
Rafael Cardoso abriu o coração em uma entrevista ao Jornal dos Famosos, no canal LeoDias TV, e falou com franqueza sobre os altos e baixos da carreira e da vida pessoal. Em um papo sincero, o ator refletiu sobre sua trajetória na televisão, revelou os bastidores de sua saída da Globo e não poupou palavras ao relembrar uma das novelas que mais o decepcionaram: Sol Nascente.
Longe da Globo desde 2023, Rafael explicou que sua decisão de se afastar da emissora veio em meio a um momento delicado de sua vida. Lutando contra a depressão e o uso abusivo de drogas, ele contou que já não conseguia mais sustentar o ritmo exigido por um papel fixo em novela. “Eu já não estava bem. Estava num processo profundo de depressão, aumentando o consumo de droga... Não tinha estrutura para segurar um personagem, estava abalado com um monte de coisa”, desabafou.
Mesmo com sinais claros de que precisava parar, Rafael admite que demorou a dizer “não” à emissora: “Eu nunca tinha falado um ‘não’ para a Globo. Deveria ter dito outros antes, mas segurei o quanto pude. Foi uma conversa e decidimos que era melhor sair.”
Foram 15 anos de parceria e 13 novelas no currículo, muitas delas marcantes, como O Profeta, Ti Ti Ti, Além do Tempo, O Outro Lado do Paraíso e Império. No entanto, apesar do sucesso, ele também confessou que o excesso de trabalho o afastou de si mesmo. “Deixei de viver muita coisa. Escondia sentimentos, traumas... Me jogava no trabalho para não pensar nos meus problemas.”
Ao ser provocado pela colunista Carla Bittencourt durante a entrevista, Rafael acabou citando Sol Nascente como o ponto mais fraco da carreira. A novela foi exibida entre 2016 e 2017 na faixa das 18h e tentou unir referências da cultura japonesa e italiana em um enredo praiano e romântico. “Novela fraquíssima, fraca. Putz… uma bosta!”, disparou, rindo. “Tinha que ter uma merdinha no meio de tantos trabalhos bons.”
Apesar do tom bem-humorado, sua crítica refletiu uma percepção compartilhada por parte do público e da crítica na época. Sol Nascente, escrita por Walther Negrão com colaboração de Suzana Pires e Júlio Fischer, prometia ser um respiro leve após o sucesso de Êta Mundo Bom!, mas acabou não empolgando. Mesmo com locações paradisíacas, apelo visual e a proposta multicultural, a novela sofreu com críticas ao ritmo e à falta de química entre os protagonistas.
Na trama, Rafael viveu César, vilão envolvido num triângulo amoroso com Alice (Giovanna Antonelli) e Mario (Bruno Gagliasso). O personagem se aproximava da mocinha com segundas intenções, colocando em risco o romance entre ela e seu amigo de infância.
Ao longo da entrevista, Rafael também relembrou novelas que considera marcos em sua carreira, como Lado a Lado e Império. Apesar dos altos e baixos, o ator segue encarando sua trajetória com leveza e verdade — características que, mais do que nunca, parecem fazer parte da nova fase de sua vida.
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