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Pantanal: Silvero Pereira celebra nova fase de Zaquieu

"Uma surpresa", diz o intérprete.

por Redação, em 04/08/2022

Pantanal: Silvero Pereira celebra nova fase de Zaquieu

Muito mais que um alívio cômico, Zaquieu se mostra a cada dia uma figura fundamental em "Pantanal" - especialmente para o público, que já aprendeu várias lições com o mordomo que está prestes a se tornar peão. É por isso que Silvero Pereira não esconde a alegria de defender esse personagem e a expectativa para a nova fase dele na trama.

Nos próximos capítulos da novela das 9, Zaquieu terá uma aproximação com Alcides (Juliano Cazarré) e passará a integrar o time de peões da fazenda de José Leôncio (Marcos Palmeira). Convidado especial do podcast Papo de Novela, Silvero Pereira dá um spoiler e diz que vai rolar, pelo menos, uma "confusão de sentimentos" com Alcides, mas deixa no ar se haverá um romance gay entre os dois.

O ator reflete ainda sobre diversos assuntos importantes - homofobia, representatividade, mercado de trabalho para atores e atrizes LGBTQIAP+, -, diz que tem o sonho de ser pai, fala sobre viver no Nordeste e dá detalhes dos bastidores de "Pantanal".

Nova fase

"O que eu posso adiantar é que é uma descoberta pro Zaquieu também. Ele vem falando desde o início da novela que é isso que esperam do gay: que ele esteja na cozinha, no salão, fazendo o cabelo e a unha. E acho que essa é uma grande surpresa pro Zaquieu também, porque é um desafio pra ele provar pras pessoas. Não é novidade para ele que ele seja capaz, sim, de ser um dos maiores peões da fazenda do Zé Leôncio. Mas ele quer provar pras pessoas que isso é possível, quer que as pessoas tirem o preconceito da cabeça e comecem a enxergá-lo de outra maneira, que ele pode assumir outras funções, inclusive as de homem macho, que essa novela fala tanto. Acho que vem aí uma outra informação bem importante, que pode ser uma discussão importante pra sociedade."

Peões gays

"Eu conversei com vários peões que me falaram da existência de peões gays. E foi muito bonito, porque eu não sabia disso, foi uma surpresa pra mim. Foi muito bonito da parte deles dizerem: 'Ah, tem uns peões aqui que são diferentes, mas não deixam nada a desejar no trabalho. Nos momentos de descontração eles têm a vida deles, mas sobre trabalho não temos nada a falar'. E é nesse ponto que eu quero trabalhar o Zaquieu. Ele tem a vida dele. E na lida, no trabalho, é uma outra história. Isso é importante pra todos os ambientes, que a gente perceba que todo local de trabalho é assim – que nossa vida pessoal, sexual e amorosa não tem nada a ver com nossa vida profissional. A gente se dedica, estuda e trabalha como qualquer outra pessoa. Não é porque somos LGBTs que devemos ser tratados diferente no mercado de trabalho. Pelo contrário: temos que ser tratados por iguais."


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