
Durante duas décadas, essas atrações distraíam quem queria ouvir música no sábado à noite na TV. O Viva a Noite, um programa de auditório apresentado por Gugu Liberato no SBT, estreou em 1982 e foi ao ar até o início dos anos 1990, mudando depois de nome para Sabadão Sertanejo.
Tudo começou quando Silvio Santos pediu que a diretora argentina Nelly Raymond criasse um programa para as noites de sábado. Inicialmente, a apresentação era dividida com nomes como Jair de Ogum e Ademar Dutra. Depois de algumas mudanças de formato, Gugu permaneceu sozinho no comando.
Nem só de música era mantido o “Viva a Noite”, que a princípio foi exibido ao vivo. Os quadros Sonho Maluco – grande sucesso, em que um fã pedia para fazer algo inusitado com um famoso -, Rambo Brasileiro e Dança dos Passarinhos ajudaram o SBT a conquistar a liderança de audiência nas noites de sábado, no momento em que enfrentava o Supercine, da Globo, e o Perdidos na Noite, apresentado por Faustão, na Band.

Tanto sucesso fez com que o apresentador fosse contratado pela Globo, no segundo semestre de 1987. Mas Silvio Santos ofereceu um contrato de 5 anos muito bem remunerados e ele voltou atrás, permanecendo na emissora. O programa ganhou investimentos, com a vinda de vários cantores e quadros em que homens e mulheres disputavam e contavam com a ajuda da plateia.
A música “Meu pintinho amarelinho”, cantada por Gugu, era a marca da atração, além do bordão “Vivaaaaaa...”, completada pelo público. Brincadeiras como A Face Oculta, em que os convidados tinham que adivinhar de quem era o rosto no mosaico, Prova da Bexiga e Desenhe, Acerte e Ganhe ainda são usadas em alguns programas atualmente.
Os grupos Polegar, Dominó, As Paquitas e até o Menudo estiveram no palco. Luan e Vanessa, que explodiram com o sucesso “Quatro Semanas de Amor”, também passaram por lá.

O Viva a Noite aos poucos foi perdendo sua importância na grade. O lançamento do “Sabadão Sertanejo”, em 1991, aproveitando o ‘boom’ de Zezé Di Camargo & Luciano e Leandro e Leonardo, decretou a morte da atração, no ano seguinte. Eram muito parecidos no formato para ficar no ar no mesmo dia. Boa parte dos quadros migrou para o “Domingo Legal”, em 1993.
Com o tempo – e a decadência do gênero sertanejo - o “Sabadão” abriu o leque e convidou artistas de vários segmentos. No entanto, eles mal apareciam enquanto cantavam – boa parte do tempo a câmera focava as dançarinas que ficavam envoltas em uma espécie de bambolê. Outra apelação era o ‘concurso da camiseta molhada’, em que algumas dançarinas tinham a camisa ensopada, para que ficassem com as formas à mostra. O programa saiu do ar em 2002.

Em 31 de março de 2007, o SBT promoveu a volta do Viva a Noite, que reestreou no mesmo dia que o consagrou, às 22h, apresentado pela cantora Gilmelândia e com reportagens de Supla e Bruno Chateaubriand. A atração não foi atualizada, e parecia sem sentido para o telespectador atual ver alguém com uma fantasia amarela pular ao som de “Meu Pintinho Amarelinho” com tanta frequência. O programa passou para as 17h30, em agosto, até ser tirado de vez do ar, em janeiro de 2008, por causa da audiência quase nula.
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Tenho Saudades do Sabadão, eu adorava a Gata Molhada