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A nova novela da Band vai te deixar com "Água na Boca"

Por: A carreira de Marcos Lazarini teve início nos anos 90, pelas mãos de Wálter George Durst, de quem se tornou grande amigo e colaborador em trabalhos futuros. Com esse autor, Marcos teve uma participação ativa em Tocaia Grande (Rede Manchete) e Os Ossos do

Uma novela de: Marcos Lazarini
Escrita por: Marcos Lazarini, Aleksei Abib, Conceição La Branna e Denise Patarra
Direção de: Luiz António Piá, Rodolfo Silot e Marcelo Krause
Direção geral de teledramaturgia: Del Rangel
Direcção de programação e artístico: Elisabetta Zenatti

O AUTOR

A carreira de Marcos Lazarini teve início nos anos 90, pelas mãos de Wálter George Durst, de quem se tornou grande amigo e colaborador em trabalhos futuros. Com esse autor, Marcos teve uma participação ativa em Tocaia Grande (Rede Manchete) e Os Ossos do Barão (SBT).


Além das novelas de Durst, Marcos Lazarini fez a minissérie Capitães de Areia, adaptação de Jorge Amado para a própria Band, Vidas Cruzadas na Record, assumiu, parcialmente, a novela Seus Olhos e escreveu uma livre adaptação para Os Ricos Também Choram, ambas no SBT.

Os principais trabalhos na TV:

2008 - Água na Boca - Autor Principal - Band
2005 - Os Ricos Também Choram - Supervisor de Texto - SBT
2000 - Vidas Cruzadas - Autor Principal - Rede Record
1997 - Os Ossos do Barão - Supervisor de Texto - SBT
1996 - Tocaia Grande - Autor Principal - Rede Manchete
1993 - TV Colosso - Roteirista - Rede Globo
1989 - Capitães de Areia - Supervisor de Texto - Rede Globo

ENTREVISTA COM O AUTOR

01 – Como você se tornou um autor de telenovelas? Conte um pouco de sua trajetória.

No início dos anos 90, conheci e tornei-me amigo de Walter George Durst, um dos mestres da teledramaturgia nacional, autor de "Gabriela", "Nina" e minisséries como "Anarquistas, Graças a Deus" e "Grande Sertão: Veredas". Durst gostou dos meus roteiros e me chamou para colaborar com ele. Trabalhei com ele até a sua morte, em 1997, e fizemos juntos "Tocaia Grande" e "Os Ossos do Barão", além de vários outros projetos que não chegaram a sair do papel. Curiosamente, nunca pensei em fazer novelas, queria escrever minisséries com e como o Durst. Então, num momento da carreira dele em que estava consagrado como o maior autor de minisséries do país, o Walter decidiu voltar a fazer novelas. Não entendi a razão. Até que fizemos a primeira e aí, afinal, percebi, fascinado, o que o motivou a voltar a fazer algo que exige demais do autor, física e mentalmente. Escrever uma novela é levar ao limite todas as capacidades de um autor na condução de uma história e isso é muito desgastante, mas também é uma jornada incrível. Pelo lado pessoal, a família sofre: é praticamente um ano afastado de tudo e de quase todos, convivendo mais com gente de mentira (que tenho que tornar verdadeira) do que com amigos e filhos. Desde que comecei a escrever para televisão, além das novelas com o Durst, fiz a minissérie "Capitães de Areia", adaptação de Jorge Amado para a própria Band, "Vidas Cruzadas" na TV Record, assumi no meio "Seus Olhos" e escrevi uma livre adaptação para "Os Ricos Também Choram", ambas no SBT. Nos últimos três anos, depois que um roteiro meu ganhou um prêmio na Espanha, me dediquei mais ao cinema. Graças à Fundación Carolina e a Casa De America, passei uma temporada na Espanha desenvolvendo o roteiro "Domingo no Parque". Esse roteiro, também selecionado para o Laboratório Sesc de Roteiros, ainda não foi produzido mas tenho outros dois roteiros de longa em fase de produção. O primeiro, uma comédia romântica chamada "Casamento Brasileiro", já está sendo filmado, e o segundo, uma adaptação do memorável romance "Memórias de um Gigolô" do grande Marcos Rey, está com produção prevista para este ano.

02 – Como pintou o convite para escrever uma novela na Band?

Conheço o Del Rangel há uns 10 anos e a gente sempre se admirou mutuamente. Chegamos a trabalhar juntos na Record por algum tempo, mas não tivemos a oportunidade de tocar um projeto desde a concepção até a realização. Nesse espaço de tempo, tentamos fazer alguma coisa, mas sempre, seja por problemas de agenda seja porque ainda não era a hora, não deu certo. O importante é que nunca desistimos um do outro. Afinal, no segundo semestre do ano passado, o Del me convidou para pensar numa história que substituísse “Dance, Dance, Dance”. Gostei do que conversamos e decidi que era a hora de deixar o cinema um pouquinho de lado e voltar a, como dizia o Durst sobre escrever novela, “atravessar o canal da Mancha a nado”.

03 – E como surgiu a idéia da novela “Água na Boca”? O que te inspirou?


O Del me apresentou a Elisabetta Zenatti e partiu dela a sugestão do universo da história, que me agradou instantaneamente. Engraçado foi que o nome da novela surgiu já nesse primeiro encontro, antes de eu ter pensado e escrito uma linha sequer da sinopse. “Água na Boca” foi o nome aprovado na hora para uma história que ainda nem existia. O processo de criação da novela incluiu uma primeira fase de pesquisa e absorção do universo. Queria, antes de desenvolver a história, capturar um clima. Assim, li rapidamente todo livro que pude achar dentro do tema, visitei restaurantes e suas cozinhas, revi ou vi pela primeira vez vários filmes. Grandes filmes como “A festa de Babette”, pequenas grandes jóias como “O Tempero da Vida”, “Chocolate”, “Como Água para Chocolate” e “Dinner Rush” (que no Brasil levou o inacreditável título “Uma Receita para a Máfia”), entre outros filmes menores mas não menos interessantes. Novela é algo incomensurável, cabe uma representação do mundo dentro do formato, e comer/cozinhar é uma metáfora riquíssima para a própria vida. Todos nós precisamos comer, mas é fascinante como a elaboração de um prato se assemelha muito ao processo de criação artística. Mesmo os pratos mais rústicos e populares evocam sabores e sentimentos poderosos. Optei por uma linha central típica de comédia romântica que incluísse personagens e histórias capazes de explorar outras camadas de emoção. Como percepção geral, buscava uma novela leve, saborosa e moderna. Espero ter conseguido.


04 – Por que escrever esta história?

Contar histórias, qualquer que seja o meio, é buscar metáforas que sensibilizem o público. Ao construir personagens, situações e histórias dentro do universo definido, fui me dando conta da força da metáfora embutida no gesto de preparar uma refeição para si ou para outros. Apesar de, tradicionalmente, vincular-se uma novela fundamentalmente à sua trama, acredito muito na força dos personagens. Pense nas grandes novelas, que resistiram ao tempo: você vai se lembrar primeiro é do personagem. São os personagens de “Água na Boca” que me estimulam diariamente a seguir em frente com a história. A busca por novas situações capazes de investigar e apresentar facetas e emoções diferentes dessa gente de ficção é o que me move. E, confio, é o que moverá o espectador durante toda a exibição de “Água na Boca.


05 – O que você destacaria entre as diferentes tramas da novela?


Naturalmente, acredito muito na trama central que explora a rivalidade entre duas famílias e o turbulento romance entre Luca e Dani. Não me importa se essa história já foi contada antes, todos os temas já foram explorados antes – a maior parte pelos gregos. Para mim, o pulo do gato sempre está na narrativa, na maneira como os personagens são desenvolvidos e a história contada. A mágoa e o ressentimento que separam as duas matriarcas dessas famílias (Maria Bellini e Françoise Cassoulet) foi construída em cima de uma amizade pura e forte. Ou seja, não tem aquilo de inimigas antes mesmo de nascerem. Isso me permite explorar uma profunda ambigüidade de sentimentos, me permite humanizá-las. Temos um núcleo de nordestinos bem sucedidos em São Paulo, a maior cidade nordestina do Brasil. Posso estar enganado, mas isso me parece uma novidade – claro que já temos uma galeria formidável de personagens com essa origem mas, salvo engano, todos em histórias regionais. Temos personagens do Mercadão, fornecedores dos restaurantes, também de diferentes origens: tem gente do interior de São Paulo, portugueses e até japoneses. Temos um grupo de sem-teto, um deles com um passado misterioso que será pouco a pouco desenvolvido – é impressionante como, desde o Plano Collor, gente com a vida estruturada acabou indo parar nas ruas para nunca mais sair. No núcleo do Cursinho, abordamos uma fase crucial na vida de todo jovem, o momento da reflexão (ou da confusão) sobre o futuro. Enfim, confio muito em todos os personagens, sem exceção. Todas as histórias só são bem-sucedidas se os personagens forem críveis e bem construídos.



06 – Por que abordar o universo da gastronomia?


É mais abrangente do que isso. Claro, e isso é um tremendo diferencial, vamos entrar nas cozinhas dos restaurantes de uma maneira nunca vista antes numa novela. Tenho a consultoria de um chef que também é roteirista (o Eduardo Duó) e ele está empolgado pela maneira como estamos abordando esse universo. Mas, como disse antes, vamos além do fenômeno da gastronomia – que vive um boom no Brasil e no mundo. Falamos dos sentimentos associados à escolha dos ingredientes e temperos, da generosidade implicada no gesto de alimentar alguém seja num restaurante seja em casa, recebendo amigos. Quem não associa grandes momentos da vida a uma refeição em família ou entre amigos? O alimento dessa novela não é só para o corpo, é para nossa alma.


07 - E você cozinha? Sabe fazer alguns dos pratos que aparecem na novela?


Gosto de acreditar que adoro cozinhar. Quase nunca cozinho, é verdade, mas nas poucas vezes que tomei coragem e fui pra cozinha, até que me saí bem. Vivo adiando a idéia de fazer cursos de gastronomia, quem sabe depois da novela eu não me anime? Quanto aos pratos, acredite, enquanto escrevo me sinto o próprio chef. Mas mal acabo o capítulo, caio na real e estou morto de fome.

ELENCO

Rosanne Mulholland – Danielle Cassoulet
Caetano O`Maihlan – Luca Bellini
Alexandre Moreno – Kim Gonçalves
Alexandre Barros – Alex Wagner
Ana Cecília – Miquelina Penaforte
Angela Figueiredo – Lulu Cassoulet
Berta Zemel – Maria Bellini
Bethito Tavares – Bertinho Pimenta
Carl Schumacher – Paolo Bellini
Carlos Dias – Juliano Moreira
Celso Bernini – Carlo Bellini
Eda Nagayama – Keiko Mizoguchi
Elaine Mickely – Guta Alcântara
Fernando Neves – Antônio Pereira
Gustavo Duque – Reinaldo “Reizinho” Alcântara
Jacqueline Laurence – Françoise Cassoulet
Jerusa Franco – Martha Pimenta
João Bourbonnais – Gianini Leiden
Joaquim Lopes – Zeca Pimenta
José Roberto Jardim – Théo Borges
Juliana Kametani – Akemi Mizoguchi
Juliana Mesquita – Camila Pereira
Ken Kaneko – Akira Mizoguchi
Marco Antônio Pâmio – Remi Pacheco
Mário Cesar Camargo –Jean Paul Cassoulet
Marisol Ribeiro – Érika Fagundes
Miranda Kassin – Gina Angel
Nilton Bicudo – Henri Martel
Paula Cohen – Fatinha Bellini
Pierre Bittencourt – Zico Bueno
Renato Scarpin – Guido Bellini
Regina Remencius – Manoela Bellini
Silvia Poggetti – Uni
Valéria Sândalo – Tê


Apresentando:
Mila Ribeiro – Duni
Priscila Sol – Renée Cassoulet
Rayana Carvalho – Marinalva Penaforte (Mari)
Renato Góes – Raimundo Penaforte (Raí)


Atores convidados:
Claudio Jaborandy – Severino Penaforte
Henrique Pagnoncelli – Cido Alcântara
Jayme Periard - Philippe Cassoulet
João Signorelli – Peterlongo


Participação Especial:
Rogério Márcico – Alfredo Vecchio

SINOPSE

Os Bellini, de origem italiana, e os Cassoulet, de origem francesa, sempre se detestaram. Para os descendentes e amigos das duas famílias rivais, nem importa saber como tudo começou, vale é descobrir todos os dias novas provocações para tirar o outro lado do sério.


Para piorar, Bellinis e Cassoulets estão no mesmo ramo de negócios – o que inclui entre as provocações, tramóias para prejudicar e até tirar uma das famílias do mercado. A família Bellini é dona de uma popularíssima pizzaria, que forma filas do lado de fora, para despeito de seus rivais. Já os Cassoulet tocam um famoso restaurante francês, freqüentado por gente esnobe que paga uma fortuna por um prato – a maioria só porque ele tem um nome que soa fino em francês.


Complicando ainda mais a situação, a Pizzaria dos Bellini, a Mamma Mia, fica quase em frente ao metido Bistrô Paris, o restaurante dos Cassoulet, ambos no largo do Arouche, centro de São Paulo. Nesse jogo vale de tudo: de despachar uma turma de sem-teto para saborear com maus modos as comidas francesas e horrorizar os clientes habituais do Paris a mandar alguém para entupir o banheiro da Mamma Mia e estragar o apetite das barulhentas famílias que freqüentam a pizzaria.


Como essa rivalidade começou? Quase ninguém sabe ao certo. Para o público, logo ficará claro que a origem é um triângulo amoroso que movimentou os hoje maduros Maria Bellini, Françoise Cassoulet e seu marido Jean-Paul, e deixou cicatrizes profundas.


Nesse mundo dividido, nenhum tipo de aproximação amistosa é tolerado. Que dizer então de um intenso caso de amor entre um rapaz Bellini e uma moça Cassoulet? É o apocalipse. Ou, dentro da novela, transforma a área dividida entre os dois vizinhos em um campo minado onde não se podem evitar as explosões – dramáticas e engraçadas!

UM AMOR PROIBIDO

Desse confronto na Corrida dos Garçons, só não participaram um membro de cada família: LUCA, pelos italianos e DANIELLE, ou Dani, pelos franceses. Luca e Dani são representantes da terceira geração das respectivas famílias. Desde que a guerra foi declarada, filhos e filhos dos filhos dos dois lados foram educados para desprezar, enganar e, se possível, trucidar o rival. Não foi diferente com Luca e Dani que, no entanto, não se vêem desde que eram crianças, o que faz com que um não reconheça a outra se colocados frente a frente.


Luca, obrigado por seu pai, está em Bento Gonçalves, no interior do Rio Grande Sul, para aprender com um tio, dono de tradicional cantina na região. O rapaz é um boa vida cujo lema é “divirta-se enquanto pode – e quando não pode, também”. Assim, ele se ocupa mais da farra e das mulheres do que de ganhar experiência. Mas acaba caindo de amores por Dani quando a vê ainda no aeroporto.


A tradicional Festa da Colheita, na região de Bento Gonçalves, reúne donos de vinhas e vinicultores celebrando a partida da colheita das uvas e o início da produção do vinho com festas, música e muita animação. É nessa ocasião que Luca fecha o cerco sobre Dani. Para chegar lá, ele consegue aliados entre os alegres participantes da festa e acaba esmagando uvas numa tina ao lado da garota. Claro que um acaba nos braços do outro. Seja pela atmosfera de prazer e alegria, seja por estar cansada de sempre fazer a coisa certa, ela se deixa envolver por Luca – e o rapaz realmente gosta dela.

UMA NOVELA SABOROSA

Leve, saborosa e moderna. Assim é Água na Boca, a nova novela da Band. Com estréia marcada para às 20h15 de 12 de maio, a trama criada por Marcos Lazarini substitui Dance Dance Dance na grade da emissora.


Comédia romântica contemporânea, Água na Boca conta a história do amor proibido entre dois jovens, filhos de famílias rivais. A bela Danielle (descendente de franceses) e o aventureiro Luca (de ascendência italiana) protagonizam uma espécie de Romeu e Julieta atual. “Eu queria produzir uma história de amor que já nasce com obstáculos, como em Romeu e Julieta, clássico com o qual as pessoas se identificam rapidamente”, afirma Elisabetta Zenatti, diretora de programação e artístico da Band. Dani é interpretada por Rosanne Mulholland e Luca pelo ator Caetano O’Maihlan. “Rosanne é uma atriz de peso e a experiência do cinema ressaltou sua personalidade forte e interpretação diferenciada. Caetano tem grande talento e amadureceu muito desde sua participação em Floribella, em 2005”, afirma a diretora da Band.


O conflito entre as famílias Cassoulet e Bellini é antigo. Melhores amigas na juventude, as matriarcas dessas famílias hoje não se suportam devido a uma disputa amorosa no passado, na qual Françoise Cassoulet, avó de Dani, saiu ganhando. Para piorar, os dois clãs são donos de restaurantes concorrentes: a barulhenta Pizzaria Mamma Mia e o sofisticado Bistrô Paris, que se transformam em ringues dos eternos e hilariantes confrontos. “A cozinha é uma ótima plataforma para a comédia e o restaurante é um ambiente naturalmente rico onde acontecem conflitos, encontros, desencontros, brigas, tensões e romances”, destaca Elisabetta. Mesmo já tendo realizado inúmeros trabalhos na televisão e no cinema, o diretor-geral de teledramaturgia da Band, Del Rangel, admite que o projeto representa um desafio: “Água na Boca tem um ritmo diferente. O texto e a atuação são muito parecidos com uma sitcom. É uma novela em que as mudanças de tom, pausas e reações são tão importantes quanto as falas porque evidenciam o humor na trama”, explica. Mas além de romance e humor, a nova novela da Band aborda com delicadeza um tema importante, o Mal de Alzheimer, que vitima Maria Bellini, avó de Luca.“Muita gente desconhece completamente o Alzheimer, ignora que já pode estar convivendo com um pai, mãe, avô, avó nessa condição. A informação do processo e seus primeiros indícios são fundamentais para que as pessoas fiquem atentas e tomem providências que possam levar a um diagnóstico precoce. Em Maria, desde o início da novela, teremos sinais de que algo não vai bem: esquecimentos, uma fascinação pelo passado. Porém, isso passa despercebido por quem está junto dela”, diz o autor Marcos Lazarini.


Gravada em alta definição (HD), Água na Boca terá 180 capítulos e será ambientada em São Paulo. “A cidade é uma capital gastronômica mundialmente reconhecida. Vamos mostrar os sabores desse universo e tudo que o envolve”, diz Elisabetta Zenatti. Além dos núcleos italiano e francês, há o Baião de Dois, restaurante de comida típica nordestina e o Mercadão, onde proliferam sabores diversificados, como delícias japonesas e portuguesas. O autor Marcos Lazarini ressalta o potencial do cenário gastronômico, que permeia toda a história: “Na novela, a cozinha como pano de fundo será usada e abusada para despertar nas pessoas o desejo. Seja um ovo frito com a gema mole esparramando por cima do arroz, ou uma sobremesa preparada com peras mergulhadas no licor, tudo é pensado para estimular o paladar”, conta.


As gravações de Água na Boca ocupam 2 mil metros quadrados no Quanta estúdios, na Vila Leopoldina. A Band também construiu uma cidade cenográfica de 3 mil metros quadrados no Brás, em área onde funcionou o Moinho Matarazzo. A novela, que sucede imediatamente a produção anterior, marca a evolução do núcleo de dramaturgia. “Emendamos uma novela na outra. Produzimos uma cadeia de montagem que vamos manter por muito tempo”, diz Elisabetta Zenatti.


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