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Elenco de "Volta por Cima" destaca protagonismo negro: 'Pretagonismo'

Nova novela das 7, escrita por Claudia Souto, estreia no dia 30.

por Redação, em 17/09/2024

Foto: Divulgação/TV Globo

O ônibus tá chegando no ponto, e você, passageiro, está prestes a embarcar numa viagem, ou melhor, numa novela cheia de emoção, que estreia no dia 30.

Brincadeiras à parte, nesta quarta, 11, foi dada a largada para o lançamento de Volta por Cima, nova trama das sete, com uma coletiva de imprensa virtual reunindo parte do elenco, a autora Claudia Souto e o diretor André Câmara.

A expectativa é grande para a obra que estreia no dia 30 e tem como protagonistas Madá (Jéssica Ellen) e Jão (Fabrício Boliveira), jovens batalhadores que levantam, sacodem a poeira e dão a volta por cima, se virando diante dos desafios que o destino lhes traz e em busca de uma vida melhor para si e suas famílias. São os inúmeros Jãos e Madás que existem por aí e inspiram a próxima novela das sete.

A história se passa no subúrbio carioca, um subúrbio fictício, mas bem de acordo com a realidade dos brasileiros.

"A opção pelo subúrbio carioca é porque ele dialoga com as periferias de todo o Brasil. É uma história que poderia acontecer com qualquer um de nós", destacou a autora Claudia Souto.

A criadora pontuou a humanidade da história e dos personagens. Sejam mocinhos eou vilões, não há maniqueísmo, mas camadas que existem em cada um de nós: "Vamos falar do humano e o quanto as relações impactam na vida, com doses de humor, comédia, tragédia e drama. Esse é o retrato de cada um de nós."

E são muitos os tipos que compõem a história. Além do povo do subúrbio e sua vida de ralação, tem os Góis de Macedo, família quatrocentona que foi à falência e vive de aparências. Belisa (Betty Faria), Joyce (Drica Moraes) e Gigi (Rodrigo Fagundes) são três mimados que não se acostumaram ainda à nova situação.

"São três crianças mimadas e abandonadas. Digo que o Gigi tá saindo das fraldas, eu sou a adolescente a a Betty é a tutora", brincou Drica Moraes.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

'Pretagonismo' e outras representatividades

Tem também os Bacelar, clã que tem o poderoso Edson (Ailton Graça) à frente. Dono da Viação Formosa, Edson é casado com Rosana (Viviane Araújo), enriqueceu à custa de muito trabalho e não esquece da vida na periferia, onde se sente à vontade.

Animado com o personagem riquíssimo, Ailton falou da importância da representatividade, do protagonismo preto.

"Eu sou muito rico e adoro falar isso. Tenho cabelo nessa novela! A minha casa ocupa quase todo o estúdio. É lindo ver o 'pretagonismo', a representatividade importa, sim."

Além do "pretagonismo", o público amarelo vai se ver em Volta por Cima, por meio de atores com ascendência japonesa, chinesa e coreana. A novela vai abordar um pouco dos k-dramas, séries coreanas que fazem sucesso pelo mundo e que são consumidas pela personagem Tati (Bia Santana). Não à toa, um k-drama vai ao ar na trama e promete chamar a atenção.

"Tratar a cultura asiática já era um desejo antigo e agora ele se concretiza com o k-drama que exibiremos, com todo o cuidado de trazer atores asiáticos. O gênero é um fenômeno mundial e queremos falar com a comunidade que assiste", contou a autora.

Vilão humanizado

E como toda a novela tem um vilão, ele vai ficar a cargo de Osmar (Milhem Cortaz), o tio folgadão e malandro de Madá, que descobre um bilhete de loteria premiado feito pelo cunhado Lindomar (MV Bill), capaz de salvar sua pele.

Foto: Divulgação/TV Globo

"Osmar tem a função do vilão, mas ele é muito mais do que isso. Osmar é um cara que erra pela esquerda e acerta pela direita. Ele se apropria de algo que não é dele, mas também é capaz de ter grandes atos de bondade. É um caro complexo, cujos caminhos mudam o tempo todo. É o vilão mais humano que já fiz", defendeu Milhem.

"Volta por Cima" é uma novela criada e escrita por Claudia Souto, com colaboração de Wendell Bendelack, Julia laks, Isadora Wilkingson e Juliana Peres. A novela tem direção artística de André Câmara e direção geral de Caetano Caruso. A produção é de Andrea Kelly e Lucas Zardo, e a direção de gênero, de José Luiz Villamarim.


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