Por: Autor de duas novelas de sucesso: Cobras & Lagartos (2006) e Da Cor do Pecado (2004), João Emanuel Carneiro assina, pela primeira vez, uma novela das 20h. Para a sua estréia em grande estilo, o autor promete um novelão. Nada difícil quando se trata de
Novela de: João Emanuel Carneiro
Colaboração de: Márcia Prates, Denise Bandeira, Faustão Galvão e Vincent Villari
Direção de: Paulo Silvestrini, Roberto Vaz, Gustavo Fernandez e Isabella Secchin
Direção geral e núcleo: Ricardo Waddington
Autor de duas novelas de sucesso: Cobras & Lagartos (2006) e Da Cor do Pecado (2004), João Emanuel Carneiro assina, pela primeira vez, uma novela das 20h.
Para a sua estréia em grande estilo, o autor promete um novelão. Nada difícil quando se trata de uma trama cujo tema central contrapõe dois pontos de vista para uma mesma história. Quem está dizendo a verdade? Flora ou Donatela? Cabe ao público escolher a sua favorita!
Fora da TV, João Emanuel também tem vasta experiência em roteiros de filmes consagrados e premiados, como “Central do Brasil” (1998), “O Primeiro Dia” (1998), “Castelo Ra-tim-bum” (1999), “Orfeu” (1999), “Cronicamente Inviável” (2000), “O Filho Predileto” (2001), “A Partilha” (2001), “Seja o que Deus Quiser” (2002), “Redentor” (2003), “Cristina quer Casar” (2003), “Deus é Brasileiro” (2003) e “A Dona da História”.
Na entrevista abaixo ele adianta o que você vai ver em A Favorita:
No que você se inspirou para criar a trama de A Favorita?
O ponto de partida foram as duas mulheres, Flora e Donatela. São dois pontos de vista de uma mesma história. Uma das duas está sendo sincera. Criei uma trama em que tanto Flora como Donatela possuem versões totalmente críveis. Eu mesmo não sei qual delas está dizendo a verdade. E quero que o público se pergunte isso também. Mas é claro que, num determinado momento, vou julgá-las e decidir quem é a vilã e quem é a mocinha. Mas, para tomar esta decisão, vou me basear em diversos fatores, como a química da novela no ar com o público, a atuação das atrizes, enfim, tudo que possa me ajudar a escolher um caminho. Essa história é um drama psicológico, um jogo estimulante, uma trama que inventei para me desafiar.
Qual é a mensagem principal de A Favorita?
Pretendo discutir o julgamento que fazemos das pessoas. Acho que, hoje em dia, a gente não sabe nunca quem está dizendo a verdade. Não se sabe se os políticos estão dizendo a verdade, se as pessoas próximas a você são confiáveis... Nós estamos vivendo em uma época em que somos, em geral, lançados muito à dúvida. De certa maneira, essa história é uma ousadia, com a versão tradicional do folhetim. É uma brincadeira com isso, uma provocação ao folhetim.
O que o público pode esperar da novela?
A Favorita é um novelão, no sentido de ter uma trama central muito bem definida, mas os personagens são muito humanos e todos eles são passíveis de redenção. Será possível que as pessoas continuem mantendo a ética, acreditando nos seus valores, em situações completamente adversas? Qual é o limite para a manutenção da ética?
Você costuma abordar muito o tema família em suas tramas. Por quê?
Essa idéia de família me fascina muito. Acho que o brasileiro é fascinado pela idéia de família. É um tema que me interessa e interessa às pessoas. Além da idéia da família ser muito importante, acho que está sendo muito discutida neste momento.
Você assinou duas novelas de sucesso no horário das sete e agora escreve uma trama para o horário nobre da emissora. Como foi receber este convite?
Foi uma grande honra e um grande desafio para mim. E eu adoro desafios. Estou muito seguro dessa história. É uma história que pede para ser contada.
O que não pode faltar numa novela das 20h?
Acho que a novela das oito tem que partir de uma identificação maior das pessoas com as situações vividas, mostradas, tem que ser mais realista, tem que ter mais um grão de verdade.
Qual a sua rotina de trabalho?
Nunca quero mais trabalhar de madrugada. Eu trabalho de meio-dia às 13h. Depois vou até dez, onze da noite e aí eu paro. Depois vou jantar fora, em casa, ver filme, viver a vida. É assim que gosto de trabalhar.
Como é o seu processo de trabalho?
Faço uma escaleta de 20 páginas e meus colaboradores - Denise Bandeira, Vincent Villari, Marcia Prates e Fausto Galvão - elaboram as cenas, que já estão, mais ou menos, desenvolvidas. Na verdade, eles dão acabamento às cenas.
*Entrevista concedida ao Portal da Globo.com
Donatela perdeu os pais num acidente e acabou sendo adotada pela família de Flora. Melhores amigas desde a infância, o talento para a música das duas meninas foi descoberto pelo empresário Silveirinha (Ary Fontoura), um caça-talentos que tirou Flora e Donatela de casa e as levou para excursionar pelo Brasil afora. A dupla de música sertaneja Faísca e Espoleta chegou a fazer sucesso na época, mas a carreira foi interrompida após uma turnê em que as duas conheceram os amigos Marcelo e Dodi (Murilo Benício), de quem se tornaram noivas.
Donatela casou-se com Marcelo, filho do poderoso Gonçalo Fontini (Mauro Mendonça), dono de uma indústria de papel e celulose, e Flora tornou-se esposa de Dodi, um homem que veio de baixo e que trabalhava na firma do pai do amigo. Mas a felicidade de Donatela e Marcelo durou pouco. O primeiro filho do casal, Mateus, foi seqüestrado com seis meses de idade e nunca mais apareceu. Desde então, os dois passaram a se desentender com freqüência.
Flora, por sua vez, separou-se de Dodi e teve um caso com Marcelo. Engravidou e deu à luz uma menina, Lara, o que agravou a crise entre Donatela e Marcelo e, principalmente, entre as duas amigas. No auge da crise entre Flora e Donatela, Marcelo é assassinado. Ele foi morto com três tiros disparados do revólver que, segundo testemunhas, estava na mão de Flora. Pega em flagrante, foi presa e separada de sua filha, na época, com três anos de idade.
Donatela acha que Flora esperou a vida inteira para destruir sua felicidade. A versão de Flora é que Donatela e Dodi sempre foram amantes e tanto ela como Marcelo foram vítimas de um golpe muito bem sucedido. Com a saída de Flora da prisão, Lara mais do que nunca se torna o alvo de disputa entre as duas mulheres. Enquanto Flora tenta se reaproximar da filha, Donatela fará de tudo para impedir que isso aconteça.
Patrícia Pillar - Flora (Espoleta)
Cláudia Raia - Donatela de Castro Fontini (Faísca)
Murilo Benício - Dodi Fontana
Deborah Secco - Maria do Céu
Mariana Ximenes - Lara Fontini
Taís Araújo - Alícia Rosa
Mauro Mendonça - Gonçalo Fontini
Glória Menezes - Irene Fontini
Tarcísio Meira - Copola
José Mayer - Augusto César
Carmo Dalla Vecchia - Zé Bob
Thiago Rodrigues - Cassiano Copola
Milton Gonçalves - Romildo Rosa
Juliana Paes - Maíra Carvalho
Christine Fernandes - Rita Porto
Lilia Cabral - Catarina Copola
Jackson Antunes - Leonardo
Ângela Vieira - Arlete
Helena Ranaldi - Dedina
Paula Burlamaqui - Cléo
Cauã Reymond - Harlley Gonzaga
Graziella Schmitt - Tina
Malvino Salvador - Damião
Elizângela - Cilene (Jucilene Maria Gonzaga)
Chico Diaz - Átila
Cláudia Ohana - Cida Copola
Fernanda de Freitas - Luana
Iran Malfitano - Orlandinho Queiroz
Giulia Gam - Diva Palhares (Rosana)
Ary Fontoura - Silveirinha
Flávio Migliaccio - Rocco
Mário Gomes - Francisco Silveirinha/Gurgel
Bel Kutner - Amélia
Giovanna Ewbank - Sharon/Maria do Perpétuo
Rosi Campos - Tuca
Emanuelle Araújo - Mannu
Nelson Xavier - Edvaldo
Suzana Faini - Yolanda Copola
Fabrício Boliveira - Didu Rosa
Selma Egrei - Dulce Porto
Aramis Trindade - Clemente
Clarice Falcão - Mariana
Genézio de Barros - Pedro Pedreira
Gisele Fróes - Lorena Copola
Ana Roberta Gualda - Grace
Alexandre Schumacher - Norton
Rui Rezende - Pereira
Jean-Pierre Noher - Pepe Molinos
Leonardo Medeiros - Elias Filho
Miguel Rômulo - Shiva Lênin
Aury Porto - Marconi
Raquel Galvão - Melissa
Thiaré Amaral - Luma
As Crianças
Sofia Terra - Carolina
Hanna Romanazzi - Camila
Eduardo Mello - Domênico
Renan Mayer - Tiago
MARIA DO CÉU
Maria do Céu recorta as modelos glamourosas das páginas de revistas que encontra no lixo e sonha um dia ser igual a elas. Retirante inconformada com a triste sina da miséria que sempre fez parte de sua vida, Céu está disposta a tudo para tentar uma vida melhor. Até mesmo ser uma das meninas do salão de Cilene.
Vaidosa que só ela, a pobre bóia-fria é capaz também de se animar toda e até passar batom para sair em uma foto no jornal, mesmo que a matéria seja sobre a desgraça de sua própria família.
ZÉ BOB
Zé Bob e Maíra são jornalistas que trabalham na mesma redação. Ela, espirituosa, sempre que pode aproveita para tirar bastante sarro da fama de conquistador do colega, que é um enrolado quando o assunto é mulher. Ainda assim, Zé Bob é um solteirão requisitado.
Mas esse mulherengo inveterado na vida pessoal é também um repórter polêmico no dia-a-dia profissional. Ele está sempre disposto a denunciar um escândalo político, principalmente se o político em questão é Romildo Rosa. O rapagão é a pedra no sapato do senador, que é pai de Alícia, ex-namorada do jornalista.
Já Maíra tem apenas um foco: o ufólogo Augusto César. Mas esse, é 100% fiel à mulher Rosana, que está há quase 15 anos desaparecida. Entenda a história dos dois.
LARA
Ninguém pode dizer que Donatela não foi uma mãe exemplar para Laura. Apesar de todo amor que sentem uma pela outra, as duas não compartilham as mesmas visões de mundo e vivem às turras por causa dessas divergências.
Enquanto Donatela tem fama de perua e é extremamente vaidosa e consumista, a filha se recusa a usar maquiagem e vestir roupa de grife. Lara também não suporta andar rodeada pelos seguranças que a mãe contratou e, sempre que pode, dá um jeito de fugir da vista deles. Para completar, a jovem milionária se apaixona por Cassiano, um operário da fábrica de seu avô Gonçalo.
Mas nem parece que Lara e Cassiano vivem em universos tão diferentes. Afinal, eles são jovens, lindos e estão pouco se importando com isso! Já Donatela... Essa paixão é motivo de muita dor de cabeça para a ricaça, que tem outros planos para a filha.
Taís Araújo vai dar vida à vilã Alícia, uma carente riquinha, em "A Favorita", próxima novela das oito da Globo. Na trama de João Emanuel Carneiro, ela fará parte de uma família em que o pai é um político corrupto e seu irmão, um alcoólatra. A carência da personagem vem da ausência de atenção do pai, que acha que dinheiro substitui amor. "Ela está gritando por amor, louca para ser amada", conta Taís.
A relação com o pai Romildo, que será interpretado por Milton Gonçalves, é marcada por uma ambigüidade, já que ela critica os abusos de poder cometidos pelo deputado estadual mas, ao mesmo tempo, usufrui dos benefícios que isso traz. "Ela é apaixonada pelo único cara que enfrenta o seu pai, o jornalista Zé Bob, vivido pelo Carmo Dalla Vecchia", adianta. A personagem é inspirada no papel interpretado pela atriz Dorothy Malone no filme "Paravras ao Vento", de 1956.
Personagens ricos, corruptos, vaidosos e vingativos. A famosa combinação será utilizada na nova produção da Globo, a novela das oito A Favorita, que será conduzida por muitas polêmicas.
Ao ar no dia 2 de junho e fruto do trabalho de João Emanuel Carneiro, a telenovela trará personagens que darão cutucões, alguns inclusive fazendo referência à esfera política.
Milton Gonçalves, por exemplo, fará o político Romildo, um deputado estadual que veio do interior de São Paulo, teve diversos mandatos e, por isso, é alguém de influência na região.
- [Romildo] É de centro-direita e rouba através de licitação de obras públicas. Não tem nenhum negócio de fachada. Como tantos, tem todos aqueles milhões sem origem, cutuca o autor em entrevista para a Folha de S. Paulo.
Outra personagem de destaque é Alicia, interpretada por Taís Araújo. A moça é filha do político Romildo e, assim como o pai, não apresenta um comportamento muito honesto. Ela fará uma artística plástica que é definida por Carneiro como uma pessoa pretensiosa.
Na trama, Alicia causará muita confusão e uma delas envolverá o personagem de Cauã Reymond, o malandro Halley, filho de uma cafetina. Para vingar-se e sujar a imagem de um ex-namorado mauricinho, a personagem de Taís Araújo contratará Halley para fingir que é gay.
Com essa farsa, o filho da cafetina chamará a atenção de um personagem:
- Ao se fazer passar por gay, Halley despertará o interesse de outro mauricinho, Orlandinho Queiroz (Iran Malfitano), este, sim, gay, mas reprimido, ainda no armário, fazendo questão de posar de hetero, sempre cercado de lindas modelos para aparecer nas fotos, como vários conhecidos nossos de revistas de fofocas, contou o autor, que debuta no horário nobre, para o jornal paulista.
E não pára por aí... Dodi, vivido por Murilo Benício em " A Favorita ", é um novo-rico que vive armando para conseguir o que quer. Para dar o tom desse vilão, o ator conta que a escolha do guarda-roupa é fundamental: "você se ver no figurino é ótimo para compor o personagem".
No caso de Dodi, as roupas são mesmo uma síntese do vaidoso marido de Donatela, vivida por Cláudia Raia . Os ternos são caríssimos e bem cortados, mas na hora de combinar as peças, a falta de classe do personagem fala mais alto e tudo fica "over". "É uma mistura de 'Scarface' do Al Pacino e do personagem do Brad Pitt em 'Onze Homens e um Segredo'”, diz o ator.
Os dois gângsteres do cinema que servem como referência para Murilo vivem na linha tênue entre o brega e o chique. Passionais e violentos, Tony 'Scarface' Montana e Rusty jamais usariam a máxima "menos é mais", tanto na moda quanto como na hora de cometer seus crimes.
O site "O Planeta TV!" capturou algumas imagens das chamadas da trama:
- Inicialmente, a trama se chamaria Karma, depois o nome mudou para Juízo Final. Mas a Rede Globo, que teve problemas com o nome, decidiu mudar o título da trama para A Favorita.
- Deborah Secco interpreta pela 2ª vez uma garota-de-programa. Em 2007, ela fez uma participação especial como Betina em Paraíso Tropical, uma prostituta amiga de Bebel (Camila Pitanga) que a ajudou a separar o casal Olavo (Wagner Moura) e Alice (Guilhermina Guinle) na trama. Também pela 2ª vez Cauã Reymond faz um garoto de programa, a 1ª vez foi em Belíssima.
- O vilão "Dodi", originalmente seria interpretado por Fábio Assunção, mas o mesmo teve que abdicar do papel, por problemas pessoais. O ator então foi substituído por Murilo Benício.
- Entre os atores que tiveram que mudar o visual por causa da novela, estão: Deborah Secco, Mariana Ximenes, Taís Araújo, Graziella Schmitt, Christine Fernandes, Iran Malfitano, Murilo Benício, Juliana Paes e Cláudia Raia
- Quase todos atores já aviam trabalhando em outras telenovelas de João Emanuel Carneiro,Taís Araújo, Rosi Campos,Elizângela, Iran Malfitano, Mariana Ximenes, Carmo Dalla Vecchia, Cauã Reymond.
- Pela 2ª vez, Milton Gonçalves e Taís Araújo fazem pai e filha, a 1ª foi em Cobras & Lagartos.
- Todos os trabalhos do autor João Emanuel Carneiro, até então, bateram recordes de audiência. "Da Cor do Pecado" marcou uma média de 43 pontos e "Cobras e Lagartos" ficou em 39.