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Os desafios da Record para fazer do "Got Talent Brasil" um sucesso

Por: Daniel Sena - Contato: [email protected]

Sidney Magal, Daniela Cicarell, Rafael Cortez e Milton Cunha. Foto: Divulgação

Os "reallitys shows" não vão substituir as novelas. E também não vão perder seu espaço. Assim como nas novelas, as fórmulas vão sempre se renovando a partir da base que já conhecemos. Só vai mudar a maneira de contar as histórias. No caso dos "programas da vida real", o que muda é como as emissoras vão conseguir roteirizar o que aparentemente não tem roteiro. E o "Planeta Reallity" é  mais um espaço onde poderemos debater sobre este tipo de atração. A programação dos canais abertos e de TV por assinatura apostam cada vez mais neste formato e nesta semana, a versão brasileira do "Got Talent" é a bola da vez.

Produzido pela Record, o programa chamou a atenção pela contratação de Rafael Cortez, ex-integrante do CQC da Band, para ser o apresentador. Cortez é talentoso, carismático e tem tudo para se sair bem no comando da atração. A experiência com o "Ídolos" pode ser uma vantagem para rede dos bispos evitar as deficiências de cenário, iluminação e edição nesta primeira temporada. O primeiro programa é essencial para cativar o público.

Os jurados escolhidos são interessantes, mas não quer dizer que funcionem no palco.O cantor Sidney Magal é conhecido por seus hits musicais, Daniela Cicarelli comandou alguns programas na MTV e tem forte apelo com o público jovem e o carnavalesco Milton Cunha é o "menos famoso" do time. Mesmo assumindo o papel de jurados da vida real, é preciso que cada um deles convença o público com seus "personagens" na hora tomar suas decisões. É preciso que um seja o contraponto do outro.

Rafael Cortez, o apresentador do reality

Programado para ir ao ar na terça-feira, logo após a novela "Balacobaco", outro desafio da Record é imprimir um estilo que comprove que sua produção vai superar o  "Qual é o seu talento?" do SBT. O programa da emissora de Silvio Santos é praticamente nos mesmos moldes do "Got Talent" e saiu do ar porque usava o formato de maneira ilegal. Comandado pelos jurados da primeira versão do "Ídolos" (exibido também pela rede de SS), o programa teve cinco temporadas e alcançou bons índices de audiência, muitas vezes na vice-liderança.

O SBT escalou o filme "A Origem", com Leonardo Di Caprio, para tentar barrar a audiência da concorrência e desde a semana passada bombardeia a programação com chamadas nos intervalos. Na Globo, tem a estreia da nova temporada de "Tapas e Beijos", mais um episódio de "Louco por Elas" e a volta do "Profissão Repórter".

O formato tem tudo para dar certo se a Record seguir a cartilha do respeito ao telespectador. Começar no horário estipulado e apresentar bons candidatos, é um bom pontapé inicial.

Será que o "Got Talent Brasil" estreia na vice-liderança? Tem fôlego para liderar? O elenco do programa foi uma boa escolha? Logo mais, a conferir.


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