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Maria Clara Spinelli abandona a carreira de atriz e desabafa: "Hoje morre uma mulher trans"

Ela vinha interpretando apenas personagens transgêneros.

por Redação, em 30/01/2025

Maria Clara Spinelli. Foto: Divulgação/Globo

No Dia da Visibilidade Trans, Maria Clara Spinelli anunciou sua aposentadoria da atuação, deixando seus fãs surpresos. Aos 49 anos, ela fez história ao se tornar a primeira mulher trans a protagonizar uma novela da Globo, interpretando Renée no remake de Elas por Elas (2023). No entanto, revelou frustração com a falta de oportunidades.

"Por que me chamariam para um papel que não estivesse ligado à minha experiência transgénero? Há tantas outras atrizes e mulheres que podem assumir esses papéis. Eu, não. Por isso, minha carreira acaba aqui", desabafou em seu Instagram nesta quarta-feira (29).

A atriz expressou sua dor e cansaço: "Hoje, aposenta-se uma atriz trans. Hoje, morre uma mulher trans. Sempre vivi para agradar os outros, mas isso me violenta, e eu não quero mais. Ser desprezada é pior do que ser odiada. Continuarei a escrever... até o fim." Assinando a mensagem como Maria Rodrigues, levantou a hipótese de estar abandonando apenas o nome artístico, buscando se libertar do rótulo de "atriz trans".

Natural de Assis, interior de São Paulo, Maria Clara iniciou sua carreira em 2002 e, no ano seguinte, recebeu o prêmio de atriz revelação pelo monólogo O Ser Gritante. No cinema, estreou em Quanto Dura o Amor? (2009), dirigido por Roberto Moreira. Na TV, apareceu em Salve Jorge (2012), interpretando uma das mulheres traficadas para a Turquia ao lado de Morena (Nanda Costa).

Seu talento chamou a atenção de Gloria Perez, que a escalou para A Força do Querer (2017) em um papel raro para atrizes trans: Mira, uma personagem cisgênera, amiga da vilã Irene (Débora Falabella). Em 2023, ganhou protagonismo ao lado de Deborah Secco, Isabel Teixeira, Thalita Carauta, Mariana Santos, Késia e Karine Teles no remake de Elas por Elas.


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