"Globo Repórter" destaca o pioneirismo e os desafios enfrentados pela TV Globo ao longo dessas seis décadas

"Globo Repórter" especial 60 anos da TV Globo conta com produção virtual, IA e impressão 3D.

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Foto: Manoella Mello/Divulgação
Foto: Manoella Mello/Divulgação

Em celebração aos 60 anos da TV Globo e à história da emissora, o ‘Globo Repórter’ exibe uma edição especial nesta sexta-feira, dia 25, para mostrar os desafios enfrentados pela TV em suas seis décadas de existência e a forma como foram superados, o seu pioneirismo e os principais marcos do canal. A apresentadora Sandra Annenberg e os repórteres Graziela Azevedo e Pedro Bassan conduzem as reportagens que mostram a dificuldade de levar o sinal para todo o Brasil; a criação do primeiro telejornal em rede; a primeira transmissão via satélite; e a forma como o Brasil começou a enxergar uma identidade nacional a partir da programação do canal.

“Das seis décadas da TV Globo, estou na emissora há mais da metade. São 34 anos só de jornalismo. Participar deste momento de celebração é uma honra. Vamos contar episódios importantes de superação de obstáculos para fazer da TV Globo o que conhecemos hoje. Tenho certeza de que depois desse programa as pessoas verão com outros olhos a história desses 60 anos”, afirma Sandra Annenberg.

Fazendo uma ligação entre o passado e o futuro, o ‘Globo Repórter’ especial reconstitui o estúdio do ‘Tele Globo’, primeiro telejornal da TV Globo, dentro do maior estúdio permanente de Produção Virtual da América Latina localizado nos Estúdios Globo, e convida três pioneiros que estiveram no primeiro dia de existência da TV: a atriz Natalia Timberg, apresentadora do primeiro telejornal da TV; o ator Reginaldo Faria, galã da primeira novela da emissora; e Herbert Fiuza, primeiro diretor de engenharia da Globo. Emocionados, eles relembram o início da história da emissora.

O programa especial destaca as novelas, séries, o jornalismo e programas de variedades, como o ‘Úni Dúni Tê’, que estreou no dia da inauguração da TV Globo e era apresentado pela professora Fernanda Barbosa Teixeira, a Tia Fernanda. Na época, o público infantil participava do programa enviando cartas e desenhos à produção. O ‘Globo Repórter’ encontra duas das crianças que eram fãs da Tia Fernanda. Depois de 60 anos, uma dessas crianças, que chegou a participar do programa, assiste a imagens disponibilizadas pela família da apresentadora, que encontrou fitas cassete com verdadeiras relíquias da época. “Eu lembro do cenário exatamente. Que tempo bom!”, conta.

Hoje, a TV Globo faz parte da vida dos brasileiros, mas há seis décadas ninguém sabia se ia dar certo. Nos primeiros tempos da TV, os caminhos dos programas e novelas até os telespectadores eram cheios de obstáculos. No Chuí, município do Rio Grande do Sul que faz fronteira com Uruguai, a repórter Graziela Azevedo reencontra telespectadores brasileiros e uruguaios que precisaram batalhar, esperar e se unir para ver o conteúdo na TV, já que naquela época ter um aparelho de televisão era raro e a região não fazia parte do circuito da televisão brasileira.

O futuro no Chuí chegou no começo dos anos 1970, na ponta de uma antena de 80 metros de altura que passou a captar os sons e as imagens do mundo e de um Brasil quase desconhecido. No programa, Herbert Fiuza, então diretor de engenharia da Globo, conta como foi o processo de criação do conceito de rede, a implantação da transmissão via satélite, e a compra de antenas próprias que faziam a interligação de todas as afiliadas com a transmissão a partir do Rio de Janeiro.

Ao norte do país, foi preciso fazer o possível e o impossível para o conteúdo da TV chegar na região da Amazônia. Em Manaus, o repórter Pedro Bassan conta como as novelas, jogos e filmes foram desembarcando, município a município, e vai ao encontro de dois irmãos, João Coragem e Zeca Coragem, cuja história se cruza com a trama de “Irmãos Coragem”. Eles relembram os tempos de construção da cidade fictícia de Coroado, cenário principal da novela exibida pela primeira vez em 1970.

A TV participou dos desafios das primeiras transmissões mundiais via satélite e, no mesmo ano, em 1969, criou o primeiro jornal em rede nacional, um grande marco para a TV brasileira. Com cenários coloridos e reportagens em preto e branco, já em sua estreia, o JN ajudou a emissora a se tornar campeã de audiência. O programa mostra como o Jornal Nacional inovou e acompanhou a história ao longo dos anos. Os incêndios na emissora já nos primeiros anos e os desafios dos anos de chumbo com a censura durante a ditadura também estão contemplados.

A teledramaturgia fala aos corações dos brasileiros e reflete as transformações da sociedade, mas as primeiras novelas tinham pouco de Brasil e, em geral, eram escritas por autoras mexicanas e cubanas que contavam histórias de sheiks e princesas. Até a chegada de Janete Clair, em 1967, e seu marido Dias Gomes. Janete é uma das mais importantes dramaturgas da televisão brasileira, autora de sucessos como “Irmãos Coragem” (1970), “Selva de Pedra” (1972) e “Pai Herói” (1979), e faria 100 anos no mesmo dia em que o ‘Globo Repórter’ vai ao ar. A repórter Graziela Azevedo encontra Alfredo Dias Gomes, filho da autora, para falar sobre a emoção da mãe quando viu sua estreia na TV Globo e conta o que ela disse na época da censura à novela ‘Roque Santeiro’.

Alfredo Dias Gomes e a repórter Graziela Azevedo. Foto: TV Globo
Alfredo Dias Gomes e a repórter Graziela Azevedo. Foto: TV Globo

Ao longo dos anos, o Brasil, a TV Globo e o jornalismo viveram muitos desafios. Em 2020, a pandemia do coronavírus fez o mundo parar e o jornalismo da Globo se orientou pelo compromisso assumido desde a inauguração da TV, de estar sempre ao lado do público. O ‘Globo Repórter’ mostra também como a Globo se reinventou durante uma das maiores crises que o mundo já passou; como a tecnologia também se tornou guardiã de boas memórias, transformando a maneira de fazer e de assistir televisão; e projeta o futuro com a TV 3.0.

“Esse Globo Repórter especial mostra os desafios que a Globo enfrentou nesses 60 anos, e mostra também os caminhos pelos quais foi sendo criada essa conexão tão forte com os brasileiros. É um programa feito com histórias e com emoção”, conta a editora-chefe do ‘Globo Repórter’, Monica Maria Barbosa.

‘Globo Repórter’ especial 60 anos da TV Globo conta com produção virtual, IA e impressão 3D

Gravado no estúdio de produção virtual dos Estúdios Globo, o programa contou com recursos de inteligência artificial (IA) e impressão 3D para levar o público de volta ao passado em uma experiência imersiva. A partir de fotos em preto e branco e imagens de arquivo do primeiro estúdio da TV Globo, a tecnologia virtual permitiu recriar o ambiente de maneira extremamente semelhante ao original. A equipe de Pós-Produção & Design utilizou o material de acervo, que continha imagens e objetos da época, para reproduzir no ambiente virtual as mesmas características e proporções do cenário original.

Com a Inteligência Artificial foi possível recuperar a voz do primeiro diretor-geral da emissora, Rubens Amaral, a partir de trechos da gravação original do discurso da inauguração da TV Globo, lido naquela manhã do dia 26 de abril de 1965. A IA também permitiu reproduzir fielmente o texto de abertura do programa, além de transformar fotos estáticas em vídeos animados. Já a impressão 3D permitiu dar vida a objetos raros, como microfones da época, garantindo a fidelidade histórica e a preservação da memória da televisão brasileira.

O ‘Globo Repórter’ especial pelos 60 anos da TV Globo vai ao ar nesta sexta-feira, dia 25, logo após a novela ‘Vale Tudo’.

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