Globo promove festa de lançamento de "Dona de Mim" com elenco e equipe técnica

Assinada por Rosane Svartman e com direção artística de Allan Fiterman, "Dona de Mim" estreia em 28/4.

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Camila Pitanga e Clara Moneke. Foto: Divulgação
Camila Pitanga e Clara Moneke. Foto: Divulgação

A felicidade sempre encontra um caminho e chega quando você menos espera. Essa é a mensagem que conduz ‘Dona de Mim’, próxima novela das sete da TV Globo, que estreia dia 28. A trama traz a história de Leona (Clara Moneke), que tem sua vida transformada pela relação com Sofia (Elis Cabral), uma menina de sete anos de quem passa a ser babá. Sofia é uma criança que perdeu a mãe ainda bebê e cresceu se sentindo sozinha na casa da família de seu pai, Abel (Tony Ramos). Cercada por adultos, ela vai descobrir em Leo a referência de que precisava. Na obra de Rosane Svartman, com direção artística de Allan Fiterman, o encontro entre as duas é o ponto de partida para uma jornada de afeto, cuidado, companheirismo e relações humanas. 

“O título tem uma relação direta com a ideia de tentar ter o controle das nossas vidas, o que tem a ver com amor-próprio e autocuidado, em uma sociedade acelerada, com violências diárias. Ser ‘Dona de Mim’ é também buscar algum sentido nessa jornada, porque, às vezes, a gente vai indo sem ter tempo de entender para onde. A história fala também sobre a maternidade de forma prismática, em suas diversas formas e configurações, abordando diferentes possibilidades do que é ser mãe, inclusive a escolha de não ser, e o seu impacto direto na vida das mulheres da trama”, declara Rosane Svartman. 

Com personagens femininas fortes, ‘Dona de Mim’ mistura comédia, drama, muito romance, aventura, suspense, disputas por poder e reviravoltas. A trama também aborda temas como o impacto social do esporte através do kickboxing, a voz jovem e urbana das batalhas de rima, a efervescência cultural e o forró da Feira de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, além de assuntos atuais e cotidianos, entre eles, segurança pública e violência urbana, preservação do meio ambiente e mudanças climáticas, saúde mental, corpos diversos e beleza feminina, envelhecimento e solidariedade. 

“A novela tem vários universos paralelos, mas o principal é o encontro dessa mulher e dessa criança. A transformação da relação entre Leo e Sofia é a grande trama. Estamos fazendo uma novela leve e repleta de significados. Rosane é uma autora com extremo entendimento dramatúrgico e muito hábil na forma como constrói essa história que iremos retratar, com todos os ingredientes que as pessoas esperam assistir: romance, leveza e muita emoção”, afirma o diretor artístico Allan Fiterman.  

‘Dona de Mim’ é uma novela criada por Rosane Svartman, escrita com Carolina Santos, Jaqueline Vargas, Juan Jullian, Mário Viana, Michel Carvalho e Renata Sofia. A pesquisa é de Suzan Stanley. A obra tem direção artística de Allan Fiterman, direção geral de Pedro Brenelli e produção de Mariana Pinheiro. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim.  

Leona, mas pode chamar só de Leo 

A vida nunca foi fácil para Leona (Clara Moneke), mas a jovem aprendeu cedo a encarar os desafios com determinação e sem perder o alto astral, que transborda de seu coração gigante. Há sete anos, ela estava prestes a realizar vários sonhos ao mesmo tempo: se formar em Publicidade, casar-se com Marlon (Humberto Morais) e ser mãe pela primeira vez. Mas, já no último trimestre da gravidez, viu seu mundo desabar em uma sala de ultrassonografia. Desde então, Leo tenta retomar as rédeas de sua própria vida e superar o trauma da perda da filha. 

De origem humilde, ela “dá seus pulos” para fechar as contas da casa onde vive no bairro de São Cristóvão, Rio de Janeiro, com a avó, Yara (Cyda Moreno), costureira aposentada da fábrica de lingeries Boaz, e a irmã, Stephany (Nikolly Fernandes), estudante de Enfermagem. A revenda das calcinhas e sutiãs da Boaz é o principal sustento da família, e Leo abusa da criatividade para não acabar o mês no vermelho: faz sorteios, promoções, vende porta a porta e no comércio local.  

Foto: Reprodução/Globo
Foto: Reprodução/Globo

Apesar da boa intenção, Leo é um pouco atrapalhada e acaba se enrolando em um dos seus últimos projetos: uma rifa. As mulheres da vizinhança causam uma algazarra quando descobrem que a neta de Yara vendeu números duplicados. A confusão é tanta que Leona perde o trabalho como revendedora das lingeries. É aí que bate o desespero na família e Stephany cogita desistir da faculdade para arranjar um emprego. Protetora, Leona se vê mobilizada a fazer algo para impedir que a irmã caçula repita o que ela própria fez quando cursava Publicidade. 

“A Leona, para mim, é a definição da mulher brasileira: uma pessoa de bom caráter, bom coração, e também muito inteligente e perspicaz, que vai sempre fazer de tudo pela sua família. Todas as loucuras que ela inventa são por um propósito maior, pela irmã ou pela avó. Isso traz beleza, verdade e empatia do público. A Léo é uma mulher encantadora, inteligente, que tem perseverança, garra e muito amor à sua família”, resume Clara Moneke.  

Sofia: o reencontro com a felicidade 

Stephany (Nikolly Fernandes) aguardava uma ligação sobre a entrevista para uma vaga de babá quando Leo (Clara Moneke), num impulso, decide se passar pela irmã e conquista o emprego como funcionária da família Boaz em seu lugar. O trabalho é cuidar de Sofia (Elis Cabral), uma criança de oito anos que se sente sozinha numa mansão cheia de adultos na Barra da Tijuca. Sem ter ninguém para brincar, a diversão da menina é pregar peças e inventar traquinagens pela casa. Seu alvo preferido? As babás que Denise (Cris Larin), a governanta, tenta contratar. Ela esconde sapos e outros bichos pela cama das candidatas, dá sustos, coloca baldes de água em cima da porta e todos os tipos de invenção que sua cabeça entediada consegue pensar. 

É claro que a recém-chegada babá toma um susto quando descobre que o nome da menina é Sofia. E mais: Sofia tem uma idade muito próxima à que a sua Sophya teria. E logo percebe o motivo de o salário ser tão bom: a dificuldade em encontrar alguém que não desista ao ver todos os tipos de inseto embaixo do travesseiro. Mas Leo, no fundo, acha aquilo tudo muito engraçado. Ela consegue entender que é uma forma de Sofia chamar a atenção e se divertir um pouco numa família em que ninguém tem tempo e todos são muito diferentes dela.  

No fim do primeiro dia de Leona no novo trabalho, a conexão entre a babá e a menina arteira é evidente. Só que Abel Boaz (Tony Ramos), o patriarca, não fica nada feliz ao descobrir que a funcionária mentiu para todos ao ser contratada. Leona tenta explicar a boa intenção, mas não adianta: está demitida. 

Os Boaz: entre lingeries e conflitos 

Nos anos 50, Josef fundou o império de lingeries Boaz ao lado da esposa, Rosa (Suely Franco). Filhos de imigrantes de origem judaica, o casal começou do zero e costurou o sucesso da empresa de calcinhas e sutiãs a preço de muito suor e dedicação. Os donos da Boaz tiveram dois filhos: Abel (Tony Ramos), o mais velho, e Jaques (Marcello Novaes). Estudante de Letras e apaixonado por poesia, o primogênito precisou largar a faculdade para cuidar do chão de fábrica, mas foi recompensado pelo pai ao ser o escolhido para continuar o legado da família após a sua morte.  

O atual presidente da empresa teve três filhos em seu primeiro casamento: Samuel (Juan Paiva), o mais responsável; Davi (Rafa Vitti), um bon-vivant; e Ayla (Bel Lima), ingênua e a mais protetora entre os irmãos. Já viúvo, Abel conheceu Filipa (Cláudia Abreu), e eles se apaixonaram num rompante. O encantamento pelas artes conectou os dois amantes, e tudo se encaminhou muito rápido. 

Fotos: Divulgação/Globo
Fotos: Divulgação/Globo

Filipa é uma mulher com o humor instável e tem momentos que oscilam entre a euforia e a tristeza profunda. Ela tem uma filha, fruto do seu primeiro casamento, uma adolescente que não compreende as questões de sua mãe. Nina (Flora Camolese), quando cresce, passa a morar com a avó, Isabela (Sylvia Bandeira), em Lisboa, Portugal. A distância entre elas e o sentimento de ter falhado no seu papel materno, somadas à frustração de não ter seguido a carreira artística que sempre sonhou, são partes da vida com que a esposa de Abel ainda não consegue lidar.  

“Filipa é intensa em tudo o que faz. É solar e cheia de vida, mas tem uma insatisfação por não ter dado certo como artista. Então, a vida dela é tentar colocar arte, música e alegria em tudo, resgatando momentos que a conectem com esse passado. Ela não se casou por interesse, gosta verdadeiramente de Abel, pois ele a enxergou como ela é”, resume Cláudia Abreu, que volta às novelas após nove anos. A atriz também destaca a complexidade da personagem: “Foi o que me atraiu. Falar sobre saúde mental na TV aberta pode ajudar muita gente a compreender e a ser compreendida. Além disso, Filipa é uma personagem irresistível e divertida”.  

A promessa de Abel e a chegada de Sofia  

Há sete anos, no jardim da mansão, diante de todos os convidados, logo após o “sim” entre Abel (Tony Ramos) e Filipa (Cláudia Abreu), um acontecimento mudou a vida da família Boaz. Ellen (Camila Pitanga), uma antiga funcionária da fábrica, reapareceu e cobrou uma antiga dívida de vida com Abel, pedindo que ele registrasse como sua filha, a bebê que carregava nos braços. Em um ato de desespero, pois travava uma luta contra o câncer, Ellen não teve dúvidas de que aquele seria o melhor para o futuro de sua filha, e deixa uma carta para que Sofia leia ao completar 18 anos. 

Leona (Clara Moneke) e Sofia (Elis Cabral). Foto: Divulgação/TV Globo
Leona (Clara Moneke) e Sofia (Elis Cabral). Foto: Divulgação/TV Globo

“Abel é um homem com alma de poeta, que se vê impelido a comandar as empresas do pai. Apesar de não ter muita vocação para os negócios, ele resolve atender ao pedido e assume a empresa. É um homem de poucas palavras, mas gosta de citar poemas, muitas vezes respondendo com trechos poéticos de forma bem-humorada e tranquila. Quando Ellen pede para que Abel registre Sofia como sua filha, ele reage inicialmente com hesitação, mas depois entende que precisa cumprir a promessa que fez”, explica Tony Ramos.  

Sem saída, Abel acatou o pedido, pois sabia que sem a ajuda de Ellen no passado ele não estaria mais ali. Ela salvou o patrão quando o viu no telhado do prédio da fábrica, considerando desistir da própria vida. Naquela época, a empresa enfrentava uma crise financeira e ele se sentia encurralado, carregando o peso das próprias decisões. Grato, Abel prometeu ajudá-la quando precisasse. 

“Ellen é uma lutadora. Alguém que batalha com todas as forças pela vida. Devota de Nossa Senhora da Penha, ela tem sua trajetória radicalmente transformada quando se vê grávida e com câncer. Na preparação, foi fundamental a visita ao Instituto Nacional de Câncer (INCA), onde tive o suporte de profissionais da saúde para entender os processos de uma paciente com câncer no útero”, conta Camila Pitanga.

Intrigas e ambições: a batalha pelo controle da Boaz  

A situação no casamento de Abel (Tony Ramos) pegou a todos de surpresa. Afinal, um escândalo daqueles não era o que se esperava de um homem tão correto como o patriarca da família Boaz. Jaques (Marcello Novaes), o filho mais novo de Rosa (Suely Franco), tentou disfarçar, mas adorou os olhares espantados na direção do seu irmão mais velho. Ele sempre se sentiu injustiçado por não ter sido o escolhido pelo pai para comandar a Boaz. Assim como Abel, o caçula também tinha inclinação para as artes, teve uma banda de rock na juventude. Visando comandar as empresas de Josef um dia, deixou de lado a veia artística para se formar em Economia no Exterior enquanto Abel cuidava do chão de fábrica – mas o plano não se concretizou.  

A relação entre os dois irmãos é marcada, desde que eles eram muito jovens, por conflitos, inveja e rivalidades. Amargurado, Jaques trilha caminhos controversos para alcançar seus objetivos. Até hoje se vê à sombra do irmão e está cansado de não ser valorizado, principalmente de forma financeira, na empresa. Ocupando um cargo na diretoria, mas subordinado a Abel, ele se sente como uma criança que ainda precisa pedir mesada e não vê a hora de tomar o controle da fábrica só para si. Rosa tenta acalmar os ânimos entre seus filhos, mas sempre em vão. Apesar da idade, preocupada em manter a qualidade e a tradição que ergueu ao lado do marido, a matriarca acompanha as reuniões e tenta se manter a par de todas as decisões, mas se envergonha quando começa a perceber que está sendo traída pela própria memória.  

Na briga por poder em família, Tânia (Aline Borges) é esposa de Jaques e uma grande aliada nessa missão, assim como o advogado nada ético do diretor financeiro, Ricardo (Marcos Pasquim) – mas ambos têm as suas próprias agendas que Jaques desconhece. A batalha pelo controle da Boaz é um jogo de intrigas em que cada um tem as suas próprias ambições.  

Marcello Novaes e Marcos Pasquim. Foto: Divulgação/Globo
Marcello Novaes e Marcos Pasquim. Foto: Divulgação/Globo

“Jaques é debochado, irônico e quer ter tudo o que não teve em relação à família, especialmente na divisão de poder. Ele deseja a presidência da fábrica Boaz para implementar suas novas ideias, que acredita serem capazes de levantar a empresa. Sente que foi injustiçado na divisão de poder e que Abel sempre teve mais carinho e foi o filho preferido. Essa disputa pela presidência é alimentada por esse sentimento de injustiça”, revela Marcello Novaes. 

Juntas na luta: as amigas Leo, Kami e Pam   

Leo (Clara Moneke), Kami (Giovanna Lancellotti) e Pam (Haonê Thinar) são inseparáveis desde os tempos de colégio. Unidas por uma amizade sólida e sincera, elas enfrentam juntas os desafios da vida em São Cristóvão. Kami é mãe solo e trabalha com Pam no setor de controle de qualidade da fábrica Boaz. Determinada a proporcionar o melhor para seu filho, ela equilibra a vida profissional, um tempinho para se divertir com as amigas e os cuidados com Dedé (Lorenzo Reis). O menino tem sete anos e até hoje não conheceu o pai, Ryan (L7NNON), preso desde o início da gravidez de Kami. Ela quer distância do ex, mas ele está determinado a sair da cadeia, reconquistar sua família e correr atrás do sonho na música.   

Já Pam precisou amputar a perna ainda criança devido a um tumor no fêmur. Na adolescência, se envolveu com Danilo, mas o jovem nunca quis assumi-la como namorada. Diz que a razão é por questões pessoais dele, mas Kami e Leo tentam alertá-la de quanto esse comportamento é tóxico. Quando estão juntas, as três formam um trio imbatível e se apoiam mutuamente em todas as situações.  

Foto: TV Globo/ Manoella Mello
Foto: TV Globo/ Manoella Mello

Intérprete de Kami, Giovanna Lancellotti define a personagem: “Ela é uma mulher guerreira, determinada e que não se abate. Criou Dedé sozinha e, mesmo com todas as dificuldades da vida, ela tem uma alegria que é dela e ninguém tira”. Já Haonê comenta sobre Pam: “Ela é sensata e divertida ao mesmo tempo, está sempre ajudando as amigas sobre o que fazer ou não fazer. Pam é vaidosa, gosta de estar sempre bonita e é muito fiel às suas amigas”. 

O sonho de Marlon: entre o ringue e a farda  

Marlon (Humberto Morais) é um jovem determinado e idealista, conhecido por sua responsabilidade e firmeza em seus princípios. Desde cedo, ele sonha em se tornar policial militar, acreditando que pode contribuir para um mundo melhor. Além de seu desejo de servir e proteger, Marlon é um exímio lutador de kickboxing, treinado pelo mestre Alan (Hugo Resende), que também é policial. O jovem se dedica ao esporte com paixão, vendo nisso uma forma de disciplina e superação. Sua vida é marcada pela busca constante por justiça e pela vontade de fazer a diferença na comunidade de São Cristóvão.   

No passado, Marlon estava feliz ao lado de Leona (Clara Moneke), sua então noiva. Eles planejavam se casar e esperavam ansiosos pela chegada da primeira filha. A perda de Sophya foi um golpe duro para ambos e mudou completamente os rumos de suas vidas. Leo, devastada pela dor, acabou desistindo do casamento, deixando Marlon sozinho no altar. Apesar de ter seguido em frente, o lutador nunca guardou mágoa da ex, compreendendo o sofrimento que ela enfrentou. A relação entre os dois, embora marcada por tristeza, ainda carrega um respeito mútuo e uma compreensão profunda pelo passado que viveram juntos.  

Atualmente, Marlon namora Bárbara (Giovana Cordeiro), que também é lutadora de kickboxing. Eles se conheceram nos ringues. Bárbara é dedicada e ambiciosa, e compartilha com Marlon a paixão pelo esporte. Juntos, eles treinam na academia do mestre Alan, onde Bárbara se destaca por sua habilidade e determinação. A oportunidade de lutar no Exterior surge como um sonho para ambos, mas Marlon se vê dividido entre seguir seu desejo de ser policial e aproveitar a chance de treinar em Miami, nos Estados Unidos, ao lado da namorada. A decisão não será fácil para ele, que é apegado à sua família e ao local onde vive.  

“Marlon é obstinado, sonhador, corajoso, justo, imprudente e um pouquinho arrogante, mas só pelos motivos que ele acredita serem os certos. Com Bárbara, forma aquele tipo de casal que compartilha vários gostos em comum. O amor pelo esporte une os dois. Ela sonha em lutar no Exterior, quer mostrar para o mundo todo o talento dos dois nos ringues, mas Marlon é 100% leal à sua família, amigos e ao lugar de onde ele veio, o que gera alguns conflitos entre eles. E tomar a decisão do futuro da relação vai ser tão desafiador quanto uma luta no ringue para ele”, conta Humberto. 

Três amigos, três destinos: Marlon, Ryan e Danilo  

Marlon (Humberto Morais), Danilo (Felipe Simas) e Ryan (L7NNON) cresceram juntos em São Cristóvão. Marlon mora com a mãe, Jussara (Vilma Melo), o pai, Luisão (Adélio Lima), e a irmã, Dara (Cecília Chancez) – são os vizinhos da frente de Leo (Clara Moneke). Luisão e Jussara são de origem humilde e se orgulham de terem conseguido criar os filhos de forma honesta.  

Vindo de uma família desestruturada, Ryan tem o histórico completamente oposto ao do amigo. O jovem era uma das estrelas da Batalha da Criação, a batalha de rimas do bairro de São Cristóvão, mas se envolveu com o crime e viu seu futuro brilhante ir pelo ralo numa batida policial. Agora, para sair da cadeia, ele conta apenas com Lucas (Pedro Henrique Ferreira), seu irmão, já que ele e Danilo se afastaram desde que tudo aconteceu. 

Danilo mora com o pai, Seu Manuel (Ernani Moraes), e o irmão mais novo, Peter (Pedro Fernandes). Frustrado com os planos profissionais que traçou para si, trabalha como motorista de aplicativo. A mãe abandonou a família quando eles eram pequenos, deixando Seu Manuel para cuidar dos filhos sozinho. Ele é dono de uma padaria no bairro, onde trabalham Dara, no caixa, Jeff (Faíska Alves), no delivery, e Peter, no atendimento aos clientes. Bem-humorado e sarcástico, o caçula de Seu Manuel nasceu com paralisia cerebral e se diverte ao inventar histórias mirabolantes para a freguesia quando é confrontado com perguntas descabidas sobre a sua vida. 

São Cristóvão: o coração vibrante da Zona Norte  

O bairro de São Cristóvão é um microcosmo da diversidade e cultura do Brasil. Ruas coloridas e vibrantes, com casas antigas e cheias de história, formam um cenário onde pessoas de diferentes origens se entrelaçam. A região boêmia na Zona Norte do Rio de Janeiro tem uma atmosfera acolhedora. A Feira de São Cristóvão, famosa entre os cariocas e visitantes da cidade, é onde a música, a dança e a gastronomia nordestina são celebradas. O clima é alegre e movimentado, com moradores que se conhecem e se ajudam, criando um verdadeiro senso de comunidade.  

Além de gravações externas realizadas na região, foram reproduzidos cenários do local nos Estúdios Globo, especialmente a arquitetura das casas dos moradores. Buscando representar o bairro da forma mais fiel possível em ‘Dona de Mim’, a equipe de cenografia, liderada por Anne Bourgeois, fez visitas à região para captar sua essência. "A cenografia da novela foi inspirada em visitas ao bairro. Optamos por um caminho naturalista, mantendo a arquitetura neoclássica e os sobrados característicos. A cidade cenográfica foi construída com elementos reais, como pastilhas, azulejos e cerâmicas, replicando a estética de lá", conta a cenógrafa.  

A produção de arte, coordenada por Guga Feijó, também buscou referências locais, utilizando paletas de cores mais vivas e elementos que refletem o dia a dia dos moradores. "Fizemos uma pesquisa extensa em São Cristóvão para entender a história do bairro. Queríamos que tudo ficasse dentro da realidade. Observamos os detalhes, desde as paletas de cores até os objetos para compor os cenários. Cada escolha foi feita para refletir a verdadeira essência de São Cristóvão e criar um ambiente autêntico para os personagens”, destaca Guga.  

A caracterização, comandada por Dayse Teixeira, complementa a construção do bairro, trazendo à vida os moradores de São Cristóvão com autenticidade. "Para criar a caracterização dos personagens desse núcleo, mergulhei na minha própria experiência de vida na Zona Norte e em São Cristóvão. Entender como as pessoas se vestem, se maquiam e se expressam foi fundamental. Observei de perto as tendências e estilos atuais. Isso nos permitiu criar personagens autênticos, com unhas de gel, cabelos coloridos e maquiagem vibrante, refletindo a verdadeira essência da comunidade local", conta Dayse.  

O figurino, sob a direção de Julia Ayres, também segue uma paleta de cores mais vivas e estampas, destacando o estilo boêmio e despojado dos moradores. "Para São Cristóvão, buscamos um estilo mais despojado e vibrante, com cores fortes e estampas", explica a figurinista. 

Mansão Boaz: um império luxuoso que já viu dias melhores  

A mansão da família Boaz é o símbolo de um passado de riqueza e sofisticação, agora marcado por uma fase de decadência e desafios financeiros. Este núcleo de ‘Dona de Mim’ é retratado com uma atenção meticulosa aos detalhes, refletindo a trajetória de uma família que já teve tudo e agora luta para manter dignidade ao seu legado.  

Anne Bourgeois, cenógrafa responsável, conta que buscou inspiração em visitas a locais históricos e observação de elementos arquitetônicos e de design de interiores. "A cenografia da família Boaz foi inspirada em uma pesquisa detalhada de casas antigas e requintadas. Queríamos criar um ambiente que refletisse um dinheiro antigo, com menos cor, para mostrar a trajetória de uma família que já teve muito e agora enfrenta dificuldades", explica. 

A produção de arte também mergulhou em uma pesquisa extensa para captar a essência da trama. "Visitamos uma casa no Alto da Boa Vista, que pertence à Família Real, para buscar referências. A ideia era mostrar uma casa que, quando o dinheiro existia, foi montada com muito requinte e peças clássicas. Usamos objetos vintage para criar um ambiente que ajudasse a contar a história da família Boaz," comenta Guga.  

Já a responsável pela caracterização, Dayse Teixeira, conta que se baseou nos estilos de vida e aparência de pessoas com um histórico de riqueza e sofisticação: "Optamos por um visual mais sóbrio e elegante, com cabelos e maquiagens que refletissem a sofisticação que ainda habita na família", revela. 

Dessa vez, Julia Ayres conta que iniciou sua pesquisa com uma análise detalhada da moda e estilo de famílias tradicionais. "Queríamos desconstruir a imagem do terno clássico e criar algo mais informal e despojado, inspirado em um estilo italiano. Usamos cores mais sóbrias e pouca estampa para refletir a elegância e a sofisticação da família", explica a figurinista. 

Entrevista com a autora Rosane Svartman 

Rosane Svartman é autora, diretora e produtora. Formada em cinema pela UFF (1991), fez mestrado em Comunicação, Estética e Tecnologia pela UFRJ (2008) e doutorado em Comunicação - Cinema na UFF (2019). Como autora, assinou novelas como ‘Malhação - Intensa como a Vida’ e ‘Malhação - Sonhos’, ambas indicadas ao Emmy Internacional digital e ao Emmy Kids Awards, respectivamente; ‘Totalmente Demais’ – também indicada ao Emmy Internacional como Melhor Telenovela, ‘Bom Sucesso’ – indicada ao prêmio europeu Rose D´Or -, as três últimas escritas com o autor Paulo Halm, e ‘Vai na Fé’. Na TV Globo, escreveu ainda as séries ‘Dicas de um Sedutor’ e ‘Guerra e Paz’, esta última como colaboradora de Carlos Lombardi. Dirigiu os humorísticos ‘Casseta & Planeta, Urgente!’ e ‘Garotas do Programa’. No cinema, dirigiu as comédias 'Como Ser Solteiro’ (1997); ‘Mais Uma Vez Amor’ (2005) e ‘Desenrola’ (2010). Estreou no universo infantil na direção do filme ‘Tainá - A Origem’ (2012), ‘Pluft, o Fantasminha’ (2022) e ‘Câncer com Ascendente em Virgem’ (2025). Escreveu as obras literárias: ‘Onde os Porquês têm Resposta' (2003), ‘Quando Éramos Virgens’ (2006), ‘Melhores Amigas’ (2006), Desenrola’ (2011) e ‘Telenovelas and Transformation: Saving Brazil´s Television Industry’ (2021). E as peças teatrais: ‘Mais uma Vez Amor’ (2004), ‘O Pacto das 3 Senhoras’ (2011) e ‘Anjos Urbanos’ (2012). Rosane também dirigiu com Lírio Ferreira a adaptação para o teatro de ‘Eu Te Amo’, de Arnaldo Jabor, e é autora de ‘Musa Música’, a primeira série musical produzida pelos Estúdios Globo para o Globoplay e Gloob. 

Foto: Reprodução/GloboPlay
Foto: Reprodução/GloboPlay

O que a inspirou para criar a história de ‘Dona de Mim’? 

Rosane Svartman -Acredito que a criação está ligada ao instinto. O desafio é ter a sensibilidade de intuir o espírito do momento, os assuntos de interesse, as trajetórias e os personagens que a sociedade deseja acompanhar. E, assim, contamos histórias. Leona é uma personagem que entra em um buraco e sai gigante. Como ela fará isso é a sua trajetória na novela. O título está relacionado a esse esforço de tentar tomar as rédeas de sua vida em uma sociedade acelerada e repleta de violências. 

Qual são os temas centrais de ‘Dona de Mim’?  

Rosane Svartman -Através da Leona (Clara Moneke), a história fala sobre a maternidade de forma prismática, abordando diferentes possibilidades do que é ser mãe, inclusive a escolha de não ser, e o seu impacto direto na vida das mulheres da trama. A Leo é uma mulher que passou pelo trauma de ter uma gravidez tardia interrompida. Ela já tinha comprado roupinha, feito chá de fralda, já se sentia mãe. E, quando ela perde essa criança, abre mão de tudo. Do casamento, da faculdade, ela realmente não consegue seguir adiante. Mas isso é a história pregressa da Leo. Quando a trama começa, ela é uma mulher batalhadora e alto-astral que tenta esconder sua dor, mas nem sempre consegue. Ela quer não só ajudar a família dela, mas também superar esse trauma. Ela não sabe, mas a felicidade sempre encontra um caminho, e conhecer Sofia é o começo de uma grande transformação. Além desse conflito em relação à maternidade da Leo (Clara Moneke), a gente tem os encontros e desencontros amorosos, claro. A gente tem conflitos da sociedade, também, e pela sucessão da fábrica de lingeries Boaz, que se torna uma grande briga por poder em família. 

Como você acha que esses temas vão se conectar com o público? 

Rosane Svartman -Eu acho que o desafio de qualquer pessoa que cria, que faz novela, é justamente trazer temas que o público vai curtir e comentar depois que o capítulo terminar. Eu acredito que o poder está sempre no espectador. É ele que vai pegar qualquer cena que eu colocar numa novela e fazer uma leitura de acordo com a sua própria trajetória, com a sua própria experiência de vida. Além das diversas formas de maternidade, vamos falar de segurança pública, envelhecimento, saúde mental, esporte e outros temas que provocam conversa, mostrando pontos de vista e reflexões. Tudo isso sem deixar de lado o entretenimento e o objetivo de contar uma boa história. 

Pode falar mais sobre a relação especial entre a Leo (Clara Moneke) e a Sofia (Elis Cabral)? 

Rosane Svartman -Por um lado, a Sofia vive em uma “ilha”, em vários sentidos. Ela mora numa casa dentro de um condomínio, cercada por adultos. Por causa disso, no começo da novela, para chamar atenção, ela faz muita bagunça e traquinagem, principalmente com as babás. Os adultos estão muito ocupados, ninguém tem realmente tempo para ela. E, por outro lado, a Leo é essa mulher que já quis muito ser mãe, que teve um trauma enorme e tem medo de voltar a engravidar. Com a Sofia, ela começa uma relação de afeto que, aos poucos, vai ajudá-la a superar esse trauma. 

E o que você destaca na relação entre a Sofia (Elis Cabral) e o Abel (Tony Ramos), que não é o pai biológico dela? 

Rosane Svartman -O Abel promete para Ellen (Camila Pitanga) que vai ser o melhor pai que ele consegue ser para a Sofia. E ele é. O problema é que ele não tem tempo para essa menina, mas ele a ama, se considera o pai dela e quer o seu bem. Mas é claro, o pai biológico vai aparecer em algum momento. Então, isso vai se tornar um desafio para Abel. 

Quais são os principais desafios que Abel (Tony Ramos) e Filipa (Cláudia Abreu) enfrentam como casal na trama? 

Rosane Svartman -O Abel cursava Letras, pertencia a um grupo de poesia na faculdade, mas precisou abandonar tudo para cuidar do chão de fábrica na Boaz. Ele tem saudades dessa época. Conheceu a Filipa num sarau, e, em seis meses, já estavam com o casamento marcado. No dia da cerimônia, Ellen (Camila Pitanga) chega com Sofia no colo, à beira da morte. Abel assumiu a criança e nunca contou para Filipa que não era o pai biológico de Sofia. Já Filipa teve de aceitar de uma hora para outra ser madrasta de uma bebê de colo. Isso mudou completamente a relação deles. A Filipa tem uma filha que foi morar em Portugal com a avó, e ela acaba se frustrando novamente por não conseguir ser mãe, cuidar de Sofia. O Abel, neste casamento, sente muita falta dos olhos brilhando, da felicidade da mulher com quem ele se casou, e ele não sabe o que fazer para trazer isso de volta. 

Sobre a amizade entre Leo (Clara Moneke), Kami (Giovanna Lancellotti) e Pam (Haonê Thinar), que é um ponto central da novela: como descreveria cada uma? 

Rosane Svartman -Kami é uma periguete vencida, de bom coração; Leo é a enrolada que tenta ajudar todo mundo; e a Pam, a amiga gentil, mas que não leva desaforo para casa. É muito legal poder falar de amizade feminina. São mulheres jovens, amigas de colégio, uma relação de longa data. O que traz muita intimidade, mas, ao mesmo tempo, também faz com que seja mais fácil se machucarem. 

Em resumo, o que o público pode esperar de ‘Dona de Mim’? 

Rosane Svartman -O que o público pode esperar de uma novela: entretenimento, diversão, romance, informação, temas relevantes, identificação, um pouco de escapismo, talvez. A gente gosta de assistir a uma história e se imaginar em outro lugar. E digo a gente porque sou noveleira e, para mim, ‘Dona de Mim’ traz os ingredientes que eu também gosto em uma novela. 

Entrevista com o diretor artístico Allan Fiterman 

Nascido em São Paulo (SP), Allan Fiterman começou sua carreira em Los Angeles, nos EUA, trabalhando em vários setores da indústria cinematográfica. Trabalhou em curtas-metragens como fotógrafo, até dirigir seu primeiro longa ‘Living the Dream’ (2006), filmado no exterior e estrelado por Sean Young e Danny Trejo. De volta ao Brasil, fez ‘Embarque Imediato’ (2009), com Marília Pêra e Jonathan Haagensen, e se destacou pela direção de ‘Berenice Procura’ (2017). Na Globo, atuou como diretor no filme ‘Ritmo de Natal’ (2023), no especial ‘Natal do Menino Imperador’ (2008), no remake de ‘O Astro’ (2011), nas novelas ‘Ciranda de Pedra’ (2008), ‘Tudo Novo de Novo’ (2009), ‘Cheias de Charme’ (2012), ‘Geração Brasil’ (2014), ‘Verdades Secretas’ (2015), produção consagrada com o Emmy Internacional de Melhor Novela, ‘A Força do Querer’ (2017), e no seriado ‘Louco por Elas’ (2012); e como diretor geral da série Mister Brau (2015) e da novela ‘Sétimo Guardião’ (2018). ‘Dona de Mim’ é a quarta obra de Allan Fiterman como diretor artístico, a primeira em parceria com Rosane Svartman. Suas outras novelas foram ‘No Rancho Fundo’ (2024), ‘Mar do Sertão’ (2022) e ‘Quanto Mais Vida, Melhor!’ (2021). 

Nas suas palavras, qual é a história que ‘Dona de Mim’ quer contar para o público? 

Allan Fiterman - A novela tem vários universos, mas a história é sobre o encontro dessa mulher que perdeu um bebê com essa criança que vive solitária numa casa cercada de adultos, e a transformação da relação das duas. Há muitas histórias paralelas interessantes, os universos de kickboxing, forró, batalhas de rima, mas acho que a grande trama é a relação da Leo (Clara Moneke) com a Sofia (Elis Cabral). 

Como você espera que o público se conecte com a novela? 

Allan Fiterman - Eu acho que toda novela tem alguns ingredientes básicos, independentemente do horário de exibição, que as pessoas esperam assistir: romance, leveza, emoção, aprendizados. Acredito que esse universo que a Rosane construiu traz tudo isso através de uma nova perspectiva de maternidade, na relação de uma babá com uma criança. 

Conte como foi a sua colaboração com a Rosane durante o desenvolvimento da novela? 

Allan Fiterman - Trocamos muito ao longo de todo o processo, de forma ainda mais intensa na pré-produção, que foi quando mostrei para ela tudo o que pensamos para o figurino, pranchas com referências, caracterização, cenário. Também perguntei muito a ela sobre os personagens e tentei entender o que esperava da história. A Rosane colabora diretamente não só comigo, mas com todo o time de produção. É uma troca essencial para termos todos os detalhes alinhados e podermos contar a história da melhor forma. 

Quais são as suas expectativas para a estreia de ‘Dona de Mim’? Que mensagem você espera que o público leve dessa novela? 

Allan Fiterman - A expectativa é de que a novela agrade ao público, e as pessoas se identifiquem. Vamos trazer questões importantes e relevantes de uma forma leve, como entretenimento para as pessoas. A grande mensagem dessa novela é o amor, as relações de todo tipo onde o amor prevalece.  

O que mais te atraiu para assumir a direção de ‘Dona de Mim’? 

Allan Fiterman - Eu estava terminando de gravar ‘No Rancho Fundo’, quando fui procurado pela direção da dramaturgia dos Estúdios Globo para falar que a Rosane tinha me sugerido para dirigir ‘Dona de Mim’. Na hora, eu nem pensei que estaria emendando numa terceira novela em sequência. Não podia desperdiçar a chance de trabalhar com a Rosane. O texto é muito bom, ela realmente acerta no horário, sabe lidar com esse público. Fiquei muito empolgado. 

‘Dona de Mim’, que estreia dia 28 na TV Globo, é uma novela criada por Rosane Svartman, escrita com Carolina Santos, Jaqueline Vargas, Juan Jullian, Mário Viana, Michel Carvalho e Renata Sofia. A obra tem direção artística de Allan Fiterman, direção geral de Pedro Brenelli e produção de Mariana Pinheiro. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim.

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