nesse terceiro Superpasse, totalmente certo de que perderíamos Consciência Tranquila e Serial Funkers, por motivos de popularidade. Mas acontece que, por algum fenômeno que eu não conseguiria explicar de outra maneira se não intervenção divina, não foi exatamente assim que o Brasil votou.

Nem preciso dizer que fiquei IMENSAMENTE FELIZ de ver que o ranking de votações do programa, acabou sendo praticamente o mesmo do meu. E muito mais feliz ainda com a escolha de Thiaguinho, que segue como o único padrinho que não perdeu nenhum grupo realmente relevante. Então, sem mais, vamos às apresentações:

8) Leash – Número 1 (Autoral) – 50%

Vamos começar tirando o elefante da sala aqui: Foi uma apresentação fraca para todo o contexto do programa. A música não é necessariamente ruim, mas ainda não está pronta para ser lançada. Toda a estrutura melódica era desinteressante e nem mesmo a irretocável presença de palco do grupo mudou alguma coisa. Vocalmente, foi decepcionante, até mesmo porque o ápice dessa música é uma parte puramente instrumental (como acontece em “A Sky Full of Stars”, do Coldplay), que como já disse, não era nem um pouco carismática, não chamava a atenção. Apesar de fraco, vejo muito potencial neles, mas excepcionalmente hoje, essa apresentação foi uma eliminação instantânea.

7) Consciência Tranquila – Superstition (Stevie Wonder) – 71%

Meu coração já estava dando pulos de desespero quando dei de cara com essa escolha musical HORRÍVEL para o grupo, mas eu ainda tinha fé no trabalho deles, principalmente desde a segunda audição. Mas não teve jeito. O que tivemos foi um performance fraca. Mas dando crédito a quem merece, a parte do rap foi muito bom e foi o único momento em que eu de fato, me envolvi na apresentação, até porque o “Superstition” propriamente dito foi decepcionante. Repito aqui o que disse ao Trio Sinhá Flor semana passada: Clássicos (leia-se musicas já cantadas 1365462359830 de vezes) em realities só funcionam quando levados para uma realidade musical muito diferente da original e não foi exatamente isso que vimos. Senti falta da voz menina e senti falta de toda a energia que eles passaram na primeira fase. Os jurados ainda tentaram, mas no fundo disseram de maneira muito discreta o que todos achamos: Essa performance foi um verdadeiro balde de água fria.

6) Yegor e Los Bandoleros – Bailando (Enrique Iglesias) – 72%

Se era pra cantar Enrique Iglesias, que fosse “Bailamos”, que é uma música muito mais carismática e mais fácil de conseguir votos. Meu problema com essa música é que no cenário brasileiro musical atual ela soa facilmente brega e datada. Uma excelente interpretação, uma excelente presença de palco, mas como um todo, sem nenhum apelo e Sandy disse exatamente o que eu senti: Essa performance foi mais do mesmo se é pra ouvi-la, eu fico com a original, sem dúvidas. (E a quem já vai vir dizer que não gosto “desse tipo de música” e “sou preconceituoso”, saibam que sou fã de Enrique Iglesias!)

5) Grupo Zueira – Mas Que Nada / This Love (Sergio Mendes/Maroon 5) – 83%

Gostaria de parabenizar o grupo pela excelente escolha musical. Mas que Nada é uma daquelas músicas que é facilmente adaptável para qualquer tipo de música, sem perder a sua essência. Mas a energia nessa performance tava lá em baixo e na minha humilde opinião, acho que foi o ritmo imposto pelo grupo. Talvez se dobrassem o tempo o resultado teria sido melhor do que esse karaokê apresentado. Claro, a parte falada foi bacana e This Love, do Maroon 5 poderia ter complementado perfeitamente essa apresentação, mas achei tudo muito mal preparado. Talvez tenha faltado ensaio, mas o que importava nessa apresentação especificamente, eles acertaram com louvor: o carisma e a voz.

4) Vibrações – Bom Amigo (Autoral) – 76%

Vibrações me causou uma excelente primeira impressão na sua audição. E tinham tudo para repetir o feito aqui, ainda mais com aquele começo no sax que me sugou para o palco. O único defeito que eu enxerguei aqui foi a linearidade da música, que não atinge um clímax. A música seguiu uma linha musical meio óbvia e talvez por isso, pouco chamativa, mas não necessariamente ruim. Como um todo, achei muito bom, mas ainda podem ficar melhor. Destaque para o comentário de Sandy de aquele era o reggae de verdade, e não influência de reggae, que é uma das melhores conclusões que podemos tirar dessa apresentação.

Obs: Marjorie Estiano explicitando que foi a sua APARENTE falta de conhecimento (e apatia) musical que a fez mudar de carreira e virar atriz.

3) Lucas e Orelha – Cobertor (Anitta feat. Projota) – 86%

Mais uma escolha muito acertada aqui. Não lembro qual exatamente dos jurados que disse que essa apresentação destacou toda a jovialidade da dupla. E eu acrescentaria dizendo que a força deles não está em poderio vocal, ou em mesmo em serem “únicos” como pontuaram, mas sim na interpretação, tanto que conseguiram conferir uma certa maturidade a uma música tão bobinha da Anitta. Comerciais até dizer chega, eles precisam urgentemente trabalhar na afinação, porque não, Sandy, eles não cantam tão bem assim, e tiveram harmonias bem fora do lugar. SEJA MENOS, MANA!

Obs: Só eu que amei Luiza Possi simplesmente DIVANDO no seu feedback? Cadeira vermelha pra ela em setembro, gente!

2) Dois Africanos – Djuba (Autoral) – 84%

Isso sim é uma musicalidade carismática! “Djuba” já ficou na minha cabeça e conseguiu ser ainda melhor que a audição da dupla. Claro, a dicção deles ainda me incomoda levemente (mentira, incomoda muito!), mas eles dois são de uma parceria, de um poder performático conjunto, de um carisma em todos os aspectos possíveis, que a gente até esquece que não entende o que tá ouvindo (nas partes em português, eu digo). Ana Carolina usou uma expressão que eu usava na época do The Voice: “Eles abriram as vozes”, e acho que é exatamente aí a mágica que acontece no palco com eles. Eu acredito piamente que eles são o grupo que mais verdadeiramente e completamente se doam nesse palco e acredito que eles são exatamente o que a música deles nos deixa transparecer. E isso é bem mais do que muitos tem feito esse ano.

1) Serial Funkers – Coisa Assim (Autoral) – 78%

Serial Funkers está no topo essa semana por ter sido a performance que mais me hipnotizou essa semana. Tanto, que ao final da apresentação, vi meu caderninho completamente em branco, sem nenhuma anotação a respeito. Ficou clara, pelo menos pra mim, a vibe Seu Jorge que eles possuem. Eles conseguem como ninguém conseguiu em minha mente até agora ser datados, sem ser datados. Uma música “harmônica. Pop, sem ser pop” disse Sandy. Mas eu não acho necessariamente pop. Eu diria que seria o funk americano, que é brutalmente diferente do brasileiro. Para se terem uma ideia, o funk americano pode ser claramente visto no segundo cd do Maroon 5, um grupo pop /rock, e por fazer essa conexão, gostaria de que o grupo explorasse mais essa por hora suposta versatilidade que possuem.

Bem, como já disse antes, a votação do Brasil essa semana fez justiça (quase) perfeita à qualidade das performances e jogou Leash, Yegor & Los Bandoleros e Consciência Tranquila para a berlinda.

Apesar de Yegor & Los Bandoleros ter ficado em 6º no meu ranking e Consciência Tranquila em 7º, eu escolheria facilmente o segundo grupo porque eles possuem além de uma identidade musical mais crível e apurada, uma audição que ainda não saiu da minha cabeça de tão boa que foi (e já se passaram 3 semanas!). Felizmente, Thiaguinho se mostrou um jurado sensato e salvou o grupo com mais chances de vencer entre os 3!

Ficamos aqui com Rafa Brites recebendo cada vez menos espaço no programa e ansiosos pelo Superfiltro, que vai funcionar da seguinte maneira: A cada semana, subirão ao palco 9 grupos, sendo 3 de cada padrinho e aí, INDEPENDENTEMENTE de quem seja o padrinho, 3 grupos serão eliminados. Uma jogada interessantíssima, e essa abolição das cotas para os times (que ainda existe, por exemplo no The Voice Brasil) pode significar que todos os grupos de um padrinho sejam eliminados daqui a duas semanas. Ao todo, 12 grupos se classificarão e eis aqui, os meus favoritos, por hora separados por times, mas ranqueados por ordem de preferência dentro deles.

Team Paulo Ricardo: Scalene, Stereosound, Big Time Orchestra, Supercombo, Scambo, Falange

Team Sandy: Kita, Eletronaipe, Dona Zaíra, Versalle, Os Gonzagas, Devir.

Team Thiaguinho: Serial Funkers, Dois Africanos, Consciência Tranquila, Vibrações, Lucas e Orelha, Grupo Zueira.

Percebe-se que na média, Thiaguinho é quem tem o maior número de talentos, mas Paulo Ricardo tem os maiores destaques da temporada, mas Sandy tem dois dos meus favoritos pessoais. Por hora, meu Top 3 da temporada é, nessa ordem: SCALENE, KITA E ELETRONAIPE

OBS: A foto de Thiaguinho está na capa da coluna essa semana só porque não queria ter que falar dela aqui e não queria que vocês pensassem que eu esqueci. Aquela coisa típica de ser tapa-buraco mesmo.

Os grupos que eu gostaria de ver no Top 12 estão em negrito. E vocês, qual o Top 12 ideal de vocês? Qual o seu Top 3 da temporada? Até semana que vem!


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