O reality show estreia no próximo dia 18, na Globo!
Por: Daniel Melo - Contato: [email protected]
Depois de uma primeira temporada muito inconstante e uma segunda temporada que dividiu opiniões, eis que nós, brasileiros que nunca desistimos, chegamos à terceira temporada do programa. E a pergunta que não quer calar é: Será que o Boninho finalmente aprendeu com os seus erros?
É com muita tristeza no coração que acredito que não. E isso devido aos vídeos disponíveis no site do programa (que seriam até interessantes se melhor aproveitados):
Lulu, quando perguntado sobre o que ele pensa quando aperta o botão, respondeu que não pensava em nada, e que apertar o botão era uma resposta ao que ele estava ouvindo. Cláudia falou que aperta o botão levada pela curiosidade de saber quem está no palco. Já Daniel, que deu a resposta mais coerente, disse: “É muito difícil, pois estou trazendo para mim uma responsabilidade sobre o que oferecer para o cantor escolhido. E também imagino que ele deve pensar se vai ser legal ficar no meu time”. (Sim, a Globo deixou o Brown de fora da pesquisa, sacanagem! HAHAHA!)
Assim, o cantor sertanejo pela primeira vez, em três anos, me fez acreditar que ele sabe o que está fazendo, o que me animou muito! O grande diferencial do formato do The Voice é o fato de que os candidatos, pelo menos nessa fase, são julgados unicamente pela voz. Aqui, talento é pré-requisito obrigatório para seguir em frente (na maioria das vezes, sejamos honestos). E assim, sem mais nem menos, vem Claudia Leitte e desconstrói toda a filosofia do show em uma frase, mostrando que não aprendeu nada em dois anos de programa. Quanto a Lulu, critico apenas a parte em que ele diz não pensar em nada quando aperta o botão. São muitos fatores a serem avaliados: voz, técnica vocal, possibilidades de mercado, o quanto o técnico pode ajudar o candidato, e tudo isso ao mesmo tempo. Pegou mal, mesmo!
No mais, no que diz respeito aos técnicos espero que eles entendam que estão numa competição ali, o que nas versões estrangeiras torna as disputas por candidatos tão emocionantes, e acrescentam absurdamente na parte do entretenimento do programa. Enquanto aqui temos competitividade zero. Lembro de uma vez que a própria Claudia Leitte disse que não virou para não ter que brigar com o Brown (ME POUPE!)
Espero imensamente que o Lulu consiga reverter a péssima imagem que deixou em mim ao final do ano passado. Quero de volta aquele Lulu que disse para suas finalistas: “Maria Christina, você é o biscoito fino para as massas, e você Késia é a massa para os biscoitos finos” (Elegantérrimo e isso sem desmerecer nenhuma de suas candidatas) e não o que deixava Pedro Lima como backing-vocal no que era pra ser um dueto entre os dois. Shame on You, Lulu!
Quero um Brown mais contido (leia-se menos espalhafatoso, mas não chato como ele estava na segunda temporada), um Daniel mais ativo e uma Cláudia menos brega, menos fresca, menos espalhafatosa e mais competitiva, mais dedicada aos seus pupilos (convenhamos, a mulher é mais escandalosa que a própria Christina Aguilera e ainda assim não chega aos pés da coach americana!).
Desejo imensamente que esse ano possamos ver uma maior interação entre técnicos e candidatos. A impressão que a edição passa é a de que os técnicos não aparecem nos ensaios, os candidatos são auxiliados por outras pessoas, que nem sabemos quem são e os técnicos estão ali apenas para julgar o resultado final, sem em momento nenhum ter feito parte do processo de construção. Isso é um defeito grave da nossa versão tupiniquim e esse mesmo defeito a deixa atrás das demais versões do show, onde essa parceira entre técnico e candidato é infinitamente maior e mostrada mais explicitamente.
E assim, chegamos ao Boninho, o principal responsável pela vergonha que o programa passou nos dois anos quando chegamos às fases ao vivo. O primeiro e pior problema dessa fase é o ridículo tempo de votação que o programa tem. A votação ocorre durante o programa e ocorre por no máximo 10 minutos por bloco de candidatos. Isso não existe! Ou pior, existe no Brasil. O The Voice Brasil precisa de um programa somente para o anúncio dos resultados. Acrescentaria muito mais ao programa, que respeitaria os seus artistas, e por tabela, os seus telespectadores, que dispondo de um tempo maior para a votação, talvez pensassem melhor em suas escolhas e levariam Marcela Bueno e Krystal para as semifinais. (#xatiado)
Outro aspecto que me irritou bem de leve ano passado foi o excesso de músicas em inglês. Não me entendam mal. Tenho pleno conhecimento da importância de músicas estrangeiras na cultura brasileira nos dias de hoje, mas acho que ano passado chegava a ser um exagero. Em todas as semanas tínhamos pelo menos duas músicas em inglês. É muito inglês para um programa que tem “Brasil” no nome. Vamos maneirar aí, hein produção.
E é isso, acho que são apenas esses aspectos que (ainda) me incomodam no programa e com isso vamos às mudanças já divulgadas para essa temporada: Miá Mello deixa o programa (Amém, Jesus!) e sua posição é assumida por Fernanda Souza (uma linda! Beijo, Fê! Sucesso!)
Para esse ano também, as mudanças nos mentores convidados se restringiram, pela segunda vez consecutiva aos times de Lulu Santos e Claúdia Leitte, apenas. O primeiro vai ser, surpreendentemente auxiliado por Di Ferreiro, vocalista da banda NX Zero e Cláudia contará com a ajuda do Dudu Nobre, o que achei interessante. Brown continua com Rogério Flausino (sabe Deus por que!) e Daniel segue com Luiza Possi (ai, gente, que saudades da Luiza Possi, essa linda, que em 2015 merece ganhar a sua própria cadeira vermelha e desde já se mostra uma jurada muito melhor que todos os outros 7 combinados! Vamos fazer campanha? Eu já me disponho aqui!)
Ahh, quase passou batido, mas esse ano, o limite de idade abaixou de 18 para 16 anos. E por isso temo pela invasão de menininhas e menininhos que o programa pode (e provavelmente vai) sofrer esse ano. Oremos!
E por fim, respondendo a pergunta do começo do texto, espero que a Globo nos apresente uma terceira temporada que consiga redimir os pecados das antecessoras (mais especificamente a segunda) e ao mesmo tempo, respeite tanto o seu público quanto os seus candidatos. Que consiga nos mostrar um talento no nível igual ao da primeira temporada (ai, primeira temporada, bons tempos que não voltam mais!) e isso tudo, sem deixar de mostrar a música brasileira, que pode sim ser inserida no mercado mundial! Que essa temporada venha para mostrar para o Brasil o quanto o nosso país é diverso, e acima e tudo, que essa temporada seja a primeira bola dentro do Boninho na Rede Globo em muitos anos (porque esse homem levou o BBB pro buraco e por pouco não levou o The Voice Brasil junto). Amém? Amém!
Sou Daniel Melo, e ao longo dessa temporada estarei fazendo a cobertura do The Voice Brasil aqui no Planeta TV! Compartilhem nos comentários suas esperanças para a temporada. Se concordam, ou se discordam das minhas opiniões. Aqui é um espaço livre para expormos nossas ideias, elogiarmos e se necessário (geralmente é) criticarmos e mais adiante, sofrermos com eliminações de candidatos queridos (sim, eu me apego emocionalmente a esses programas). Até dia 18/09, pessoal!