Manifestações, protestos e passeatas já foram retratados na ficção.
Colaboração de Emerson Ghaspar.
Não é de hoje que realidade e ficção se misturam na vida dos brasileiros, seja entrando na vida dos personagens que nos visitam diariamente ou pela realidade que ganha cada vez mais destaque na TV, leia mais sobre o tema aqui (http://oplanetatv.clickgratis.com.br/colunas/critica-tv/o-gigante-realmente-acordou.html).
Com manifestos espalhados pelo Brasil onde população reivindica melhorias não é de se imaginar que surjam histórias de vida interessantes e na nossa teledramaturgia não é diferente. Manifestações, protestos e passeatas que mudaram a história nacional foram retratados nas obras televisivas se misturando a ficção. E você se lembra de alguma delas?
5. AMOR E REVOLUÇÃO (SBT – 2011)
Exibida entre abril de 2011 e janeiro de 2012, a novela de Tiago Santiago abordava o período da ditadura militar ao mesmo tempo em que contava a história de amor de Maria (Graziela Schimidt) e José (Claudio Lins), sendo que lutavam de lado opostos, sendo ela uma manifestante e ele um militar. A trama teve baixa audiência, tendo grande rejeição devido ao excesso de violência e ter o foco na ditadura deixando de lado o casal romântico. Na época Silvio Santos disse que a novela deveria ter mais amor e menos revolução.
4. HILDA FURACÃO (GLOBO -1998)
A história da famosa garota da elite mineira que se transformou numa celebre prostituta ganhou o coração do público em 1998. Hilda Furacão (Ana Paula Arósio) e seu envolvimento com o aspirante a santo Frei Malthus (Rodrigo Santoro) depois de duvidas, idas e vindas parecia chegar a um final feliz quando ocorre o golpe militar em 1° de abril de 1964. No meio de protestos, fumaça e tumultos, o plano do casal de fugir dá errado e Hilda acaba viajando sozinha. A trama se encerra quando eles se encontram quatro anos depois durante uma passeata.
3. MULHERES APAIXONADAS (GLOBO-2003)
Muito além de sua famosa Helena que ganhou as graças do público, a história de Manoel Carlos que comoveu o público ao abordar temas aparentemente esquecidos pela maioria, como a história da neta Dóris (Regiane Alves) que maltrata os avós (Carmen Silva e Oswaldo Louzada) o que incentivou a aprovação do Estatuto dos Idosos a muito tempo parado no Senado. Outro tema que misturou realidade com ficção foi a campanha pelo desarmamento. Na trama Téo (Tony Ramos) e Fernanda(Vanessa Gerbelli) são vitimas de bala perdida, misturando ficção com realidade atores participaram da passeata Brasil sem Armas com o intuito de ser aprovada o Estatuto do Desarmamento no Congresso Nacional.
2. SENHORA DO DESTINO (GLOBO – 2004)
Enquanto alguns lutam pelo bem outros esperam a oportunidade para fazer o mal, que o diga Nazaré Tedesco. Fugindo da seca do sertão nordestino sem saber o que acontecia no resto do Brasil, Maria do Carmo (Carolina Dieckmann) resolve ir ao Rio de Janeiro em busca do irmão levando consigo seus cinco filhos. Em dezembro de 1968 era decretado o AI -5 e a retirante chega durante o caos que assola a cidade. Perdida e confusa ela acaba sendo vitima de Nazaré (Adriana Esteves) que se apresenta como Lourdes, uma falsa enfermeira que acaba roubando sua filha.
1. ANOS REBELDES (GLOBO – 1992)
Em 20 capítulos Gilberto Braga retratou os anos 60 e todo o conteúdo histórico que envolveu o Brasil sem partir para o didatismo ou levantar alguma bandeira. A trama que acompanha o romance entre Maria Lucia (Malu Mader) e João Alfredo (Cássio Gabus Mendes) teve como pano de fundo a luta por uma mudança no Brasil. Na mesma época os jovens saíram às ruas exigindo o impeachment do então presidente Fernando Collor. A minissérie é considerada pelos críticos a obra televisiva que melhor retrata a era de chumbo do pais.
E você, lembra de outras manifestações em novelas? Comente!