A nave vai decolar!
Nesta terça-feira, 19 de janeiro, a casa do 'Big Brother Brasil' recebe seus novos moradores, que serão vigiados por mais de setenta câmeras, 24 horas por dia. O último a sair, daqui a três meses, leva para casa o prêmio de 1,5 milhão de reais. A nova casa do 'BBB' recebeu decoração com o tema "fábrica" - paredes de contêineres, canos à mostra e revestimentos que remetem a concreto dão o ar de galpão antigo repaginado, como em um loft contemporâneo.
Em sua 16ª edição, o reality está mais diversificado que nunca. As idades dos doze participantes variam entre 19 e 64 anos e todos têm origens e trajetórias distintas. Mais de 80 mil pessoas se inscreveram – cerca de 20 mil inscrições a mais que no ano passado. As seletivas aconteceram em onze capitais e também através da banca virtual, via Skype e FaceTime, o que facilitou a participação de pessoas do Brasil inteiro. Renan, um dos selecionados, foi escolhido pela banca virtual, por exemplo.
O 'BBB16' tem direção-geral de Rodrigo Dourado e apresentação de Pedro Bial. O programa vai ao ar de segunda a sábado, logo após ‘A Regra do Jogo’, e aos domingos, após o 'Fantástico'
Os novos brothers
Adélia: A advogada Adélia tem 36 anos e mora em Suzano (SP). Aos 17 anos, ficou grávida, casou e não abriu mão dos estudos. Ela conta que no dia em que o ex-marido pediu que ela escolhesse entre a faculdade e a família, não pensou duas vezes: pegou o filho, a mochila e voltou para a casa da mãe. Antes de se firmar na profissão, trabalhou como manicure e foi vocalista de uma banda de pagode. Hoje, se permite extravagâncias como as várias cirurgias plásticas que já fez. Extrovertida e impulsiva, às vezes, fala sem pensar. Mas sabe reconhecer o erro e pedir desculpas. Adélia, sonha com um novo casamento e uma família de comercial de margarina.
Alan: Uma pessoa com opinião própria e “fora da curva”. É como se define Alan, 34 anos, pesquisador e professor de filosofia. Casado e pai de dois filhos, mora em Natal e é um nerd assumido. Curte games, música, quadrinhos e cultura pop. A vida social? Não é muito de sair de casa, tampouco frequenta o mundo virtual – não tem perfil em redes sociais. Verborrágico, gosta de falar e prefere o contato direto com os outros. Despreza pessoas esnobes e muito ambiciosas, mas sabe que seu maior defeito é o egoísmo. Na casa, promete manter intacta sua maior qualidade: a lealdade. E sonha um dia ter uma banda de heavy metal.
Ana Paula: Mineira de Belo Horizonte, Ana Paula, 34 anos, conta que é uma pessoa eclética e de extremos. Vai do jazz ao sertanejo, de Ibiza a Barretos, da “filhinha do papai” à mulher que sonha com a independência financeira. Aos 17 anos, perdeu a mãe em um acidente de carro. O pai, de 86 anos, casou outras vezes e teve seis filhos, todos de mães diferentes. Uma grande família. Formada em jornalismo, mora sozinha desde os 23 anos. Impaciente e incisiva, revela que já buscou ajuda especializada para tentar controlar o gênio forte. Costuma sair do sério com arrogância e injustiça. Elege a generosidade e o espírito de liderança como suas maiores qualidades.
Daniel: O empresário Daniel, 38 anos, começou a ganhar a vida como motorista de van. Hoje, é dono de uma empresa de ônibus escolar. Cursou economia em uma universidade pública, mas não se formou. Nascido em São Paulo, veio para o Rio de Janeiro com dois anos de idade. Solteiro, gosta de jogar futebol, futevôlei e viajar. É muito observador e se considera um cara tranquilo. Sabe expor suas opiniões e convence as pessoas sem precisar se impor. Mas é orgulhoso e acha que isso pode atrapalhar a convivência com os outros participantes da casa.
Harumi: Descendente de japoneses, italianos e franceses, a jornalista Harumi, 64 anos, é um mix cultural. Quando trabalhava em uma gravadora, se apaixonou pelo cantor Jimmy Cliff e partiu para a Jamaica, mas voltou uma semana depois. O primeiro casamento foi aos 15 anos. Teve dois filhos e está prestes a se tornar avó. Entre as décadas de 1970 e 1980, trabalhou como modelo. Não bebe nada alcoólico e adora sair para dançar e voltar para casa só de manhã. Vaidosa e expansiva, tem amigos de todas as idades. Mas diz que vai ter que controlar o lado autoritário para conquistar os Brothers e o público.
Juliana: Simpática, comunicativa e autossuficiente, a bailarina Juliana, 31 anos, não reclama da solteirice. Muito pelo contrário – vive bem sozinha, sem carências. Ou, pelo menos, é o que ela diz. Independente e com personalidade forte, só se relaciona com alguém se estiver muito apaixonada. A paulistana estudou fisioterapia, mas não teve estrutura emocional para seguir na profissão: se emocionava com os pacientes e caía no choro. Migrou para o curso de moda e trabalhou em lojas de roupa. Acabou convidada para integrar um grupo de dança e se apaixonou pela atividade. Preguiça não é com ela; já acorda agitada, “ligada em 220 volts”, garante.
Laércio: Uma “presença poderosa”. Laércio, curitibano 53 anos, garante que vai deixar sua marca no BBB16. Seu objetivo é se expor sem reservas e ser o protagonista desta edição – sem desrespeitar os companheiros de disputa, garante. Autônomo, mora com a mãe e vive dos desenhos que vende para estúdios de tatuagem. O pai e o avô eram agressivos e, por esse trauma, optou por não ter filhos. Pratica meditação, yoga e se considera uma pessoa zen e equilibrada. Mas confessa: compra brigas e não vive sem uma boa polêmica. É durão quando quer e odeia pessoas que se fazem de vítimas.
Maria Cláudia: A potiguar Maria Cláudia, 19 anos, se define como sonhadora e atrapalhada. O que não quer dizer que seja boba ou manipulável – a esperteza é uma de suas armas. Alegre e criativa, a estudante de publicidade e propaganda costuma compor músicas nas horas vagas. Nas festas de São João, viaja com um grupo para dançar quadrilha. Mas a atividade que consome a maior parte de seu tempo atualmente é a produção de vídeos para a internet em um site de compartilhamento – a jovem tem quase 60 mil inscritos em seu canal. Comunicativa, engraçada e de riso frouxo, promete encher a casa de energia.
Munik: Ela é baladeira, mas às terças-feiras troca as festas pela missa. Munik, 19 anos, mora com os pais e dois irmãos em Goiânia. A mãe é merendeira de escola e o pai é moto-taxista. Para ajudar em casa, já trabalhou em salões de beleza, como secretária e promovendo eventos. Pretende entrar na faculdade de jornalismo assim que terminar o ensino médio. Bem-humorada, não gosta de entrar em polêmicas, mas sabe o momento certo de expressar suas opiniões. Na casa, pretende fugir das “panelinhas” e de “gente duas caras”, como diz. O mais difícil, reconhece, vai ser controlar o nervosismo nos momentos de tensão.
Renan: Natural de Amparo, Renan, 29 anos, mora atualmente na capital paulista. Antes de se mudar, trabalhou na floricultura da mãe. Já em São Paulo, foi vendedor em shopping center até começar a trabalhar em eventos. Hoje, se orgulha por ter comprado carro, moto e se manter com a renda do trabalho como modelo. Bagunceiro, divide o apartamento com um amigo, adora sair, curte música eletrônica e rap, pratica musculação, corrida, boxe e não foge de uma briga. Admite que é explosivo e não leva desaforo para casa. Fica incomodado com pessoas arrogantes e preconceituosas. Mas se considera um cara do bem.
Ronan: O estudante de filosofia Ronan, 27 anos, não tem medo de trabalho. Já foi servente de pedreiro, cortador de cana, entregador de panfleto. Os pais morreram quando ele tinha quatro anos. Ronan concluiu o ensino médio com sacrifício. Seu maior orgulho é ter conseguido ingressar na faculdade como bolsista integral. Carismático e expansivo, admite que sai do sério com pessoas conservadoras e preconceituosas. Mas diz também que sempre tenta reagir com educação. O paulistano, que atualmente vive em Curitiba, tem uma característica que promete fazer sucesso entre os Brothers: ele adora cozinhar, principalmente comida típica mineira.
Tamiel: Os pais do goiano Tamiel, 41 anos, eram hippies e chegaram a ir ao Woodstock. Com apenas 18 anos, ele se casou. Teve o primeiro filho aos 19. Divorciou-se, casou de novo em 2006, teve mais um filho e separou. Hoje, mora sozinho na capital federal e namora há três anos. Engenheiro agrônomo, Tamiel é professor de Ecologia Vegetal na Universidade de Brasília. Não gosta de estereótipos e conta que não se dá com "gente machista, homofóbica e radical". Na casa, diz que vai tentar ser menos metódico, defeito apontado por alguns amigos. E garante: tem perseverança para seguir seus ideais e flexibilidade para voltar atrás quando erra.