Por: Ele foi um dos pioneiros da televisão. Fez tanto fez – experimentando, adaptando, remendando, inventando, reinventando, naqueles tempos em que todos aprendiam fazendo – que sua história, pode-se dizer, se confunde com da própria TV brasileira. No início,
Globo - 21h
Estreia 14 de setembro de 2009
Novela de Manoel Carlos
Escrita por Manoel Carlos e Ângela Chaves
Colaboração de Maria Carolina, Cláudia Lage e Juliana Peres
Direção de Tereza Lampreia e Carlo Milani
Direção geral de Fabrício Mamberti
Núcleo de Jayme Monjardim
Ele foi um dos pioneiros da televisão. Fez tanto fez – experimentando, adaptando, remendando, inventando, reinventando, naqueles tempos em que todos aprendiam fazendo – que sua história, pode-se dizer, se confunde com da própria TV brasileira. No início, foi ator; depois, passou a escrever, dirigir e produzir. Fez programas como A Família Trapo, Brasil 60, O Fino da Bossa, Esta Noite se Improvisa e muitos mais. Na Tupi, escreveu mais de 100 teleteatros, num tempo em que não havia videoteipe – se atuava ao vivo!
Em 1972, chegou à Rede Globo. Dirigia o Fantástico na época. Sua primeira novela na casa foi em 1978: Maria, Maria. Desde então, Manoel Carlos emenda um sucesso no outro: A Sucessora’ (1979), Baila comigo (1981), Sol de verão (1982), Felicidade (1991), História de amor (1995), Por amor (1997), Laços de família (2000), Mulheres apaixonadas (2003) e Páginas da vida (2006), e as minisséries Presença de Anita’ (2001) e Maysa (2009).
Viver a vida é a décima primeira novela de Manoel Carlos na Globo. Como nas outras, essa também tem impressa a sua marca registrada – a abordagem genial das relações humanas, da alma feminina, do mundo cotidiano. Veja uma entrevista do autor concedida ao jornal Diário de Marília.
Por que a Taís Araújo como uma Helena jovem e negra?
Manoel Carlos: Eu nunca pensei numa Helena branca ou negra. Queria uma Helena jovem. Fiz três Helenas com a Regina Duarte e estava na hora de mudar. As pessoas não queriam mais quarentonas. E há tempos queria a Taís. Ela é uma atriz excelente.
Giovanna Antonelli, será a vilã?
Manoel Carlos: A Giovanna não será bem uma vilã, mas sua filha, Rafaela (Klara Castanho), de seis anos, vai ser. É uma criança endiabrada que faz a mãe ser ruim. Uma criança que tem o espírito ruim (risos).
Polêmica chama a atenção. Você faz de propósito?
Manoel Carlos: Os assuntos que escolho são polêmicos, mas eles estão à disposição de todos os autores. Eu vejo algumas reportagens, recorto e guardo. Se nenhum autor escolhe, eu as uso. A drunkorexia (alcoolismo associado à anorexia) foi assim. O assunto é uma praga e ninguém levou para a TV.
Qual é a proposta da personagem Luciana, que será vivida por Alinne Moraes?
Manoel Carlos: Ela ficará paraplégica (em um acidente), só que continuará vivendo. Mas não será uma Poliana, que vê tudo cor de rosa.
A Cecília Dassi despontou em uma trama sua, ainda criança. Como é escrevê-la sensual agora?
Manoel Carlos: Pois é. Ela é uma lolita, capaz de pirar a cabeça de um homem, como a Anita (Mel Lisboa) virava a do Zé Mayer.
O Zé Mayer, aliás, e a Lília Cabral sempre se destacam em suas novelas. São os seus trunfos?
Manoel Carlos: Sim e não. Eles são ótimos, mas tenho outros, como o Tony (Ramos). O problema é que, por causa da reserva de atores, a parceria, às vezes, se desfaz.
Você escuta o povo na rua?
Manoel Carlos: Sim. Eu levo em consideração tudo que escuto. Novela é um produto cultural de massa, não é um livro que você compra ou não compra. É preciso agradar quem mora no sertão, na Bahia, na favela. Precisa agradar também o exterior.
Por falar em exterior, por que você gravou tantas externas?
Manoel Carlos: Para não falarem que eu só retrato o Leblon (risos).
Como você define Viver a vida?
Manoel Carlos: Um punhado de histórias humanas, tangendo, roçando a realidade, mas totalmente ficcional. Homens e mulheres vivendo suas vidas compostas de dramas e comédias, dando solução aos seus conflitos e superando suas dificuldades.
Mais uma protagonista Helena! Mas elas, em geral, são mulheres maduras. Dessa vez, o papel cabe a Taís Araújo, que tem 30 anos. Qual o motivo?
Manoel Carlos: Sempre pensei em criar uma Helena mais jovem, que abrisse um leque de novas possibilidades para o personagem. Uma mulher por volta dos 30 anos, bonita, bem sucedida no amor e na profissão, mas sentindo-se, mesmo assim, incompleta. Por obra do acaso, vê-se envolvida com um homem mais velho, divorciado, que vai lhe dar a felicidade desejada, mas à custa de muita luta e muito sofrimento. Essa era a Helena mais jovem que eu desejava criar já há algum tempo. Como também sempre quis escrever um papel para a Taís Araújo, que é uma atriz que admiro muito, achei que a possibilidade estava nessa história. E assim nasceu essa nova Helena.
Luciana, personagem de Alinne Moraes, é o personagem síntese da superação pessoal em Viver a vida. De onde surgiu sua inspiração?
Manoel Carlos: Me interesso por histórias de superação. De pessoas que conseguem transpor obstáculos, aparentemente intransponíveis, tirando, de dentro de si, uma força que não imaginavam possuir. Que chegam a um limite de sofrimento – de onde não conseguem avistar uma saída –, mas que mesmo assim lutam, não se entregam, e acabam por encontrar uma solução para suas vidas. Viram exemplos de superação. Exemplos de que a vida vale a pena ser vivida, apesar de tudo. Luciana (Alinne Moraes) vai ser esse exemplo, entre outros que a novela vai mostrar.
O alcoolismo é um tema recorrente em suas novelas. Dessa vez, ele vem em forma de anorexia. Em que medida esse assunto preocupa você?
Manoel Carlos: Considero o álcool um dos maiores flagelos sociais, principalmente por ser considerado uma “droga lícita“, como se isso fosse possível. É dele que se tira o falso prazer, a falsa alegria, a falsa ideia de que a vida é um passeio. E por isso é tão atraente e, por consequência, perigoso. Por essa razão, me interessei sempre pelo assunto, usando a novela como um alerta, uma advertência, já que atinge milhões de pessoas. Por me interessar pelo tema, tive acesso a estatísticas aterradoras sobre anorexia alcoólica, distúrbio alimentar batizado de drunkorexia, em que as mulheres substituem a alimentação pelo álcool, para não ganhar peso com a ingestão de bebida. Segundo informações de psiquiatras, o alcoolismo feminino quase sempre está associado a transtornos psicológicos como a anorexia, a bulimia, a depressão, a ansiedade. A personagem Renata (Bárbara Paz) vai viver esse drama e terá que superá-lo.
Quais serão os outros temas importantes ou polêmicos da novela?
Manoel Carlos: São muitos os temas para os quais espero chamar a atenção do público, mas destaco um como exemplo: o de mostrar uma área médica, batizada de cuidados paliativos, que cuida de doentes em estado grave e terminal. Não há nada de mórbido e de assustador nesse tema, como pode parecer à primeira vista. Ao contrário: humaniza a relação médico-paciente, tornando uma vida aparentemente inútil ao se encerrar, numa nova possibilidade de bem-estar e de aceitação do fim, do qual ninguém escapa.
Suas tramas sempre têm base muito forte na relação familiar e no universo feminino. Você acredita que o público se enxergue nos seus personagens?
Manoel Carlos: Acredito que sim. Não custa repetir que não procuro o realismo, não tento reproduzir a realidade, mas o verossímil, o possível, o alcançável, sem me esquecer de que estou fazendo uma obra de ficção. O público, que vive a realidade propriamente dita, se reconhece nessa imitação.
Alguns atores são presenças certas em suas obras. Em Viver a vida, José Mayer, Lilia Cabral, Natália do Vale e Alinne Moraes são alguns deles. Você escreve os personagens já pensando nos atores?
Manoel Carlos: Nem sequer começo a escrever uma novela, sem ter o elenco principal escolhido e confirmado. Preciso saber quem são os atores e atrizes que vão dizer o texto, que caras e vozes terão. E procuro, na medida do possível, reunir pessoas com quem tenho afinidades de pensamento. Isso facilita e torna mais prazeroso o meu trabalho.
Viver a vida já foi título de outra obra sua, uma minissérie exibida pela TV Manchete. As tramas têm alguma similaridade?
Manoel Carlos: Não. A minissérie na TV Manchete, apresentada em 1984, era inspirada no romance “Uma Tragédia Americana”, de Theodore Dreiser (1871-1945 – EUA) e no filme “Um Lugar ao Sol” (1951). Já a novela é um original meu, que leva esse nome por eu gostar muito dele.
A Índia saiu de cena na Globo e a partir desta segunda-feira, dia 14, o telespectador vai visitar o bairro carioca do Leblon no horário nobre. Estreia Viver a Vida, nova novela das oito de Manoel Carlos, o mesmo autor de Por Amor, Laços de Família, Mulheres Apaixonadas e Páginas da Vida.
- Você sabem mais ou menos o que eu gosto de fazer, eu trato do cotidiano, das pessoas nessa novela. Não existe uma história central absoluta, essas que começam no primeiro capítulo e terminam no último, não tem. São focos, são episódios de vida, como se a gente estivesse na Janela Indiscreta, como se pudesse iluminar um fato dessa maneira, acende-se a luz daquele cenário e assim eu vou indo fazendo a minha novela, como em quase todas. Não tem aquela história absolutamente rígida, tem que ser e o resultado no final aparece, não, vão tendo acontecimentos, alguns até aparentemente descolados uns dos outros, mas tem sempre um caminhozinho ali que eles se tocam, que eles se encountered, adiantou o novelista ao apresentar a trama.
E qual é a história da vez? Bem, como o próprio escritor ressaltou são várias, mas o ponto de partida é, como sempre, uma Helena. A personagem de Taís Araújo é uma top model de sucesso que vai se apaixonar e casar com Marcos, vivido por José Mayer, ex-marido de Teresa, interpreteda por Lília Cabral. Em outra ponta da história, como Maneco nunca cria vilãs totalmente más, ele escolheu uma criança, a pequena Klara Castanho, para fazer as maldades de Rafaela e induzir a mãe Dora, no caso Giovanna Antonelli, a aprontar poucas e boas.
Como uma pitada de merchandising social não falta nas obras do autor que já abordou a síndrome de down, a deficiência física, os transplantes de medúla, entre outras campanhas, será discutida a anorexia alcoolica através de Renata, papel de Bárbara Paz. Na verdade, na história, Renata é uma das porta-bandeiras da superação.
- Então essa aí tem um tema geral da superação, isto é, não existe na vida, eu defendo isso na novela, o beco sem saída, tem sempre alguma coisa que você pode fazer para melhorar a sua vida, para sua vida ser menos angustiosa, menos aflita […]. Não é fazer a filosofia da Poliana, em que tudo é bonito, tudo é lindo, tudo é cor-de-rosa, não, a vida não é nada cor-de-rosa, eu sei até por experiência que ela não é nada cor-de-rosa até porque ela não foi comigo, mas você pode perder tudo, menos a esperança, então eu acho que isso é o que eu me proponho a contar na novela, ter esperança. [...] A falta de esperança é o grande castigo da novela, tem que ter esperança, tem que achar que as coisas vão se resolver, mas você também não pode ficar deitado na cama esperando que alguém resolva.
Maneco, que escolheu sua primeira Helena negra, no entanto, não pensou também em fazer da escolha um merchandising. Na verdade, sempre que ele via a atriz nos corredores da emissora dizia que queria trabalhar com ela um dia.
- Eu não escalei a Taís porque ela é negra, eu escalei porque ela é jovem. Nunca me ocorreu isso, nunca. De nenhuma maneira. Nem pensei nisso. Não tem nada a ver com cor, com raça, profissão. […] Eu preciso trabalhar com quem eu admiro. Não adianta você dizer: ele é um grande ator e eu não tenho admiração pela pessoa, explica o novelista que também esclarece o fato de eleger para galã um ator prestes a completar 60 anos: - Em primeiro lugar é um extraordinário ator, e um ator fantástico e que não tem o esteriótipo do galã, pelo contrário, ele não é um homem de dois metros, ele não é jovenzinho, então ele é uma pessoa absolutamente comum. É comum o Zé Mayer, extretamente comum, tem uma voz só que ninguém tem, e ele é incrível, as jovens gostam dele, as velhas gostam dele, todo mundo.
TAÍS ARAÚJO - Helena
JOSÉ MAYER - Marcos
LÍLIA CABRAL – Tereza
ALINNE MORAES - Luciana
THIAGO LACERDA - Bruno
GIOVANNA ANTONELLI - Dora
RODRIGO HILBERT - Felipe
MATEUS SOLANO - Miguel / Jorge
NATÁLIA DO VALLE - Ingrid
BÁRBARA PAZ - Renata
LETÍCIA SPILLER - Betina
MARIA LUÍSA MENDONÇA - Alice
CHRISTINE FERNANDES - Ariane
NELSON BASKERVILLE - Leandro
DANIELE SUZUKI - Ellen
MAX FERCONDINI - Ricardo
CAMILA MORGADO - Malu Trindade
CECÍLIA DASSI - Clarisse
LEONARDO MIGGIORIN - Flávio
MARCELO AIROLDI - Gustavo
DÉBORA NASCIMENTO - Roberta
LOLITA RODRIGUES - Noêmia
LICA DE OLIVEIRA - Edith
BETO NASCI - Afonso
ADRIANA BIROLLI - Isabel
MARCELO VALLE - Osmar
PATRÍCIA NAVES - Silvia
LUIZA VALDETARO - Glória
NATASHA HAYDT - Ana
THIANA BIALLI - Fanny
RAFAELA FISCHER - Raquel
ÂNGELA BARROS - Celeste
APARECIDA PETROWSKY - Sandrinha
PALOMA BERNADI - Mia
MARCELLO MELO - Benê
BRUNO PERILLO - Bernardo
ANA CAROLINA DIAS - Caru
NANDA COSTA - Soraia
CÉSAR MELLO - Ronaldo
LAÉRCIO DE FREITAS - Oswaldo
CYRIA COENTRO - Matilde
CLÁUDIO JAMBORANDY - Onofre
MICHEL GOMES - Paulo
THAISSA CARVALHO - Cida
ROBERTA ALMEIDA - Nice
ARIETHA CORREIA - Laura
CARLOS CASAGRANDE - Carlos
CRIS NICOLOTTI - Regina
GABRIELA FÉRCIA - Vera
SANDRA BARSOTTI - Yolanda
MELISSA VETTORE - Amélia
ROGÉRIO ROMERA - Lucas
PRISCILA SOL - Paixão
MIWA YANAGIZAWA - Tomie
CRISTINA FLORES - Léa
ANTÔNIO FIRMINO - André
SHEILA MATOS - Zilda
PASCHOAL VILLABOIM – Antônio
as crianças
KLARA CASTANHO - Rafaela
CAIO MANHENTE - Gabriel
e
MILA MOREIRA (apresenta o desfile de modas no primeiro capítulo)
GUSTAVO TRESTINE – Marcelo (marido de Ariane – morre na primeira fase)
GABRIEL DELFINO - dublê de Mateus Solano
Jayme Monjardim é um diretor de grandes sucessos. Sua primeira novela foi Braço de ferro” (1983) exibida na Bandeirantes. Depois, o diretor veio para a Rede Globo e realizou trabalhos como ‘Amor com amor se paga’ (1984), ‘Partido alto’ (1984), ‘Corpo a corpo’ (1985), ‘Roque Santeiro’ (1985), ‘Sinhá moça’ (1986) e ‘Direito de amar’ (1987). Em 1989, Jayme foi para a TV Manchete onde dirigiu “Kananga do Japão” (1989), “Pantanal” (1990), “Ana Raio e Zé Trovão” (1990). Em 1999, voltou para a Rede Globo. Seus mais recentes trabalhos foram a minissérie ‘Maysa – Quando fala o coração’ (2009) e a novela ‘Páginas da vida’ (2006), ambas em parceria com o autor Manoel Carlos. Em seu currículo também estão ‘América’ (2005), ‘O clone’ (2001) e ‘Terra nostra’ (1999), todas ganhadoras de prêmios internacionais, e as minisséries ‘Chiquinha Gonzaga’ (1999), ‘Aquarela do Brasil’ (2000) e ‘A Casa das sete mulheres’ (2003). Em 2004, Jayme Monjardim dirigiu o longa-metragem “Olga”.
Viver a vida é o seu terceiro trabalho em parceria com Manoel Carlos. O último foi Maysa, que contava a história de vida da sua mãe. Como é a relação de vocês?
Jayme Monjardim: Estamos cada vez mais próximos, mais unidos. Eu fiquei muito emocionado com o presente que o Manoel Carlos me deu com o texto de 'Maysa'. Tenho certeza de que vamos fazer um trabalho lindo de novo em Viver a vida.
Em entrevista ao site oficial da novela, o diretor comentou sobre o elenco, que tem muitos atores desconhecidos do grande público:
“Tanto eu quanto o Manoel Carlos sempre apostamos em novos nomes para nossos trabalhos. Desde que começamos a nossa parceria, essa é uma tônica. Em ‘Maysa’, isso chegou ao ápice porque era conveniente ter nomes desconhecidos do grande público e, ao mesmo tempo, com uma grande bagagem de teatro no elenco para interpretar papéis de pessoas reais. Quando não encontramos um ator do casting da Rede Globo que se enquadre no personagem criado, realizamos testes com atores desconhecidos do grande público. Em Viver a vida, também estamos apostando em nomes novos. Esse movimento é ótimo porque traz um frescor para a televisão. Só ousando podemos descobrir e revelar grandes talentos na TV brasileira”, ressalta Jayme Monjardim.
Ele falou também sobre a trilha sonora:
“A trilha sonora ainda está em processo de definição. A música de abertura será “Sei Lá” de Vinícius de Moraes, numa versão lindíssima na voz de Miúcha, Tom Jobim e Chico Buarque. Também teremos uma música inédita de Roberto Carlos, uma do disco novo de Simone e ainda a presença fundamental de Milton Nascimento e Bebel Gilberto”.
Quanto a expectativa e aceitação do público:
“Como em todas as novelas de Manoel Carlos, o público pode esperar muita emoção. Vamos contar lindas histórias de superação e tenho certeza de que o público vai se identificar com elas”, exalta o diretor.
O ator Mateus Solano ainda está inseguro com a dupla responsabilidade, mas com a ajuda de alguns atores, como a de Tony Ramos, que já fez os gêmeos João Victor e Quinzinho em "Baila Comigo" (1981), Solano jura que vai convencer o público.
Logo que surgiu o convite, ainda durante as gravações da minissérie "Maysa" - exibida em janeiro desse ano, pela Globo -, Mateus ficou interessado por TV. "Nunca pensei em consolidar a minha carreira na televisão, mas, quando eu vi que TV dava muito mais dinheiro, eu comecei a divulgar meu trabalho na internet e logo apareceram alguns convites. A minissérie Maysa me colocou nesse mundo e me rendeu frutos incríveis. Mas nunca tirei o pé do chão."
Na trama de Manoel Carlos, Mateus viverá os irmãos Jorge e Miguel, um arquiteto bem-sucedido, e o outro, um residente de medicina. "Tem dias em que eu fico louco. Abandono a cena e preciso colocar a roupa de Miguel. Termino, volto e quando vejo já sou o Jorge. No começo das gravações, estava tão nervoso que até o Maneco tirou um sarro de mim. Ele me disse que era para eu continuar nervoso porque era saudável para o trabalho. Mas eu já estava no estágio avançado do nervosismo, quando começa a fazer mal."
Na trama
Como Jorge, Solano namora Luciana (Alinne Moraes) e segue a carreira de arquiteto. Já o gêmeo Miguel corre atrás do sonho de ser neurocirurgião, mas em meio a uma vida desregrada, em que divide atenção entre sua carreira e sua namorada, Renata (Bárbara Paz). Ela sonha ser modelo e atriz, vive fazendo testes, mas nunca consegue nada. Para aliviar sua frustração profissional, ela exagera na bebida alcoólica e, para não engordar, deixa de comer.
Os excessos de Renata fazem o relacionamento com Miguel balançar. Ao mesmo tempo, Jorge, apesar de ser apaixonado por Luciana, começa a se irritar com a modelo quando ela passa a corresponder as ‘brincadeiras’ íntimas de seu irmão Miguel com ela.
Manoel Carlos quer polemizar com a nova novela da faixa das oito Viver a Vida. Segundo informações do jornal Agora São Paulo, a atriz-mirim Klara Castanho, de apenas 8 anos, vai interpretar a principal vilã da trama. "Klara é a vilãzinha da novela e vai induzir a mãe, Dora (Giovanna Antonelli), a fazer coisas erradas", afirmou.
Klara, apesar da idade, não é uma novata na TV. Ela já atuou em comerciais e participou recentemente da novela Revelação, do SBT.
A presença de um personagem infantil de má índole deixou em alerta o desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro, e membro do Conselho Estadual dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes. "Uma novela retrata fatos do mundo real e pode influenciar o comportamento de outras crianças, além de prejudicar a própria intérprete", diz ele.
Vale lembrar que no ano 2000, Darlan proibiu a atuação de crianças na novela Laços de Família, também de Manoel Carlos.
O site 'O Planeta TV!' capturou algumas imagens das chamadas da novela: