Por: A autora Gisele Joras concedeu uma entrevista ao site Record Entretenimento e falou da responsabilidade de adaptar para a realidade do Brasil a famosa trama de “Bety, La Fea”, da emissora mexicana Televisa. A estreia de Gisele como roteirista aconteceu na
Novela de: Gisele Joras
Baseada na original Yo Soy Betty, La FEA de Fernando Gaitán
Escrita por: Gisele Joras, Valéria Motta e Rodrigo Nogueira
Direção: Edson Spinello e César Camargo
Direção geral: Edson Spinello
A autora Gisele Joras concedeu uma entrevista ao site Record Entretenimento e falou da responsabilidade de adaptar para a realidade do Brasil a famosa trama de “Bety, La Fea”, da emissora mexicana Televisa. A estreia de Gisele como roteirista aconteceu na novela “Amor e Intrigas” (2007), tendo sido vencedora de um concurso de roteiristas na emissora em 2005. Veja a entrevista.
Como é fazer a adaptação de uma novela tão conhecida mundialmente e que ganha uma nova leitura na versão brasileira?
Uma experiência gratificante. Mantive a premissa básica e algumas características da trama central, o resto eu criei, já que tenho total liberdade para isso. Anabela, a protagonista, mora na Gamboa, na zona portuária do Rio de Janeiro. Seu pai é um sambista fracassado, dono de um “pé sujo”. Seu ex-namorado também transita por este universo popular, assim como sua irmã e seu meio-irmão – este último, a contragosto. Criei muitas tramas paralelas. Posso dizer que “Bela, a Feia” será uma novela bem brasileira.
Quais são os desafios de escrever “Bela, a Feia”?
O trabalho está fluindo muito bem. É bastante prazeroso escrever esta novela. Pelo menos por enquanto, não encontrei nenhuma dificuldade.
Você criou algum núcleo diferente ao da trama original?
Praticamente todos os núcleos que eu criei não existem no original.
Quais as características que você deu à trama?
A nova versão explorará muitas tramas paralelas, além deste arquétipo universal da personagem principal, que é a premissa básica de história. Criei também um passado para a protagonista que reforça sua falta de autoestima.
Esta é sua segunda novela na Record ao lado do diretor Edson Spinello. Como é a parceria de vocês?
Minha parceria com Spinello é excelente. Temos total sintonia e isso se reflete no resultado do trabalho.
Qual é sua expectativa para este novo trabalho?
Não penso muito nisso. Meu foco, no momento, está em escrever os capítulos. Tenho gostado muitíssimo do resultado.
Anabela - Bela (Giselle Itié)
Anabela é uma jovem competente e esforçada, mas sua aparência mal-ajambrada dificulta sua vida profissional. Ela sabe que é feia e está, de certa forma, conformada com isso. Bela sempre foi assim desde menina, sem quaisquer atributos físicos, mas também nunca teve maiores vaidades. Ela não liga para nada que possa torná-la mais atraente.
A Família de Bela
Bela mora com o pai, Clemente (Bemvindo Sequera), e dois irmãos - Elvira (Bárbara Borges) e Maximiliano, o Max (Sérgio Honjakoff) no bairro da Gamboa, zona portuária do Rio de Janeiro. Clemente é sambista e toca violão. É assim que ganha a vida. Ele é também um compositor frustrado. Elvira trabalha como manicure no salão Montezuma, de propriedade do tio, o deslumbrado Haroldo (João Camargo) - irmão de Clemente. Ao contrário de Bela, Elvira é vaidosa, apesar de seu gritante mau gosto para se produzir. Noêmia, a mãe de Bela e Elvira, morreu ainda jovem. Já Max é irmão delas apenas por parte de pai. A mãe dele, Samantha (Luiza Thomé), mora em Copacabana e o despreza sutilmente, mas, mesmo assim, Max sonha em poder sair do bairro simples onde nasceu e cresceu, para viver na Zona Sul com ela.
Bela consegue o emprego
Bela oferece-se para trabalhar como secretária da agência de publicidade +/Brasil, mas embora tenha ótimo preparo, perde o cargo para uma mulher incompetente, porém muito bonita. Para sua sorte, uma ironia do destino faz com que ela acabe conseguindo desbancar a antiga concorrente alguns dias depois. O cargo de secretária do novo diretor-presidente, então, passa a ser seu.
A Empresa
A empresa onde Bela começa a trabalhar passa por uma fase tumultuada: Rodrigo (Bruno Ferrari) - filho de Ricardo (Jonas Bloch), o dono da holding de comunicações - um rapaz tido como playboy, mulherengo e bon-vivant, assume o cargo de diretor-presidente da agência +/Brasil, surpreendendo a todos. Mais do que surpreso, quem fica realmente revoltado com a nomeação é Adriano (Iran Malfitano), primo de Rodrigo e afilhado de Ricardo, que há anos trabalha na agência e não se conforma com o fato de que seu tio e padrinho tenha nomeado o inexperiente rapaz em seu lugar. Com a ajuda de Verônica (Simone Spoladore), amante eventual de Rodrigo, Adriano fará de tudo para destituir o primo. Logo que começa a trabalhar na agência, Bela se encanta com Rodrigo, embora saiba que não tem chance alguma com o patrão. Rodrigo, sempre se envolveu com mulheres muito bonitas, não enxerga em Bela nada além de uma secretária eficiente. Por causa de sua aparência, Bela é ridicularizada por todos na glamorosa empresa. Ela tenta manter uma atitude positiva diante da situação, mesmo que isso às vezes lhe seja difícil.
Cíntia
Rodrigo é noivo de Cíntia (Carla Regina), filha de Ariosto (Henri Pagnocelli) e Vanda (Denise Del Vecchio. Cíntia tem temperamento difícil, é prepotente e esnobe, e despreza pessoas mais humildes. Quem sofre muito com sua arrogância e maus-tratos é Olga (Ângela Leal), a governanta de Rodrigo, a quem trata como filho desde que a mãe dele, Vera (Silvia Pfeifer), desapareceu - na época, ele tinha apenas um ano de idade. Rodrigo se ressente por julgar ter sido abandonado pela mãe e desenvolve uma rejeição por ela com o passar dos anos. Agora já adulto e com o cargo de diretor-presidente da agência, Rodrigo precisa mostrar-se competente a todo custo.
O Passado de Bela
Quando criança, Bela formava uma dupla cômica com um garoto muito bonito, Dinho (Thierry Figueira). Eles interpretavam quadros de humor e contavam piadas. Bela era sempre motivo de deboche. Sua feiúra já chamava a atenção desde aquela época e era usada como referência nas piadas da dupla. Ela relevava a humilhação e, esperta e relativamente graciosa, conseguia transformar a aparência estranha numa espécie de atributo pitoresco que, com o tempo, foi se apagando. Bela não gosta de recordar os dias em que brilhava ao lado do parceiro Dinho e procura não pensar em sua curta carreira artística. O empresário da dupla infantil era o inescrupuloso Ataulfo (André Mattos), pai de Dinho, cuja ambição o levou a tomar decisões condenáveis, que se refletiram no futuro de Bela.
GISELE ITIÊ - Anabela Palhares
BRUNO FERRARI - Rodrigo Ávila
SIMONE SPOLADORE - Verônica Matoso
IRAN MALFITANO - Adriano Gomes Ávila
DANIEL AGUIAR - Augusto Gomes Ávila (Guto)
CARLA REGINA - Cíntia Alcântara
DENISE DEL VECCHIO - Vanda Alcântara
HENRIQUE PAGNOCELLI - Ariosto Alcântara
JONAS BLOCH - Ricardo Ávila
SILVIA PFEIFER - Vera Ávila
ESTHER GÓES - Bárbara Gomes Ávila
BEMVINDO SEQUEIRA - Clemente Palhares
BÁRBARA BORGES - Elvira Palhares
SÉRGIO HONDJAKOFF - Maximiliano Palhares (Max)
ÂNGELA LEAL - Olga Santos
LUIZA THOMÉ - Samantha Freitas
RAUL GAZOLLA - Armando Freitas
MARCELA BARROZO - Ludmila Freitas
PÉROLA FARIA - Juliana Barros
JOÃO CAMARGO - Haroldo Palhares
CLÁUDIO GABRIEL - Nelson Barbosa
LAILA ZAID - Magdalena Fonseca
VICTOR HUGO - Kaik Chagas
THIERRY FIGUEIRA - Dinho Aguiar (Carlos Dantas)
ANDRÉ MATTOS - Ataulfo Aguiar (Tadeu Dantas)
ANDRÉ SEGATTI - Ivo
ROBERTA GUALDA - Luiza Caldas
SÉRGIO MENEZES - Diogo Marques
DANIEL ERTHAL - Diego Souza
ILDI SILVA - Dinorá Melo
NATÁLIA GUIMARÃES - Mariana
BIA MONTEZ - Hortência
GABRIELA MOREIRA - Natalia Brito
ARACY CARDOSO - Regina Brito
DÉBORA GOMEZ - Camila Pinho
OBERDAN JÚNIOR - Jacinto
CAMILA GUEBUR
VINÍCIUS MORENO - Lucas
BRUNA ORPHÃO - Aninha
MARIA CRISTINA GATTI - Berenice
SABRINA ROSA - Carminha
SUZANA ABRANCHES - Léa
RAFAEL PRIMOT - Ícaro
FRANCIELY FREDUZESKI - Júlia
GRACYANNE BARBOSA
e
NEGUINHO DA BEIJA FLOR como ele mesmo
RODRIGO FARO como ele mesmo
VIVIANE ARAUJO como ela mesma
SÉRGIO MALLANDRO como ele mesmo
Os brasileiros vão ganhar uma Betty, a feia, para chamar de sua. E ela foi batizada de Anabela, ou simplesmente Bela. Coube à atriz Giselle Itié encarnar o patinho feio da história passada no Rio de Janeiro. O texto, assinado por Gisele Joras, apresenta uma releitura do folhetim com toques carioquíssimos:
- Adaptei alguns eventos da trama principal à nossa realidade e, como tinha total liberdade, criei cerca de dez núcleos. O núcleo da Gamboa, onde mora Anabela, mostra um universo popular tipicamente carioca. Lá estão o bar do pai dela, Clemente (vivido por Bemvindo Sequeira), um sambista fracassado, e o salão Montezuma.
A comédia com toques de melodrama, dirigida por Edson Spinello, tem cenas gravadas nos estúdios da Record, na antiga Terra Encantada, e na própria Zona Portuária.
É na agência de publicidade +/Brasil (e não numa revista de moda como na série americana) que Bela consegue o emprego de secretária do presidente da empresa, o bonitão e bon-vivant Rodrigo (Bruno Ferrari). Desde o primeiro capítulo, ela se encanta pelo patrão e começa a ser maltratada por Verônica (Simone Spoladore) e Adriano (Iran Malfitano).
- Peguei o psique da simbologia do patinho feio para entender o preconceito que existe com uma pessoa que é diferente. Na verdade, não acho a Bela feia. Ela é estranha, mas simpática - diz Giselle Itié, que demora cerca de uma hora para se caracterizar com peruca de franjinha, óculos e aparelho fixo fake. - Ela é uma menina esforçada, estudiosa, que fala cinco línguas e é muito sonhadora. A palavra de ordem na vida dela é harmonia.
Bela mora com o pai e os dois irmãos: Max (Sérgio Honjakoff) e Elvira (Bárbara Borges). A irmã é uma típica cabeleireira barraqueira que faz penteados, maquiagem e unhas no Montezuma.
- A Elvira é o oposto de tudo o que já fiz, com uma veia cômica fortíssima. Ela é o contraponto da irmã. Uma valoriza o intelecto e a outra, o corpo. Mas há equilíbrio: uma completa a outra - adianta Bárbara.
Adaptada por Gisele Joras, “Bela, a feia” ganhou uma tonalidade mais quente que suas antecessoras. Talvez possa ser comparada mais de perto à “Ugly Betty”, versão americana exibida aqui pelo SBT. Na trama também há um salão de cabeleireiro onde a irmã de Bela, Elvira (Bárbara Borges), é manicure, e um grupo de comunicação, onde a própria protagonista irá trabalhar. No mais, entram em cena a zona portuária do Rio, sobretudo as ruas da Gamboa, o samba e alguns mistérios, como o isolamento de Vera (Silvia Pfeifer), longe da família há quase 30 anos.
— É um mistério inclusive para mim. O que esta mulher pode ter feito de tão ruim para renunciar a tudo: filhos, di1nheiro e amigos? — observa Sílvia, em sua primeira novela na Record. Vera é mãe de Rodrigo (Bruno Ferrari), um eterno garotão, bonito, saudável e com grana e tempo de sobra para gastá-la. Ele não quer saber de responsabilidade, mas é obrigado pelo pai, Ricardo (Jonas Bloch), a assumir os negócios na empresa.
— Rodrigo gosta de praia, mulher bonita e ócio. Quando se vir diante dessa encruzilhada, vai precisar de aliados, e é aí que entra a Bela — adianta Bruno.
Numa seleção de emprego na poderosa agência +/Brasil, Bela tem a melhor avaliação, mas devido à sua péssima aparência perde a vaga. Uma reviravolta acontece e ela passa ao cargo de secretária da presidência, auxiliando Rodrigo contra seus inimigos mais próximos: o primo Adriano (Iran Malfitano), que de
seja ser presidente da empresa, e a amante Verônica (Simone Spoladore), uma mulher ambiciosa capaz de tudo para ter poder.
— Não sei se ela teria coragem para matar, mas é certo que vai tentar neutralizar Bela de alguma maneira — conta Simone.
Quem apoia Bela em sua dura jornada contra o preconceito é a irmã, Elvira, que adoraria ser a “fada-madrinha” dessa gata borralheira.
— Ela torce para que um dia Bela acorde e queira ser bonita — justifica Bárbara Borges.
Mas esse dia está longe de chegar. Bela ainda vai assustar muita gente por aí.
A Rede Record reuniu a imprensa e o elenco para divulgar a novela. Os atores viram as primeiras cenas da obra, mas o visual da protagonista Bela, interpretada por Giselle Itié, continua sendo um mistério. Quem esteve na coletiva de imprensa da trama, realizada no Recnov, estúdio da Record no Rio de Janeiro, achando que viria como deixaram a atriz feia, voltou frustrado.
Giselle Itié apareceu na entrevista sem qualquer vestígio da aparência de sua personagem. A atriz confessou que está tão concentrada em seu novo trabalho que alguns trejeitos de Bela estão ultrapassando a ficção. A risada e o comportamento as vezes se mostram afetados pelas características da personagem.
Na chamada da novela, onde mostra todos os personagens da trama, Giselle aparece coberta por uma nuvem. Em outras ocasiões, é exibido o desenho de uma bonequinha de Bela. A atriz comentou que tem todos os apetrechos mostrados no desenho: as roupas de gostos duvidosos, os óculos, o aparelho ortodôntico e também a franja. Mas a bela não precisou cortar o cabelo, a franja é um aplique.
O site "O Planeta TV!" capturou algumas imagens da chamada de elenco: