Por: Nelson Gonçalves Junior E-mail para contato: [email protected]
Há tempos não tínhamos uma semana tão agitada em termos de novidades na televisão brasileira.
Para começar, a Band voltou a surpreender com o interessante “E-24”, que mostra a rotina médica em grandes hospitais de São Paulo. Muito bem editado e ágil, o programa tem tudo para alavancar a audiência das terças feiras a noite da emissora do Morumbi. E a estreia rendeu respeitáveis 7 pontos de média no Ibope, suficiente para empatar com o SBT, resultado cada vez mais comum no horário nobre.
Particularmente não sou muito fã deste tipo de programa, por achar desnecessário mostrar tanta desgraça na televisão, mas é inegável o apelo que a atração pode gerar no telespectador.
Outra novidade da Band foi o “Toda Sexta”, de Adriane Galisteu. Sem grandes inovações, o programa não conseguiu ultrapassar os 2 pontos no Ibope. A loira tem talento e carisma indiscutíveis, mas que nunca se refletem em índices de audiência razoáveis. Foi assim na RedeTV, na Record e no SBT. De qualquer forma, é uma boa opção para um dia da semana pouco experimentado pelas emissoras.
Na Record, “Poder Paralelo” começou arrasador. Com um texto infinitamente superior aos trabalhos de seu colega “mutante” Tiago Santiago, o autor Lauro César Muniz nos trás uma bela obra, com trama caprichada e história interessante. O elenco de apoio da novela é muito fraco, mas este é um problema enfrentado pela Record em praticamente todos seus folhetins. Faltam bons atores.
Já a Globo estreiou sua programação 2009 com uma total repaginação em programas tradicionais da casa como “Mais Você” e “Vídeo Show”. Reciclagem importante para quem já está há muito tempo no ar.
Entre as estreias, “Caras e Bocas” nos deixa com a impressão que Walcyr Carrasco esqueceu todo seu talento em “Alma Gêmea”, o último sucesso do horário das 6. A trama atual abusa dos clichês mas pelo menos é engraçada e leve. Muito superior a péssima “Três Irmãs”, mas ainda distante de uma qualidade desejável.
Entretanto o grande destaque fica para o final: “Força Tarefa”.
Apesar de ter um roteiro óbvio, a qualidade técnica da produção é simplesmente impressionante. Quem assistiu teve a sensação de estar vendo algum grande seriado norte-americano, fato raro na nossa televisão, de imagens tão sofríveis e efeitos especiais toscos.
Elogios também para a abertura impactante e a boa atuação de Murillo Benício, que está seguro no papel de protagonista.
Agora é aguardar que as próximas semanas nos mostrem se estas atrações comentadas acima terão futuro (sinônimo de boa audiência) ou se serão apenas fitas guardadas nos corredores empoeirados de algum Arquivo de TV...